Avada Kedavra escrita por potterstinks


Capítulo 9
[1x8] Aula desagradável & pesadelo.


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês não fazem ideia de como eu tô feliz, sério. A PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO DA FIC ♥ JC, SEU DIVO, EU TE AMO. Surtei (de alegria) quando eu vi *0* MUITO OBRIGADA, MUITO OBRIGADA MESMO!
Mas enfim... Obrigada a todos que me motivam tanto a continuar, seja comentando, recomendando ou favoritando, até mesmo apenas acompanhando.
Sem mais delongas, boa leitura e espero que gostem!



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Capítulo VIII

Aula desagradável & pesadelo.

"Eu não quero ser a paixonite de ninguém. Se alguém gosta de mim, eu quero que goste de mim de verdade, e não pelo que pensam que eu sou. E não quero que carreguem isso preso por dentro. Quero que mostrem para mim, para que eu possa sentir também."

O Prof. Dumbledore mandou todos nós, alunos da Grifinória, voltarmos ao Salão Principal. Lá, dez minutos depois, os alunos das outras casas chegaram, parecendo atordoados.

— Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa no castelo. — explicou o diretor assim que fecharam as portas do salão, que davam para o saguão. — Receio que, para sua própria segurança, vocês terão que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o saguão e vou encarregar o monitor e a monitora chefes de cuidarem disso. Eles devem me informar imediatamente qualquer perturbação que haja. — acrescentou Dumbledore dirigindo-se a Percy. — Mande um dos fantasmas me avisar.

O diretor parou, assim que ia deixar o salão, e disse:

— Ah, sim, vocês vão precisar. – e, com um gesto da varinha, as mesas se deslocaram para junto das paredes e, com outro gesto, o chão ficou coberto por centenas de sacos roxos e fofinhos de dormir.

— Durmam bem — disse ele, por fim, fechando a porta ao sair.

O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos; os da Grifinória contavam ao resto da escola o que acabara de acontecer.

— Todos dentro dos sacos de dormir! — gritou Percy, mandão. — Andem logo e chega de conversa! As luzes vão ser apagadas dentro de dez minutos! – que babuíno boboca balbuciando em bando, credo.

Eu, Fred, Jorge e Lino apanhamos quatro sacos de dormir e os arrastamos para um canto, um pouco longe de onde Harry, Rony e Hermione estavam.

— Vocês acham que Black ainda está no castelo? — perguntou Lino, curioso.

— O mais provável é que talvez. – respondi, dando de ombros e recebendo olhares estranhos.

— Hã? – perguntaram os três garotos em uníssono.

Em resposta, apenas revirei os olhos.

Pude ouvir vários alunos fazendo suas próprias teorias de como Black poderia ter entrado:

— Vai ver ele sabe aparatar, — sugeriu uma garota da Corvinal. — Aparece de repente, sabe, sem ninguém ver de onde.

— Provavelmente se disfarçou. - falou um quintanista da Lufa-Lufa.

— Vai ver ele voou. — sugeriu um grifinório, Dino Thomas.

— Que gente burra. E olha que eu pensei que pelo menos os alunos da Corvinal eram inteligentes. – murmurei.

— Por que eles são burros, ó grande portadora da sabedoria universal? – perguntou Jorge de forma divertida.

— O castelo não está protegido só por paredes. – expliquei, - Tem todo o tipo de feitiço para impedir as pessoas de entrarem escondidas ou aparatar, e também não há disfarces que enganem os dementadores.

— As luzes vão ser apagadas agora! — anunciou Percy. — Quero todo mundo dentro dos sacos de dormir, de boca calada! — ah, vá pras profundezas do tártaro.

Todas as velas que iluminavam o salão se apagaram ao mesmo tempo; a única luz agora vinha dos fantasmas e do teto encantado, que fazia aquilo parecer que estávamos dormindo ao ar livre.

Lino adormeceu algum tempo depois, e Fred resolveu pergutar:

– E você e o Jorge, Avada? Onde estavam? – questionou ele, sussurrando em um tom malicioso.

Ainda bem que estava escuro, porque eu corei violentamente.

– Por aí. – ouvi o outro ruivo responder vagamente.

Ficamos conversando por algum tempo, e eu já estava começando a ficar com sono.

Bocejei, - Acho que vou dormir... Boa noite, ruivos.

– Boa noite, Verona. – disseram em uníssono, e essa foi a última coisa que eu ouvi antes de fechar os olhos e cair na escuridão.

Nos dias que seguintes, o assunto do momento era Sirius Black. As teorias sobre como ele entrara no castelo se tornaram extremamente delirantes; uma lufana passou a maior parte da aula conjunta de Herbologia, contando para quem quisesse ouvir que o fugitivo se transformava em um arbusto florido (?).

A tela rasgada da Mulher Gorda fora substituída pela pintura de Sir Cadogan e seu gordo pônei cinzento, porém nenhum dos grifinórios ficou muito feliz com a troca; ele passava uma parte de seu tempo desafiando os rapazes a duelar e, no tempo restante, criava senhas complicadíssimas, que ele trocava, no mínimo, duas vezes por dia. Porém, não podíamos reclamar: Sir Cadogan foi o único que teve coragem suficiente para se voluntariar ao trabalho de ficar no lugar da Mulher Gorda.

Também, ultimamente, Harry estava meio que sendo perseguido pelos professores e Percy Weasley. E, se não houvesse tanta confusão ultimamente, o jogo de quadribol não seria contra a Sonserina como o esperado, mas contra a Lufa-Lufa. Olívio estava muito mais obcecado por ganhar esse jogo e não havíamos conversado mais, e ele passava o tempo livre perturbando os jogadores; eles deveriam ganhar por livre e espontânea pressão.

Estávamos na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas e a aula não era com o Prof. Lupin, e sim, com o Snape. Amanhã era o dia do jogo e os alunos estavam mais ansiosos do que eu já havia visto; a aula havia começado dez minutos e Harry não tinha vindo ainda, então provavelmente perderíamos MUITOS pontos.

Olívio, eu ainda te mato.

Snape estava falando, quando Harry entrou praticamente correndo na sala.

— Me desculpe o atraso, Prof. Lupin, eu...

— A aula começou há dez minutos, Potter, por isso acho que vou tirar dez pontos da Grifinória. Sente-se.

Mas Harry, o garoto mais divergente dessa escola, não se mexeu.

— Onde está o Prof. Lupin? — perguntou.

— Ele disse que hoje está se sentindo mal demais para dar aula. — respondeu o professor. — Acho que o mandei sentar-se?

Mas o Potter continuou onde estava:

— Que é que ele está sentindo? – perguntou.

Os olhos negros do professor de poções reluziram.

— Nada que ameace a vida dele. - falou, - Cinco pontos a menos para Grifinória, e se eu tiver que pedir para você se sentar novamente, serão cinquenta.

Harry dirigiu-se ao seu lugar e se sentou, Snape olhou para a turma.

— Como eu ia dizendo antes de ser interrompido por Potter, o Prof. Lupin não registrou os tópicos que já abordou até hoje...

— Professor, por favor, já estudamos os bichos-papões, os barretes vermelhos, os kappas e os grindylows. — informou Hermione rapidamente. - E íamos começar...

— Fique calada. — disse Snape de forma fria. — Não lhe pedi informação, estava apenas comentando a falta de organização do Profo. Lupin.

— Ele é o melhor professor de Defesa contra as Artes das Trevas que já tivemos. — disse Dino Thomas de forma corajosa, e ouviu-se um murmúrio de aprovação dos outros alunos. Eles não sabem ficar de boca calada não? Assim a nossa ‘convivência’ com Snape, que parecia mais ameaçador do que nunca, vai ficar muito desagradável.

— Vocês se satisfazem com muito pouco, Lupin não está puxando nada por vocês. Eu esperaria que alunos de primeiro ano já pudessem cuidar de barretes vermelhos e grindylows. Hoje vamos discutir... - Snape folheou o livro até o último capítulo. - Lobisomens. — disse ele.

— Mas professor, — protestou Hermione. — não podemos estudar Lobisomens ainda! Vamos começar os hinkypunks...

— Srta. Granger, — disse Snape com uma voz letalmente calma. — eu tinha a impressão de que era eu que estava dando a aula e não a senhorita. E estou mandando todos abrirem a página 394 do livro. — ele olhou a turma novamente. — Todos Agora!

Com muitos resmungos por parte dos outros alunos, nós abrimos os livros.

— Qual de vocês sabe me dizer como é que se distingue um Lobisomende um lobo verdadeiro? — perguntou o professor.

Todos ficaram calados e imóveis; menos eu e Hermione, que levantamos nossas mãos quase que imediatamente.

— Alguém sabe? — insistiu Snape, fingindo não ver as nossas mãos.— Vocês estão me dizendo que o Profo. Lupin sequer ensinou a vocês a diferença básica entre...

— Nós já lhe informamos, — interrompeu-o Parvati — ainda não chegamos aos Lobisomens, ainda estamos...

— Silêncio! — mandou o professor de forma ríspida. — Ora, ora, ora, nunca pensei que um dia encontraria uma turma de terceiro ano que não soubesse reconhecer um Lobisomen quando o visse. Vou fazer questão de informar ao Prof. Dumbledore como vocês estão atrasados...

— Professor, por favor — tornou a pedir Hermione. —, o Lobisomen se diferencia do lobo verdadeiro por pequenos detalhes.

– O focinho do Lobisomen... – continuei de onde ela parou, porém fui interrompida pelo professor.

— Esta é a segunda vez que a senhorita fala sem ser convidada. — disse ele de forma fria, se dirigindo a Hermione. — Menos cinco pontos para Grifinória por ser uma intragável sabe-tudo. – em seguida, se dirigiu a mim: - E menos cinco pontos para Grifinória por ter se intrometido onde não foi chamada. – ouch. Doeu.

Percebi que Mione, que estava vermelhíssima, baixou a mão e ficou olhando para baixo com os olhos marejados.

— O senhor nos fez uma pergunta e Hermione sabe a resposta, assim como Verona! Por que perguntou se não queria que ninguém respondesse? – falou Rony, em voz alta.

Snape caminhou até o ruivo lentamente.

— Detenção, Weasley. — disse ele. — E se algum dia eu o ouvir criticar o meu modo de ensinar outra vez, o senhor vai realmente se arrepender.

Ninguém mais falou nada durante o resto da aula. Quando a sineta finalmente tocou, o professor reteve a turma.

— Cada aluno vai escrever uma redação para me entregar, sobre as maneiras de reconhecer e matar Lobisomens. Quero dois rolos de pergaminho sobre o assunto e quero para segunda-feira de manhã. Está na hora de alguém dar um jeito nesta turma. — e logo em seguida acrescentou: — Weasley, você fica, precisamos combinar a sua detenção.

Saímos da sala e, quando já estávamos longe da sala, os alunos começaram a reclamar muito do professor.

— Snape nunca foi assim com nenhum dos outros professores de Defesa contra as Artes das Trevas, mesmo que quisesse o cargo deles. — comentou Harry. — Por que está perseguindo o Lupin? Será que tudo isso é por causa dos bichos-papões?

— Não sei. — respondeu Hermione, enquanto eu estava calada. — Mas vou realmente torcer para que o Prof. Lupin melhore logo.

Rony nos alcançou cinco minutos depois, parecendo um cão raivoso.

— Vocês sabem o que aquele (ele xingou Snape de uma coisa muito feia que fez Hermione repreendê-lo) vai me obrigar a fazer? Tenho que lavar as comadres da ala hospitalar. Sem usar magia! Por que o Black não podia ter se escondido na sala de Snape, hein? Podia ter acabado com ele para nós!

– Só porque você não gosta do Snape não significa que ele deva morrer, Rony. – resmunguei, e os três me olharam incrédulos.

– Ele praticamente te chamou de intrometida! – exclamou Harry. – Por que você o defende?

– Eu não gosto de muita gente e mesmo assim não fico desejando a morte deles! – exclamei, - Se me derem licença, preciso começar a redação.

Eu acordei cedo no dia seguinte, muito cedo. Eram por volta de quatro horas da manhã, e acordei com uma trovoada alta que roncou no céu. Na verdade, eu acordei por causa de um pesadelo, mas vamos fingir que foi com a trovoada. Ainda estava escuro e, embora eu tentasse dormir de novo, sabia que não iria conseguir. Suspirei, me levantando e colocando minhas pantufas de unicórnio que não combinavam com o meu pijama¹ – que consistia em uma blusa cinza da banda Iron Maiden e uma calça preta de moletom. Peguei um de meus livros favoritos dentro do meu malão, Jogos Vorazes, e saí do dormitório feminino, indo para a Sala Comunal que, como o esperado, estava vazia. Sentei-me em uma poltrona diante da lareira, peguei meu livro e comecei a ler.

Fiquei lendo por algum tempo, e estava extremamente concentrada nas mortes - quer dizer, no livro - quando ouvi passos na escada do dormitório e alguém falando alguma coisa, e logo olhei para a direção de onde ouvi o som, e vi que era Harry. Ele já estava arrumado e com sua vassoura - uma Nimbus 2000, se não me engano - e falava com... Bichento (?). Ok. Ele endoidou.

Assim que ele desceu, foi quando ele finalmente me notou, e me olhou confuso.

– O que você está fazendo acordada tão cedo? – questionou, se sentando em uma poltrona ao meu lado.

– Pesadelo, e você? – perguntei, fechando o livro e marcando a página.

– Pirraça. – respondeu, e eu ri baixinho.

Ficamos em silêncio por algum tempo, apenas observando o crepitar do fogo na lareira e ouvindo o barulho da tempestade lá fora.

– Foi um pesadelo muito ruim? – perguntou Harry, quebrando o silêncio e me olhando, parecendo preocupado.

Encolhi os ombros. –Eu estava parada na frente de um espelho que tinha, entalhado em sua parte de cima, a frase “Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn”. E... Ele não era um espelho normal. Eu não via o meu reflexo, Harry. – baixei meus olhos para meu livro, que estava no meu colo. – Eu estava mais jovem, provavelmente com uns 11 anos. E, no espelho, havia um casal atrás de mim. Eles pareciam jovens; ela parecia triste, ele parecia frio. Ambos usavam vestes negras, assim como eu, e as mangas estavam levantadas; nós três tínhamos uma marca no braço esquerdo, era um crânio com uma serpente saindo da boca. Doía muito. Eu queria chorar e, pela cara da mulher, ela também. O homem parecia sentir prazer com nossa dor. – murmurei a última parte. – O estranho é que o espelho diz “Não mostro seu rosto, mas o desejo em seu coração”, mas eu não desejo aquilo, Harry. Eu desejo uma família, mas será que aquela é a única família que eu poderia ter?

– Ei, Vê, olha pra mim. – ouvi Harry falar e levantei meu rosto, fitando-o. Ele parecia chocado com o que eu falei, porém me olhava com um sorriso compreensivo. – Eu conheci esse espelho também, sabia? Eu vi meus pais. Não foi real, mas me confortou saber que o meu maior desejo não é algo de mal para alguém. O seu desejo foi o mesmo que o meu, não foi? Uma família. Aquela no seu sonho era a família que você poderia ter tido, mas, agora, nós também somos sua família. – me abraçou, e eu me aconcheguei em seus braços.

Ficamos em silêncio alguns minutos, até que eu resolvi quebra-lo:

– Ohana? – o olhei, sorrindo.

Ele sorriu, - Ohana.

Na hora que deduzimos ser a do café da manhã, nos dirigimos ao buraco do retrato – e obviamente eu me arrumei antes.

— Pare e lute, seu cão sarnento! — berrou Sir Cadogan para Harry.

— Ah, cala essa boca. — retrucamos juntos.

Eu comi mais ou menos um banquete na hora do café da manhã: torradas, suco de abóbora, Bolos de Caldeirão, Peixe Defumado e até mesmo Tortinhas de Abóbora. Eu tenho uma alimentação saudável, admito. Harry comeu apenas uma tigela de mingau de aveia, e, quando começou a comer as torradas, o resto do time apareceu no Salão Principal.

Olívio não queria comer nada, então eu precisei apelar para meu charme:

– Olívio, ou você come pelo menos uma torrada, ou você vai parar na enfermaria com um sapato enfiado na sua garganta tão profundamente que nem a Madame Pomfrey vai conseguir tirar. – ameacei, e vi que todos os alunos que ouviram seguraram o riso, e Olívio pareceu ter ficado com medo, porque comeu uma torrada.

— Vai ser uma partida dura. — ele comentou logo depois.

— Pare de se preocupar, Olívio. — disse uma das jogadoras. — Não vamos derreter com uma chuvinha à toa.


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Notas finais do capítulo

¹ http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=157421824
Agradeço de novo ao JC divo e a todos os que comentaram nos capítulos anteriores (e os que comentarão aqui também, hehe)! Obrigada por tudo, e espero que tenham gostado desse capítulo!
Até a próxima, pessoal! Vou tentar postar o próximo capítulo o quanto antes :)



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