Avada Kedavra escrita por potterstinks


Capítulo 10
[1x9] Asma.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
O capítulo está pequeno porque fiz com um pouco de pressa, já que vou ter que sair hoje e não vou poder postar depois, e prometi que postaria um hoje.
Obrigada por todos os comentários no último capítulo e, sem mais delongas, boa leitura!



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Capítulo IX

Asma.

"Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga dolorida pelas razões certas."

Não era uma “chuvinha”, como a tal jogadora disse. Mas a escola inteira apareceu para assistir à partida, e eu só apareci porque Harry falou que eu nunca tinha visto uma partida antes e me ameaçou (“Se você não aparecer, eu sequestro os seus livros!”).

Eu estava ao lado de Hermione e Rony, com muito, muito frio. O vento estava tão forte que os jogadores entraram em campo cambaleando; nós, nas arquibancadas, estávamos aplaudindo, porém os jogadores provavelmente não ouviam, já que trovejava bastante.

Os jogadores da Lufa-Lufa entravam pelo lado oposto do campo, com suas vestes amarelas. Os capitães foram ao encontro um do outro e apertaram as mãos um do outro. Assim que Madame Hooch soprou o apito, a partida começou.

Sinceramente, eu não estava entendendo nada. Na verdade, eu não estava conseguindo enxergar nem ouvir nada. Tenso. Acho que preciso trocar minhas lentes.

O céu estava escurecendo, como se a noite tivesse resolvido aparecer mais cedo; todos agora estavam extremamente encharcados, e a chuva tão grossa que mal se conseguia distinguir quem era quem.

Com o primeiro relâmpago ouviu-se o som do apito de Madame Hooch; o time inteiro desceu, indo para onde Olívio estava.

— Já volto. – disse Hermione com um sorriso no rosto, antes de sair correndo até o time, segurando sua capa por cima da cabeça.

Eu e Rony nos entreolhamos, confusos, dando de ombros logo em seguida. Hermione provavelmente vai fazer alguma genialidade que nos faça ganhar.

Assim que Hermione voltou, nos explicou de um feitiço para repelir a água que ela achou em um de seus livros. Como eu disse antes: genial.

Realmente, o feitiço adiantou bastante; Harry parecia mais determinado a encontrar o pomo.

Ouvimos outro trovão novamente, dessa vez acompanhando um raio – a partida estava ficando extremamente perigosa. Harry precisava chegar ao pomo depressa, ou acidentes aconteceriam.

O moreno pareceu subitamente distraído ao observar algo na arquibancada; olhei para trás para ver o que era, porém não consegui ver nada. E, bem na hora, o apanhador lufano estava indo em direção a pequena bolinha dourada que havia entre os dois.

– Harry! – gritou Wood. – Harry, atrás de você!

Harry disparou em direção ao pomo assim que viu o mesmo, porém algo distraiu minha atenção do jogo. Um silêncio foi caindo sobre o estádio, até mesmo o vento forte parou momentaneamente de rugir. Era como se eu tivesse ficado surda de repente.

Então uma onda de frio atingiu a todos, porém Harry parecia ser o mais prejudicado. Fiquei com falta de ar subitamente, e olhei para baixo, no campo; cem dementadores, no mínimo, olhavam para Harry sob os rostos encapuzados.

– HARRY! – gritei, assim que percebi que ele começou a cair. Eu estava com muita falta de ar, mas estava mais desesperada.

Ele foi caindo, caindo sem parar. Dumbledore correu para o campo, agitou a varinha e murmurou algum feitiço, fazendo Harry desacelerar antes de cair no chão; logo em seguida, disparou algo contra os dementadores, provavelmente um patrono corpóreo, e usou magia para colocar Harry em uma padiola, antes de começar a carrega-lo com magia para a ala hospitalar.

Harry parecia estar morto. Não. Não. Não. Ele não pode estar morto.

Hermione e Rony saíram correndo, indo para onde Dumbledore estava levando Harry. Eu os segui – caminhando, é claro, – enquanto tossia muito. Fazia muito tempo desde minha última crise de asma, droga.

Não prestei atenção no rumo que o jogo tomou, apenas que o time também estava indo para a ala hospitalar apressadamente. Ninguém percebeu que eu estava tossindo, tentando respirar e, provavelmente, mais pálida que o normal, óbvio. Quem perceberia?

Foi então que os gêmeos pareceram me ouvir, porque olharam na minha direção quase que imediatamente.

Imagina a cena:

Uma garota extremamente molhada – não no duplo sentido, maliciosos de plantão –, pálida, com a boca roxa, tossindo pra caramba e respirando com dificuldade. Ah, chorando também - chorando porque Harry poderia estar morto.

– Verona? Tá tudo bem? – perguntaram ao mesmo tempo, se aproximando preocupados.

– Tudo ótimo. – tossi novamente.

– Você é uma péssima mentirosa. – comentou Jorge, me pegando no colo estilo noiva. Awn.

– Eu sei. – murmurei, antes de cair na inconsciência.

Acordei deitada em algum lugar. Provavelmente na ala hospitalar. Lembrei-me do que aconteceu antes e abri os olhos, vendo que estava deitada em uma maca perto da de Harry, e o time de Quadribol da Grifinória, assim como Rony e Hermione, rodeava a cama do moreno, todos sujos de lama – menos Rony e Mione.

– Que sorte que o chão estava tão mole.

– Achei que ele estava mortinho.

– Mas ele nem quebrou os óculos.

– Ele nunca quebra os óculos, parece o cabelo do Goku, porque acontecem tretas loucas e os óculos estão sempre aí. – comentei, com a voz estranhamente rouca, e só então eles pareceram me notar.

– Você está bem? – perguntaram todos em uníssono.

– Hã... Sim? – perguntei, confusa.

– Por que você não nos contou que tinha asma? – perguntou Hermione, me olhando de forma repreendedora. Percebi que os olhos dela estavam extremamente vermelhos.

– Por que eu falaria? – encolhi os ombros.

– Você era outra que parecia morta! – exclamou Rony. – Imagina perder os dois e ainda no mesmo dia? Eu me mataria! – murmurou.

– Awn o Roniquinho ficou preocupado. – disseram os gêmeos juntos, de forma divertida.

As orelhas de Rony (?) ficaram extremamente vermelhas, antes dele dizer:

– Vocês dois também! O Jorge estava quase chorando de desespero quando chegou com você aqui, Verona. – disse o garoto, se dirigindo a mim.

Corei, assim como o ruivo mencionado, e todos deram risadinhas, principalmente Hermione, que me dirigiu um olhar que dizia “Você vai me contar tudo depois”. Mas o clima ainda estava muito tenso; Harry não havia acordado ainda. Nós estávamos pálidos e alguns com os olhos vermelhos de choro, então estávamos parecendo vampiros enlameados...

Isso saiu mais estranho do que eu pensei.

Fiquei olhando para Harry, e percebi que a respiração dele estava parecendo mais acelerada; ele estava prestes a acordar. EBA!

O garoto abriu os olhos, e eu sorri feliz. Ele parecia confuso.

– Harry! – exclamou Fred. – Como é que você está se sentindo?

– Que aconteceu? – perguntou o moreno, sentando-se na cama de forma tão repentina que acabamos precisando reprimir gritos de surpresa.

– Você caiu da vassoura. – contou Fred. – Deve ter caído de uns quinze metros!

– Pensamos que você tivesse morrido. – disse Alicia trêmula. Hermione fez um barulhinho esganiçado.

– Mas o jogo. – perguntou Harry. – Que aconteceu? Vamos jogar outra vez?

Ninguém teve coragem para dizer nada.

– Nós não... Perdemos? – Harry parecia triste.

– Diggory apanhou o pomo. – informou Jorge. – Logo depois de você cair. Ele não percebeu o que tinha acontecido. Quando olhou para trás e viu você no chão, tentou paralisar o jogo. Queria um novo jogo. Mas tiveram uma vitória justa... Até Olívio admite isso.

– Onde está Olívio? – eu e Harry perguntamos juntos, quando percebemos a ausência do capitão. Harry me olhou, provavelmente se perguntando o motivo de eu estar em uma maca também. Sorri e acenei.

– Ainda está no banho. – respondeu Fred. – Achamos que ele está tentando se afogar.

Percebi Harry abaixar a cabeça até os joelhos, agarrando os cabelos desgrenhados com as mãos. Fred segurou-o pelos ombros e o sacudiu com força. Nossa, quanto carinho.

– Anda, Harry, você nunca perdeu o pomo antes. – disse ele.

– Tinha que haver uma primeira vez. – completou Jorge.

– Mas a coisa não terminou aqui. – disse Fred. – Perdemos por uma diferença de cem pontos, certo? Então se Lufa-Lufa perder para Corvinal e vencermos Corvinal e Sonserina...

– Lufa-Lufa terá que perder, no mínimo, por duzentos pontos. – comentou Jorge.

– Mas se eles vencerem Corvinal...

– Nem pensar, Corvinal é bom demais. Mas se Sonserina perder para Lufa-Lufa...

– Tudo depende do número de pontos, uma margem de cem pontos a mais ou a menos...

Alguns minutos depois, Madame Pomfrey veio dizer ao time para nos deixarem em paz. E falou que eu poderia sair no dia seguinte, porque antes ela precisaria falar comigo.

– A gente volta para ver você mais tarde. – disse Fred, se dirigindo ao moreno. – Não fique se martirizando, Harry, você ainda é o melhor apanhador que já tivemos. – e em seguida se dirigiu a mim: – E você, mocinha, teremos uma conversa muito séria mais tarde.

– Tá bom, papai. – brinquei.

O time saiu, e Madame Pomfrey fechou a porta após eles passarem, com uma expressão de censura no rosto. Rony e Hermione se aproximaram.

– Dumbledore ficou realmente furioso. – contou Hermione com a voz trêmula. – Nunca vi o diretor assim antes. Ele correu para o campo quando você começou a cair, agitou a varinha e você meio que desacelerou antes de bater no chão. Depois, virou a varinha para os dementadores. Disparou uma coisa prateada contra eles. Os caras abandonaram o estádio na mesma hora... Ele ficou furioso que os dementadores tivessem entrado nos terrenos da escola. Ouvimos ele...

– Aí ele usou a magia para botar você numa padiola. – disse Rony. – E saiu a pé até a escola, com você flutuando do lado, na padiola. Todo mundo pensou que você estava...

Harry estava distraído, isso era um fato. Rony e Mione o observavam aflitos, e eu apenas o fitava cuidadosamente.

Isso afetou ele – não somente a derrota, mas os dementadores também.

– Alguém apanhou a minha Nimbus?

Rony e Hermione se entreolharam. Vish.

– Hum...

– Que foi? – perguntou Harry.

– Bem... Quando você caiu a vassoura foi levada pelo vento. – começou Hermione, hesitante.

– E?

– E bateu... Bateu... Ah, Harry... Bateu no Salgueiro Lutador.

– Aonde? – perguntei para mim mesma, confusa, mas fiquei prestando atenção no que eles falavam. Bateu em um salgueiro que luta, então não aconteceu algo bom com a vassoura de Harry

– E? – insistiu o moreno, parecendo temer a resposta.

– Bem, você conhece o Salgueiro Lutador. – disse Rony. – Ele... Ele não gosta que batam nele.

– O Prof. Flitwick trouxe a vassoura de volta pouco antes de você recuperar os sentidos. – completou Hermione, com a voz baixinha.

Devagarinho, como se estivesse temendo a reação de Harry, ela se abaixou para pegar um saco aos seus pés e despejou-o. Caíram na cama vários pedacinhos de madeira e gravetos. Oh shit. R.I.P Vassoura do Harry.

Harry pareceu ficar ainda mais deprimido após ver o que sobrou de sua vassoura. Tadinho. Ele precisa se benzer.

– O que você está fazendo aqui, Vê? E por que sua voz está tão rouca? – perguntou ele, tentando mudar de assunto.

– Essa safada teve uma crise de asma e desmaiou! – disse Hermione, me olhando com os olhos semicerrados.

– Você tem asma? – Harrry perguntou confuso.

– Sim... – respondi lentamente.

Após um tempo em silêncio, Rony e Mione foram embora, e ficamos apenas nós dois lá.

– Você está bem? – o olhei preocupada.

– Sim... Muito bem... – respondeu ele, distraído.

– Se quiser eu posso comprar uma vassoura nova pra você. – comentei.

– Não precisa... Tá tudo bem... – falou, olhando para o nada.

– Ah... Você viu aquele dragão verde neon cantando We Will Rock You na porta? – perguntei casualmente, após um tempo em silêncio.

– Sim, sim... - ele disse, sem prestar atenção. - Espera... Dragão verde neon?! Cantando?! – perguntou confuso, parecendo sair do transe, enquanto eu ria sem parar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentários? Sugestões?
Obrigada por terem lido e por todos comentários/favoritos.
Até a próxima! :)