Avada Kedavra escrita por potterstinks


Capítulo 13
[1x12] Discussão & sonhos.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, me perdoem, sério. Ontem (assim como toda a semana) eu estava com o mesmo problema que a semana passada, porém, desta vez, eu ainda precisava fazer algumas tarefas de ciências e estudar para a prova de matemática que eu tive hoje. Me perdoem pelo capítulo estar tão pequeno também, mas não estou tendo muito tempo para escrever ultimamente.
E nesse capítulo eu quero agradecer principalmente a Sarah Black, que recomendou a fic! Muito obrigada mesmo, sua linda (já te agradeci bastante por MP, mas agradeci aqui também, haha)! Obrigada a todos que comentam, favoritam, acompanham e recomendam a fic, vocês que me motivam a continuar!
Sem mais delongas, boa leitura, e espero que gostem do capítulo!



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Capítulo XII

Discussão & sonhos.

“Eu sei que você já sentou no chão do banheiro e chorou com a porta trancada, por medo de alguém te ver chorando. E eu sei que você já segurou o choro, e fazer isso doeu. E muito.”

Conversamos por algum tempo, quando resolvi ir embora. Despedi-me de Jorge, porém, antes de realmente ir embora, comprei os presentes de Natal para todos. Após isso, voltei ao porão da Dedosdemel, atravessei o túnel e cheguei ao castelo; fora uma tarefa surpreendentemente fácil dessa vez, devo admitir.

Durante o jantar, percebi que algo estava errado; Harry estava estranhamente calado, e Rony e Hermione o observavam, parecendo nervosos. Foram poucas palavras que trocamos, mas dava para cortar a tensão com uma faca.

Assim que subimos para a sala comunal, descobrimos que Fred e Jorge tinham soltado bombas de bosta num arroubo de animação. Observei o testa rachada subir discretamente para seu dormitório, e fui atrás dele silenciosamente. Ninguém percebeu, graças a Merlin. Fiquei parada na soleira da porta, enquanto observava uma cama que tinha as cortinas fechadas. Andei até lá cautelosamente, abrindo um pouco o cortinado e o observando enquanto ele olhava uma foto em um álbum de fotografias.

— O que aconteceu? – questionei, cruzando os braços e os olhando com a sobrancelha erguida.

Ele me observou, erguendo uma sobrancelha e parecendo irritado.

— O que você está fazendo aqui? – questionou.

— Comprando pamonha. – respondi sarcasticamente. – Vim ver o que aconteceu, sobrevivente.

Ele revirou os olhos, e logo em seguida me contou resumidamente a história que ouvira no Três Vassouras.

— Cara, essa história tá muito estranha. – comentei, após ouvir, e Harry me olhou incrédulo.

— Estranha? Veronica, Black é o culpado pela morte de meus pais e quer me matar! O que tem de estranho nisso?

Revirei os olhos.

— Quais são as provas que eles têm de tudo isso, Potter? Eles estavam lá e viram tudo isso acontecer, entraram dentro da mente do Black ou algo do tipo?

— Não, mas...

— Continuo não acreditando. – o cortei, dando de ombros.

— Não acredita? NÃO ACREDITA?! Veronica, ele é a razão pela qual meus pais estão mortos e eu tenho esta maldita cicatriz na minha testa! Ele é a razão de tudo isso!

— Ele os matou? Uau, agora ele se chama Voldemort? Impressionante. – oi sarcasmo, você por aqui?

— Veronica, por que você simplesmente não acredita? As pessoas não são presas injustamente! Black fez isso, aceite! E por que diabos você está o defendendo? Não foi você que perdeu os pais por causa dele e não escuta a morte de sua mãe toda vez que um dementador chega perto! Você tem uma vida perfeita, e não tem a porra de direito de acreditar ou não acreditar, só calar a boca e não se meter! – explodiu.

O olhei incrédula, enquanto ele mesmo pareceu chocado com o que havia falado.

— Vê, eu não...

O cortei, – Boa noite, Potter. Espero que durma bem. – e saí do quarto, descendo as escadas pisando duro e com lágrimas de raiva nos olhos.

— Vê, tá tudo bem? – ouvi Rony perguntar, hesitante.

— Tudo ótimo. – respondi sem o olhar, subindo as escadas para os dormitórios femininos.

Assim que entrei no dormitório que dividia com Hermione e as outras duas garotas, fiquei grata por perceber que nenhuma delas estava lá. Tirei minhas vestes rapidamente, colocando um pijama qualquer, e fui para a minha cama, fechando o cortinado.

Observei o teto, pensando em tudo. Eu realmente não entendi o motivo de ter defendido Black, e nem o motivo de ter discutido isso com Harry, mas também não entendi porque ele gritou comigo. O mais irônico é que ele disse que eu não escuto a morte da mãe quando um dementador chega perto, mas eu escuto. Eu não estava com ela quando ela morreu, creio eu, mas eu escuto. Embora Harry tenha passado por coisas realmente horríveis, ele não é o único que sofre.

Se eu tenho uma vida perfeita, o Prof. Snape usa shampoo” pensei.

Eu ando precisando desabafar urgentemente, mas tenho medo de que meus amigos se afastem de mim depois disso.

Fiquei um tempo apenas pensando, quando ouvi uma voz hesitante:

— Vê, você está acordada? – era Hermione, que provavelmente estava ao lado de minha cama.

Não respondi; fechei os olhos e fingi estar dormindo, porém, após um tempo, realmente dormi. Só que, infelizmente, não foi um sono sem sonhos...

Eu estava na frente do mesmo espelho daquele dia, porém, estranhamente, a imagem havia mudado. Eu não me via mais com aquele casal.

Eu me via mais velha, provavelmente com uns 20 anos. Ao meu lado, estava um lindo rapaz ruivo; ele tinha olhos castanhos, era alto e tinha um corpo definido, sua pele clara fazia o contraste perfeito junto de seus cabelos ruivos incrivelmente bagunçados. Era... Jorge?! Ele estava com a mão na minha barriga, que parecia uma barriga de grávida, e nós dois estávamos com sorrisos bobos idênticos em nossos rostos.

Logo a cena mudou; a lua brilhava no céu, assim como uma infinidade de estrelas. Era uma longa rua, com belas casas pequeninas e de dois andares. O local estava vazio, exceto por uma mulher; ela era extremamente parecida comigo, exceto pelo fato de que ela tinha seus olhos em um azul acinzentado extremamente belo. Ela caminhava em passos rápidos enquanto, com um pequeno embrulho em seu colo, olhava frequentemente para os lados. Parecia estar com medo de algo, ou melhor, alguém. Ela olhou para os dois lados, antes de entrar em uma das pequenas casas.

O ambiente era aconchegante, porém o medo da mulher continuava presente, eu conseguia sentir que ela estava apavorada. Ela trancou a casa, usando até mesmo um feitiço, e caminhou rapidamente até o segundo andar da mesma, andando por um corredor e entrando na primeira porta; era um quarto de bebê, decorado em tons claros de lilás e rosa. Ela deixou o pequeno embrulho no berço que lá havia, e eu pude ver a garotinha. Ela tinha cabelos loiros não muito claros, tinha a pele pálida e mantinha os seus olhinhos fechados. Ela era... Eu?

— Meu amor, mamãe te ama, ouviu? – a mulher começou a dizer, com sua voz trêmula, deixando as lágrimas escorrerem por todo o seu rosto delicado. – Acredite em mim quando eu digo que não queria que isso tivesse acontecido. Eu queria que pudéssemos ter uma vida normal, mas, infelizmente, querer não é poder. Nunca se esqueça de que eu te amo mais do que tudo, e algum dia nós nos reencontraremos. Mas até lá, coisas ruins poderão acontecer, e mamãe não vai estar aqui pra te proteger. Me perdoe por isso. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e, esteja onde estiver, eu irei cuidar de você, te proteger. E te amar incondicionalmente. – acariciou o pequeno rostinho da garota, que a olhava com lágrimas escorrendo de seus olhos esverdeados. Apesar de ser tão nova, a menina parecia ter entendido tudo o que a mãe lhe dissera.

Foi quando veio um estouro do andar de baixo, e a mulher pareceu mais apavorada do que antes.

— Ich liebe dich, Veronica. – sussurrou, secando as lágrimas e depositando um único beijo em sua testa, antes de sair do quarto apressadamente, trancando a porta.

— Tom... Por favor... – ela conversava com alguém, quando ouvi uma voz masculina dizendo:

— Crucio!

A mulher começou a gritar, gritos de pura dor e agonia. O homem começou a rir, rir não, gargalhar, enquanto a mulher gritava cada vez mais.

Enquanto ele falava com a mulher, ela ousara pedir para ele parar.

— Não há volta, sua tola! Agora é tarde demais para voltar atrás! – gritou o homem.

— Me mate, mas não faça nada para ela! – a mulher conseguiu dizer, entre seus próprios gritos. – Faça o que quiser, mas não a mate! Tenha piedade, Tom!

— Eu posso ter tudo, menos piedade! – gritou ele, com a voz fria. - AVADA KEDAVRA! – e logo veio o som de algo batendo no alvo.

Ele... Ele a matou?

— E não é Tom, é Voldemort. – completou.

Ouvi o som dos passos pesados e apressados vindos da escada; ele estava cada vez mais perto...

E então, eu caí de cara no chão. Literalmente.

— Verona, acorde! – ouvi a voz risonha de Hermione ao meu lado.

— Você é má, Hermione, muito má. – murmurei, me levantando e olhando para a garota, que já estava arrumada e me olhava segurando o riso. – Onde estão as outras? – questionei confusa, assim que percebi que apenas nós duas estávamos no dormitório.

— Em algum lugar. Hoje é o primeiro dia de férias, duh. – disse ela, como se fosse óbvio.

— Ahhh, verdade! – sorri.

— Agora, vai tomar banho porque nós iremos fazer os deveres. – mandou, e eu fiz um biquinho, fazendo um olhar pidão. – Nem vem com essa carinha, Vê, vamos aproveitar pra estudar hoje.

Resmungando algo que nem eu mesma entendi, peguei minhas roupas no meu malão e fui para o banheiro; assim que liguei o chuveiro e a água morna entrou em contato com minha pele, me permiti relaxar e logo em seguida meus pensamentos voltaram diretamente para aquele sonho. Só de pensar na primeira parte do mesmo, agradeci mentalmente a Merlin por ninguém estar me vendo naquele momento, porque meu rosto ficou tão vermelho quanto um tomate. Acho que meio que entendi a diferença entre o sonho que eu tive naquele outro dia, que também tinha o espelho, para o de hoje: ambos mostraram o meu desejo mais profundo, mas apenas um eu talvez consiga realizar e apenas um mostra a verdadeira família feliz. Quem adivinhar de qual deles eu estou falando ganha uma flor.

E então, meus pensamentos foram para a segunda parte do sonho... Será que aquilo realmente aconteceu? Será que... Será que foi daquele jeito que minha mãe morreu?

“Ich liebe dich, Veronica.”

Ich liebe dich, mamãe.

— Verona, sua lesma em forma de gente, eu vou te esperar lá embaixo! – ouvi a voz de Hermione, e ri baixinho.

— Tudo bem, apressadinha! – gritei para ela, e ouvi ela rindo também, antes de ouvir a porta do dormitório bater.

Após já ter terminado o banho, uns 15 minutos depois, me vesti¹ calmamente; havia escolhido antes uma camiseta estilo regata preta, uma calça jeans rasgada, um cardigã preto com cruzes brancas e uma botinha marrom, que parecia de couro.

Peguei minha mochila simples, que era totalmente preta, coloquei dentro dela alguns livros escolares, assim como o primeiro livro trouxa que eu li e amei logo de cara, alguns pergaminhos, penas, tinteiros e tudo o que seria necessário.

UM PENSAMENTO ALEATÓRIO

Preciso de comida

Saí do dormitório e desci as escadas rapidamente, vendo que a sala comunal estava deserta, com exceção de Hermione, que havia espalhado os deveres em algumas mesas, e Rony, que comia sapinhos de creme de menta. Também tínhamos a maravilhosa presença de Bichento, que estava esparramado diante da lareira.

Deixei minha mochila em uma poltrona perto dos dois, e tirei o meu exemplar de ANVCK, que é minha sigla super-maneira para As Nove Vidas de Chloe King – esse é aquele livro trouxa que eu falei. Sentei na poltrona, deixando a mochila de lado, e comecei a ler.

“Ele cortou a garganta dela.

— Id tibi facio, Deus — sussurrou ele, colocando a lateral da mão esquerda sobre o coração, com o dedão apontado para cima no meio do peito. Um suspiro delicado escapou da garota que morria; um filete de sangue escorrendo pelo pescoço dela. Marcas ínfimas de um assassino experiente. Ele fez uma reverência com a cabeça. — Por lealdade à Ordem da Décima Lâmina. Pater noster, rex gentius.

Ajeitou a cabeça da menina para que parecesse mais confortável e fechou os olhos dela. Então limpou a minúscula lâmina em um lenço, agachou-se e esperou.

Quando ela acordasse, ele a mataria outra vez.” — li baixinho, suspirando. – Que começo lacrador.

Ouvi passos na escada do dormitório masculino, logo em seguida ouvindo a voz do Potter perguntar:

— Onde foi todo mundo?

— Para o palácio de Hades tomar chá com ele e a Perséfone, enquanto Nico dança Touchin’ On My de forma extremamente sensual e o Percy fica babando por aquele corpinho lindo. Ui. – respondi, sem levantar meus olhos da página.

— O que... – começou Hermione, mas foi cortada por Rony.

— Apenas ignore. – ele sussurrou. – Embora! Hoje é o primeiro dia das férias, está lembrado? – respondeu Rony, se dirigindo ao testa-rachada. – É quase hora do almoço; eu ia subir para acordá-lo daqui a pouquinho.

— Você não está com uma cara muito boa, sabe. – ouvi a voz de Hermione dizer, antes de Harry retrucar:

— Estou ótimo.

Olhei para ele, revirando os olhos logo em seguida.

— Tá parecendo o professor Lupin. – comentei, e ouvi Rony rir baixinho.

— Harry, escuta aqui... – disse Hermione, ignorando meu comentário. – Você deve estar realmente perturbado com o que ouviu ontem, mas o importante é não fazer nenhuma bobagem.

— Como o quê?

— Como tentar ir atrás de Black. – disse Rony.

— Você não vai, não é mesmo, Harry? – insistiu Hermione.

— Porque não vale a pena morrer por causa do Black. – comentou o ruivo.

Quase revirei os olhos, mas me controlei.

— Vocês sabem o que eu vejo e ouço cada vez que um dementador se aproxima de mim? – Harry começou. – Ouço minha mãe gritar e suplicar a Voldemort. E se alguém ouve a mãe gritar daquele jeito, pouco antes de morrer, não dá para esquecer depressa. E se descobre que alguém que ela acreditava ser amigo foi o traidor que pôs Voldemort na pista dela...

— Mas não tem nada que você possa fazer! – disse a morena. – Os dementadores vão capturar Black e ele vai voltar a Azkaban e é muito bem feito para ele!

— Você ouviu o que Fudge disse. Black não é afetado por Azkaban como as pessoas normais. Não é um castigo para ele como é para os outros. – disse Harry, sombrio.

— Então o que é que você está dizendo? – questionou Rony. – Você quer... Matar Black ou coisa parecida?

— Não seja bobo. – me intrometi. – Harry não quer matar ninguém, não é mesmo, Potter? – lancei um olhar repreensivo para ele, que me olhou parecendo arrependido.

— Verona, sobre ontem...

— Não precisa falar nada. – o cortei. – Eu também ouço os gritos da minha mãe quando um dementador chega perto e, noite passada, eu sonhei com isso também! Sonhei com a morte da minha mãe, Harry! Você não é o único que tem problemas, você não é o único que quer vingança. Mas eu sei quem matou ela, e você não tem a certeza absoluta. Eu sei que quem matou minha mãe foi Voldemort. – Rony soltou uma exclamação de terror. – Enquanto você não tem certeza se foi realmente o Black. Mas quer ir atrás dele e o matar? Beleza, tudo bem. Faz o que você quiser Harry, só que eu não quero precisar ir ao enterro de um amigo meu no final do ano. – falei, chateada. Os três me olhavam estáticos, e eu apenas suspirei; levantando-me e deixando minhas coisas lá mesmo, caminhei até o buraco do retrato e saí.


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Notas finais do capítulo

¹http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_176/set?id=135230858 (sem o anel e a maquiagem)
E então, gostaram?
Comentem, favoritem, acompanhem, recomendem, façam o que quiserem, só me mostrem que estão gostando e que devo continuar! Vocês são os melhores, sério.
*Spoiler* Provavelmente será no próximo capítulo que a Vê irá conhecer o garoto que irá fazer parte do triângulo amoroso com ela e o Jorge. Quem será?
*Spoiler²* Daqui alguns capítulos Dumbledore irá contar a história dos pais da Vê, e vai ser um capítulo bem dramático e tal. Só pra avisar mesmo... hehe
Mas então... Obrigada por terem lido, e até o próximo capítulo!



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