Avada Kedavra escrita por potterstinks


Capítulo 12
[1x11] Hogsmeade.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!
Obrigada por todos os comentários no capítulo anterior, e sejam bem-vindos leitores novos! O capítulo tá saindo tarde, mas espero que gostem dele assim como eu gostei.
Boa leitura!



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Capítulo XI

Hogsmeade

"Às vezes, o que precisamos está tão próximo… Passamos, olhamos, mas não enxergamos. Não basta apenas olhar. É preciso saber olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração. O primeiro passo para existir é imaginar. O segundo é nunca se esquecer de que querer fazer é poder fazer, basta acreditar."

Duas semanas antes do fim do trimestre, o céu clareou e os terrenos enlameados da escola amanheceram cobertos de geada. No interior do castelo, havia um rebuliço de Natal no ar. No orfanato, no Natal faziam apenas uma ceia para todas as crianças; não tínhamos dinheiro suficiente para ganharmos brinquedos, e eu ficava feliz só de ganhar um “Feliz Natal” ou um abraço. O professor de Feitiços enfeitara sua sala com luzes pisca-piscas que eram fadinhas de verdade. Tanto Rony quanto Hermione haviam decidido permanecer em Hogwarts. E eu passei muito pouco tempo com os gêmeos, sempre dando uma desculpa qualquer.

E então, para a felicidade de todos, com exceção de Harry e eu, houve mais uma visita a Hogsmeade.

— Podemos fazer todas as nossas compras de Natal lá! – exclamou Hermione. – Mamãe e papai iriam adorar receber fios dentais de menta da Dedosdemel!

Então tá, né...

Eu e Harry iriamos ser os únicos estudantes do terceiro ano a não ir para Hogsmeade, e isso era muito chato. Na manhã de sábado em que eles iriam para o passeio, nos despedimos de Rony e Hermione, que estavam enrolados em capas e cachecóis, assim como nós dois, e tornamos a subir a escadaria de mármore, e fomos para a Torre da Grifinória, enquanto conversávamos sobre qualquer coisa. A neve caía no lado de fora das janelas, e o castelo estava estranhamente silencioso.

— Psiu... Harry! Verona!

Droga. Eu conheço essa voz.

Virei-me lentamente, no corredor do terceiro andar, e eu vi as duas pessoas que me eu menos gostaria de ver naquele momento. Corei instantaneamente ao ver Jorge – que, assim como Fred, estava nos olhando atrás da estátua de uma estranha bruxa de um olho só.

— Que é que vocês estão fazendo? – perguntou Harry, curioso. – Vocês não vão a Hogsmeade?

Jorge corou assim que me viu, porém acho que fui a única a perceber isso.

— Antes de ir viemos fazer uma coisa para animar vocês. – disse Fred, com uma piscadela misteriosa. – Venham até aqui...

O ruivo indicou com a cabeça uma sala de aula vazia, perto da estátua. Epa, epa, epa.

Acompanhamos os gêmeos, quando Jorge fechou a porta sem fazer barulho e se virou, sorrindo, para nós dois.

— Presente de Natal antecipado para vocês dois, jovens. – anunciou, sorrindo.

Fred tirou algo de dentro da capa e colocou em cima de uma carteira. Era...

— Um pergaminho! Ai meu Merlin, como eu estou feliz! Que emoção! Uau! – exclamei falsamente animada, e eles riram.

— Isso não é apenas um pergaminho! – exclamou Jorge, dando um tapa na minha cabeça. – É o segredo do nosso sucesso! – disse ele, dando uma palmadinha carinhosa no artefato.

Uh... Que estranho.

— Dói na gente dar esse presente para vocês dois. – disse Fred. – Mas decidimos, na noite passada, que vocês precisam muito mais dele do que nós. E, de qualquer maneira, já o conhecemos de cor. É uma herança que vamos deixar para vocês. Para falar a verdade, não precisamos mais dele.

— E para que nós precisamos de um pedaço de pergaminho velho? – perguntou Harry.

— Um pedaço de pergaminho velho! Já não bastava a nossa futura Sra. Weasley aqui dizer que era um pergaminho! – exclamou Fred, fechando os olhos com uma careta, e eu tinha certeza que fiquei tão vermelha quando um tomate, assim como Jorge, e Harry deu um risinho. – Explique para eles, Jorge.

— Bem... Quando estávamos no primeiro ano... Jovens, descuidados e inocentes...

— Inocentes? – ergui uma sobrancelha de forma desconfiada.

— Bem, mais inocentes do que somos hoje... Nos metemos numa certa confusão com Filch.

— Soltamos uma bomba de bosta no corredor e por alguma razão ele ficou aborrecido...

— Então Filch nos arrastou até a sala dele e começou a nos ameaçar com os castigos de costume...

—... Detenção...

—... Nos arrancar as tripas...

—... E não pudemos deixar de reparar numa gaveta do arquivo dele em que estava escrito Confiscado e Muito Perigoso.

— Não precisam continuar! – exclamou Harry, sorrindo.

— Bem, que é que vocês teriam feito? – questionou Fred. – Jorge soltou mais uma bomba de bosta para distrair Filch, eu abri depressa a gaveta e tirei... Isto.

— Não foi tão desonesto quanto parece, sabe. – disse Jorge.

— Calculamos que Filch nunca tivesse descoberto como usar o pergaminho.

— Mas, provavelmente suspeitou o que era ou não o teria confiscado.

— E vocês sabem como usar? – perguntou o moreno.

— Harry, você acha que eles passariam para nós se não soubessem usar? – dei um tapa na cabeça dele. – Sim, eles passariam. – resmunguei, pensando melhor.

Eles riram:

— Ah, sabemos. – disse Fred. – Esta joia nos ensinou mais do que todos os professores da escola.

— Vocês estão de gozação. – disse Harry, olhando para o pergaminho.

— Ah, é? – disse Jorge, com um sorrisinho.

Ele pegou sua varinha, tocou o pergaminho de leve e disse:

Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.

Na mesma hora, linhas de tinta muito finas começaram a se espalhar no pergaminho como uma teia a partir do ponto em que a varinha do ruivo tocara; elas se cruzaram e se abriram como um leque para os quatro cantos do pergaminho. Em seguida, no alto, palavras grandes, floreadas e verdes, apareceram, dizendo:

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas, fornecedores de recursos para bruxos malfeitores, têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO

Era, como o nome diz, um mapa – ah vá – que mostrava cada mínimo detalhe de Hogwarts. Haviam pontinhos mínimos de tinta que se moviam pelo mapa, cada um com um rótulo em letra minúscula – quando observei melhor, percebi que eram nomes. Um pontinho mostrava o Prof. Dumbledore, andando para lá e para cá em seu escritório; Pirraça, o poltergeist, estava na sala de troféus. O mapa também mostrava um conjunto de passagens, e muitas pareciam levar...

—... Diretamente a Hogsmeade. – disse Fred, acompanhando uma das passagens com o dedo. – São sete ao todo. Até agora Filch conhece essas quatro – ele as apontou –, mas temos certeza de que somente nós conhecemos estas outras. Não se preocupem com a passagem por trás do espelho no quarto andar. Nós a usamos até o inverno passado, mas já desabou, então está completamente bloqueada. E achamos que ninguém jamais usou esta porque o Salgueiro Lutador foi plantado bem em cima da entrada. Mas, esta outra aqui leva diretamente ao porão da Dedosdemel. Nós já a usamos um monte de vezes. E como vocês talvez tenham notado, a entrada é bem ali do lado de fora da sala, na corcunda daquela velhota de um olho só.

— Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas. – suspirou Jorge. – Devemos tanto a eles.

— Almas nobres, que trabalharam incansavelmente para ajudar novas gerações de transgressores. – disse Fred.

— Certo. – acrescentou Jorge depressa. – Não se esqueçam de limpar o mapa depois de usá-lo...

—... Senão qualquer um pode ler. – completou Fred.

— É só bater com a varinha mais uma vez e dizer "Malfeito feito!", e o pergaminho torna a ficar branco.

— Portanto, jovens, – disse Fred. – tratem de se comportar.

— Vejo vocês na Dedosdemel. – despediu-se Jorge, piscando, e então se virou para mim. – E depois eu posso falar com você? Por favor? – piscou os olhos repetidamente e eu ri, assentindo.

O ruivo sorriu, e os dois deixaram a sala, com sorrisos satisfeitos no rosto.

— Por qual passagem nós vamos mesmo? – perguntei para Harry, e ele apontou para a passagem secreta até a Dedosdemel.

Ele enrolou o mapa e guardou-o nas vestes; com muito cuidado, saímos da sala de aula, nos esgueirando até as costas da estátua da bruxa de um olho só.

Harry, parecendo confuso, puxou outra vez o mapa e eu pude ver que dois novos bonequinhos haviam aparecido no mapa, um deles rotulado Harry Potter e o outro Veronica Beauregard. O pequeno Harry de tinta parecia estar tocando a estátua com uma varinha pequenina, e o Harry grande (?) na mesma hora puxou sua varinha e deu um toque na estátua.

Uau! Que incrível! Não aconteceu nada.

Chequei o mapa, e percebi que um balão com um texto aparecera ao lado do seu boneco, e dentro do mesmo estava escrito "Dissendium”. Disse para Harry, e então ele sussurrou:

— Dissendium!

No mesmo instante, a corcunda da estátua se abriu, deixando espaço suficiente para admitir uma pessoa bem magra. Demos uma espiada rápida nos dois lados do corredor, Harry guardou novamente o mapa, se içou de cabeça para o buraco e deu impulso para frente. Fiz o mesmo, tendo cuidado para não o atropelar. Deslizamos um bom pedaço, descendo o que parecia ser um escorregador – de pedra – e aterrissamos na terra úmida. Como estava extremamente escuro, ambos erguemos a varinha, murmurando “Lumus!”. Agora que podíamos enxergar melhor, percebi que estávamos em uma passagem muito estreita, baixa e terrosa.

Harry ergueu o mapa, tocando-o com a ponta da varinha e disse:

— Malfeito feito!

O mapa imediatamente voltou ao normal; Harry o dobrou e enfiou-o dentro das vestes. Depois, começamos a andar. A passagem virava várias vezes, fazendo parecer que era uma toca de algum coelho gigante.

— O que há entre você e o Jorge, Vê? – perguntou Harry, quebrando o silêncio que se instalara.

— Espaço?

Ele riu. – Você sabe: os olhares, rostos corados...

— Não sei do que você está falando... Mas e então, pronto para se entupir de doces? – mudei de assunto.

A nossa caminhada, embora tenhamos conversado, foi como se fosse uma eternidade; depois do que pareceu uma hora, a passagem começou a subir. Alguns minutos mais tarde, chegamos ao pé de uns degraus muito gastos; começamos subir em silêncio. Foram mais de duzentos degraus, creio eu – estava ocupada demais observando a bunda de Harry, que subia na minha frente.

Harry bateu a cabeça em algo que parecia um alçapão e, devagarinho, empurrou o alçapão para cima e espiou pela borda. Subimos por lá, e estávamos, creio eu, em um porão, cheio de caixotes e caixas, no mais profundo silêncio. Fomos lenta e silenciosamente até a escada que levava ao andar superior; agora sim nós podíamos ouvir os sons do andar superior da loja.

De repente, enquanto estávamos imersos em pensamentos, uma porta se abriu próximo de onde estávamos: alguém ia descer.

Vish.

— E traga mais uma caixa de lesmas gelatinosas, querido, eles praticamente levaram tudo... – disse uma voz feminina.

Dois pés desceram a escada. Pulamos para trás de uma enorme caixa, e ouvimos um homem deslocando algumas caixas na parede oposta.

Nos entreolhamos, desesperados, e rapidamente saímos do esconderijo, abaixados, e subimos as escadas. Alcançamos a porta e saímos por ela, podendo perceber que estávamos atrás do balcão da Dedosdemel, então saímos quietinho de lado, nos levantamos assim que conseguimos.

A Dedosdemel estava extremamente cheia, e eu estava me sentindo no paraíso. Havia infinitas prateleiras de doces, cada um com a aparência mais apetitosa do que o outro. Quadrados de sorvete de coco, caramelos cor de mel, variedades de bombons em fileiras organizadas, assim como uma barrica enorme de feijõezinhos de todos os sabores, delícias gasosas – bolas de sorvete que faziam levitar –, e em outra parede havia os doces de "efeitos especiais": fio dental de menta, ratinhos de sorvete, penas de algodão-doce e bombons explosivos. Isso estranhamente me lembrou de Fred e Jorge...

Rony e Hermione estavam abaixo de um letreiro pendurado em um dos cantos mais distantes do salão, escrito “Sabores Incomuns”, enquanto ambos examinavam uma bandeja de pirulitos com gosto de sangue – pelos quais eu fiquei interessada. Paramos atrás dos dois e nos entreolhamos, com sorrisos igualmente marotos.

— Eca, não, Harry não vai querer esses, são para vampiro, imagino. Verona eu não tenho certeza. – ia dizendo Hermione.

— Eu gostaria de provar. – ambos quase pularam de susto, Rony quase deixando cair um vidro que estava prestes a mostrar para Hermione.

— Verona! Harry! – gritou Hermione. – Que é que vocês estão fazendo aqui? Como foi que vocês...?

— Uau! – exclamou Rony, impressionado. – Vocês já sabem aparatar!

— Apara-o-quê? – murmurei confusa.

— Claro que não aprendi. – Harry revirou os olhos, contando baixinho aos dois sobre o Mapa.

— Como é que Fred e Jorge nunca me deram esse mapa? – questionou Rony indignado. – Eu sou irmão deles!

— Mas eles não vão ficar com o mapa! – afirmou Hermione. – Vão entregá-lo à Prof. Minerva, não vão?

— Mione, Fred e Jorge o deram para nós, então nós não iremos entrega-lo. – informei a garota.

— Exato. – concordou Harry.

— Você é maluca? – exclamou Rony, se dirigindo a Hermione. – Entregar uma coisa boa dessas?

— Se entregássemos, iríamos ter que contar onde foi que conseguimos. Filch ia saber que Fred e Jorge surrupiaram dele! – disse o moreno.

— Mas e o Sirius Black? – sibilou Hermione. – Ele poderia estar usando uma das passagens do mapa para entrar no castelo! Os professores têm que saber disso!

— Ele não pode estar entrando por uma passagem. – retrucou Harry. – Tem sete túneis secretos no mapa, certo? Fred e Jorge calculam que Filch conheça uns quatro. E os outros três... Um desabou, de modo que ninguém pode passar. Outro tem o Salgueiro Lutador plantado na entrada, portanto, não se pode sair. E este que eu usei para chegar aqui... Bem... É realmente difícil ver a entrada dele no porão. Então, a não ser que Black soubesse que havia uma passagem...

E então, eu percebi um aviso colado dentro da loja de doces:

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA

Lembramos aos nossos clientes que até nova ordem, os dementadores irão patrulhar as ruas de Hogsmeade todas as noites após o pôr-do-sol. A medida visa garantir a segurança dos habitantes de Hogsmeade e será revogada quando Sirius Black for recapturado, portanto, é aconselhável que os clientes encerrem suas compras bem antes de anoitecer.

Feliz Natal.

— Estão vendo só? – falou Rony baixinho. – Eu gostaria de ver Black tentar entrar na Dedosdemel com dementadores pululando por todo o povoado. Em todo o caso, Hermione, os donos da Dedosdemel ouviriam se alguém arrombasse a loja, não? Eles moram no primeiro andar!

— Pessoal, eu prometi que iria falar com os gêmeos. Depois a gente se fala. – me despedi deles, saindo apressadamente da loja. Black não seria louco o suficiente para atacar em um local lotado, seria?

Enquanto passeava lentamente pelas lojas, admirando tudo e procurando duas cabeleiras ruivas idênticas, senti como se estivesse sendo observada. Olhei para o lado, vendo um estreito e escuro beco ao lado de uma das lojas, onde havia, bem no fundo, uma figura grande e com enormes olhos brilhantes – assim que olhei mais atentamente, percebi que era um... Cão. Era um cão negro, parecendo abatido e com fome.

Olhei para os lados, e percebi que ninguém havia me notado ali. Que bom.

Entrei cuidadosamente naquele beco e, cada vez que me aproximava mais daquele cão, percebi que ele me observava com curiosidade e pude captar um pouco de medo em seus olhos. Assim que cheguei mais perto dele, agachei-me a sua frente, olhando dentro daqueles olhos escuros.

— Ei, amigão. Você está com fome? – perguntei baixinho, mesmo sabendo que não iria obter resposta alguma. – Que feitiço... Hum... Ah, já sei! Accio prato de comida! – sussurrei, e logo um grande prato de comida, com os mais variados tipos de comida que se encontra no mundo bruxo, apareceu na nossa frente.

Sorri tristemente para o cão, que me olhava parecendo ainda mais confuso do que antes, mas vi que havia um brilho de curiosidade em seus olhos. Estranho...

— Tchau, garotão. Até mais. – me despedi, acariciando seu focinho, e logo em seguida voltando para a movimentação de alunos entrando e saindo de lojas.

Caminhei por algumas lojas, até ver dois ruivos entrando em uma loja, que parecia estar cheia de gente; assim que me aproximei mais, pude ler o nome claramente e, pelo visto, era a loja de logros e brincadeiras que os gêmeos mencionaram várias vezes, Zonko's. Entrei logo após alguns alunos que eu já havia visto algumas vezes na sala comunal, e fui até onde os gêmeos estavam, e pude perceber que Lino estava com eles. Eles observavam alguns artefatos que pareciam interessantíssimos, então parei atrás dos mesmos, com um sorrisinho em meus lábios.

— Com licença meninos, vim roubar um Weasley. Tchau meninos. – saí puxando Jorge em direção a saída, e consegui ouvir a risada deles lá no fundo.

Assim que saímos da loja, Jorge me olhou e fez um biquinho.

— Eu estava vendo as coisas, sabia?

— Mas eu sou mais importante. – mostrei a língua e ambos rimos.

Logo começamos a caminhar em silêncio, sem nenhum destino específico.

— O que você queria falar comigo? – perguntei, o fitando de forma curiosa.

Que não seja sobre o que aconteceu aquele dia, que não seja sobre o que aconteceu...

— Sobre o que aconteceu naquele dia.

— Ah... – murmurei.

— Mas acho melhor irmos para algum local mais reservado, não? – ele sugeriu, e eu assenti.

Caminhamos até uma lojinha situada numa rua lateral da rua principal de Hogsmeade que Jorge disse que é a Casa de Chá Madame Puddifoot, e entramos. Era um local aconchegante, com pequenas mesas circulares, cheirinho doce e... Casais.

Merlin, você quer ferrar com a minha vida?

— O que você vai querer, jovem? – perguntou Jorge, divertido.

— Chá de erva doce e um cupcake, por favor. – sorri, e ele retribuiu o sorriso.

Enquanto Jorge foi fazer o pedido, me sentei em uma das mesas – eu me sentei na cadeira, na verdade, mas acho que isso você já deve ter entendido – que lá havia, observando o local. Era um ambiente estranhamente romântico, com vários casais espalhados pelo local.

Oh shit.

Assim que Jorge voltou, ele sentou-se na cadeira que estava na minha frente e sorriu, antes de começar a dizer:

— Então, a senhorita quer falar porque parou de falar comigo ou prefere fingir que nada aconteceu e voltar ao normal?

— Você sabe por quê. – murmurei.

Ele me lançou um olhar cético.

Suspirei, – Eu fiquei com vergonha, ok?

— Vergonha do quê? – perguntou ele, confuso.

— Merlin, Jorge! – revirei os olhos. – Vergonha de ficar perto de você. Normalmente as coisas ficam muito constrangedoras após algo do tipo acontecer.

— Após o beijo?

— Jorge, você está lesado ou o quê? Sim, após o beijo que nem foi realmente um beijo!

— Mas você não gosta de mim, gosta? – questionou, parecendo incerto.

— Não.

— Então não tem motivo para ficar constrangida! Aquilo foi apenas um acidente, nem um beijo foi, e nunca mais vai se repetir. Eu gosto de você como uma irmãzinha mais nova, não se preocupe. – sorriu.

— Tudo bem, irmão mais velho. – ri brincalhona.

Mas por que o meu coração doeu?


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado!
Caso tenham dúvidas ou sugestões, podem mandá-las nos reviews mesmo, mas se quiser podem mandar por MP também, não tem problema nenhum.
Caso tenham gostado, comentem, caso não tenham gostado, comentem também, e me deixem saber o que acham que preciso melhorar! Favoritem e recomendem se quiserem, só me deixem saber que estão gostando!
Obrigada por todos favoritos, acompanhamentos e recomendações, agradeço de coração e espero que continuem acompanhando e gostando da história!
Um grande abraço e até logo!