Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 5
5 - A triste história da agenda vazia


Notas iniciais do capítulo

Boa noite queridos! *-*

Sentiram minha falta? Pois eu com certeza senti a de vocês. Quase um mês que não publicava algo.

Como assim eu recebi uma recomendação com 4 capítulos? É um recorde. Fiquei emocionada, felicissima, mega, super, hiper feliz. E tudo isso graças a Sweet Smile. Pode ter certeza de que suas belissimas palavras muito me agradaram. Tentei de tudo para postar o mais rápido que pude e agradecê-la pelo maravilhoso presente surpresa, porém ocorreu várias coisas que não me deixaram terminar a tempo.

Quero agradecer a Reeh Tetsuya, Jenny Uchiha, liiu, Octavia, Hyuuga Yara, Lunista Crowler e hans por comentar no anterior. São muito importantes para mim, de verdade. Saber que os leitores estão aumentando me faz uma autora mega feliz.

Muito obrigada a Jenny Uchiha por acompanhar a fanfic. Adorei demais quando vi, de verdade.

Espero que gostem, pois faço para vocês.



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Capítulo cinco

A triste história da agenda vazia

 

“Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só para ver você dormindo, meu Deus...como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!”

(Caio Fernando Abreu)

 

Se eu disser que eu fiquei a noite inteira rolando na cama pelas coisas que presenciei na internet me achariam pirada? Mas pior que foi a verdade. Saber que conversam sobre essas coisas com dezesseis anos me faz pensar que realmente as coisas não são como antes.

Mas falar nem quer dizer que fazem não é?

Esquecendo disso peguei a minha mochila e coloquei o que era necessário, assim como uns vinte bolos de arroz. Dois pacotes com biscoitos de chocolate, do qual queria só dar para o Naruto, mas resolvi fazer um para o Sasuke também para que não desconfiasse.

Decidi desde ontem, quando soube que gostava da Sakura, que eu ia começar a me mexer para conquista-lo. Nem que seja pelo estomago.

— É para o professor por acaso? — essa era a Karin.

Não, nem sequer tinha chegado na sala. Estava é sentada de forma calma com o saco em minhas mãos. Que chegaram a tremer quando ouvi sua voz sendo dirigida a mim. Tanto que eu praticamente travei e minha garganta parecia ter se fechado.

— Possivelmente né? Até porque quem cala consente. — percebi que a Ino estava ao seu lado apenas neste instante.

— Do jeito que ele a defende devem estar tendo um caso. Deve até ficar na sala depois da aula para transar com o professor. — entrou na onda a gargalhadas.

De novo falando sobre esse assunto? Só sabem proferir em relação a isso?

— Ela de santa não tem nada. — devolveu a Sakura.

Aquele era meu limite. Eu não aguentava mais.

— Não é para ele. — falei com o maior tom de voz que podia.

— E é para quem por acaso? — Karin quase caiu quando foi me fitar.

Sua expressão rabugenta me fez ficar mais encolhida em meu lugar. Neste instante fitei a paisagem e percebi que o ônibus tinha parado. E esse foi o momento em que eu rapidamente peguei minhas coisas e corri para fora, sem dar a chance para que elas me segurassem.

Só que nada é como queremos ou desejamos.

Quando estava correndo por entre o pátio uma delas me alcançou e me virou de maneira severa, fazendo com que meu braço doesse. E como minha pele era branca tinha a certeza de que ficaria vermelho por muito tempo ou até roxo.

— Não vai contar? — berrou.

Que ninguém esteja aqui agora. Por favor.

— É para... — por que minha voz não saia?

Onde está a coragem?

— Desembucha. — pressionou a Karin.

— Não posso dizer. — sussurrei.

O medo estampado em meu rosto.

— Você é obrigada a falar, senão acho que alguém vai dar uma volta conosco hoje. E não estou dizendo de maneira amigável. — ameaçou.

O que será que irão fazer?

Imaginei-me no outro dia no hospital e lembrei-me rapidamente da minha mãe. Do seu estado e de tudo que ocorreu. As lágrimas correram pelo meu rosto sem eu nem querer.

— É para o Sasuke e o Naruto, por eles terem falado comigo. — confessei.

— E precisava chorar? Se é para os dois tudo bem. — respondeu.

Minha tristeza deu lugar a surpresa.

— Sério? — o tom choroso.

Quando vi os pacotes já não estavam em minhas mãos. Logo alguns deles estavam sendo devorado por elas. Um a um.

— Acho melhor nem contar sobre o que ocorreu e que iria dar algo ao Uchiha. Esse será o nosso segredo. — declarou à Sakura.

Então entraram na escola levando os sacos sem nem me deixar responder. Se eu não tivesse travado a minha vontade era de pegá-los de volta. Aquilo foi feito com muito esforço e tempo, sem contar o tanto que demorei para decorar cada biscoito.

Agora, infelizmente, teria de fazer outra coisa para poder conquistar o Naruto. Talvez outra comida que ele goste da qual eu possa esconder em minha pasta.

“Fez a tarefa de ciências? Não deu tempo porque tive de trabalhar. — N.U

É magnifico o quanto meu coração bate só de ver algo dele. Só que tentei ao máximo não demonstrar aquela expressão boba que sempre faço ao vê-lo. Segurei o papel em minhas mãos de maneira firme enquanto tentava me dirigir a ele.

— É... — comecei.

Alguém entrando me fez parar. Foi justo o Sasuke Uchiha. Aquela pessoa que toda a vez que passa pelas carteiras é ofuscado por vários olhares. Como se fosse um famoso. E os gritos e cumprimentos não me deram a chance de continuar.

— Deixa eu ver. — declarou.

O recado escapou por entre meus dedos ao pegá-lo de mim, para depois rir ao terminar de ler. Mas não umas daquelas gargalhadas sinceras, porém daquelas de deboche.

— Acredita nisso? — foi a primeira coisa que pronunciou.

— No quê? — realmente não entendia do que estava falando.

— Que ele tem emprego? Isso é mentira, ele ficou é comendo rámen a noite inteira no bar perto da casa dele. — de maneira irritada.

Será que é a comida favorita dele?

— Está aqui o meu dever Naruto. — fingi não ouvi-lo.

O que eu desejava era conquistar o loiro, e não ficar arranjando briga ou ficar desconfiando dele. Aceitava-o com todos os seus defeitos e qualidades. Para mim, na verdade, ainda era perfeito na medida certa. E ao vê-lo dar um “joia” com as mãos e sorrir largamente me fez ter a certeza de que estava a cada dia mais apaixonada por ele.

— De onde pegaram esses biscoitos? — ouvi a voz dele ser soado perto de mim.

Na verdade era bem na carteira onde estavam as meninas. E ao perceber o quanto estavam assustadas queria ajudar de alguma maneira, até porque sei como é quando estamos gostando de alguém. Só que desisti ao lembrar do que fizeram.

— Foi da diretoria. — chegou a engasgar.

— Então posso ficar com eles? — fez uma cara de cachorro carente.

Daquelas que acho que nem eu resistiria.

— Claro! — exclamou a Sakura.

Vi darem o resto da comida enquanto suspiravam e arrumavam o cabelo. Será que é tique delas ou estão doentes?

— Esse Sasuke é um idiota, fica usando do seu charme para ter as coisas que quer. Deve se achar o máximo, a última bolacha do pacote. Estou doida para ver uma garota o rejeitando um dia, até pagaria para isso. — exclamou a garota que estava a minha frente.

Era aquela que tinha dois coques. Uma tal de Tenten.

— Ele teve muita namorada? — questionei com dificuldade.

— Não que eu me lembre, nenhuma conseguiu ainda conquista-lo. E você? Já teve ou tem? – parecia estar calma.

Enquanto eu estava muito nervosa por estar falando com uma garota.

— N-não. — sussurrei.

— Pelo jeito nem teve ter beijado ainda ne? — respondeu aos risos.

Já eu fiquei tão vermelha que abaixei a cabeça, ouvindo-a gargalhar mais ainda. Escutar apenas essa palavra me fazia ficar tão envergonhada que não conseguia proferir uma palavra mais ou continuar a conversar. Quando virei o rosto para o lado vi o moreno estava devorando o biscoito sem parar enquanto dava alguns para o Naruto.

E foi justo neste momento que ele me fitou e deu um de seus sorrisos tortos.

— Vamos começar a aula! — exclamou a professora ao passar pela porta.

Resumo: escrever, conversa, ouvir reclamação dos educadores, bolas sendo arremessadas, mais falatório, minha borracha caindo, Naruto pegando para mim, eu corando com isso e deveres para a casa.

— Era seu não é? — perguntou o Sasuke.

Um biscoito em sua mão e a expressão séria, para depois sentar ao meu lado na escada.

— Não sei de nada disso. — tentei desconversar.

— Eu vi o que aconteceu Hinata, não precisa mentir. — contrapôs.

Não poderia falar para quem era.

— Tudo bem, pode ficar com ele. — dei de ombros.

Enquanto comia abri a mochila e peguei o meu lanche, que também foi dado para o Uchiha. Parecia que seu estomago não tinha fim por nunca ficar sem fome.

— Ia contar para o Uzumaki sobre o que vi, mas ele só ia se levantar e dizer: “A minha Sakurinha não ia ter coragem para fazer isso não é?” Então resolvi ficar quieto. — um pouco de arroz sendo saído de sua boca.

Se visem ele agora grande parte das garotas perderia o encanto.

Ao ouvir essa frase uma tristeza me abateu. Lembrar de quem ele realmente gostava me doía. Uma dor pulsante que corroía pelo meu coração. Tanto que sem perceber tinha pegado o celular e via as fotos que tinha batido dele. Querendo poder deletar de minha mente como é em um celular.

— Da aqui. — esbravejou.

Notando que não ia me mover pegou o aparelho por conta própria e pareceu mexer em algo, para depois me abraçar.

— Sorria.

Fiz o que mandou, apesar de ser dos fracos, e vi que bateu uma foto nossa.

— Anotei o número do meu celular. — declarou.

Ver o nome de alguém na agenda dos meus contatos fez com que me debulhasse em lágrimas. Ela era vazia até esse momento. Toda a vez que eu via alguém ligando para uma amiga ou mandando mensagens me fazia querer com toda a força que isso acontecesse comigo também.

Só não sabia que seria justo com Sasuke Uchiha.

— Toda a vez que ficar triste por causa do Naruto liga para mim, mas não muito. Também te chamarei quando precisar de ti. Que tal agora me telefonar para eu pegar o seu número? — opinou.

Apertei no botão e vi aquela nossa imagem ao fundo. Parecíamos que nos conhecíamos há muito tempo ou éramos grandes amigos. E eu sabia que desde que topei com ele naquele dia do gato que eu desejava ter a amizade dele.

— Obrigada. — meu tom baixo e choroso.

— Não se esqueça que ainda temos um trato não? E espero que apague essas fotos do Naruto, porque quem quer que veja saberá que é apaixonada por ele. — declarou.

Fiz que sim com a cabeça e o acompanhei para ir a sala.

— Dar seu contado telefônico quer dizer que somos amigos? — quis saber.

Olhou para mim e deu o seu melhor sorriso torto.

— Talvez. — respondeu-me.

Típico dele.

E mesmo com essa incerteza eu me sentia imensamente feliz.

Agora eu era, definitivamente, alguém que tem o mínimo de sociabilidade.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

A figura não é minha, a foto que bateram no intervalo é meio parecida com a que está ali em cima. Se tiver algum erro de português me desculpem.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Seja que achou ruim ou bom. E quem quer enviar uma recomendação que nem a diva da Sweet Smile fez? Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até a próxima, beijos.