Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 4
4 - A admiradora secreta das pomadas


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde queridos! *-*

Eu voltei, mas ainda as coisas podem sim ser imprevisiveis. Aqui o clima não é muito bom, apesar de estar melhor. Consegui um tempo e fiz esse capítulo. Como não quis correr o perigo de não poder postar nem revisei. Então se tiver erros pode avisar.

Quero agradecer a Nana Hanawaka, hans, LadyMelody, hinakin, Reeh Tetsuya, Katsunee, Lunista Crowler por comentar no anterior (que foi excluido) e no terceiro. São muito importantes para mim, de verdade.

Muito obrigada a Princess Kikyou e nane por favoritar e a Octavia, Akkane e Lunista Crowler por acompanhar. De verdade, adorei demais quando vi.

Estava morrendo de saudades de vocês. Muita.

Espero que gostem, pois faço para vocês.



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Capítulo quatro

A admiradora secreta das pomadas

 

“Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve.”

(Cecília Meireles)

“Era uma vez uma garota que se apaixonou por um menino, ele era gentil, maravilhoso, solidário, como um príncipe. Era perfeito. Por causa dele ela mudaria e se tornaria amiga de muitos. Então em um dia em que o sol brilha intensamente os dois se olham, declaram-se e dão um beijo, para que depois acabem se casando e sendo felizes para sempre. O primeiro amor, o único namorado e marido dela.”

Uma história de conto de fadas não é? Sem ninguém para atrapalhar ou algo que mude o curso da história.

Só que comigo isso não poderia ocorrer assim, até porque eu tenho de ficar atrapalhando as garotas que querem falar com o Sasuke. E isso resulta em novos mal-entendidos, fazendo todos entender que eu gosto dele. Também diria adeus a algumas amizades.

Se for pelo Naruto valeria a pena. E era nisso que me focava.

— Uzumaki, responda a questão cinco da tarefa. — começou o professor.

Eu que não estava prestando muita atenção na aula, só com a primeira palavra se tornou interessante. Tudo sobre o loiro é importante para mim.

— É 56,34. — respondeu.

— Está certo, e não sei como sempre acerta os deveres e vai mal na prova.

— É que nas atividades podemos dar uma consultada na apostila, amigos e internet, na avaliação não. — foi extremamente sincero.

Todos começaram a rir, já eu senti orgulho dele por ser assim.

Olhava a janela e em pouco tempo algo acertou em mim.

Uma bola de papel? Será que é para mim?

“Obrigado por me passar as respostas. — N. U.”

Quando olhei para ele fez um sinal de joia, sentindo com esse ato o meu rosto ficar quente o um sorriso bobo se fazer nele. E isso, felizmente, não era febre, mas sim amor. O mais puro deles.

“Pode pedir minha ajuda quando quiser. Eu que agradeço por me mandar um recado e falar comigo. — H. U

Entreguei a ele em nervosismo e com a mesma expressão de antes e logo vi uma luz parecida com flash, mas nem liguei.

— Está na hora do intervalo. — gritou alguém ao meu lado.

Era justo o professor.

Há quanto tempo fiquei sonhando com o que ocorreu que nem prestei atenção que já era o recreio?

Dei de ombros e peguei a minha pasta e corri em direção ao local de sempre, vendo o Uchiha sentado na escada de lá com o celular em mãos. Parecia rir do que verificava.

— Está atrasada. — sussurrou.

Como sabe que sou eu sem nem me mirar?

— E-eu... — tentei dar meia volta e sair.

— Nem pense em fugir, hoje é o primeiro dia que vai me ajudar e já pensa em pegar folga? – questionou com um tom bem rude.

Suspirei e me posicionei ao seu lado, pegando o pote com lanche em seguida.

— Trouxe comida hoje? — quis saber.

— Não. — curto e grosso.

Ofereci a ele de pronto, vendo-o devorar cada um rapidamente. Sorte que eu fiquei com uns dois para mim, senão eu que ficaria sem me alimentar.

— E o Naruto? Onde fica que não está contigo?

Tentei não demonstrar, porém estava com muita vontade de saber a resposta.

— Você não está preparada para vê-lo e conviver com ele. — declarou.

— Por quê? — um pouco triste.

Sou ruim para ficar com uma pessoa como o Uzumaki possivelmente.

— Por isso.

Então mostrou-me uma imagem em que eu estava com um sorriso mais largo e completamente vergonhoso e um o rosto totalmente corado. Parecia patética e estava dando a maior bandeira de que o amava.

— Então o flash era você?

— Sim, ele é lerdo, mas se todo a vez que conversarem ficar assim vai perceber que está apaixonada. — tentou explicar.

Tem razão.

— Obrigada por se preocupar comigo.

— Não fiz por você, mas por mim. Se o Naruto descobrir não terá mais o porquê espantar aquelas garotas. — devolveu.

O que deu na minha cabeça para pensar que ele se importaria comigo por um momento?

— Tudo bem, está certo. — sussurrei.

Senti meus olhos um pouco marejados e abaixei minha cabeça para que não me visse nesse estado. Porque por um momento pensei que poderíamos termos uma amizade.

— Não vai chorar não é? Muito menos por tão pouco. — questionou em um alto tom.

Nada respondi e o sinal tocou. Senti-o pegar pela minha mão rapidamente e me levar em direção a nossa sala.

— Você não entende, eu queria ter amigos. — gritei em um ato de coragem.

— Para quê? Para eles ficarem pedindo favores e depois te descartar quando não prestar mais? — revidou.

Sasuke... o que fizeram contigo para que pensasse assim?

— Eu não... — fui tentar falar.

— Esquece. — finalizou e continuou a me puxar.

Já no corredor um grupo parou o Uchiha, para que depois eu fosse empurrada e separada dele de maneira bruta.

Isso significava que eu não era bem vinda ali.

— Vai onde? — perguntou uma.

— Quer matar aula conosco? — ouvi outra.

— Podemos ficar atrás da escola. — insinuou uma.

Será que vão conversar sobre as matérias lá?

— Ou no banheiro se preferir. — enquanto mastigava seu chiclete.

Mas não tem sanitários unissex aqui.

E foi nesse momento que notei que eu tinha de pará-las. Automaticamente peguei o moreno pelo pulso e o tirei da roda que se formava ao redor dele.

— O que está fazendo? – praticamente rosnou uma.

Que eu não seja rude ao responder. Por favor.

— Temos aula agora. — o tom baixo envergonhado.

— Deixa ele conosco. — pegou o garoto pelo outro braço.

— Mas essa matéria é importante. — revidei.

— Acha que é só seu? Não mesmo.

Vi-o ficar transtornado e assustado enquanto me fitava em expectativa. Puxei-o com força por saber que não tinha o que responder, tentando correr com ele até a quadra.

— Essa garota deve se achar a melhor, sendo que nem bonita é. — escutei quando estava um pouco longe das meninas.

Infelizmente eu tinha de fazer algo, mesmo que eu soubesse que perderia a amizade de pelo menos umas 7 garotas. Principalmente porque agora me consideram como rival.

— Não liga para o que elas disseram. — comentou.

— Agora o importante é chegarmos a tempo.

Por sorte a professora chegou no mesmo momento que nós. Sentia-me ofegante, como se tivesse participado de uma maratona. E apesar de estar cansada era obrigada a fazer a atividade física.

— Mulheres vôlei e homens futebol. — só o que disse.

A educadora era de poucas palavras, mas quando via algo errado gritava mais do que qualquer uma. Sem contar quando apertava aquele apito que tinha um som ensurdecedor.

— Disseram que uma garota de cabelo azul estava com o Sasuke ontem. Será que é a Hinata? — Começou a Karin.

Estão falando de mim?

— Ela não faz seu tipo. — essa foi a Sakura, reconhecia essa voz de longe.

— E já o viu com alguém nesses anos? — devolveu a Ino.

— Não. — explicou.

— Será que é gay? — provocou a Karin.

— Óbvio que isso nunca seria verdade, já que disse que eu e ele demos o primeiro beijo. — foi a rosada.

— Mas isso foi quando?

—  Quando tínhamos doze anos, e nunca que seria homossexual tendo aquela pegada toda. — deu um gritinho em animação.

— Imagina ele na cama, deve ser bom. — a ruiva comentou.

Será que é em relação a arrumar o quarto quando acorda? Vou perguntar depois.

— Meninas, parem de falar bobagens e comecem a mexer o corpo! — berrou.

E lá vem aquele apito.

Ninguém me queria no grupo, então eu fiquei de fora. Quando a Tenten caiu e se machucou eu fui obrigada a entrar no time, que ficaram reclamando enquanto eu chegava na posição correta.

Anotação de uma garota inútil na vida escolar: Se não sabe sacar e chutar é completamente excluída nos esportes.

Sim, isso significa que eu sou assim e perdemos a partida.

— Professora, com essa garota não dá para ganhar nada.

— Então ensinem-na. — deu de ombros.

— Não ficaremos a um passo perto dessa delinquente. — declarou.

Faziam cara de nojo e era a minha hora de sumir.

Peguei a minha pasta com força e suspirei, correndo em direção ao vestiário masculino ao ver que todos estavam entretidos no jogo. Tinha certeza que era o amor que me fazia ter coragem o suficiente para entrar em um local proibido.

Tirei a pomada de lá e tentei procurar o armário que o Naruto sempre usava e coloquei. Sabia que sempre se machucava por ser bem competitivo e não queria que tivesse complicações.

Quando tentei sair tive de me esconder ao perceber que entrariam no local.

— Por que você não pegou a bola que te passei Sai?

Até hoje me surpreende do quanto meu coração bate rápido ao ouvi-lo.

— Eu estava mais longe que você do gol seu idiota, e eu era a defesa.

— Como assim? Não ficou no ataque como sempre?

— Dessa vez resolvi mudar.

— Por isso me confundi, você deveria ter me falado.

— Naruto, pare de ser tão barulhento. Não sabe que os números menores geralmente são zagueiros? E ele ainda era o 2. — esse era o Sasuke, tinha a certeza.

— Isso é só em futebol profissional.

— Mas aqui é assim também. Até parece que não sabemos disso desde crianças.

Tive vontade de rir do quanto o Naruto era divertido e bobo. E saber que era diferente me fazia me apaixonar mais por ele.

Só que isso acabou quando notei que iam tirar a roupa ali mesmo, fazendo-me tapar os olhos com uma toalha que estava perto rapidamente. Só veria um homem pelado na lua de mel e ponto final.

— Novamente tem uma pomada no meu armário.

— Ainda não descobriu quem te dá? — não reconheci a voz.

— Se for a Sakura ficarei muito feliz. — sussurrou.

— De certeza que nunca faria algo assim para você. — devolveu.

Por que a rosada? Será que...? Não. Gostar dela? Mas como? Senti meu coração pesado e o que queria era estar em casa e encontrar minha mãe ainda viva, para que eu pudesse ser acalentada por ela ao encostar a cabeça em seu colo.

— Ela vai se apaixonar por mim. “Tô” certo! — exclamou.

Fiquei encolhida com a toalha em meus olhos e as lágrimas escorrendo por entre minha face. Chorava baixinho para que ninguém percebesse. Logo ouvi passos se afastando, e quando destampei um pouco vi uma silhueta perto de mim.

— Essa é a minha toalha. — uma voz grossa.

Estendi com os olhos fechados para que não visse algo inapropriado.

— Pode abrir.

Quando consegui enxergar vi um garoto apenas de calça e com a parte de cima desnuda. Era atlético e a pele branca. Sabia que era o Sasuke e mesmo assim não parava de olhar.

Tanto pela surpresa quanto pela vergonha.

— Bate foto que dura mais.

Ia pegar meu celular para isso, mas ele me parou.

— Estou brincando. — sussurrou.

Mesmo assim parecia sério.

— Mas irei ir embora também. — devolvi.

— Você é muito inocente não é?

Os nossos corpos estavam muito próximos um do outro. Sentia-me ofegar e meu rosto ficar cada vez mais vermelho. Definitivamente eu não estava acostumada com uma situação dessas.

— Você estava chorando não?

— Não é nada.

— Sei que ouviu. Até porque tinha te visto desde do começo aqui.

— É...

— E também que é você que dá a pomada para o Naruto.

Queria mudar de assunto. Eu tinha.

— Tenho algo para te perguntar.

— O que é?

— Vi umas meninas falando de você, que não é gay por que tem pegada. E ouvi dizerem que se é bom nisso imagina na cama. Então você é bom em arrumar o quarto? — quis saber.

Ele deu um sorriso torto de lado. E percebi que seu rosto ficou um pouco vermelho, o que realmente me deixou surpreendida.

— Um dia saberá o que realmente significa.

Já que não quer contar não posso pressioná-lo.

— Agora poderei ir para a casa?

— Pode. — deu de ombros.

Nem olhei novamente para trás para não passar vergonha e após pegar a mochila com rapidez fui embora. A primeira coisa que fiz quando passei pela porta foi ir para o computador pesquisar.

“O que significa ser bom de cama?”

E o que saiu foram coisas que me fez desligar rapidamente o computador. Simplesmente por ler a palavra sexo. O que realmente me fez entender que não tinha nada a ver com arrumar o quarto, e sim desarrumar.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

A imagem não é minha, e se tiver erro de português me desculpa.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Seja que achou ruim ou bom. E quem quer enviar uma recomendação? Sei que é cedo para isso, mas ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até a próxima, beijos.