Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 13
13 - Do passado tem-se o futuro


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Como estão?

Saudades? Pois eu estava. Infelizmente tive cirurgias para fazer, compromissos de faculdade, foi uns meses bem estranhos. Não pensei que ia ser tão corrido assim. Ainda estou um pouco mal do procedimento, mas tive de postar.

Quero muito agradecer a Mayume Hyuuga, nayla e Mika por comentarem no anterior. Realmente muito significa para mim e deixa-me muito contente.

Agradeço a Lily Jasmine, Renata, Anny Hime e Uzumaki S2 por favoritarem. Com toda a certeza dão um colorido a mais na minha fanfic, além de eu ter adorado saber que mais pessoas estão acompanhando e dando crédito a minha história.

Espero que gostem, pois faço para vocês.



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Capítulo treze

Do passado tem-se o futuro

"Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um."

(Fernando Pessoa)

Despertei com uma dor demasiadamente enorme em minha bochecha e cabeça.

O que será que eu fiz?

Onde estou?

– Vejo que acordou. – uma mulher vestida de branco disse.

Fui para o céu?

Tantas perguntas e nenhuma resposta até agora.

– Por que está me olhando assim? Não me reconhece mais? Sou a enfermeira Shizune. – explicou.

Então compreendi, vendo e revendo em minha mente as vezes que eu fui até esse local por conta das vezes que me batiam e caia por ser desastrada. Assim como nos anos em que eu não interagia com meus colegas vinha aqui no intervalo para conversamos.

E desde que as aulas começaram eu nem sequer vim visita-la.

Que ingrata eu sou!

– Quanto tempo. – disse de maneira sem graça.

Neste momento abraçou-me apertado.

– Hinata, por acaso está preocupada por não ter vindo mais me ver? – e parecendo uma vidente soube o que tanta pensava.

Após essa frase começou a gargalhar.

– Desculpe senho-

– Já te disse muitas vezes para que não me chamasse mais assim, não é? Nem casada ou idosa sou. – deu um sermão.

Enquanto falava eu fiquei olhando pela janela, percebendo que as flores não estavam tão bonitas quanto antes. Algumas se encontravam um pouco murchas. Sendo notório o fato de que eu estava tão desleixada que fazia um mês que não as regava.

– Que foi? – parecia preocupada a enfermeira.

– Tem como me ajudar a levantar? – disse um sussurro.

Senti sua mão enlaçar na minha, da qual sempre estava quente, dando-me suporte para conseguir sair daquela cama.

– Obrigada. – essa palavra não foi apenas por esse gesto, mas por todas as vezes que me ajudou e aconselhou.

Soltei-me dela apenas para me apoiar naquela parte de vidro e abaixar a minha cabeça com dificuldade, constatando que a terra já estava com aspecto seco e mal cuidado.

E isso é minha culpa!

– O que... por acaso está chorando? – comentou ao puxar meu rosto em sua direção.

Nem tinha percebido que as lágrimas já tinham descido.

– Como eu pude me esquecer de cuidar delas. – disse entre choramingos.

O silêncio reinou por um tempo, no entanto compreendeu minha fala quando apontei com o dedo o que citava.

– Por que então não continua agora? Sei que o que está vendo é porque não as zelou no passado, mas se começar a partir de hoje tenho certeza de que ficarão lindas novamente. – opinou.

– Tem razão! – e sorri ao terminar.

– Vejo que está melhorando, sua cara não parece mais tão assustadora quanto antes. – disse ao apontar para os meus lábios.

Fiquei sem graça com seu comentário.

– Acho que é por causa do... Sasuke. – disse seu nome pela surpresa de vê-lo passar pelo pátio naquele momento.

Pelo jeito tinha acabado de jogar futebol.

– Quer dizer que esqueceu o Naruto e resolveu por gostar de alguém mais sexy, interessante e inteligente igual ao Uchiha? – declarou de maneira maliciosa.

– Não é isso. – balbuciei.

Meu coração ainda batia forte pelo susto que tomei, ainda mais por notar que acenava para mim. Após isso pegou o celular e eu decidi por ir novamente para a cama.

Não estava me sentindo bem.

– Se eu fosse mais nova com certeza já teria feito loucuras com aquele pedaço de m-

A sua indecência foi interrompida por um som vindo do meu celular.

“Vi que acordou e irei te visitar, por isso não vai embora!” – Sasuke.

– E ainda é mandão, fico mais apaixonada assim. – confessou ao se abanar.

– Já eu não estou nada feliz por ficar me espionando. – rebati ao entrar na brincadeira.

– Estou tão orgulhosa de ti por estar mais extrovertida! – exclamou ao me abraçar com força.

Soltei-a rapidamente ao sentir a dor atingir minha cabeça.

– Quer algum remédio? – declarou.

– Confesso que foi muito bom te rever, porém tenho de ir. – falava enquanto pegava minha mochila e alguns comprimidos para dor, sendo parada por ela ao me aproximar da porta.

– Não vai esperar o Sasuke? – quis saber.

– É justamente dele que estou fugindo. – expliquei.

Sei que a última reação da minha parte era me afastar dele ao saber que queria ser meu amigo, contudo tinha o pressentimento de que ia levar uma bronca dele por ter ficado no meio da luta e levado um soco por ele.

– É assim que realmente irá se portar? Correndo dos seus problemas ou invés de enfrentar? – questionou num tom irritado.

– Shizune, eu não quero vê-lo. Não quando sei que irá brigar comigo pelo que fiz e não vai mais desejar ser meu amigo.

– Por acaso o beijou? – novamente com pensamentos maliciosos sobre o que foi dito.

– Não. – rolei os olhos.

– Tirou a roupa e tentou transar com ele? – insistiu ao baixar o nível.

Meu rosto estava roxo só pela menção do nome.

– Nunca! – neguei firmemente.

– Então foi o quê? – parecia desanimada por não ser o que imaginava.

– Prefiro não falar por enquanto, pode ser? – ainda mais quando me sentia tonta novamente.

Meu comentário a fez pensar por um momento.

– Então fique apenas para agradecer. – pediu.

– Por acaso escutou o que eu disse? – ressaltei.

– Hinata, o que importa é que ele te salvou! – gritou.

Fiquei estática e refletindo sobre o ocorrido, só que nem sequer pude tomar uma decisão ao notar que a maçaneta estava se movendo e uma pessoa tinha entrado na sala.

Era o Uchiha ainda com a roupa de ginástica, soado e ofegante.

– O que está fazendo aqui? E ainda desta maneira? – tentou ser durona a enfermeira.

Na verdade eu no fundo sabia que estava adorando o que via.

– Tinha de vir o mais rápido possível, pois sabia que você ia tentar fugir. E percebo que eu estava completamente certo. – declarou ao apontar para os objetos que se encontravam em minha mão.

– Eu não... – nem sabia o que dizer.

– Precisamos conversar sobre o que aconteceu. E não é amanhã, depois ou na semana que vem, é agora! – esbravejou.

Pegou em meu braço para me levar a outro local, todavia eu só conseguia fitar a mulher como pedido de socorro. Em meu olhar estava nítido que eu não me encontrava confortável com a situação.

– Ele tem razão Hinata. – e minhas esperanças foram para o ralo em questão de segundos.

– Eu irei esperar, mas primeiro tome um banho. – dei-me por vencida.

Assim ganharia um tempo para pensar no que falarei.

– Espero que não me enrole, se não irei até a sua casa e a obrigarei a conversar comigo na frente do seu pai. – ameaçou-me.

Só de imaginar o patriarca da família sabendo que eu apanhei em uma briga eu tremia.

– Tem minha palavra. – prometi, apesar de vacilar um pouco.

Ficou me analisando por um instante, procurando algum sinal de que eu estava mentindo. Quando pensei que teria de começar a conversa o moreno suspirou e concordou comigo.

– Fique aqui, já volto. – ordenou.

Nem sequer perdi tempo e caminhei, mesmo que a passos demorados, até a janela.

– Por acaso virou rebelde? – quis saber a enfermeira.

– Tenho de ficar um pouco sozinha, mas para isso quero que me ajude a chegar ao outro lado. – declarei.

Hesitou no primeiro momento, todavia finalmente abriu a janela e me largou quando eu já tinha equilíbrio suficiente para andar por entre o lugar. Por isso mesmo eu resolvi passar pela sala do zelador e pegar o regador, enchendo-o de água logo depois.

– Fazia tempo que não a via por aqui, realmente fez falta. – comentou o homem que realizava várias atividades ao se encontrar comigo no meio do corredor.

– E espero não mais te abandonar esse ano Senhor. – respondi-o com sinceridade.

Estava tão tonta que pensava que não ia conseguir nem chegar perto das flores que decoravam o lado de trás da enfermaria. Por sorte encontrei uma arvore e me sentei nela enquanto molhava algumas margaridas e tirava umas ervas daninhas.

– Já ia ligar para você. – começou a conversa sem mostrar interesse.

Enquanto a mim? Fiquei assustada por não ter o notado se aproximar.

– Pensei em te esperar, mas esse jardim mal cuidado me chamou antes de você vir. – comentei.

– Não era você que o limpava? – a indiferença do Uchiha é impressionante.

– Como sabe? – já eu não era discreta quanto a minha curiosidade.

– Porque sempre a via por aqui quando estava jogando futebol. – explicou.

Como pude esquecer disso? Justamente quando o tinha visto no pátio.

– Falando nisso, foi estranho não ver garotas torcendo por vocês hoje. – notei.

– Elas tentarem, porém o treinador não deixou que ficassem. Precisamos nos concentrar, pois daqui uma semana participaremos do campeonato municipal. – esclareceu.

Esquisito mesmo está o clima pacifico entre nós.

– Hinata, sobre o que aconteceu na sa-

– Por favor, fale sobre outro assunto? Só por um tempo. – implorei.

– Então quero que saiba que o nosso acordo ainda está de pé, mas para isso quero que espante as gurias que ficam perto de mim.

Fiquei um pouco desanimada ao me lembrar sobre ele me ajudar a conquistar o Naruto, sendo que eu quero esquecê-lo.

– Podemos mudar uma parte? – quis saber.

– Quer fazer uma negociação por acaso? Porque se for sobre o favor que fará a mim informo que não sou flexível quanto a esse ponto. – espaireceu em um tom sério e enfático.

– Não, é sobre me ajudar a namorar o Naruto. Eu não desejo mais ficar com ele, no entanto o que procuro agora é deixar de amá-lo.

Um pedaço de mim não estava tão certo sobre isso, contudo deixei que a outra metade vencesse. Ansiava e deveria nunca mais ficar sofrendo ao ver com a Sakura ou sentir meu coração bater apenas por fita-lo.

– Tem certeza do que disse? – pareceu adivinha a dúvida que me corroía por dentro.

– Sim. Vai me ajudar ou não? – disse ao levantar a cabeça e finalmente fitar seus olhos cor de ônix.

Vi sua expressão ficar surpresa por um instante, para depois voltar ao semblante de sempre. Aquele que demonstrava frieza e desinteresse.

– Uma mão lava a outra, não é? – respondeu-me com a parte do ditado.

– Com certeza. – declarei.

Não consegui esconder o sorriso que se formava em minha face.

Neste instante uma margarida começou a voar por conta do vento forte, fazendo com que o Sasuke tentasse pegá-lo ao passar o braço por trás do meu corpo. Quando não conseguiu simplesmente disfarçou ao apoiar sua mão em meu ombro, enlaçando-me.

Isso fez com que eu risse, assim como ele.

– Sobre o que ocorreu anteriormente eu te-

– Por favor, continue a ser meu amigo. – implorei antes que completasse a frase.

Estava desesperada, pois não queria o perder. Ficar longe dele.

– Hinata, apesar de o que fez tenha sido burrice sua e fizesse com que eu tentasse ir atrás dele para o quebrar inteiro, nada disso afetou a nossa amizade. Pelo menos da minha parte. – parecia estar falando a verdade, principalmente ao fitar-me tão intensamente.

Fiquei tão sem graça que nem tinha percebido o silêncio que reinava entre nós.

– Quer um bolo? – disse com um sorriso.

E então ficamos apoiados na árvore enquanto devorávamos aquela delicia, assim como terminei de regar todas as plantas com a ajuda do Sasuke. Isso fez com que eu chegasse em casa apenas às 17h, porém não levei bronca ao ter deixado o almoço dele pronto antes de ir para a escola.

Até porque sabia que talvez tivesse de ficar para conversar com o Uchiha.

“Espero que não tenha batido mais fotos do Naruto!” – Sasuke.

E ele novamente adivinhou a minha tara.

Simplesmente apaguei o que tinha batido nesse dia, mesmo que tenha sido quase impossível para mim. Depois disso deitei em minha cama e vi aquele quarto vazio, dando para ver toda a parede, principalmente quando não havia mais um loiro de olhos azuis em cada canto.

No outro dia na escola simplesmente dei um aceno discreto para o moreno e nem quis olhar para o Uzumaki. Enquanto ainda estava no corredor que dava acesso para as aulas ouvi algo que muito me emocionou.

– Viu que as plantas estavam regadas hoje? – comentou.

– Sim, finalmente o nosso jardim vai ficar tão belo quanto era antes. – respondeu a outra.

– Quem será o jardineiro? Tenho de dar os parabéns por cuidar das flores. – finalizou.

Quando elas se afastaram eu pisquei para o Sasuke e me aproximei dele antes de apontar o dedo em sua direção ao mesmo tempo que repetia o gesto, mas para mim.

– Você. – dissemos em instantes semelhantes ao responder a pergunta da menina.

Enquanto o nosso colega ao lado parecia não entender o ocorrido.


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam de não ter a Sakura para atazanar? Do Sasuke e Hinata estarem tão próximos que me dá vontade de fazê-los se beijar logo? Os dois não estão tão diferentes (o que eu adorei)? Sobre o Naruto não saber sobre o segredo deles: bem feito. aiheueeiuei

A imagem não é minha. Se tiver erros de qualquer tipo me desculpem.

E quem quer comentar? Seja falando mal, que tá péssimo eu aceito. E também quem deseja recomendar que nem as divas da Mayume Hyuuga, FugimoNaKombi e Sweet Smile? Com certeza deixará essa leitora que vos fala nas nuvens! Não tem noção.

Beijos e até a próxima.