Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 5
A Sala Panorâmica


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meus amores. Mas ta qui um capítulo fresquinho pra vocês. Espero que gostem.



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Lena e Coulson estavam no elevador de vidro, que subia pela lateral do prédio. A vista era tão limpa e clara, que até se podia ver o teto abobadado da Casa Branca.

– Uma bela vista, não? - Coulson suspirou.

– Não, não é. - Lena se recostava na porta, ficando longe do vidro.

– Desculpe, esqueci de seu medo de altura. - ele riu - Quer dizer, de cair.

– Vocês se esqueceram de muita coisa. - ela comentou, ressentida.

O elevador parou. Eles atravessaram um corredor, depois uma grande porta, que dava para uma ponte de metal, da qual se podia ver os andares de baixo. Lena seguia Coulson de perto, mantendo-se sempre no meio da ponte e segurando as barras de ferro com as duas mãos.

– Impressionante o quanto vocês gostam de alturas. - Lena disse, quase num sussurro.

– O chefe gosta assim. - ele se limitou a responder.

Depois da ponte, atravessaram outra porta, mais um corredor, e então, pararam na frente de uma sala. Coulson bateu na porta fechada.

– Entre. - uma voz firme disse.

– Senhor? - Coulson entrou na sala.

– Coulson, que bom vê-lo, finalmente! - a voz firme disse, amigavelmente - Ela está com você, não está?

– Acho que ela não está. - Helena respondeu, entrando. - Mas ela veio do mesmo jeito.

O homem sorriu, mostrando seus dentes brancos. Ele era alto, negro, careca, tinha um tapa-olho, que ela supôs que escondia uma cicatriz, pois suas pontas saíam para fora do adereço pirata. Ele usava roupas pretas, e uma capa que também lembrava a de um pirata. Na verdade, ele parecia mais um personagem de quadrinhos do que um chefe. Talvez até um dos personagens que os seus amigos se fantasiavam para ir à ComicCon ou ao halloween. Ele era amigável, diferente dos outros carinhas de terno que ela encontrara pelo caminho.

– Srta. Carter! - Coulson falou - Permita-me apresentar! Este é.......

– Diretor Nicholas Joseph Fury. - Helena o interrompeu.

– Como sabe? - Coulson estava curioso.

– É que eu sei ler! - Lena apontou para a placa em cima da mesa.

– Interessante... - Nick riu.

– Sabe, é sempre bom observar onde se entra. - Lena comentou.

– Mas é claro que sim! - Nick pegou uma caneta - Já que é tão observadora... Consegue definir a mim?

– Por quê? Acho que um homem de 51 anos se conhece o suficiente! - Lena falou, sentando em uma cadeira, à frente da mesa.

Coulson se segurou para não rir.

– Mesmo? - Nick largou a caneta e se inclinou para frente - E o que mais você acha sobre mim?

– Não brinque comigo, diretor. - Lena falou, cansada - Por favor, já direto ao assunto. O que quer de mim?

– Não queremos nada de você. - Nick falou, olhando bem para ela - Queremos você.

– E por quê? - Helena se ajeitou na cadeira.

– Bom, habilidades às vezes são necessárias. - Nick falou - E as suas são muito raras. Você é importante para nós, agora.

– Mas por que eu iria querer te ajudar? - Lena se levantou - Eu não sou mais um objeto para ser colecionada!

Alguém bateu na porta.

– Diretor, mandou me chamar? - uma voz feminina falou, enquanto a porta se abria.

– Sim, entre.

Uma moça entrou. Ela tinha cabelos ruivos e olhos verdes. Usava um macacão de couro azul-escuro, com um símbolo redondo de águia no braço.

– Srta Carter, gostaria de lhe apresentar uma amiga minha. - Nick falou.

– Oi. - a moça olhou para ela, também sem lhe dar importância alguma, como Barton - O agente Parker chegou.

– Certo, depois eu falo com ele. - Nick olhou para Lena - Srta, poderia me dizer o que pode ver na minha amiga?

– Hum... - Helena olhou para ela, e depois voltou a olhar para ele - Ela é uma mulher.

– Bem observado. - a ruiva falou, irônica.

– Obviamente, - Nick riu - mas, eu quero que olhe mais a fundo.

Helena deu uma rápida olhada na moça, e depois se virou para o diretor ansioso sentado à sua frente.

– 50 anos. Espiã. Durona, talvez meio robótica. Tende a ser muito irônica. Excelente lutadora, perita em artes marciais, especialista em armas de fogo, em táticas militares e mestra em espionagem. Também tem um bom poder de persuasão e investigação, embora agora esteja mais focada em cumprir suas missões. tem um levíssimo sotaque, o me faz pensar que é... russa. Trabalha aqui há 10 ou 12 anos, mas já trabalhou para outra agência. De repente, isso explica o fato de parecer tão 29 anos. Uma outra agência fez testes com você, te modificou, te melhorou. Na verdade, talvez tenha sido por isso que está aqui, talvez tenha sido recomendada por algum agente daqui, e de certa forma, veio por ele. Tem uma dívida com ele. - Lena falou, sem nem piscar.

– Como sabe que é um agente, e não uma? – a mulher perguntou.

– Você começou a ficar nervosa quando eu disse que foi levada a trabalhar aqui. - Lena sorriu. - A pergunta, seu jeito, e seu brilho no olhar, também me levam a crer que você tem uma certa quedinha por ele... de repente, até um tombo.

– Isso é ridículo! - a mulher protestou.

– Não, parece que não é tão ridículo assim para você, já que está até coradinha... - Lena sorriu, mas depois, olhou séria para o diretor - Isso já não me interessa. Por que tudo isso, afinal?

– Você acabou de passar por um teste. - Nick se levantou de sua cadeira - Até te chamaria de agente.

– Não! Não chamaria! Quem disse que quero ser agente? Sou só uma nerd do segundo grau que sonha em ser Bióloga. Sou pacifista. Não luto. – Lena protestou.

– Eu sei. Vimos sua performance na escola hoje de manhã. Vimos como você defendeu aquele seu amigo na escola. Vimos também que você tem instintos protetores, como quando o agente Coulson quase atropelou sua amiga e você a salvou... – Nick falou

– Vocês são loucos ???- Lena o interrompeu. – Podiam tê-la matado! E se eu não estivesse lá ? E se eu não a tivesse empurrado ?

– Foi um risco que tivemos de correr. Afinal o que importa pra nós é apenas você.- Nick disse calmo como se fosse a coisa mais natural do mundo. Lena apertou o punho e saiu da sala fechando a porta atrás de si.

– E agora chefe ? O que faremos?- Coulson perguntou.

– Deixe-a. Talvez ela não esteja preparada para tal responsabilidade. - Nick espreitou os olhos.

– Sinceramente, nenhum de nós teve a chance de escolha que ela tem. E na minha opinião , estamos nos livrando de problema. – a ruiva falou com tom ríspido.

– Curioso você pensar assim. – Nick disse como se estivesse se segurando para não rir.

– Por quê?- ela perguntou. - O que está me escondendo Fury?

– Nada, nada. - ele disse em tom de voz suave.


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Notas finais do capítulo

Nossa que climão ,heim? Espero que tenham gostado, e comentem por favor. O próximo capítulo vem aí!



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