Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 6
O Cabeça de Teia.


Notas iniciais do capítulo

Perdoem a demora meus amores. Mas ta aí um capítulo quentinho pra vocês. bjs. E comentem por favor.



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Lena caminhou pelo corredor. Estava furiosa. Logo se viu correndo, não sabia bem por que. Talvez seja porque foi isso o que ela fez a vida toda; correu dos seus problemas.

Ela atravessou a grande porta que dava para a ponte, mas acabou dando um encontrão em um ser que caminhava na direção oposta.

Lena foi arremessada para longe, ficando pendurada na ponte. Ela se segurava com firmeza na barra de metal. Perguntou-se onde fora parar o ser com quem trombara. Depois de olhar pros lados, e infelizmente para baixo, constatou que ele não estava por ali.

Ela se esforçou pra subir inclinando-se para frente, mas acabou escorregando para trás. Ergueu a cabeça respirando fundo. Mas acabou levando o maior susto. Tinha um garoto grudado no teto! Ela deduziu que poderia ser o garoto com quem trombara. Ela logo se recompôs.

– Que faz aí?

– Eu não sei. E você, o que faz aí? – ele retrucou.

– Bom, nós demos um encontrão, e eu acabei vindo parar aqui.

– Eu sei. Eu vi. Quero saber, por que continua aí?- ele corrigiu.

– Eu não consigo subir, lógico!- ela respondeu indignada.

– Então... quer ajuda ?- ele arriscou.

– Lógico!- ela repetiu.

– Tá bom, Sr. Spock. - ele respondeu descendo em um pulo.

– Obrigada, capitão Kirk. - ela falou enquanto ele a ajudava a subir. O garoto tinha uma força assombrosa. - O garoto que gruda no teto tem nome?

– Peter Parker. - ele sorriu. Era de fato encantador. Tinha olhos dourados e cabelos castanhos claros. - E a garota que esbarra em pessoas? Tem nome?

– Helena Carter. - ela disse com um pequeno e leve sorriso.

– “ A Reluzente “ !- ele sussurrou.

– Como disse ?- Lena ficou confusa.

– “ Helena” vem do grego “Heléne” , que significa “tocha”.- ele explicou.- Tem um nome forte.- ele sorriu.

– Não...- ela riu um pouco corada.- Não tão forte quanto o Homem Aranha.

– Co-como soube ?- ele perguntou olhando para baixo.

– Acho que o fato de você simplesmente grudar no teto deu a dica.- ela respondeu.

– Foi reflexo .-ele disse baixinho- Você é novata , né ?

– Não trabalho pro Fury. – ela se indignou- Ele tentou me contratar, mas eu recusei.

– De quê agência você veio ?- ele perguntou curioso se sentando na barra de metal, o que deu certa aflição em Lena.

– Eu não vim de agência nenhuma ! Eu sou uma nerd de Los Angeles ! EU SOU NORMAL ! – ela protestou irritada. Mas não com ele.

– Definitivamente você não é normal. – ele espreitou os olhos falando num tom baixo e sério.- Fury jamais convidaria a ser agente, uma adolescente que é “normal”. Não sendo de uma agência, e nem super- heroína (que tá na cara que você não é ), você deve ser MUITO especial. Uma chance dessas só aparece uma vez na vida. Não dá pra deixar passar.

– E o quê o Homem Aranha me sugere ?- ela perguntou pensativa.

– Faça o que acha ser certo.- ele deu de ombros num tom de voz mais amigável.

– Como vou saber o que é certo?

– Geralmente, é a coisa mais difícil a se fazer.- ele olhou nos olhos dela. Ela o encarou. Sabia o que queria fazer, e sabia o que tinha de fazer. E eram duas coisas bem diferentes.

– Droga ! –ela murmurou entre o dentes, saindo.

– Até mais, então .- ele se despediu.

– Até mais, sr, Parker. – ela disse atravessando a grande porta. Ela caminhou pelo corredor comprido, até parar na frente da sala do Fury. Hesitou por alguns segundos, mas bateu na porta.

“Devo estar louca!” ,ela pensou. Ouviu vozes.

– Entre. - Fury falou. Ela abriu a porta lentamente. Tentando parecer o mais confiante possível, ela olhou em volta. A sala estava cheia. Lá estavam: Coulson, Barton, a mulher ruiva e outra mulher morena de olhos azuis (lhe era estranhamente familiar), e o próprio Fury sentado em sua mesa. Ela entrou sentindo todos os olhares voltarem-se para ela, o que a fez sentir-se um pouco constrangida. - E então? O que deseja?- Fury perguntou imaginando o “porquê” dela estar ali. Ela respirou fundo:

– Tenho minhas condições. - ela disse em fim.

– Diga então. – ele sorriu vitorioso.

– Que isso não interfira na minha vida social, pessoal e escolar. Se minhas notas começarem a cair, eu tô fora! – ela começou.

– Algo mais?- ele disse ainda sorrindo.

– Sim. – ela respondeu, fazendo uma pausa. – Eu quero Benjamin Keys comigo.

A mulher morena deu um passo para trás, e o sorriso de Fury desapareceu. Lena não sabia porque o nome de seu amigo causara tanto impacto neles.

– Tem certeza de que é seguro? – ele perguntou.

– Sim. E ele é muito inteligente, o melhor hacker da região. E até invadiu o sistema de vocês. Ele sabe de mais. Ou vocês o contratam, ou, vocês o matam. O que eu acho que seria um desperdício, jogar fora habilidades tão importantes. – ela argumentou em tom firme.

– Esta bem então. – Fury suspirou. – A agente Romanoff vai treina-la.

– O quê?- a ruiva protestou. – Nem pensar!

– Sério? Tá brincando comigo?! – Lena perguntou.

– Eu nunca brincaria com algo tão sério. - ele repondeu.

Treinar uma adolescente. Era só o que me faltava! – Romanoff (a “ruiva”) reclamou em russo.

– Fala como se nunca tivesse sido uma. - Lena retrucou. Todos a olharam surpresos. – Quê foi?

– Entendeu o que eu falei? – Romanoff perguntou surpresa.

Mas é claro que entendi. Sou fluente em cinco línguas e estou treinando outras mais difíceis. – Lena explicou falando em russo (só pra mostrar que realmente sabia falar aquela língua).

– Natasha, o que estão falando?- Barton perguntou confuso.

“ Natasha” ? Ham! É “ele”, não é? – Lena provocou.

Cale a boca! Não há nada entre nós. – Romanoff retrucou.

– Francamente, por que ela? – Helena reclamou para Fury.

– Por que ela é a minha condição, para atender as suas.

– Tá bom. Posso ir pra casa agora? – ela bufou.

– Tudo bem. O agente Coulson vai leva-la para casa. – Fury falou. Coulson foi em direção a porta e Lena o seguiu. – Agente Carter. – ele chamou e ela virou-se para olha-lo.- O que te fez mudar de ideia?

– A chata da minha consciência. E o Cabeça de Teia também. - Lena respondeu. Coulson riu baixo. Fury relaxou na cadeira com um sorriso de vitória nos lábios. - Romanoff. –Lena chamou baixinho perto dela. –Até que ele é bonitinho. – ela sorriu sarcástica. Romanoff apertou o punho e serrou os dentes, com raiva.

– Calma. – Barton disse baixinho pousando sua mão no ombro de Romanoff. É claro que ele não entendia o que se passava. Coulson saiu e Lena o seguiu, e ao sair Coulson fechou a porta.

– DEFINITIVAMENTE, NÃO! – Romanoff falou para Fury.

– Você não tem escolha. E além do mais,- ele disse calmo.- ela é parte do seu castigo.

– Até quando isso vai durar? – ela perguntou irritada

– Até eu decidir que posso confiar em você de novo.

– Você sabe que pode. – Barton intervil

– Isso é o que veremos.- Fury retrucou fitando Romanoff. – Ou prefere ser demitida ?!

– Tá eu faço. – ela disse entre dentes.

–Excelente. Agora saiam. Menos você Hill.- os dois saíram, e a morena ficou- Oque acha sobre essa história do Keys?

– Primeiro, é bom saber que ele está bem e tem amigos. Segundo, talvez seja bom te-lo aqui conosco.

– Seria como se ele, sem saber, estivesse voltando para casa.

– E para sua família.- Hill disse baixo, como se lembranças a atingissem.


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Notas finais do capítulo

Uia! Que climão! O que será que o Ben tem aver com a S.H.i.E.L.D. ?