Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 30
Traje


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas tá aqui mais um capítulo. bjs seus lindos.



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A tarde se findava. Era o dia seguinte a conversa de Lena com Natasha. Ela estava em seu quarto entediada dedilhando sua guitarra. Peter não tinha vindo como o combinado, mas ela não estava zangada, apenas entediada.

Lena pensou no que Natasha lhe contara. Será que as experiências que pretendiam fazer com ela era tão ruim assim? Seria tão tenebroso a ponto de deixar até a Viúva Negra com medo? Será que ela tinha contado sobre isso ao Fury? Como será que ele reagiu quanto a isso? Bom, ela sabia que a resposta não apareceria num passe de mágica.

– Oi! -uma voz falou-lhe da janela e ela se assustou.

– Ah! – ela gritou caindo no chão. Peter, como Homem Aranha, estava pendurado de cabeça para baixo no lado de fora de sua janela. Ele era diferente com a máscara (se bem que essa é a intenção, então, sem comentários). – Seu doente! Quer me matar do coração? Russos já não o conseguiram, quer tentar também???? – ela xingou se levantando. – Está atrasado.

– Eu disse que vinha depois do almoço. – ele pulou no parapeito da janela entrando no quarto. – Só não disse o quão depois seria.

– Olha só o que fez com minha guitarra! – ela falou ressentida juntando a guitarra verde com detalhes metálicos em vermelho, nada chamativo (só que não). Tinha uma corda arrebentada.

– Tranquilo. Eu compro outra. – Peter retrucou. Sentando na cama.

– Com salário de fotógrafo amador? Sei. – ela zombou guardando a guitarra na capa.

– Como você está? – Peter abraçou o joelho.

– Ah. Acho que estou bem. Mas, minhas mudanças de humor estão me matando. – ela respondeu guardando a capa com a guitarra.

– Mudança de humor? Isso é coisa de gente grávida. – ele estranhou.

– Acontece quando fico muito nervosa, ou confusa. O que tem acontecido muito ultimamente. Ainda mais, com o idiota do meu novo amigo me assustando assim. – ela falou.

– Mais novo amigo? Nos conhecemos à um mês! Qual é? Simplifique as coisas pra você. – Peter protestou.

– Desculpe! Mas minha cabeça tá um ninho de mafagafinhos, nada tá fazendo sentido. – Lena se apoiou na escrivaninha.

– Aww! Tadinha! Vem cá com tio Peter. – ele se levantou a abraçando. Ela achou isso muito estranho, mas não questionou. Talvez precisasse disso mesmo. Um abraço amigo. Olhou por cima do ombro de Peter pro quarto de Natasha, que também estava abraçada a um amigo. E era Clint. As duas se encararam até entender o que estava acontecendo, e se afastaram de seus pares de imediato. – Que foi? – ele perguntou.

– Nada. Só estava ficando estranho. – ela respondeu ainda lançando um último olhar pro quarto de Natasha que conversava com Clint. Ouviu-se batidas na porta, Peter num pulo silencioso grudou no teto.

– Lena? –ouviu-se Jorge chamar.

– Fala.

– Sua avó quer saber se você quer biscoitos. – Jorge falou. Lena mexeu a boca perguntando silenciosamente pra Peter “Você quer?”, ele negou com a cabeça.

– Não obrigada. Por que ela mesma não me pergunta isso?

– Ela acha que você está braba com ela.

– Bom, ela está certa. – Lena comentou.

– Ela só fez isso pro seu bem. Está certo que eu não concordo muito com isso, mas, tente entender. Nós só queremos o seu bem.

– Como? Mentindo pra mim? Afastando a única pessoa que pode me dar as respostas que eu preciso? Jeito estranho querer meu bem. – Lena comentou irônica.

– Um dia você vai entender. – Jorge suspirou parecendo se afastar. Lena abriu uma fresta da porta se certificando de que ele tinha saído. Ele descia as escadas. Lena fechou a porta novamente.

– Não precisava ter discutido com ele. Era só dizer que não queria os biscoitos. – Peter desceu num pulo silencioso.

– De que lado você está? – Lena sentou na cama.

– E tem lado? – ele questionou.

– Depende do ponto de vista. – ela deu de ombros. Peter riu.

– Está começando a falar igual a uma agente. Pra SHIELD tudo é um ponto de vista. Dependendo de por qual ponto você olha, pode estar de acordo com outro, ou não.

– Bom, esse é outro ponto de vista. – Lena concordou. Os dois ficaram sérios, mas começaram a rir.

– Helena Carter, você é a garota mais estranha que eu conheço. – Peter riu.

– EU sou estranha. Ham... dentre nós dois A: Quem está usando uma roupa colorida e colada? E B: Quem de nós dois sai por aí se balançando e se pendurando pelos prédios parecendo um hibrido de macaco com sapo? – Lena zombou.

– É... na verdade, eu faço tudo o que uma aranha faz. Nunca ouviu minha musiquinha? -Peter retrucou.

– A é? Você consegue entrar no ouvido de alguém e morrer? – Lena questionou.

– Que coisa ridícula. – Peter protestou.

– Ridículo é seu uniforme. –Lena retrucou.

– Num é não! É maneiro.

– Minha guitarra é menos chamativa.

–Ah! Eu mandei muito bem, tá! Fui eu que fiz. – Peter retrucou.

– Meio afeminada.

– Não é não! É preciso ser muito macho pra vestir isso!

– Ou muito gay. –Lena zombou.

– Ela só é um pouquinho apertada.

– “Um pouquinho apertada”? O traje da NATASHA é menos apertado. - Lena retrucou.

– O problema mesmo é pra ir no banheiro. – Peter comentou.

– O quê??? - Lena o olhou indignada. – Eu podia muito bem dormir sem ouvir essa.

– Tarde de mais. - Peter cruzou os braços. – Então... quer dizer que a srta Carter toca guitarra?

– Toco. E daí? Algum problema com isso?

– Não! De jeito nenhum. Eu só achei...

– Achou que eu era nerd de mais pra fazer algo maneiro? - Lena cruzou os braços. – fique sabendo que eu sou guitarrista da banda da escola, tá?!

– Tá bom! Não quis ofender. – Peter ergueu as mão em sinal de rendição.

– Falando em banda, não esqueça que o baile é amanhã. – Lena deu um leve tapinha em seu ombro.

– Pode deixar. Eu trouxe meu smoking. – Peter falou. Lena imaginou se ele estaria sorrindo. – Onde vai ser?

– Em LA, no meu colégio. – Lena respondeu. – Eu tenho minhas passagens, mas Barton provavelmente vai no jato da SHIELD, você pode ir com ele.

– Tranquilo. – Peter balançou a cabeça concordando.

“Spider-man, spider-man, just for ever spider-man...”

Ouviu-se o celular de Peter tocar, ele atendeu.

– Alô? Oi tia May.,, sim, estou me cuidando sim. Não, tia. Mary Jane? Sei lá tia... ovos? Sim, sempre orgânicos. Não...eu... eu não peguei nenhum bichinho da rua, tia. Eu sei tia May. Tá. Também te amo. Tchau. – ele desligou. Lena morria de rir como uma condenada.

– Ovos orgânicos? – ela ria.

– Ah! Muito engraçado. Quê hilária você. Rindo de um herói superprotegido. Muito legal você. Assim, dez pra caramba. – Peter ironizou.

– Tá bom, parei. – Lena tentou ficar séria, mas não aguentou e voltou a rir. O celular de Peter tocou de novo.

– Oi tia May... Coulson??? – Peter pareceu sem graça. – Foi mal! Eu achei que... tá. Reunião? Agora? Mas eu tô... tá bom. Não, eu só estava conversando com... OK. Já tô indo. Tá, tchau. – Peter desligou. – Tenho que ir. Fury quer falar comigo.

– Tá. Foi bom ver você. – Lena se levantou.

– Foi bom ver você também. – Peter a abraçou. – Até mais, Lena. – ele a soltou e pulou pela janela.

Lena sentou em sua cama e ficou pensando. Precisava de alguém pra ir com ela pra LA. Uma mulher, mas não queria que fosse sua avó. Então teve uma idéia. Pegou seu celular e foi pra lista de contatos.

– Alô? Clint?

– Que foi? – ele atendeu.

– Você tá por perto? – ela perguntou.

– Estou, por que? Quê quer?

– Pode me levar pra SHIELD? – ela pediu.

– Não demore. – ele respondeu desligando. Ela guardou o celular e trocou de roupa.


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Notas finais do capítulo

Senti um clima aí? kkk bjs. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários. bjs



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