Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 25
Hospital.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, amores, mas eu passei mal esses últimos dias e não deu pra postae, mas tá aqui mais um capítulo quentinho pra vcs. Espero que gostem, bjs



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– Você vai ficar bem. Prontinho. – o médico moreno falou retirado a bala da perna de Lena e colocando num pote. – Vou chamar a enfermeira pra dar os pontos, antes que o efeito da anestesia passe. Tá bom?

– Confio em você. – Lena respondeu. O médico deu um sorriso e saiu. Natasha que estava em um canto da sala se aproximou e se encostou na maca em que Lena estava sentada, cruzando os braços e fitando o chão.

– Desculpe. – Natasha sussurrou. Lena arregalou os olhos espantada.

– Como disse? – Lena falou surpresa.

– Eu não vou repetir. – Natasha retrucou.

– OK. Agora eu tenho certeza de que você foi clonada por aliens. – Lena falou.

– Olhe o respeito garota. Ainda sou sua mentora. – Natasha repreendeu.

– Desculpa, mas que tipo de mentor tenta matar seu próprio aprendiz? Obi-wan Kenobi e Darth Vader não vale. – Lena retrucou. Natasha a olhou confusa. Mas deu de ombros.

– Sabe, você nunca correu risco algum. Mesmo que eu ... eu até tive vontade, mas...não consegui. Eu olhava pra você, e não conseguia. Era como se eu visse... a mim mesma. Quando eu vi a que ponto chegou meu... desespero... eu percebi que não éramos tão diferentes assim. A verdade, é que eu sentia medo de você. Você chegou, sendo você mesma, conquistou a amizade e a confiança de todos, sem precisar se esforçar. Pessoas das quais eu levei anos pra conquistar, você conquistou em horas. E quando vi Clint te defender daquele jeito... fez eu me perguntar, que tipo de pessoa estou sendo. Eu não queria ser a vilã da história. Eu queria saber, até que ponto você era capaz de chegar. Ver nos seus olhos o mesmo horror que estavam estampados nos meus quando à anos atrás passei pelo mesmo processo... eu... me senti desolada. De repente, quem sabe... Fury não me designou pra te treinar só pra me punir.

Lena fitou o chão. Sentiu uma pontada de solidariedade pra com a mentora.

– Tudo bem. Pelo jeito, oque você fez, não chega nem perto do que podem fazer comigo. – Lena falou apontando pra própria perna. Natasha concordou com um pequeno sorriso. – E ... você os conhecia.

– Sim. São da KGB. Eu treinei Margarete quando trabalhei lá. Ela ficou mordida de ódio quando eu saí. – Natasha respondeu. Lena concordou. A porta da sala se abriu.

– Desculpem a demora, eu tava resolvendo uns...ah! Senhorita Carter. – uma jovem de cabelos loiros e olhos castanhos entrou na sala.

– Senhorita Kate? – Lena perguntou.

– Na verdade, eu também sou Carter. – ela retrucou. Lena ficou boquiaberta. – Agente Sharon Carter.

– Trabalha na SHIELD? Isso virou moda? – Lena indagou.

– Se conhecem? – Natasha perguntou.

– Claro. Ela trabalhou na enfermaria do meu colégio. – Lena respondeu, enquanto a outra Carter preparava as coisas pra dar os pontos.

– Eu também sou agente de campo como vocês. – Sharon comentou. O celular de Natasha vibrou e ela olhou a mensagem.

– Tenho que resolver umas coisas. Te vejo na sala de espera, tá? – Natasha pousou a mão no ombro de Lena e saiu.

– Mora em Washington? – Lena perguntou enquanto Sharon começava a dar os pontos.

– Agora moro. – ela respondeu. – Fury me designou pra ficar de olho no Capitão Rogers, assim como fiquei de olho em você em Los Angeles.

– Como vai ficar de olho nele?

– Sou vizinha dele. – Sharon respondeu.

– Ele é meu bisavô. – Lena comentou.

– Bom, não precisa se preocupar. Serei só uma vizinha.

– Com o que eu me preocuparia? – Lena espreitou os olhos divertida. Sharon deu um pequeno sorriso terminando de dar os pontos. – Você é Carter por que parte?

– Sou sobrinha da Peggy. Isso faz de nós... sei lá. – Sharon deu de ombros. E as duas riram.

– Não é por nada, mas você parece um pouco jovem pra ser “sobrinha”, da minha bisavó. – Lena comentou tentando manter num tom mais delicado possível.

– É um pouco complicado. – Sharon respondeu enfaixando a perna de Lena pros pontos não soltarem. – Bom, considerando que seu período de recuperação é bem mais rápido que a de alguém comum, eu diria que vai poder andar normalmente em uns dois ou três dias.

– Obrigada. Posso ir pra casa então?

– Consegue andar?

– Ainda tenho uma perna em ótimas condições. – Lena respondeu.

– Então pode sim. – Sharon falou. Lena se levantou e foi mancando enquanto a agente abria a porta pra ela. Saiu da sala e viu Clint e Natasha conversando, eles pararam ao vê-la. Clint foi até ela e deu-lhe apoio pra ela andar.

– Você está bem? – ele perguntou.

– Bom, estou viva, e ainda estou aqui, tudo graças à ela. – Lena fez um aceno em direção à Natasha. – Então, é, estou bem.

Clint sorriu.

– Fico feliz em saber que as duas estão bem, e se acertaram.- ele falou. As duas se entreolharam arqueando as sombracelha.

– Como soube que eu estava aqui? – Lena perguntou.

– A fofoca corre. – ele brincou.

– Eu liguei pra ele. – Natasha respondeu. Lena concordou. – Sabe, não me lembro de ter te ensinado a se defender de pessoas com seringas.

– Você viu? Por que não fez nada pra impedir, antes que atirassem em mim? – Lena perguntou, mais curiosa do que ressentida.

– Não sabia se iriam atirar em você. E eu queria saber o que eles pretendiam. – Natasha explicou. Lena deu um aceno de cabeça compreendendo. Eles a ajudaram a chegar até o estacionamento. Seus avós a esperavam na frente do carro conversando sobre algo que não dava pra entender. Os dois pararam ao ver Lena e os outros.

– Agente Barton. Como vai? – Rita perguntou.

– Vou bem, agente Carter. – Clint respondeu com todo o respeito possível. Mais respeito que ele demonstraria até pro próprio Fury.

– Muito bonito seu presente à minha neta. Foi muita consideração sua. – Rita comentou. Clint pareceu encabulado, como um aprendiz que recebe um elogio do próprio Nick Fury.

– Ah. Não foi nada. Ela merecia, se saiu muito bem no arco, pra quem manuseia pela primeira vez. – Clint respondeu meio sem jeito. Rita deu um pequeno sorriso.

– Acho que já pode me soltar agora. – Lena sussurrou para ele. Ele se tocou de que ela ainda estava ali.

– Ah. Sim, claro. – ele falou a soltando.

– Não se preocupe, agente Barton. – Rita falou segurando Lena delicadamente. – Cuidaremos bem dela.

– Tudo bem, então. Eu vou conversar com o Fury, e amanhã conversaremos direito sobre o ocorrido. – Clint falou passando a mão na nuca. Lançou um olhar pra Natasha que deu um leve aceno de cabeça, e ele saiu. Lena achou isso um bocado estranho, mas, também, com tudo o que passou naquela noite não se surpreendeu. Natasha e Rita ajudaram Lena a entrar no carro. Natasha foi no banco de trás com Helena, e Rita foi na frente.

– Gozado. – Lena se riu. Natasha a olhou confusa. - Clint agiu com mais respeito perto dos meus avós do que perto do Nick. Como se fosse uma honra pisar no mesmo chão que eles, sei lá.

– Eu não o culpo. – Natasha riu. – Seus avós são lendas. Os melhores agentes que a SHIELD, já teve desde a fundação. Todo bom agente conhece a história deles. Eles nunca perderam um caso sequer.

– E eu achando que física aplicada era complicado pros leigos. Agora sei como muita gente se sentiu nas palestras de física sobre os trabalhos de Stephen Hawking, no meu colégio. Fiquei boiando. Achava uma aventura ela me contar sobre o Steve, mas mal sabia eu que ela vivera suas próprias aventuras. E que aventuras, né vovó. – Helena comentou. Não estava zangada. Por enquanto.

– É um pouco complicado, querida. – Rita falou.

– Bom, invadiram meu quarto, atiraram em mim, e eu tô dopada, então, estou a todo ouvidos.

– Muito bem. – Rita suspirou.


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Notas finais do capítulo

Uh! Que clima, heim? Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários, bjs seus lindos.



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