Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 24
Invasores


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo, é um prólogo da verdadeira aventura que espera nossa protagonista. Espero que gostem. bjs



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Lena dormia em sua cama, depois de um dia longo e exaustivo. Em sua mente passavam-lhe as lembranças do dia. O primeiro manuseio do arco, treino de tiros, Peter, Sitwell... Sitwell. Lena apertou os cobertores com raiva, mas logo se acalmou voltando a relaxar. Logo sua mente vagou dia a trás. Seu primeiro encontro com Fury, Natasha, Clint e Coulson. Fury lhe dissera que seu dom de definir as pessoas se fazia necessário na agência. Por que ele achava isso? Talvez ele tenha percebido, talvez não. Mas o que destrói uma agência são traidores, eles vão corroendo aos poucos, como a ferrugem corroem o metal.

– Traidores... – ela gemeu virando pro canto. Ele de fato era um traidor. Mas não parecia ser perigoso, ele sequer sabia se defender. Apenas ameaçava.

Um leve ruído a acordou. Mas ela não abriu os olhos, nem se mexeu. Sentiu como se tivesse alguém atrás dela.

– Por que não atiramos nela e acabamos com isso? – uma voz masculina perguntou num sussurro.

– O chefe deixou bem claro que quer ela viva! Vai querer contrariá-lo? – outra voz retrucou num sussurro.

– Calem a boca vocês dois, idiotas! Ou vão acordá-la. – uma voz feminina repreendeu num sussurro. Alguém se aproximou dela. Ela sentiu afastarem seu cabelo da nuca. Se mexeu fingindo estar dormindo. Inclinou a cabeça um pouco mais pra baixo de forma que pudesse ficar na reta de seu espelho. Abriu os olhos disfarçadamente. Viu no reflexo do espelho, três homens e uma mulher. Soube num instante que seus corações eram perversos, e eles não tinham intenções boas.

A mulher aproximava algo de seu pescoço, algo que brilhava com a luz vinda da rua. Algo que Lena temia tanto quanto cair. Fino e pontudo, o terror de toda criança. Era uma seringa. Lena esperou ficar bem perto.

Quando estava quase tocando, Lena segurou o pulso da mulher loira assustando todos. Se virou e empurrou a mulher com força a obrigando a recuar. Lena colocou-se de pé em sua cama num pulo. Eles ficaram espantados por um momento, mas tentaram avançar, ela sacou o arco do Arqueiro Verde, e a flecha que ganhou de Clint, que pendurara na parede em baixo do arco, e apontou pra mulher.

– Mais um passo e eu mato ela. – Lena ameaçou. O mais jovem lhe apontou a arma. – Abaixe essa coisa ridícula, rapaz. – Lena falou.

– Abaixa o arco ou eu atiro. – o jovem falou.

– Você não vai me matar. Precisam de mim viva. – ela deu um pequeno sorriso ameaçador.

– Quer apostar? – o rapaz sorriu, ia atirar.

– Não! – o outro empurrou a mão dele, e este assustado acabou atirando na cocha da perna direita de Lena que gritou ao ser atingida. Ela caiu sujando sua cama de sangue.

A porta do seu quarto foi aberta bruscamente, e sua avó entrou com uma Berettas 92 em cada mão seguida de seu avô que tinha uma espingarda.

Os quatro invasores sacaram suas armas. A mulher loira apontou a arma pra cabeça de Lena, que mal conseguia se mexer de dor.

– Abaixem as armas, ou eu atiro nela. – a loira ameaçou, e seus três companheiros abaixaram as armas erguendo as mãos em sinal de rendição. – Vocês não, idiotas! – ela brigou, eles sacaram as armas novamente. – Desculpe. – ela pediu pros avós de Lena que deram de ombros. – Abaixem as armas, agora! – ela ordenou destravando a arma. Os avós de Lena abaixaram as armas, mas não soltaram.

Lena olhou disfarçadamente pro lado enquanto a loira falava, olhou pro quarto de Natasha, e percebeu que a janela dela estava aberta. A luz estava apagada, e ela viu a própria Natasha abaixada em baixo da janela com uma arma preparada. Se combinaram num acordo silencioso, Natasha contou até três nos dedos. Lena se deitou na cama, saindo da reta da arma e Natasha atirou acertando o ombro da loira, que gritou soltando a arma se encolhendo. Lena olhou de volta pro seu quarto, seus avós lutavam como se fizessem isso à anos. Sua avó lutava contra os dois mais jovens enquanto Jorge lutava contra o maior e mais forte. Helena não pôde esconder sua surpresa.

A loira, ao se recompor, avançou em Lena.

– Venha aqui, peste! – ela disse agarrando-lhe o braço.

– Fique longe dela! – Rita gritou, mas não tinha como se aproximar.

– Margarete! Solte Helena agora! – Natasha falou da porta do quarto se aproximando com a arma apontada pra loira.

– Ou o quê? Vai atirar em mim? Você não tem coragem. – ela zombou.

– Não tenho medo de atirar em vadias medíocres como você. De quem acha que veio o tiro no seu ombro? – Natasha retrucou com um pequeno sorriso, mas seus olhos faiscavam de ódio.

– Você é uma traidora, Natasha. E vai morrer assim. Sozinha, sem amigos, infeliz. Sendo só uma traidorazinha. – Margarete (a loira) cuspiu as palavras com ódio.

– Deixar a KGB foi a melhor coisa que eu fiz. Na SHIELD, eu pude ver a verdade. Pude ver quem são os tiranos, sanguinários e perversos de verdade. E ainda bem que vi. – Natasha falou.

– Olhe só pra você, Natasha. Nós te melhoramos. Não importa o quanto você tenha mudado, nós sempre faremos parte de quem você é, foi e será. – Margarete falou enquanto os rapazes rastejavam pra fora, feridos. – E o mesmo faremos com ela, sua aprendiz, né? – ela apertou o braço de Lena.

– Não vão não! – Lena disse se soltando e dando uma forte cotovelada no estômago de Margarete que urrou de dor. Lena tomou a arma dela e jogou pra Natasha, que apontou pra Margarete.

A agente da KGB socou a ferida de Lena que gritou de dor, e a jogou no chão. Depois pulou a janela. Natasha tentou atirar, mas não deu tempo. E os rapazes já tinham ido embora durante a conversa.

Jorge foi se certificar de que realmente tinham ido, Rita foi ver Dani, e Natasha correu até Lena, que sangrava.

– Helena!- ela segurou seus ombros delicadamente. – Olha pra mim, querida. Vai ficar tudo bem. – ela falou. Lena concordou num aceno, mal conseguia falar, suava frio, e sentia a dor agonizante percorrer lhe o corpo. – Deixa eu ver. – Natasha tentou afastar a mão de Lena do local atingido. Mas ela manteve negando com a cabeça. – Deixa eu ver. Por favor. Eu preciso ver se atingiu a artéria. – Natasha explicou num tom doce. Lena não se mexeu, mas permitiu que Natasha afastasse sua mão da ferida.

Ela examinou o estrago e ficou aliviada ao ver que (por pouco) não atingira a artéria. Mas ainda teriam que leva-la ao hospital.

– Eu vou ter que enfaixar. – Natasha falou.

– F-faixa... g-gaveta... – Lena gemeu apontando pra sua escrivaninha. Natasha tirou uma faixa da última gaveta da escrivaninha de Lena, e amarrou na ferida.

A ajudou a Levantar, e meio carregando meio arrastando, fez com que saísse do quarto e descesse as escadas com ela (o que foi a parte mais difícil).

– Agente Romanoff, por que agentes da KGB vieram atrás de Lena? – Rita perguntou entrando em casa.

– Não sei agente Carter. Mas sabiam que eu a estava treinando. Fury não vai gostar nada. – Natasha respondeu.

– “Agente”? – Lena gemeu surpresa. Natasha deu um pequeno sorriso.

– Tem muita coisa que você ainda não sabe, querida. – Rita respondeu. – Conversamos depois. Agora temos que te levar pro hospital da SHIELD.

Rita e Natasha a levaram pra fora, e a ajudaram a entrar no carro. Rita foi na frente com Jorge que dirigia, e Natasha foi atrás com Lena.

– E o Dani? – Lena gemeu.

– Ele está bem. Pedi que ficasse cuidando do Marshal. Sra Peterson está cuidando dele.- Rita explicou.

– Mas, ele pode contar alguma coisa. – Lena falou.

– Não, eu conversei com ele. Está tudo bem. – Rita retrucou.

Natasha envolveu Lena com os braços como se estivesse tentando confortá-la. Lena achou MUITO estranha essa demonstração de afeto da parte da mentora. Mas tentou se concentrar na dor. Tentou levar sua mão até a perna enfaixada, mas Natasha segurou delicadamente e afastou.

– Não mexa, pode piorar. – Natasha falou docemente, como uma mãe que acalma seu bebê. E isso deixou Lena ainda mais espantada.


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Notas finais do capítulo

Cumé q é isso????? Agente Carter????? kkk espero que tenham gostado, e deixem seus comentários, seus lindos! Nada de leitores fantasmas por aqui, viu?! bjs amores



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