Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 19
Bisneta, bisavô.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, pessoal. Deixem seus comentários. Bjs.



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– Onde vamos, Lena? – Steve perguntou enquanto eles subiam pela escada do túnel do metrô.

– Você vai ver. – Lena falou bem humorada, guiando-o pela cidade sem prédios arranha céu. Atravessaram uma rua e dobraram uma esquina. Logo, estavam na frente de uma grande mansão com um campo gramado na frente. Eles caminharam pelo gramado.

– Hospital dos Veteranos? – Steve leu confuso.

– É. – Lena falou o puxando pelo pulso pra dentro da mansão. Eles pararam na recepção. – Com licença, nós viemos visitar Peggy Carter. – Lena falou na recepção. Steve abriu um enorme sorriso.

– Nome, por favor. – a recepcionista pediu mexendo no computador.

– Helena Carter. – Lena falou.

– E o senhor? – a moça pediu.

– Steve Rogers. – Steve respondeu. Ela anotou.

– Tudo bem. Ela está no quarto 42 segundo corredor. – a moça respondeu.

– Obrigada.- Lena falou se afastando. Caminharam pelos corredores.

– Acha que ela vai se lembrar de mim? – Steve perguntou.

– Tá brincando? Ela fala mais de você do que do falecido marido! – Lena retrucou.- Aqui. Quarto 42. – eles pararam na frente do quarto. – Pronto?

Steve suspirou, e concordou com um aceno. Lena abriu a porta com delicadeza.

– Vovó?- Lena chamou colocando a cabeça pra dentro do quarto.

– Lena! Você veio me ver! – Peggy Carter sorriu em sua cama. – Entre, querida.

Lena entrou.

– Eu trouxe uma pessoa comigo, vó.- Lena falou.

– Rita? – Peggy arriscou. Lena deu espaço pra Steve e ele entrou. Peggy ficou estática. – Steve... – ela sussurrou com a voz pesada. – Você está vivo!

– Estou, Peggy. – ele falou com os olhos brilhantes como se estivesse prestes a chorar. Ele se aproximou da cama e a abraçou.

– Depois de tanto tempo. - Peggy comentou enquanto ele a soltava.

– Mas é claro! Não podia abandonar minha garota. Ainda mais quando ela me deve uma dança. – Steve sorriu. Peggy sorriu.

– Como o achou? – Peggy perguntou.

– Num encontrão. – Lena respondeu.

– Vocês simplesmente se esbarraram? – ela questionou.

– Não! Claro que não. Ela quem esbarrou em mim. – Steve respondeu.

– Como o reconheceu? – Peggy perguntou.

– Algumas características dele que a senhora falou, e pela foto que vocês me mostraram. – Lena respondeu.

– O dom. – Peggy concluiu.

– Meu dom não teve nada a ver com isso, vovó. – Lena explicou em tom delicado.

– Ah! Teve sim. – Peggy retrucou. Lena ficou em silêncio. – Vocês são parecidos em muita coisa.

Steve olhou para Lena que deu um pequeno sorriso como se estivesse acostumada.

– Deixe-nos falar a sós. Ele precisa saber. – Peggy falou para Lena.

– Precisa saber o quê? – Lena ficou confusa.

– Saia. – Peggy falou. Lena ficou um pouco confusa, mas não contestou, apenas obedeceu saindo e fechando a porta atrás de si. Sentou-se num banco encostado na parede do lado de fora do quarto. – O que acha dela?

– É uma boa menina. Ela tem um jeito especial de lidar com as pessoas. Mas, acho que ela só me conquistou, por ser sua parente. – Steve respondeu.

– E também a sua. – ela retrucou.

– O quê? – Steve riu sem entender. Peggy o puxou, ele se inclinou para perto dela, e ela sussurrou-lhe algo. Ele arregalou os olhos espantado.

Helena no lado de fora, olhava seu distintivo. O jogava pra cima, e o aparava.

– Não devia brincar com isso. – uma voz masculina falou ao seu lado. Ela olhou, havia um homem encostado na parede ao seu lado. Ele era negro com o cabelo curto, tinha olhos castanhos e porte de agente de campo.

– É meu, não é? – Lena questionou com um sorriso.

– E o que uma garota como você faz em um lugar como este? – ele perguntou.

– Por que se importa? – Lena perguntou em tom curioso.

– Sei lá. Você vem aqui todo fim de ano, só fiquei curioso.

– Você é um exemplo de genialidade, sabia? – ela retrucou. – Se eu venho aqui todo fim de ano, obviamente, tem alguém que conheço que está internado aqui, certo?

– Faz sentido. – ele comentou. – Aliás, você é aprendiz de quem?

– Nem queira saber. – ela falou com uma careta. – Só tenha certeza de que não é moleza.

– É? Por quê? – ele perguntou. Ela abaixou o lenço mostrando as marcas dos dedos de Natasha que estavam vermelhos em seu pescoço. Ele fez uma careta. – Lamento por você. Sou Sam Wilson, e você? – ele estendeu-lhe a mão.

– Helena Carter. – ela respondeu apertando. Steve saiu do quarto apressado. Lena se levantou e foi até a porta do quarto que estava aberta. Peggy a olhou.

– Vá atrás dele. – Peggy falou. Lena concordou e fechou a porta.

– Até mais, Sam. – Lena se despediu. Ele acenou com a mão, ela saiu correndo atrás de Steve. Ele correu pra fora da mansão, Lena o perdeu de vista. Parou no meio do campo aberto. Olhou pro estacionamento, pra rua, mas nenhum sinal de Steve. Ficou preocupada, pois não sabia o que faria se o perdesse. Não sabia o que Peggy havia dito à ele, mas teve medo de não vê-lo mais. Ele foi seu herói de infância. Tudo o que não desejaria era ele não querer mais sua amizade. Caminhou até a calçada e se sentou à sombra de uma árvore.

– Ela mentiu.

Lena virou-se assustada e viu Steve encostado na árvore sentado no chão.

– Como disse? – ela perguntou curiosa.

– Ela mentiu pra você. Peggy mentiu pra você e pra Rita. – ele falou.

Lena se sentou do lado dele no gramado à sombra da árvore.

– Sobre o quê ela mentiu pra gente? – Lena perguntou.

– Seu parentesco. – ele respondeu. Lena ficou ainda mais confusa, mas deixou que continuasse. – Eu... você é minha bisneta, Lena.

Lena ficou boquiaberta e olhou pro chão. Pegou uma folhinha que estava entre seus pés.

– Desculpa. Sei que é muita coisa pra absolver. – ele falou fitando o nada. Ela pousou a mão no ombro dele. Ele a olhou. Ela concordou com a cabeça.

– É sim. – ela falou em tom calmo. – Mas explica muita coisa.

– O quê?

– Bom. Pra começar, o meu incrível dom de me meter em encrenca. – ela falou rasgando a folhinha ao meio. Ele riu. – Depois, o fato de eu ser mais forte que o normal. E até um pouco mais rápida. – ele a olhou confuso. – Eu já fui atropelada, e já caí de uma altura de mais de quatro metros em queda livre. Foi assim que eu criei medo de altura. Mas eu nunca quebrei um osso sequer. Meu período de recuperação é rápido. E meus ossos são mais fortes. Olha. – ela falou tirando o lenço do pescoço. Ele se assustou. – A força que a pessoa que me fez isso usou, poderia ter quebrado a traqueia de qualquer um. – ela amarrou novamente o lenço no pescoço. – O soro que injetaram em você, alterou seu DNA. E tornou-se hereditário.

– Quer dizer que... Rita também tem isso? – ele perguntou.

– Eu não sei. Mas nem mamãe, nem Dani tem isso. Frankie sim, mas não tão desenvolvido. Isso, eu ainda não consegui entender porquê não desenvolveu neles. – ela pensou.

– Quero conhece-la. – Steve falou de repente. Lena se perguntou se ele havia ouvido alguma coisa do que ela havia dito. – Quero conhecer Rita. Você pode me levar até ela?

– Você tem certeza?

– Ela precisa saber. Saber que sinto muito por ter perdido parte tão grande da vida dela. – Steve respondeu. Lena suspirou soltando os pedaços da folha.

– Tá. Então vamos conhecer sua filha, vovô. – Lena se levantou. Steve sorriu e se levantou a seguindo.

– Sabe, eu tava pensando em comprar uma moto pra mim. Quê acha? – Steve perguntou enquanto eles voltavam pro metrô.

– Que sua carteira motorista espirou à 70 anos. – Lena respondeu. Steve riu concordando.


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Notas finais do capítulo

Que clima! Quem diria, heim? Steve é vovô. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários. Bjs.
#QUERIATERUVOVÔASSIM



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