– Certo, Agora me mostre como desarmar. – Natasha disse para Helena sacando a arma. Avançou, Lena desviou e bateu na mão dela a obrigando a soltar. – Bom.- Natasha falou. Já tinham se passado alguns dias desde que Lena chegara. Ela e Natasha tem treinado todos os dias desde então. Natasha atacou de novo com outra arma, Lena segurou o pulso dela e girou o braço a obrigando a soltar, pegou a arma e lhe deu uma rasteira e se colocou de frente pra ela lhe apontando a arma.- Ótimo. Agora, - Natasha falou enquanto Lena lhe devolvia a arma. – Você sabe como se defender de um estrangulador?

– Você ainda não me ensinou. – Lena falou cruzando os braços.

– Clint. Sobe aqui. – Natasha chamou o agente que assistia o treino. Clint subiu no ringue, receoso pelo tom assustadoramente calmo de Natasha. Ela se posicionou de frente pra ele. – Manda ver. – ela falou. Clint hesitou, mas agarrou-a segurando seu pescoço. – Clint, eu ainda posso respirar. – ela falou. Ele a olhou surpreso, mas apertou com mais força. Ela bateu em seu cotovelo, inclinando a cabeça pra trás girando o corpo pro lado caiu no chão de joelhos. Mas ela estava bem. Se levantou fazendo sinal pra Clint sair do ringue. Ele desceu preocupado, não sabia o que Natasha estava tramando, e apesar da amiga não ser uma má pessoa, ele sabia que ela não faria coisa boa. Ele sentou-se perto de seu arco, e sua aljava com flechas. – Viu como se faz? – Natasha perguntou pra Lena que se desencostava da coluna do ringue.

– Vi. – Lena falou cruzando os braços.

– Ótimo. – Natasha falou sombria. Lena logo percebeu o que a mentora pretendia, mas era tarde pra evitar. Natasha já avançara nela apertando-lhe o pescoço a assustando.

– Natasha! – Clint se levantou.

– Não se meta! – Natasha falou.

– Natasha... – Lena gemeu sem ar.

– Natasha! Solta ela! – Clint berrou pegando o arco. Natasha não se mexeu, apenas apertava mais.

Lena estava sufocada. Por mais que tentasse, não conseguia se soltar. Lançou um olhar de súplica pra Natasha que apertava sua garganta cada vez mais forte. Clint gritava e atirava flechas perto do rosto das duas. Mas Natasha o ignorava, Lena viu que seu olhar era frio e cheio de determinação. Helena já parara de respirar quando constatou que Natasha não iria soltá-la, e temeu que esse fosse seu fim. Mas ela nunca achou que seria deste jeito. Não pelas mãos dela. E na frente de Clint.

Clint jogou o arco perto delas.

– Reaja! Anda! Se defenda! Ela não vai te soltar! – Clint berrou. Lena já roxa, fez um esforço e ergueu o joelho direito, Natasha desviou, e Lena acertou-a com o esquerdo. Natasha afrouxou com dor, mas não soltou. Lena bateu nos cotovelos dela e empurrou com um chute no peito. Caiu no chão sem ar. Tossiu, e Clint correu subindo no ringue num salto. Ajoelhou-se no lado dela. – Calma. Respira com calma. – ele segurou os ombros dela.

– Você... – Lena falou ofegante em tom baixo pra Natasha que estava na coluna do ringue estática mirando o nada. - ...você tá louca?

Natasha a olhou com os olhos arregalados, estava perdida em seus pensamentos. Abriu a boca como se fosse dizer algo, mas não conseguia. Seu olhos brilhantes era um mar verde de confusão. Ela cobriu a boca com a mão e saiu do ringue com pressa.

– Natasha! – Clint chamou.

– O treino acabou por hoje! – ela declarou com a voz pesada saindo da sala.

– Você está bem? – Clint perguntou a ajudando a levantar segurando-lhe as mãos.

– Bom... – ela falou pausadamente. - ... por incrível que pareça, ainda estou com meu pescoço. Mais um pouco ela teria arrebentado com minha traqueia – Lena falou massageando o pescoço. – Vai ficar marcado, né? – ela perguntou. Ele avaliou e fez uma careta.

– Vai...um pouquinho. Desculpa, não sei o que deu nela, mas... é melhor tomar cuidado. – Clint falou.

– Tá. – Lena concordou mexendo no bolso interno do casaco. Ela tirou um lenço vermelho que sua irmã lhe dera no último Natal.

– Você sempre tem um lenço de pescoço no bolso?- Clint perguntou.

– Eu ganhei da minha irmã. Não largo dele. Nunca se sabe quando precisa de algo pra estancar.- ela respondeu amarrando o lenço no pescoço. – Isso vai disfarçar por enquanto.

– Quer que eu te leve pra casa? – ele perguntou.

– Não precisa. Eu tenho um encontro. – Lena sorriu.

– Parker? – Clint arriscou.

– Não! Tá doido? – Lena respondeu.

– Com quem então? – ele perguntou.

– O primeiro herói da história. – Lena sorriu.

– Boa sorte então. – Clint sorriu.