Juliet - A New History escrita por Camí Sander, Mel Crownguard


Capítulo 2
Capítulo 1- O que há de errado? - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi povoooo!!!! É a Camí :p Só quero avisar que os capítulos são muito extensos e, provavelmente, vão ser sempre divididos wm 2 partes. Espero que gostem desse capítulo, porque vocês não comentaram! ;(



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–Ah, não! - murmurei irritada. - Ah, não! Droga! Droga, droga, droga! Funciona!

Tentei mais uma vez girar a chave na ignição do meu carro, no entanto, não importava o quanto eu tentasse, o ponteiro batia furiosamente no zero. Eu lutava contra minha própria teimosia. Eu estava sem gasolina.

Saí do carro e fechei a porta com um empurrão forte. Esta bateu estridentemente. É, eu tinha geladeira em casa, mas eu estava morrendo de raiva. Aumentei o volume do meu iPod e pus-me a andar em direção ao colégio.

Já estava caminhando fazia alguns minutos quando percebi um carro azul escuro parar ao meu lado. Dentro dele, Ronnie, minha melhor amiga, buzinava e fazia sinais com as mãos insistentemente para que eu entrasse dentro do carro. Corri para o carona e guardei os fones de ouvido na mochila quando me assentei. Ouvi seu cumprimento entusiasmado e franzi o cenho.

Veronica White era a uma garota linda; seus cabelos impecavelmente lisos eram castanho-escuros, olhos verdes como emeraldas e a tez bronzeada do sol de tanto que treinava seus passos de dança nas tardes de sol. Passos esses que eram graciosos. Ronnie era meiga, doce, honesta e inteligente. Ao contrário do que as pessoas pensavam, ela era uma nerd. Sim, porque ela era líder de torcida e sabia se arrumar. Ela não era patricinha, apenas muito popular. Tudo bem, ela era patricinha, mas só um pouquinho. Mas ela era quieta, meio tímida, acho que era por isso que ela era minha melhor amiga: porque ela era muito na dela e não gostava de injustiça.

–Bom dia – respondi secamente.

Ela olhou-me nos olhos, tentando conter a felicidade, porém dava para ver que ninguém conseguiria estragar o seu dia. Bem, pelo menos uma de nós estava de bom humor. Mesmo com o brilho nos olhos, ela conseguiu transpassar a preocupação que sentiu.

–Você está péssima, amiga! - ela franziu o cenho e voltou os olhos para a estrada. - Ficou a madrugada inteira estudando, não foi?

–Pois é – falei depois de um suspiro resignado. - Você sabe que eu sempre faço isso.

Sim, Ronnie me conhecia o suficientemente bem para saber que eu faço isso. Viro a noite estudando e, na manhã seguinte, meu humor fica péssimo.

–Claro que sei. Tanto sei que tenho certeza de que vou me dar super bem nessa prova de química de hoje, fichinha para mim. - Como eu disse, ela era uma popular com um coração bem nerd. - Você está tão quieta, Jullie! Geralmente você não cala essa boca. Aconteceu alguma coisa?

Meu nome era Juliet Foy, perfeitamente normal para a filha de uma mulher apaixonada pela história de Shakespeare. Típico da senhora Annbell. Eu e minha mãe não tínhamos nada de parecidas. Talvez o traço do nariz, mas não tenho tanta certeza. Ela era ruiva natural, quase alaranjado, e eu era loira. Sua pele era de um tom creme, obviamente mais escura do que a minha que era parecida com leite, de tão branca. Seus olhos eram azuis-claros, os meus eram verdes. Bem, talvez eu deva ter puado meu pai, apesar de nunca tê-lo visto na vida. Algo me dizia isso, meu subconsciente, ou apenas os fatos.

–Juliet? - chamou Ronnie quando eu não respondi à sua pergunta, tirando-me de meus pensamentos.

Apesar de eu não ser líder de torcida, sequer tão popular quanto ela, eu sabia que isso não afetava nossa amizade. Era apenas uma porcaria de título que os alunos colocavam. Por isso, e por várias outras coisas, eu gostava tanto de Ronnie.

–Desculpe-me. Eu estava pensando... na prova de hoje – disse uma meia verdade. - Eu estou um pouco nervosa – mordi o lábio inferior, fazendo uma careta.

Ela já tinha estacionado o carro na sua vaga de costume e agora encarava o nada, pensativa.

–Sei – ela disse por fim, não acreditando. - Se não quer conversar, tudo bem, não vou insistir. Quando quiser desabafar, eu estarei aqui, amiga. Agora, vamos, antes que a gente se atrase e daí você já sabe, não é? - ela deu uma risadinha.

Na verdade, ela era quem se atrasava. Era até irritante as pessoas parando ela no caminho para cumprimentar com beijinhos e abraços, perguntando como ela tinha passado, se ela tinha estudado, se ela passava cola das provas, se ela fazia trabalhos com eles, ou se ela iria na festa de não-sei-quem no final de semana. Todo mundo queria tirar uma casquinha da minha amiga. Ela fazia isso com prazer, mas sabia que eu não tinha paciência para tanto.

–Obrigada, Ronnie. De verdade. Até a aula – me despedi quando saímos do carro e o primeiro grupo de puxa-sacos se aproximava.

Ela sorriu docemente para mim enquanto ouvia alguém falando. Coloquei minha mochila nos ombros e subi os degraus da escada em direção à minha primeira aula do dia. Inglês.

Faltava mais de vinte minutos para o sinal soar, então, como estava um clima apropriado, a maioria dos alunos estava do lado de fora, com suas roupas leves e curtas, aproveitando o sol. Já eu, não. Eu era conhecida no colégio por usar calças e roupas compridas durante o ano inteiro. Mais especificamente, o preto. Eu gostava da cor, combinava com a minha pele e com o meu estilo. Hoje, estava perfeitamente de acordo com meu humor. Então, calças pretas, blusa preta e maquiagem escura era de total sincronia. Mesmo que, algumas vezes, a preguiça não me deixava passar um brilho labial sequer.

Como tinha vento, eu deixei meus cabelos soltos. Estavam até que arrumados. Eles eram grandes e lisos, se encaracolando nas pontas. Eles eram loiros, mas tinham um toque avermelhados nos cachos. Eu os havia tingido ano passado com o dinheiro do aniversário de 15 anos. Minha mãe tinha ficado horrorizada, mas, ao longo do tempo, havia se acostumado. Eu sempre as renovava

Joguei minha mochila no banco ao lado da porta e fiquei de pé, pensativa. Eu não estava com vontade de fazer qualquer coisa. Nem decidir se ficava de pé ou sentava. Ouvi passos atrás de mim, mas não me mexi. Podia ser qualquer um, afinal, eu estava no corredor. Meus olhos foram tomados pela escuridão, por conta de duas mãos quentes os tapando. Senti uma respiração quente em meus cabelos e um corpo masculino grudado ao meu. Toquei em suas mãos e as retirei de meu rosto, empurrei seu corpo para longe do meu, estava toda arrepiada.

–Thony! - murmurei corada, sem fôlego, e comecei a rir.

Ele estava mais lindo do que nunca. Tinha cortado o cabelo e, por isso, usava um boné de futebol americano. Não sei por que disfarçar. O garoto fez uma careta com beicinho, fingindo estar magoado.

–Ah, Jullie! Você é muito sem graça! - ele reclamou. - Eu nem tinha perguntado quem era ainda! - logo começou a rir junto, sentou-se no banco e tentou parecer desapontado, mas não conseguia com aquela cara de bobão.

Anthony era jogador de futebol americano, quarterback no time do colégio, e meu melhor amigo desde os 8 anos de idade. Ele era carinhoso, engraçado, além de muito bonito. Seu cabelo costumava quase tapar toda sua visão, e sempre estava desarrumado, o que fazia com que ele ficasse ainda mais belo. Seus músculos ficavam ressaltados em sua camiseta do time, eram o resultado de muito treino. Ele era muito alto, também, eu ficava parecendo uma tampinha perto dele, acho que ele chegava bem perto dos dois metros de altura. Sua pele era um pouco bronzeada e os olhos castanho-esverdeados combinavam com o cabelo castanho-claro. Ronnie podia falar que ele era meio que de uma cor só, mas isso só podia ser brincadeira dela. Eles adoravam se implicar para chamar a minha atenção. Meu coração acelerou ao ver aqueles olhinhos brilhando em minha direção. Certo que, para mim, Thony já deixara de ser apenas meu melhor amigo fazia um tempo, mas eu não falaria isso nunca para ele. Não queria estragar a nossa cumplicidade com essas porcarias de sentimentos a mais. Principalmente se ele não sentisse o mesmo por mim.

–Vai ver que seja porque essa brincadeirinha infantil já perdeu a graça mesmo, Anthony. - falou uma voz feminina meio enjoativa e conhecida.

–Porque a Jullie sempre acerta – completou a “sombra” da outra.

Virei-me e encontrei Emy e Carol rindo. Sorri e as cumprimentei com um beijo. Thony não gostava de apelidos na escola, e nada de apelidos quando tinha festas relacionadas à escola. Ou seja, só eu e Ronnie podíamos chamá-lo até de “bundão” se quiséssemos, onde quiséssemos e quando quiséssemos. Para o resto do mundo, ele era Anthony! Eu já não tinha essa paranoia toda.

Emily e Caroline eram loiras, altas, líderes de torcidas e sorridentes. Ou seja, além de primas, e praticamente grudadas, elas eram o partido perfeito do colégio todo. Não tinham tanta graça quanto Ronnie e não eram tão solicitadas, porque elas não possuíam o coração nerd da minha melhor amiga, mas mesmo assim. Eu temia que elas conseguissem chamar a atenção do Thony. Porém, como isso ainda não havia acontecido, deixei o pensamento de lado e foquei nas quatro idiotas atrás das belezinhas.

Todas as quatro cumprimentaram Thony ao mesmo tempo, melosamente, cumprimentaram as outras duas e saíram rindo como hienas. Essas quatro viviam rondando Ronnie, Emy e Carol. Mais ainda, eram as tietes do meu melhor amigo. Thony tinha cumprimentado-as e feito uma careta ao olhar para mim. Eu e as loiras rimos, então, depois que as quatro piradas se alojaram no banheiro feminino, falando coisas absurdamente melosas sobre ele, Thony levantou-se e foi a caminho da sua primeira aula. Mas ele não conseguiu dar dez passos.


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Notas finais do capítulo

E então? Como ficou? Merecemos reviews???



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