Finding Love escrita por Alice Prince


Capítulo 6
Capítulo 6 Antigas lembranças


Notas iniciais do capítulo

Heeey, gente você não tem noção do quanto eu amei escrever esse capítulo, espero que gostem de lê-lo.
E eba, essa é o primeiro capítulo de duas mil palavras da fic rsrs.
Boa leitura.



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De fato não poderia haver coisa melhor do que do que molhar-se dos pés a cabeça para chegar à escola, mas havia uma grande recompensa, o aconchegante salão principal decorado como sempre de seu jeito esplendido para a festa de abertura do ano letivo esperava os alunos, as centenas de velas que flutuavam sob as mesas faziam com que o brilho das taças e pratos de ouro reluzissem ainda mais mostrando o seu belo brilho.

Nas mesas das casas pessoas e mais pessoas conversavam animadas, ao fundo do salão estavam os professores e funcionários, e lá estava um Severo Snape com seu semblante carrancudo de sempre, observando todos no salão, mas a procura de uma pessoa especifica.

— É bom estar de volta— comentou Alice feliz enquanto sentavam-se a mesa da Grifinória, a garota esperou até que o olhar de seu pai a encontrasse e acenou, ele apenas lançou lhe um olhar acompanhado por um discreto sorriso.

— Por que essa porcaria não começa de uma vez, acho que sou capaz de devorar um hipogrifo— gemeu Rony, Alice sabia pelo que o amigo estava passando se dependesse dela a cerimonia seria aberta com os pratos para depois pensar em seleção das casas para alunos novos e avisos sobre o novo ano letivo.

Depois da seleção das casas, que pareceu para aqueles que morriam de fome uma eternidade, era chegada a hora mais esperada para Alice, a hora de comer, ou atacar a comida como um lobo selvagem que esta há semanas sem caçar. Ela e Rony ajeitaram-se na mesa e com os talheres em mãos aguardaram até o banquete iniciar-se. Hermione revirou os olhos diante do comportamento esquisito dos dois amigos.

— Á apenas duas palavras para dizer a vocês, caros alunos— começou professor Dumbledore levantando-se— Bom apetite!

— Ei Ron— chamou Alice enquanto as travessas magicamente enchiam-se de comida— um, dois, três e... Atacar!

Hermione descobrira por Nick-quase-sem-cabeça que Elfos domésticos trabalhavam em Hogwarts, aquilo deixara a garota tão indignada que esta recusou-se a comer, alegando que o trabalho escravo havia preparado aquela refeição. Alice apoiava a amiga em querer ajudar os Elfos, achava que nenhum ser merecia ser escravizado e oprimido, mas não seria louca de deixar de comer por isso, e essa sua atitude irritou Hermione ainda mais, mesmo a garota alegando que estava do seu lado.

E o banquete acabou e as travessas foram limpas como sempre eram, por magica os restos de comida desapareceram.

Professor Dumbledore começou a dar seus avisos de sempre, lembrando os velhos alunos das regras e as apresentando aos novos, e enquanto ele falava Alice prestava atenção não no diretor, mas sim na mesa que ficava a frente da sua, a mesa da Corvinal que tinha os alunos com suas vestes bordadas com o azul marinho e o corvo, certo aluno fazia caretas e algumas outras coisas, parecia não se importar em ser notado, mas sua “apresentação” de varias caretas era para apenas uma pessoa.

— Como o Matthew é idiota— comentou Alice franzindo a testa enquanto observava o garoto, Natalie que estava sentada ao seu lado tinha o rosto coberto pelos cabelos castanhos, vergonha era o que sentia, talvez ela estivesse se culpando-se por escolher um amigo tão “anormal”.

— O que você esta fazendo? — perguntou Rony curioso olhando para a amiga, Alice estava separando uma pequena mecha de seu cabelo, logo depois se voltou em direção ao corvino e pôs a mecha sobre a boca para que formasse um estranho bigode de cabelos levemente cacheados nas pontas.

— Quem é mais idiota agora? — disse Harry rindo da irmã que agora além do bigode tinha os olhos vesgos, do outro lado na mesa da Corvinal Natalie e Matthew atiravam as cabeças para trás dando gostosas gargalhadas. O momento foi interrompido por uma onda de murmúrios que encheu o salão.

—O que foi? — quis saber Alice, o cabelo agora já caíra de sua boca e voltara a juntar-se ao resto, Hermione murmurou em resposta falando que a Copa de Quadribol entre as casas, — mas por que, que injustiça!

E quando o diretor estava prestes a revelar o porquê de não haver Copa naquele ano uma trovoada ensurdecedora seguida de um relâmpago fez com que todos no salão se assustassem, logo após as grandes portas do salão se escancararam revelando um estranho homem apoiado a um cajado de madeira com uma pesada capa de coro, todos viraram para vê-lo, o homem andou mancando até a mesa dos professores e cada passo seu um ruído metálico podia ser ouvido, quando o homem se aproximou mais do diretor um segundo relâmpago iluminou o salão.

Com a luz produzida pelo relâmpago Alice pode ver a face do homem, ele era assustador, cada parte de seu rosto parecia conter alguma cicatriz e um de seus olhos não era um olho humano, mexia-se para todos os lados inclusive para a parte de trás de sua cabeça. O estranho trocou algumas palavras com o diretor que logo depois lhe indicou o local que havia vazio ao lado do pai de Alice na mesa dos professores.

— Gostaria de apresentar o nosso novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas — disse Dumbledore— Professor Moody.

E então depois de uma não muito acalorada recepção ao novo professor o diretor pode em fim continuar, e a aquilo de fato seria uma coisa da qual os alunos adorariam. Hogwarts iria sediar o Torneiro Tribruxo, onde três campeões de três escolas maiores escolas europeias competiriam em três tarefas magicas.

— Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos competidores de suas escolas em outubro e a seleção dos três campeões será realizada no Dia das Bruxas. Um juiz imparcial decidirá que alunos terão mérito para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.

— Ah meu deus, não acredito que vou voltar a ver a diretora de Beauxbatons, que pesadelo— Alice queixou-se infeliz no meio de tantos murmúrios animados e pessoas sorrindo.

Mas todos estavam realmente interessados era na incrível recompensa que esperaria o campeão do torneio, para a infelicidade dos mais novos o Ministério da Magia junto com as escolas participantes decidiram impor um limite de idade, dezessete anos era a idade para se competir e isso deixara os alunos abaixo dessa idade muito furiosos, mas o professor continuou calmo, como sempre fora.

(...)

O banquete havia acabado e todos estavam saindo aos poucos para o salão comunal de suas respectivas casas, Natalie foi quase que uma das primeiras a fazê-lo, a garota saiu caminhando tão lentamente que dava a impressão de estar parada, e que se movia apenas centímetros.

Logo depois Alice junto com os irmãos de Rony, Harry, Hermione e Matthew saíram pelas grandes e imponentes portas do salão principal.

—E ai, animada com o Torneio? — perguntou Matthew para a garota que andava distraída observando com seus grandes olhos esverdeados cada canto em que passavam.

— Sim, quer dizer tem alguns pontos negativos, mas de resto é tipo, “demais” — ela não sabia o porquê, mas a palavra demais se tornou para ela a definição de tudo que era perfeito.

— E quais seriam esses pontos? — indagou o garoto rindo-se, ela era tão espontânea que parecia que se conheciam há muito mais tempo, ela era uma pessoa fácil de afeiçoar-se, agora o garoto podia de fato entender tudo que Natalie lhe dizia sobre Alice.

— A diretora de Beauxbatons não precisava comparecer, e, como eu sei que ela vai vir espero que ela nem note que estou aqui— respondeu a garota olhando por uma janela da qual passavam, o tempo lá fora não era dos melhores, mas estar em Hogwarts fazia com que tudo fosse melhor. Eles agora andavam atrás de todos os outros e Alice sabia que a sala comunal da Corvinal não era nem um pouco perto da sala da Grifinória, mas não queria acabar a conversa agora que começara a se relacionar normalmente com o garoto.

— Algo deve ter acontecido, você não pode simplesmente não gostar de alguém por nada, o que aconteceu? — o garoto exigiu saber.

— Quando fiz onze anos fui para Beauxbatons e como você já deve saber a maioria por lá são meninas, e ainda por cima veelas, a diretora me chamou em sua sala e me deu um sermão, falando o quanto não era normal ter uma garota como eu na escola, que muitos questionariam como eu consegui entrar para a escola, mas que eu devia ter algo de bom que com certeza seria bom para a escola— quando a garota acabou de falar notou que olhava para frente com o olhar fixo um ponto distante, as lembranças da conversa vieram lhe a cabeça, a diretora não fora rude, mas ela era apenas uma criança para poder suportar ser de certa maneira, chamada de feia.

— Isso não foi uma coisa boa para se dizer a uma garotinha de onze anos, não foi mesmo— disse Matthew balançando a cabeça em sinal de reprovação.

— Eu era apenas uma menina que foi criada pelo pai, não tive ensinamentos sobre beleza, e dai que eu não me importava com isso, passei anos me importando apenas com que iria brincar... — Alice soltou um breve suspiro e logo uma risada fraca, lembrava-se de suas inúmeras brincadeiras, a maioria solitárias, mas foram tempos tão bons, tão calmos.

— Alice— Matthew a tirou de seus pensamentos— você é linda, aposto que quando aquela diretora colocar os olhos em você ela vai ficar de queixo caído, e com certeza vai se arrepender do que disse. — ele estava sento tão gentil. Alice não pode deixar de sorrir, e para sua indignação sentiu suas maças do rosto corarem, adiava não poder controlar essa ação do seu corpo.

— O que é isso, você esta corada? — Matthew perguntou abrindo um enorme sorriso, ele tinha conseguido deixar Alice Prince corada, era um grande feito.

— Não. Esse é o meu sensor natural para detectar idiotas— respondeu prontamente olhando para o chão, nem notara que haviam parado a caminhada, e o pior, estavam agora completamente a sós no grande e silencioso corredor.

Como se fosse outra realidade Alice viu as coisas acontecerem rápidas demais, no instante em que voltou a olhar para o garoto ele estava tão próximo de seu rosto que ela não teve quase reação. Sua mão automaticamente elevou-se e foi ao encontro do rosto do rapaz a sua frente. Ele iria beija-la, aquilo era imperdoável.

— O que você pensa que esta fazendo? — esbravejou Alice com os olhos arregalados.

— Alice... eu sinto muito, me desculpe, eu pensei que... — ele estava atrapalhando-se a cada palavra que pronunciava, parecia arrependido de sua ação, e talvez, ele tenha agido por impulso ou algo do tipo, mas aquilo não fazia diferença para Alice.

— Você é um idiota, fique bem longe de mim. — ela saiu andando apressada antes que ele pudesse falar algo, queria poder estar na sala comunal em menos de segundos, o que não era possível, é claro, mas implorava a todos os grandes bruxos que conhecia para que ele não a seguisse.

Chegando ao retrato da mulher gorda ela disse a senha quase que gritando, recebendo em troca um olhar carrancudo de reprovação pelo comportamento.

Quando atravessou o buraco do retrato se deparou com Jorge, Rony e Harry sentados em volta à lareira, Hermione com certeza devia ter subido para o dormitório e ela rezava apara que a amiga estivesse dormindo.

— Até que em fim o Matthew decidiu te soltar— brincou Jorge, era estranho não ver Fred junto para poder completar a frase de seu gêmeo, onde ele estaria não importava para a garota, ou talvez importasse, só um pouquinho.

— Ele esta bem? — perguntou Rony distraído.

— Não sei, mas espero que não— rebateu com raiva.

—O que deu em você— indignou-se Rony com a grosseria da amiga.

— Não enche Rony— disse por fim e subiu rapidamente para o dormitório, controlou-se para não bater a porta por mais que essa ação lhe fosse tentadora.

(...)

Matthew não se desculpou pelo que fez, então como Alice o faria?

Ele estava andando pensativo pelos corredores, indo para sua própria sala comunal, irritado consigo pela burrice de alguns minutos atrás, por que meninos eram tão precipitados, ele não pensou que ela fosse ficar daquele jeito, que reagisse daquela forma. Acabou batendo em alguém, elevou o olhar e viu a inconfundível cabeleira ruiva de um dos irmãos de Rony, era aquele o Fred, ou seria o Jorge, “droga”.

­— O que aconteceu cara? — quis saber o ruivo ao ver a expressão do garoto a sua frente.

E Matthew contou tudo ao ruivo que ele já havia descoberto ser Fred, e não se importava em deixar transparecer que se sentia um lixo por ter agido tão rápido.

— Cara, com certeza é o primeiro beijo dela, você não acha que ela o imaginou assim não é, garotas tem todo um sonho de como será o primeiro beijo e com certeza não é com um garoto que mal conhecem— o gêmeo estava sendo tão... Maduro, era difícil pensar em Fred Weasley sendo serio— agora se quiser que ela volte a falar com você precisara recuperar uma confiança que nem ao menos tinha.

Um conselho. Era o precisava, ele agora teria que ser mais calmo e controlado com suas ações, mas não conseguia conter-se quando estava perto da garota. Ele sabia que não a conhecia muito bem, que não havia passado muito tempo com ela, mas não podia negar, ela era tão bela, tão gentil e engraçada. Garotos na idade dele deveriam estar passando por algo parecido, afinal aquela era idade perfeita para tais coisas.


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Notas finais do capítulo

Espero que não achem que foi precipitado demais, mas quis deixar uma coisa mais dentro da realidade, afinal os garotos não vão ficar enrolando e enrolando para beijar uma garota, ainda mais se ele for novo nesse tipo de negócio não é.
Quero deixar aqui uma coisa que eu já devia ter deixado a uns dois capítulos atrás, mas acabei sempre esquecendo.
Esse é m blog que eu fiz para a fic, por enquanto tem pouca coisa, como um pagina que tem alguns dos personagens e algumas informações sobre os mesmos. É bom para conhecer eles direitinho sabem, aposto que vão gostar. Deem uma passada lá.
http://finding-love-2.blogspot.com.br/
É isso bjss e até