Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bem, antes de tudo... UM SUPER MEGA OBRIGADA a Aoi-chan (Aoi Yume) que fez essa capa linda para a fic. Eu já agradeci, mas nunca é demais fazer de novo s2
Indo para o que interessa: eu estava me prometendo demorar a postar, mas num guento isso não... Estou com os capítulos 4, 5 e 6 quase prontos, fora um 7 na cabeça... E uma fic original quase inteira. O nome disso: inspiração inconveniente (que me fez passar a noite em claro em véspera de prova final). Mas, deixando de reclamar da minha inspiração (que ela não fuja de novo) só quero avisar que amanhã sairão dois capítulos.
Pois é, morangos da tia, vou postar dois capítulos num dia só! E estou fazendo isso porque eles eram para ser só um, mas ficou gigante demaaaais da conta.
Bem, não vou enrolar mais, boa leitura! Vejo vocês nas notas finais.



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Hargeon. X799.

O céu era de um azul mais que límpido naquele dia, parecia esplendoroso que, de certa forma, não houvesse uma nuvem sequer na abóbada celeste. Mesmo assim, não fazia calor, uma brisa morna oriunda das águas refrescava a todos de modo único. Em meio a tempo tão ameno, parecia simplesmente impossível não se sentir ao menos tranquilo. Porém, esta lógica não acontecia para certo mago de cabelos róseos.

– Ele não está aqui, Happy! - reclamou, não pela primeira nem pela última vez na última hora. Bufou cruzando os braços e falou para si mesmo - as cartas da Cana deviam estar erradas, ou ela me enganou!

– Natsu, vai ver só estamos procurando no canto errado - o gato voador replicou, rondando a cabeça do amigo - Hargeon é uma cidade tãão grande!

– Mas é Igneel! Igneel, Happy! Um dragão é uma coisa que dá pra se ver!

– Nas cartas da Cana tinha um barco, né? - o exceed azul decidiu ignorá-lo, falando consigo mesmo - E uma sereia. Sereia só podem significar uma coisa...

O Salamander encarou Happy com uma sobrancelha erguida, o exceed estava realmente pensativo com uma mão no queixo e olhar vago, até que levantou a cabeça e exclamou, em alto e bom som:

– PEIXE!

Então Natsu não pode fazer outra coisa senão rir. Happy era Happy no final das contas e para o pequeno exceed azul, tudo sempre significaria peixe.

– Com o barco... - ele continuou murmurando para si mesmo, ignorando a risada do Dragneel - Natsu, vamos ao porto? Pode ser que o encontremos lá! - exclamou feliz, como se tivesse feito uma enorme descoberta.

– Igneel num b-barco? - as bochechas do mago começaram a assumir um tom esverdeado - Fico enjoado só de pensar.

– Vamos, Natsu! Eu quero comprar peixe! Digo... Achar o Igneel! - o gato exclamou, puxando o amigo pela manga - Mas nada supera os peixes fresquinhos de Hargeon, acho que vou levar um pra Charles! - continuou puxando a manga do amigo, sabendo que tinha que animá-lo de alguma forma.

O fato era que desde que Lucy abandonara a guilda o Salamander não tinha mais o mesmo sorriso, ninguém soube exatamente o que houve, porém a loira tinha deixado a guilda na promessa que passaria apenas algum tempo fora no objetivo de esfriar a cabeça. No fim, passaram-se oito anos e depois de todo esse tempo não havia pista que guiasse aos outros o mistério de seu paradeiro.

E coitado daquele que ousasse insinuar que a maga estelar estava morta, pelo menos na frente do Dragneel. Se havia alguém que tinha certeza que ela estava viva, em algum lugar, era ele. Afinal de contas ela era sua marcada, sua protegida, sua parceira, sua amiga e, o mais importante, sua paixão. E não se diz a um homem apaixonado que sua mulher está morta, não sem mostrar o corpo como prova; entretanto, não era este o caso, Lucy estava mesmo viva e tentando, há 7 anos, voltar.

Vencido pela persistência do gato, esboçou um sorriso, um tanto quanto forçado, porém decidiu não perder a viagem, ao menos um dos dois se divertiria daquele modo - mesmo que fosse com peixes.

Foi caminhando ao lado do exceed, tendo um estranho sentimento de nostalgia ao passear pela cidade, simplesmente sentia-se como se ao entrar em um beco qualquer toparia com várias garotas histéricas, um falso Salamander e uma loira de corpo escultural.

Mas isto tudo tinha sido há quase dez anos atrás, ou melhor, há quase dezessete anos atrás, mesmo que os sete anos a mais não tivessem passado em Tenrou, tinham passado no resto do mundo. Sem que se desse conta, esboçou um sorriso com a lembrança, sentindo a garganta apertar pelas saudades de anos que não voltariam, as pequenas lágrimas ameaçando saltar os olhos e, mesmo que não tivesse chorado, foi o suficiente para seu companheiro falar.

– Natsu! Você tá estranho! Tá parecendo até a Lu.. - e nem mesmo o neko foi capaz de completar. Era quase um tabu falar o nome da maga desaparecida. Porém, desta vez, foi o mago do fogo a enxugar os olhos e sorrir, fingindo que nada tinha acontecido.

– Happy, vamos logo ao porto. Você quer ou não peixe?

– Peeeeeeixe. Aye, sir! - exclamou o gato que saiu voando em disparada pela cidade.

–x-

– Vamos, Ig-kun! Temos que sair do barco antes que alguém nos ache! - no convés de um dos vários barcos recém-atracados ao porto, uma garotinha de seis anos sacudia outro garoto da mesma idade. Seus cabelos loiros estavam manchados pela fuligem e suas roupas estavam gastas, sujas e até mesmo rasgadas. Possuía belos olhos castanhos e atravessava um cinto como bolsa pelo corpo, um cinto com um estojo preso. Um reconhecível estojo com a marca da Fairy Tail.

O garoto que ela tanto sacudia nada menos era que seu irmão gêmeo - ainda que não parecesse exatamente. Ele possuía estranhos cabelos cor de rosa e olhos que variavam tanto que era impossível se dizer o tom exato. Naquele instante eram negros. O garoto normalmente se colocava a frente da irmã, protegendo-a de tudo. Tinha sido a ideia impulsiva e um tanto quanto impossível de se infiltrar em barris de saquê que os tinha posto no barco, entretanto, ele não conseguia nem se mover no exato momento, seu rosto tinha assumido uma coloração verde - a mesma que ficava toda vez que ele subia em qualquer coisa que fosse inanimada e estivesse em movimento.

– Mas Layla! - tentou protestar, porém o enjoo que lhe subiu as faces foi mais que suficiente para fazê-lo se calar.

– Sem "mas"! - ela objetou, as mãos puxando-o pelo braço - Você quer voltar pra lá e fazer com que todo o esforço da mamãe tenha sido em vão?

Se não estivesse escuro ali, daria para se ver as lágrimas nos olhos da menina, porém, mesmo assim, o garoto fora capaz de identificá-las apenas pelo tom de sua voz e talvez por isso fez um esforço para andar.

Terminou sendo puxado do mesmo modo, e de fininho, mas rápido como podiam, correram para fora do barco e conseguiram sair com bastante maestria. Entretanto, quando estavam prestes a andar pelas ruas de Hargeon, um dos guardas portuários os abordou.

– Ei crianças, onde vão? Onde estão seus pais? E porque estão tão sujos?

– Er... - o garoto não soube explicar, porém a menina foi mais rápida e logo falou:

– Estamos procurando eles, nos perdemos e não é da sua conta porque estamos sujos!

– Ora, engraçadinha! Devia levá-los a estação e esperar até que alguém desse falta de vocês.

– Olha, Lay-chan! Ele tá ali! Achamos! - o garotinho exclamou, apontando para um homem de cabelos rosas, cuja marca no braço ele reconhecera em meio a multidão.

– Como se eu fosse acreditar que vocês são filhos do Salamander da Fairy Tail! Vamos, vou levá-los até ele! Ele com certeza vai desmentir essa estória e vou poder colocá-los para fora de Hargeon, pivetes - o homem gargalhou, puxando os dois em direção ao mago. A garota, chamada Layla, fez o que qualquer criança desesperada em situação igual aquela faria, correu. Porém não correu para longe, como devem estar imaginando, ela correu em direção ao mago de fogo fazendo um estardalhaço ao gritar no meio de todos:

– PAPAAAAAAAI!

Seria estupidez imaginar que ela não tinha chamado a atenção e o garoto que caminhava ao lado do guarda achou que a irmã estava oficialmente ficando louca e ele não tinha sido o único, porque quando a garotinha abraçou as pernas do Salamander ele só foi capaz de perguntar:

– Mas o quê?

– Não tenho tempo - a menina cochichou, tão rápido que era difícil acompanhar o que falava - o guarda vai nos levar para algum lugar se não acreditar que você é nosso pai... Por favor, por favor, diga pra ele que é! - ela implorou por fim, assim que o homem chegava com o garoto de cabelos cor de rosa.

– Desculpe, senhor, é que esses garotos afirmam que são seus filhos. Vim entregá-los...

– Ah... Claro! - Natsu exclamou, meio sem graça, colocando uma das mãos na cabeça da garotinha que fazia sinal para o irmão se aproximar.

– Eles são mesmo seus filhos? - o guarda perguntou, em parte desconfiado, em parte surpreso pela reação do mago.

– Etto... - o Salamander tentou falar, bagunçando o cabelo com um sorriso frouxo. Sem que o guarda notasse, Layla lhe deu um pisão, fazendo ele soltar um resmungo e exclamar - Ai! São sim! Obrigado, não os tinha visto sumir! Não saiam mais da minha vista assim, ok? - perguntou, voltando-se para os garotos e dando uma piscadela discreta.

O guarda piscou surpreso, diversas vezes, porém por fim deu de ombros e se afastou, murmurando algo como "esses magos da Fairy Tail".

– Natsu! Parece mesmo que o Igneel não está aqui... - Happy, que voava com uma sacola de peixes em suas costas, voltou falando - Quem são esses? - perguntou ao ver as duas crianças abraçadas ao rapaz.

– Mas esse é o meu nome! - exclamou o menino de cabelos róseos, tomando a frente da irmã.

– É o quê? O Igneel não tinha esse tamanho? Você não é o Igneel de Edolas por acaso, né? - o Salamander perguntou se abaixando, completamente confuso.

– De Edo-o quê? - foi a vez da loirinha perguntar, atraindo o olhar do Happy para si. O gato não sabia dizer o motivo, mas achava os dois muito familiares - Não somos desse lugar ai... Eu sou a Layla e esse é meu irmão gêmeo, Igneel - apresentou os dois.

– Natsu, ela me lembra a Lucy! - o gato exclamou, voando para trás do ombro do amigo com uma expressão assustada.

– Vocês conheceram nossa mãe?! - ambos arguiram em uníssono. Completamente espantados. E o Salamander continuou assustado admirando os dois, pensando consigo mesmo que bem que tinha reconhecido aqueles olhos da garotinha.

Aqueles mesmos olhos de chocolate.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu até procurei, mas queria saber se alguém por ai sabe... Existe algum problema em irmãos se chamarem por "-chan" e "-kun"? E a outra pergunta é: qual o modo carinhoso de irmãos gêmeos se referirem um ao outro?
Bem, fora isso vou fazer um pedido singelo. COMENTEM. Ok? Fico muito feliz com os reviews, mesmo que seja um simples gostei, até mesmo um "ficou péssimo" (só justifiquem se for o caso para eu melhorar). Não me deixem tão solitária! ~sniff
Bem, deixando de lado o meu drama, até amanhã!
Bises de chantilly!



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