Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Obrigada demais as pessoas que estão comentando! Adoro ler e responder os reviews, por mais que seja um simples "gostei". Se os capítulos estão ficando curtos, perdoem, não estou me importando muito com o tamanho deles e evitando enrolar mais que o necessário. Para quem vem lendo dos capítulos anteriores, fica a dica: prestem atenção as datas, ok? Eu fico indo e voltando o tempo todo, evita que se percam na estória (vou colocá-las nos outros capítulos também...)
Bem... Boa leitura! ^^



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Magnólia, X791.

Duas semanas tinham se passado desde a derrota da Tartarus e, durante vários dias, toda a guilda mais barulhenta de Fiore estivera em festa - porém não sozinha. Sabertooth, Lamia Scale e outras guildas também participaram da comemoração, afinal, não era todo dia que se derrotava a última remanescente da Aliança Ballam. Porém, há cerca de uma semana parecia haver mais paz dentro de Magnólia, não que isso fosse exatamente possível, porém até mesmo os mais bagunceiros e fortes magos do reino precisavam descansar.

Em seu apartamento, uma loira acabava de sair de um banho, com pensamentos divagando em sua mente. Tivera conversas breves desde sua volta, soubera de exatamente tudo que originara a estranha marca em seu pescoço, escutou com atenção algumas recomendações do mestre; contudo o que mais a incomodava era o fato que, desde aquele abraço após a batalha, pairava entre ela e seu companheiro de time uma tensão não dita; e ela não conseguia entender o porquê.

A garota vestiu uma roupa qualquer, algo que estava no topo de sua cômoda, um short de tecido e uma blusa fina e sentou-se na escrivaninha. Talvez falando com sua mãe conseguisse achar as respostas que, em sua mente, não conseguia enxergar. Suspirou e após fitar o nada com o queixo apoiado gentilmente em sua mão, começou a escrever.

"Mama, sei que tenho muito para lhe contar e não sei nem por onde começar. Você deve estar preocupada comigo, mas a primeira coisa que quero dizer é que estou sã e salva. Bem... Não exatamente sã, mas com certeza estou salva. A guilda é realmente muito forte e prometo que noutra oportunidade irei narrar toda a batalha em detalhes, mas tudo o que me vem na mente agora, mama, é um estranho dragão em meu pescoço e essa sensação acolhedora e morna que de repente se instalou em meu peito.

Acho que estou ficando louca, mãe. Depois da nossa vitória sobre a Tartarus eu soube por todos que quase morri, desculpe, mama, mas tive que quebrar uma de suas chaves, prometo que acharei um modo de recuperá-la. Foi o Natsu que me salvou e tudo que sou capaz de lembrar são daqueles olhos... E as chamas que me acalmaram quando eu tinha certeza que mergulharia na escuridão. Ah, mãe, será que isso que sinto não é produto dele sempre me salvar? Eu queria saber... E ainda tem mais, a parte mais esquisita de tudo é que desde que voltamos, ele tem me ignorado ou me evitado ou ambos. E quando estou perto dele é como se fosse capaz de gaguejar a cada palavra, como se perdesse controle do meu corpo, fico nervosa, corada, suando frio.

E eu espero que isso não seja o que tenho pensado ultimamente, mesmo que esse pensamento tenha preenchido minha cabeça.

Afinal, que tipo de garota se apaixonaria por Natsu Dragneel?

Com amor,

Lucy Heartfilia."

Ficou com a pena a pairar centímetros acima do papel, observando o vazio de seu quarto. Após vários segundos finalmente selou a carta e a guardou ainda mais escondida que as demais, não pretendia que ninguém descobrisse sobre aquilo quando invadisse seu apartamento. E sim, ela tinha certeza que invadiriam seu apartamento.

Então suspirou pesadamente e se levantou em um salto.

– Yoshi! Isso não pode ficar assim!

Determinada, pegou suas chaves e saiu. Iria confrontar certo rosado.

Nas ruas, poucas pessoas caminhavam, tinha acabado de anoitecer e os comércios começavam a se fechar. Queria ao menos ter Plue ao seu lado, mas pelo contrato não podia chamá-lo naquele dia da semana e essa solidão a deixava com os pensamentos voando mais alto do que desejava.

O fato é que tinha muito mais que queria a falar a sua mãe, mas simplesmente não sabia explicar nem a si mesma, quanto mais por em palavras. Ela queria mais que tudo entender o motivo do rosado ignorá-la, mas toda vez que reunia a coragem para fazê-lo, assim que abria a boca tudo se esvaia; e isto a irritava profundamente. Tinham sido duas semanas de silêncio quase que total e aquilo vinha lhe incomodando de um modo que nunca tinha acontecido.

Tentou pensar positivo durante o caminho, assobiando e cantarolando para si mesma, surpreendeu-se quando ao parecer que tinha passado apenas um piscar de olhos estava diante da conhecida plaquinha:

"Natsu & Happy"

Respirou fundo e estava prestes a bater na porta, quando ouviu uma doce voz feminina vindo do lugar:

– Nat-kun, lembra de quando diziamos que nós iamos nos casar? - a doce voz da Strauss mais nova lhe atingira feito flecha, gelando seu coração e causando uma sensação desconfortável em seu peito. E, em uma fração de segundo, a maga estelar já tinha posto em sua cabeça que aquilo fora, de fato, uma péssima ideia.
Prendendo até mesmo a respiração para não ser ouvida e em movimento tão abrupto, mordeu o lábio inferior e correu, sem saber ao certo para onde estava indo.

Parecia que tinha atravessado metade da cidade, correndo completamente sem rumo, as pessoas não entendiam o porquê das lágrimas em seus olhos e nem ela conseguia se explicar aquilo, mas ouvir a voz da albina dentro da casa dele tinha sido demais. Correu até que ficou sem fôlego e quando isso aconteceu estava próxima a uma árvore, um lago e uma maga de cabelos azuis e inusitadas roupas de inverno.

– Juvia?

O olhar da azulada a fitou, a tristeza transbordando em forma de lágrimas.

– Oe... Não fique assim... O que houve? - Lucy perguntou se aproximando, esquecendo por um momento de suas próprias lágrimas. Sentou-se ao lado da mulher chuva e teve vontade de abraçá-la por um instante.

– J-Juvia não consegue mais falar com o Gray-sama. Juvia não merece falar com o Gray-sama! Juvia matou o pai do Gray-sama! - ela parecia se descontrolar a cada frase, as lágrimas cobrindo seu rosto, seus olhos inchados.

– Calma, Juvia - apressou-se em dizer Lucy, antes que aquele ponto virasse uma tempestade - Por que você não conversa isso com o Gray?

– Gray-sama viajou assim que chegamos. Disse que precisava visitar uma cidade... Juvia queria ir com Gray-sama, mas Juvia não pôde - falou chorosa, escondendo o rosto entre as mãos.

– Juvia, vai ver ele só precise de um tempo sozinho - Lucy tentou argumentar, mas foi interrompida por um olhar assustador.

– Rival do amor...! - a azulada disse em tom assustador, fazendo a maga estelar dar um pesaroso suspiro.

– Não sou sua "rival do amor", Juvia. E-Eu gosto de outra pessoa - não acreditava que estava admitindo aquilo em voz alta, mas já que estavam desabafando, precisava tirar um pouco do peso de suas costas.

– A rival do amor só está falando isso para ficar com o Gray-sama - resmungou a maga da água, cruzando os braços e começando a divagar em conspirações que supostamente a maga estelar faria.

– Juvia, eu realmente quero te ajudar! Eu não gosto do Gray - interrompeu Lucy - E-eu gosto d-do Nat-su! - gaguejou. E quando as palavras saíram nem pode acreditar que tinha dito.

Os olhos azuis a fitaram primeiro com descrença, e então, ao ver as lágrimas da Heartfilia que começava a se lembrar o motivo de estar ali, compreensão. A maga da água sorria consigo mesma por não ter mais que se preocupar com "seu Gray-sama" mas também ficava triste por ver Lucy tão infeliz.

As duas se abraçaram por um instante, sem saber ao certo quem se apoiava em quem e tão logo quanto tinham se aproximado se afastaram, com um sorriso entre as lágrimas.

– Juvia, vou te ajudar. Mas que tal discutirmos isso em uma missão... Ainda tenho que pagar meu aluguel - choramingou com seu típico jeito exagerado no final.

– Se a riv...Lucy vai ajudar a Juvia, Juvia vai ajudar com o aluguel da Lucy! - exclamou a azulada alegremente.

– Então está combinado! Amanhã na guilda, ok? - despediu-se a Heartfilia com um abraço e um aceno para a azulada.

E, pela primeira vez no dia, se sentiu realmente empolgada com alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

Gente, perdoem os erros, como falei antes meu pc pifou e estou usando o da minha avó (que é tão novo que ainda tá sem o Word) digitar pelo bloco de notas ou pelo Word Pad é um porre que tenho que conviver. Espero ter meu bebê de volta logo...
Sugeriram colocar um glossário das pouquíssimas expressões que uso em japonês, mas fico com medo até de passar vergonha pq pego algumas de ouvido, nos vícios de linguagem dos animes rs. Mas se for realmente necessário, passarei a colocar...
Falando nisso, para quem não sabe, Yoshi! = Okay! ou algo assim.
AAAAAh, tem alguém ai que saiba me fazer uma capa bonitinha. Sem PC = sem PS = sem capa =
Preciso resolver isso com urgência.
Bem... bises de chantilly e me digam o que acharam, moranguinhos *-*



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