Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Tive que usar do meu "acervo" de capítulos futuros pq a inspiração fugiu! Se alguém encontrar ela por ai, favor entrar em contato, ok?
Espero que gostem do capítulo!
Boa leitura! Beijos!
PS: Obrigada a quem passou pela outra fic (a minha original) e deixou comentários



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Magnólia. X799.

A briga continuou por muito tempo, até que o mago do gelo juntou as mãos e como resposta viu Natsu permitir que os punhos pegassem fogo. A garota que usava o balcão de trincheira olhou para tudo aquilo com um misto de medo e surpresa. Eles iam mesmo brigar com magia?

– O que está acontecendo aqui? - um gigante entrou em cena, vindo de uma saleta do andar de cima, fazendo com que a menina se encolhesse com medo, agarrando as próprias pernas.

Todos pararam exatamente onde estavam, olhando para o gigante. Ele pulou do primeiro andar, caindo exatamente na frente da menina e diminuiu até parecer quase da mesma altura que ela.

– Quem é você? - perguntou Makarov com um sorriso. Igneel largou a briga com o pequeno Fullbuster e correu para perto da irmã. Antes que falasse qualquer coisa, Mira sorriu e comentou:

– São filhos da Lucy, mestre.

– M-Mestre? - os gêmeos perguntaram em uníssono, olhando para o velhinho de roupa esquisita.

–Oe, pirralhos! Não quebrem minha guilda! Já não basta o problema que me dão com as contas pra pagar! - exclamou para os outros, meio furioso, mas todos sabiam que era também em parte divertido e depois perguntou em tom mais baixo, enquanto os demais tentavam arrumar o local - Quem os trouxe?

– Fui eu, velhote! Encontrei os dois em Hargeon - respondeu Natsu se aproximando dos três.

– Hum... Natsu, venha aqui, por favor - chamou e assim pulou de volta ao primeiro andar e entrou no gabinete deixando a porta aberta.

O Dragon Slayer deu de ombros e subiu rapidamente.

Ao entrar na sala, Makarov estava observando a janela de forma desatenta, o mago era impaciente - sempre o tinha sido - então assim que fechou a porta atrás de si perguntou:

– Quer falar o que comigo, velhote?

– Tenho duas coisas pra falar. Ambas muito sérias - começou o mestre - a primeira é que desejo saber qual o motivo das crianças terem aparecido agora. Você sabe?

– Não tive tempo de falar com os pivetes, mas não tenho um bom pressentimento quanto a isso - cruzou os braços - Talvez a Layla fale algo, mas só se perguntar.

– Com quem eles ficarão?

– Comigo, claro! - respondeu e dessa vez esboçou um sorriso.

– Hum... - o velhinho pareceu pensativo por um segundo e depois falou - temos que descobrir com urgência o porquê deles estarem longe da Lucy, não acho que ela se separou deles por vontade própria.

– Velhote, você não tá dizendo que a Lucy tá morta né? - o Dragon Slayer já estava ficando irritado, como sempre ficava quando alguém falava isso.

– Acho improvável, mas ela certamente está em perigo. Natsu, você tem que encontrá-la e salvá-la.

– Farei isso velhote, não precisava pedir. Mais alguma coisa? - o Dragneel perguntou, já prestes a abrir a porta.

– Só mais uma... - o velhinho se aproximou com uma expressão mortal que causou calafrios na espinha dele e gritou alegremente - PARABÉNS, PAPAI!

– NANI?

– Só um tapado não nota que você é o pai dos pirralhos... - então ao ver que o rosado não estava entendendo nada daquilo, ficou com a típica expressão de que tinha uma gota escorrendo em sua testa - Você não tinha notado - constatou.

– No-Notado o quê? - perguntou, ainda perplexo.

– Natsu! Quantas pessoas você conhece com esse tom de cabelo?! O Igneel é uma cópia sua! É tão claro! E a Layla é igualzinha a mãe... Você e a Lucy, hein... Dois safadinhos... - insinuou por fim, fazendo o mago piscar diversas vezes em descrença. Ele era pai? Saiu da sala do mestre e desceu as escadas em silêncio, lembrando-se um tanto corado do dia e da primeira (e não única) vez no qual ele e a Heartfilia se entregaram um ao outro.

–x-

Era o festival do Hanami, o primeiro desde que ambos estavam namorando, a maga estelar parecia mais sonhadora que o normal, mais empolgada que de costume. Ele ria com a empolgação dela, aquela alegria contagiante, os olhos castanhos brilhando durante todo o dia. Quando tinha ido ao apartamento da loira, a encontrou enrolada numa toalha, com ao menos três roupas diferentes para vestir sobre a cama.

– O que faz aqui? - perguntou, escondendo o corpo por detrás de um cabide com um vestido azul marinho.

– Você tava demorando a chegar na guilda, então pensei que podia vir ver porque tanta demora - retrucou, jogando-se na cama como sempre. Ela levou as mãos a cintura, estava corada, agora toda vez que ele invadia seu quarto era daquele jeito.

– Não devia invadir o quarto dos outros assim, Natsu! - reclamou - Eu podia estar nua sabia?

– Não é como se eu nunca tivesse lhe visto nua, Luce... Já até pus a mão nesses mel... - antes que ele completasse a frase levou um chute e ela saiu batendo os pés com o vestido em mãos para o banheiro.

– Idiota - ele ouviu pela porta, sem entender quase nada do motivo dela fazer aquilo. Sempre tinha invadido, por que pararia agora?

Ele ficou olhando para o teto, pelo que pareceu uma eternidade, enquanto a maga se arrumava.

– Luuce, tá pronta? - perguntou, revirando-se na cama da maga celestial.

– To quase... - respondeu ela e após poucos minutos saiu, ajeitando as pontas do cabelo e dando uma volta ao redor de si mesma - Então... Como estou?

Ele ficou observando-a estupefato, o vestido azul marinho solto em seu corpo tinha a barra da saia preenchida por um bordado prateado que ia ficando mais escasso a medida que se aproximava do busto da maga. Também não pode deixar de observar como a delicada cordinha prateada marcava os seios dela e o decote generoso mostrava a marca de dragão contrastando com sua pele. Eram as mesmas botas que ela sempre usava e tinha posto suas chaves como uma bolsa a tira colo.

– Uau! - exclamou, estupefato e a garota arqueou uma sobrancelha esperando resposta melhor que aquela - Está linda, Luce.

Ela sorriu, sabendo que era raro receber um elogio tão franco do namorado. Mesmo após meses de namoro, certas coisas nunca mudavam. Principalmente o fato de que ele não se importava quando ela se arrumava ou algo do tipo, aliás, na maioria das vezes ele nem percebia.

Mal sabiam ambos que naquele dia o vestido iria ser rasgado e que suas bocas iriam se provar de um modo nunca feito... Que seus corpos iam se experimentar, se provocar, se testar. Mal sabia ele que descobriria não só os pontos sensíveis da maga reagindo ao seu toque em tamanha delicadeza e provocação que seu cerne e bom senso tinham, há muito, ido para o espaço. Ela também não fazia a menor ideia que seria naquela noite que perceberia o quanto o Dragneel não era inocente, o quanto ele a desejava e o quanto ela o desejava. E nenhum dos dois tinha medo, ou receios, era uma entrega total que ia muito além do sexo; era a confiança completa, posta em arfares, beijos e gemidos.

Ele tinha se prometido nunca esquecer de cada segundo daquela noite.

–x-

E sorria ao tentar adivinhar qual dos dois tinha seduzido primeiro.

– Natsu-san! - a garotinha ao seu lado chamou, tirando-lhe de seus pensamentos - Onde vamos ficar?

– Er... na minha casa - falou com um sorriso para a menina, bagunçando seu cabelo - Devo isso a Lucy... - murmurou baixinho, mas a garota pode ouvi-lo.

– Você era muito próximo da mama? - perguntou curiosa.

– Acho que sim - respondeu, com meio sorriso e vendo que a menina ainda esperava mais que aquilo por resposta terminou falando - Eu e a Lucy... er... namorávamos.

– Sério? - os olhos da menina brilhavam e dava pra notar que ela tinha outra pergunta na ponta da língua quando o irmão chegou jogando o braço por cima do ombro dela e disse meio que babando:

– Tô com sono, Lay-chan. Quando vamos pra casa?

– Baka! Não sou encosto! Laaaaarga! - gritou tirando o braço do irmão de seu ombro e deixando ele pisar em falso e quase cair.

– Oe, Layla, não precisava disso! Eu quase caio! - choramingou.

– E eu com isso? - retrucou a garota, cruzando os braços e olhando pra qualquer lado menos para o irmão.

– Ei, vocês dois, vamos para casa - Natsu se meteu - devem estar cansados e eu também estou morto. Happy, você vai agora ou mais tarde? - perguntou ao exceed.

– Eu vou dormir na casa da Wendy, Natsu...

– Wendy... Sei... - caçoou baixinho e rindo, mas deixou para lá assim que o gato saiu voando para perto de certa gatinha de pelos brancos.

Então o mago olhou para ambas as crianças e logo viu ambas pegarem em sua mão, quando estava na porta pode jurar que tinha escutado alguém dizer:

– Coisa estranha essa, não? Natsu como pai...

Mas logo o pequeno Igneel bocejou e pediu com voz sonolenta e doce:

– Natsu-san, pode me carregar?

– Mas você é folgado, hein garoto? - ralhou, não acostumado com aquilo. Mas assim que viu o menino estendendo os braços foi incapaz de negar algo, então apenas olhou para a mini-Lucy e perguntou, meio ranzinzo e confuso, extremamente confuso - Também vai querer ser carregada?

– Não - respondeu a garotinha com simplicidade - não estou tão cansada assim. E quero olhar as estrelas - então ergueu o rosto para o céu, com um sorriso saudoso. Ele pegou o garoto nos braços e, involuntariamente, seguiu o olhar dela.

Ah, fazia tanto tempo que não olhava o céu!


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