Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Não sou de fazer isto, mas a cena Gruvia originalmente inspirada na música My Heart is Open - Maroon 5 feat. Gwen Stefani, mas antes (no comecinho da cena) eu escrevi ouvindo The Last Time da Taylor Swift. Para quem gosta de ouvir música lendo, recomendo colocar as duas. ;)
Coloquei o link de ambas antes da cena Gruvia *-*
Eu sei, eu sei, é uma super dor de cotovelos. Mas tuuudo bem, ficou bonitinha no final rs
Boa leitura! Hope you like it!
PS: Já falei como eu AMO Gruvia? Meu capítulo favorito, by far. E tem um agradecimento que eu esqueci de fazer nas notas finais >



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Magnólia. X791.

– Cara, finalmente deixou de ser idiota e decidiu namorar com a Lucy, to impressionado! - falou Gray, enquanto ele e Natsu estavam sozinhos em uma conversa quase amigável na guilda. Era claro que o acontecimento no apartamento da loira tinha sido "segredo completo" e como tal, toda Magnólia, quiçá toda Fiore, já sabiam do ocorrido. Afinal, não era todo dia que o Salamander da Fairy Tail ficava com uma garota. E não era qualquer garota, mas sim a maga estelar de sua própria guilda.

– N-Não estamos namorando - o Dragneel corou e desviou o olhar para a porta no exato instante que a Heartfilia entrou na guilda. Ambos trocaram um sorriso, repleto de carinho e significado. E ao vê-la completou para si, mesmo que o mago do gelo tivesse ouvido - ainda...

– Você tá parecendo mais idiota assim - o Fullbuster cruzou os braços a frente do corpo, com uma ligeira inveja do amigo rival. Não inveja pela maga que ele namorava, considerava a Lucy como uma espécie de irmã, mas inveja pelo sentimento... E nem morto que admitiria ter inveja...

– Pelo menos sou o idiota com companhia, né Luce? - ele olhou para a maga que chegava na mesa com seu típico sorriso, ela tentou esquecer por um momento do beijo em seu apartamento, mesmo que ele dominasse todos os seus sentidos. Aproximou-se de ambos os magos e perguntou:

– Do que falam?

– De idiotices! - o mago do gelo retrucou e bufou em seguida.

– Anh? - a Heartfilia olhou para ambos confusa, então olhou para o Dragneel esperando resposta.

– Deixa pra lá - então se aproximou mais dela e tentou falar - Etto... Luce... Er...

– O quê, Natsu?

– Eu queria saber se... - tentou novamente, levando uma mão a cabeça e bagunçando seus próprios cabelos. Tentou desviar dos olhos fixos da maga a sua frente e não conseguiu e terminou ainda mais corado depois disso.

– Se... - incentivou a maga, notando que começava a corar também.

– Se você queria namorar comigo - falou ele em um fôlego só - pronto, falei.

– Mas é claro que sim! - ela exclamou, jogando-se nos braços do mago e nem se importando em lhe dar um selinho no meio da guilda.

– O Natsu finalmente cumpriu meu desafio! Ele beijou a Lucy que nem a mamãe e o papai se beijam! - exclamou uma Asuka correndo para os dois e chamando a atenção da guilda para eles - Eles se gooooxxxxtam!

– Não imite o Happy, Asuka-chan! - reclamou Lucy com um sorriso bobo no rosto, pegando a garotinha nos braços enquanto ela corria em sua direção.

– Idiotas - bufou Gray com os braços cruzados. O rosado olhou para o Fullbuster e falou:

– De novo, pelo menos eu sou o idiota que tá com a garota que o ama.

– O que você quer dizer com isso, olhos puxados?

– Onde está a Juvia, Gray? - Lucy se meteu na conversa, antes que virasse uma confusão, e dando indireta para o que o Dragon Slayer já pretendia querer falar.

– E eu lá sei?!

– Acho que ela falou algo sobre se encontrar com o Lyon hoje, Lucy - foi Mira a responder com uma piscadela. Entendendo o que a Heartfilia queria fazer bem antes dela fazê-lo. Depois gritou - Uma rodada em homenagem ao mais novo casal da Fairy Tail! Natsu e Lucy!

Os dois magos trocaram um olhar e coraram.

– Eu quero ver outro beijo! - exclamou Asuka, rindo nos braços da maga estelar.

– Oe, você tem ideias bem adultas, né Asuka-chan? - Lucy perguntou, completamente corada.

– Tá bem! - Natsu exclamou com simplicidade, puxando a Heartfilia para perto de si e fitando a expressão que era um misto de desafio e descrença em seu rosto.

A mão da garota repousou em seu peito e os dois tocaram os lábios com a mesma suavidade que tinham feito antes, aos poucos então as línguas sentiram a necessidade de se provar, com carinho, desejo e inexperiência. Parte dela queria ter bom senso, mas a outra parte já não raciocinava direito, sua mão deslizou até a nuca dele e ela notou que o beijo se tornava mais desesperado, mais apaixonado e teria continuado assim se não fosse Cana gritar:

– Vão para um quarto... hic!

–x-

The Last TimeMy Heart is Open

Ela estava demorando demais embaixo do chuveiro, tinha plena certeza daquilo, mas a água a acalmava, fazia com que cada uma de suas infinitas preocupações por um momento escorressem pelo ralo. Tudo o que ela queria era saber o motivo dele, somente isto. O que ela tinha feito de errado? O que faltava a ela? O que havia em todas as outras garotas para merecer suas palavras quando ela, sempre presente, sempre por perto, não merecia sequer um olhar... A lágrima se misturou a água e nesse instante ela fechou o chuveiro. Tinha que parar de se preocupar com o que não podia ser mudado.

Se Gray não gostava de seu jeito, ela não era mais capaz de mudá-lo. Amava-o, mas estava percebendo que amá-lo agora significaria deixá-lo ir. Encarou a esponja de banho e riu, talvez tivessem razão, aquilo era obsessão, não amor.

– Juvia acha que precisa mudar a decoração - falou consigo mesma, pegando a esponja e a jogando no lixo.

Saiu do banheiro, enrolada em uma toalha, e viu os diversos "Gray-samas" por todos os lugares. Aquilo era quase um golpe, um causado por ela mesma, não queria vê-lo, mas ali ele estava expondo sua fraqueza em todos os lugares, mesmo que estivesse ausente - em teoria.

Com um aperto no peito, a Lockser tomou uma decisão: iria tirar tudo que estava ali. Iria parar de amá-lo.

Mas antes, precisava vestir algo. Abriu uma das gavetas de sua cômoda e lá se deparou com aquela camisa, a dele, em cima de todas as suas roupas. Um nó se formou em sua garganta, mas nenhuma lágrima saiu, parecia que já tinha gastado todas elas chorando por seu amor não correspondido.

– Uma última vez - murmurou, a voz frágil, presa.

"Uma última vez para sentir o cheiro dele"

Sentiu o tecido em suas mãos por um segundo e depois de por sua roupa íntima, vestiu aquela camisa, a camisa dele. Caindo como um vestido em seu corpo, um vestido muito curto, mas ainda assim um vestido. De toda maneira, ninguém a veria daquele jeito e ela não se importava.

Banhada do aroma inebriante que desprendia do tecido, passou a retirar os bonecos, as cortinas, a colcha da cama. Colocava tudo em um sacolão que havia encontrado por ali. Fotos, toalhas, pelúcias. Precisava limpar cada canto e em cada pedaço havia alguma coisa com seu rosto.

Tinha enchido o primeiro saco e levaria para fora. E não se importou em fazê-lo da maneira que estava, a maioria das garotas estavam na guilda e homens não iam até a Fairy Hills.

Enquanto isto, o Fullbuster tinha saído da guilda, um tanto quanto irritado e sem saber exatamente o porquê. Caminhou sem rumo, procurando alguém com quem pudesse conversar sem ser interrogado, talvez Erza fosse a pessoa certa, afinal ela o entendia melhor que ninguém. Decidiu ir ver se a amiga estava na Fairy Hills e foi caminhando rapidamente até o lugar.

– Juvia só queria entender, será que ele tem medo? - a azulada perguntou-se colocando toda a tonelada de coisas no lixeiro do lado de fora.

Foi quando ele a viu.

Poderia ficar impressionado com diversos fatores, o fato dela usar sua camisa era um deles e a maneira com a qual estava tão deliberadamente jogando uma série de coisas com seu rosto era outro. Porém, o que mais o tinha cativado era a maneira tão obviamente sexy na qual ela se encontrava. O cabelo molhado caindo em ondas pelas costas e pelo pescoço, a parte que ficava transparente na blusa que usava, exibindo a renda de sua lingerie, as pernas que apareciam de modo hipnotizante, a marca da Fairy Tail que se destacava em azul royal na sua coxa...

Engoliu em seco, porque enquanto seus olhos devoravam a maga sem pudor, os olhos dela se chocavam com os seus e ali havia surpresa, constrangimento e dor.

– O que Gray-sama está fazendo aqui? - perguntou, levemente ruborizada.

– Er... Eu vim atrás da Erza - respondeu automaticamente e pode jurar que tinha visto uma lágrima se formar nos olhos azuis.

– Erza-san não está aqui - ela respondeu com simplicidade e virou de costas, fazendo-o notar todo a silhueta de seu corpo com mais atenção do que queria.

– Essa camisa é minha? - perguntou, percebendo aquele detalhe somente no momento que a viu dar alguns passos de volta ao casarão.

Ela quis dizer a ele que não, apenas era muito parecida. Mas o cheiro não a permitia mentir. Suspirou e terminou respondendo.

– Sim. Se Gray-sama quiser ela de volta, Juvia vai tirá-la agora. Juvia está mesmo se livrando de tudo que a lembra do amor pelo Gray-sama.

Por um segundo, ele a imaginou se despindo e sentiu-se corar com aquilo. Então a verdade se abalou em sua mente, ela estava se livrando de tudo que era dele.

– Juvia... - tentou falar - por que está fazendo isso?

Ela virou-se novamente, concentrando cada parte de si em não chorar, mas a garoa que começou em seguida a traiu. Era óbvio, não? Por que ele ainda perguntava?

– Gray - ela começou e molhou os lábios em uma breve pausa - pode responder algo a Juvia?

Ele apenas acenou afirmativamente com a cabeça.

– Juvia precisa saber... Existe alguma chance de Gray-sama vir a se apaixonar pela Juvia?

A pergunta o acertou como uma flecha e sua primeira reação foi responder automaticamente.

– Não.

Ela engoliu em seco e a chuva engrossou, misturando-se as lágrimas da maga que o olhou uma última vez e disse:

– Já tem sua resposta.

– Que resposta? - perguntou ele, notando como o corpo dela estava destacado, querendo naquele instante tomá-la para si. Sentia suas barreiras quebrando, parecia que a água finalmente tinha derretido as paredes de gelo, fazendo-as ruir uma a uma.

– Do porquê de Juvia estar se desfazendo de tudo - e ela fez menção de entrar, então ele venceu a distância entre os dois e puxou seu braço, fazendo com que os olhos azuis o fitassem por um longo segundo.

– Não existe, porque eu já estou apaixonado por você, Juvia - falou com calma, assistindo a última barreira de si mesmo vir abaixo. Ela o olhou perplexa, confusa, desconfiada - Desculpe... não. Me perdoe, eu fui um idiota por não perceber antes. Por favor, Juvia, posso ter uma última chance?

Ele apenas precisava ouvi-la dizer sim. Do mesmo modo que ela precisava de seu "sim" para tantas outras perguntas, a chuva afinou, aparecendo um sol junto a ela, chovia, porém uma chuva alegre, animadora, esperançosa. Ela riu baixinho, sua magia a traia, dizendo suas respostas antes mesmo dela pronunciá-las.

– Juvia precisa mesmo responder? - perguntou.

– Sim - ele disse e brincou, vendo o tempo mudar diversas vezes em poucos minutos - Gray precisa ouvir a resposta de Juvia.

– Sim. Sim! Sim! Sim! - ela exclamou, sorrindo tanto que ele teve a certeza que seu sorriso era capaz de ofuscar o brilho do sol.

Então ele a puxou para perto, sentindo o corpo da maga junto ao seu, ela se deixou gostar da sensação da pele fria contra a sua, de passar os braços pelo peitoral desnudo dele - dessa vez nem ela o tinha visto tirar a camisa. As bocas então se acharam com pressa, não havia mais nada a ser dito, apenas a ser sentido. Beijaram-se, com paixão e carinho, ele passou a mão em suas costas e ao se afastar colaram suas testas, incapazes de ficar mais longe um do outro, perdendo-se nas respirações entrecortadas. O tempo abriu novamente. E ele riu ao ver a sua blusa no corpo da maga de uma forma quase transparente.

– Juvia, é melhor trocar de roupa não? Pode terminar doente - não era exatamente o que pensava, mas era em parte verdade. Ela fitou seu próprio corpo e ficou ainda mais ruborizada ao ver sua situação.

– Juvia pensa que Gray-sama devia fazer o mesmo - retrucou ela, pegando em sua mão.

– Juvia, sem o "-sama". E minha casa está longe... - ele tentou argumentar e ela o puxou para dentro.

– Não se preocupe, Gray-s... Gray. Juvia ainda não jogou fora as suas roupas - ela deu um sorriso envergonhado e o puxou para dentro. E ele riu, feliz por ela ser tão obcecada. Mas ainda mais feliz por ela ser sua.

Sua delicada gota de chuva.


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Notas finais do capítulo

Bem, se eu pudesse dedicar o capítulo o faria a GabyChan que deu a primeiríssima recomendação da fic. E não há palavras para a alegria desta autora. Fiquei muito boba/fofa/mil e outras coisas!
Bem... OBRIGADA! Beijos!



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