Saint Seiya: New World escrita por Fernando


Capítulo 8
Capítulo 8 - Adeus




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Kiew era incrivelmente veloz meus olhos mal conseguiam acompanhar seus movimentos antes, mas, agora eu podia ver cada movimento seu. Ele tentava me acertar com sequencias de socos, mas eu conseguia me esquivar de todos, apenas me movendo para trás e para os lados.

– Achei que você era mais rápido. – Disse eu. – “Estrela sei lá oque da corrida” não é?

– Cale-se! – Bradou o espectro.

Ele se enfureceu e desferiu um soco mais potente, mas baixou a guarda, eu desviei de seu punho e consegui me aproximar e acertar um soco na altura de suas costelas. Não senti que tinha feito algum dano, mas Kiew cambaleou para trás e levou a mão ao local onde eu o havia atingido.

– Você é veloz, Pégaso. – Disse ele com uma voz tenebrosa. – Isso eu sou forçado a admitir, mas ainda precisa trabalhar muito seu cosmo.

Seu cosmo aumentou e eu pude ver algo, como a figura de uma mulher, se formando atrás de Kiew. A figura era uma mulher, mas tinha garras, olhos ferozes e serpentes no lugar de cabelos. Era uma Górgona, uma das irmãs da Medusa na mitologia grega.

– Olho da Custódia!

Kiew gritou e eu vi os olhos da figura atrás dele se abrirem. Eram amarelos e iguais aos de uma serpente e, no exato momento em que eu os vi, todo meu corpo parecias pesar uma tonelada.

– O-oque está acontecendo? – Perguntei.

Tentava mexer minhas pernas, mas era como se eu estivesse me movendo em areia movediça.

– Isso, meu caro cavaleiro, são os efeitos do olhar da Górgona. – Disse o espectro. – Eles afetam seu sistema motor, ou seja, seus movimentos são debilitados ao extremo. Exceto por seus sentidos básicos, audição e visão, eles permanecem ativos para que você possa apreciar sua lenta e dolorosa morte.

Esse cara sabia oque fazia. Minha melhor arma era minha velocidade, mesmo que eu não fosse um cavaleiro, eu sempre fui o mais veloz e me orgulhava disso... Agora eu mal podia me mover.

– Devia se achar importante. Todos que receberam essa técnica ficaram paralisados por completo, você é o primeiro que ainda tem algum movimento, mas isso não será problema.

Kiew se aproximava lentamente, devia estar saboreando sua vitória quase certa, mas eu ainda tinha uma ultima cartada. Não sei como ou por que, mas eu sabia um jeito de conseguir sobrepujar essa técnica, mesmo que por meros segundos apenas, mas poderia me dar um pouco mais de tempo.

Ele estava a quatro passos.

Fechei os olhos e me concentrei em meus pés.

Três passos.

Senti toda a força que fluía por meu corpo se concentrar em minhas pernas.

Dois passos.

Tentei fazer o maior acumulo de cosmo no menor ponto possível.

Um passo.

Ultima chance.

Explodi meu cosmo novamente e ele hesitou. Pensei que fosse pelo meu cosmo ter aumentado tão depressa, mas não. Outro cosmo, ainda maior até que o de Prabha e Cário encheu o quarto.

– Você não vai tocar nele! – Carmen esbravejou.

Olhei para ela e a visão que tive foi tão assustadora quanto bela. Carmen estava envolta em uma aura de cosmo dourada, não dourada como a dos cavaleiros de ouro, mas um dourado como o da primeira luz do nascer do sol. Seu cosmo era quente, aconchegante e imponente.

Poderia ter ficado ali, olhando para Carmen irradiar sua essência, para sempre, mas me forcei a me concentrar na luta. Consegui, mesmo com meus movimentos restringidos, agarrar Kiew só lembrou-se de mim quando eu já estava perto o suficiente. O envolvi com meus braços, e explodi o cosmo concentrado em minhas pernas, oque lançou Kiew e a mim para longe, na direção do buraco da parede que estava as minhas costas.

– Maldito! – Esbravejou Kiew enquanto passávamos pelo buraco aberto por Rurik e caiamos no quinta da casa.

O espectro se debatia e forçava seus braços na tentativa de se soltar, mas eu iria aguentar o máximo que pudesse talvez eu conseguisse algum tempo para Carmen e os outros fugirem.

– Me largue seu inseto! – Kiew ergueu seus braços com tanta força que eu achei que os meus tinham sido arrancados.

Ele se pôs em pé.

– Sempre você, seu cavaleiro maldito!

O espectro arqueou sua perna para trás e chutou meu rosto. Eu tombei para trás, sentindo o gosto de sangue em minha boca, mas ainda estava sorrindo.

– Qual a graça? – Ele perguntou enquanto pisava no meu peito. – Do que está rindo?

Mesmo com a armadura eu sentia como se estivessem me acertando com pesos de 200 quilos no peito. Minhas costelas estavam a ponto de estourar para fora do meu peito.

– A graça... – Disse enquanto cuspia mais um pouco de sangue. – Foi ver a sua cara... Quando um cavaleiro de primeira viagem te enganou.

Eu sorria como um idiota e, de fato, eu era um idiota. Estava provocando o homem que podia me matar com um simples soco... Mas eu não ia morrer sendo um covarde ou implorando por minha vida.

– Ora seu...

Kiew foi interrompido por uma explosão.

A parede as suas costas, do andar térreo da casa, explodiu quando algo foi arremessado através dela e foi parar ao meu lado. Um homem de cabelos negros, muito mais longos que os meus, pele branca e olhos castanhos escuros... Idênticos aos meus. Olhei melhor para ele e vi a armadura que vestia... A armadura de Wyvern.

– André? – Ouvi a voz de Cário um pouco longe.

O Wyvern olhou para mim e depois para minha armadura, assim como eu fiz com ele, e então rugiu novamente.

– Pégaso?! – Disse o Wyvern num misto de ódio e surpreso.

Ele se pôs em pé novamente e parecia pronto pra me exterminar. É hoje não era o meu dia.

– Galope do Unicórnio!

Senhor Jabul surgiu e acertou Wyvern com um chute, suas pernas estavam carregadas de um cosmo esverdeado. Wyvern foi lançado para trás, mas Kiew tinha seu punho apontado para o coração do senhor Jabul. Tentei me ajudar, mas eu parecia estar me movendo em câmera lenta.

– Morra! – Esbravejou Kiew.

Jabul virou sua atenção para ele, mas era tarde demais. Foi então que um raio de cosmo dourado, com a ponta igual à de uma flecha, surgiu no peito do espectro e depois se desfez, deixando apenas um buraco na armadura e carne do espectro, que tombou para frente e caiu em cima de mim.

– Estão todos bem? – Perguntou Cário.

Jabul suspirou aliviado, mas quando ia responder, ele foi arremessado para o lado pelo o Wyvern.

– Rugido Deslizante!

O Wyvern se banhou em seu cosmo e se lançou na direção de Cário como um torpedo. Cário preparou seu arco, mas o Wyvern o acertou no estomago e o carregou para o interior da casa, que não aguentou tamanho abalo e começou a desmoronar. Eu assistia a tudo isso impotente, estava ferido e mal conseguia me mover.

Quando toda a estrutura cedeu, eu tive apenas um pensamento: Carmen e os outros ainda estavam lá.

Fui tomado por minha ira e meu cosmo novamente, ignorei a dor, e me levantei. Eu estava lento, cada passo parecia uma eternidade e cada vez que meu pé fazia contato com o solo eu sentia uma dor percorrer todos os ossos do meu corpo, mas eu não podia parar... Eu vou chegar até aqueles escombros!

– Por que você não morre de uma vez?! – Wyvern gritou.

Forcei meus olhos e o vi em meio aos escombros. Ele segurava Cário, com apenas uma das mãos, pela cabeça. Eu não acreditava no que via... Cário era um cavaleiro de ouro, ele tinha acabado de matar um espectro com uma simples flecha de cosmo, como ele poderia perder? Como algum cavaleiro de ouro podia perder? E onde estava Prabha?

– E-eu... – Minha garganta parecia que ia romper a cada palavra. – Jamais v... Jamais vou te perdoar!

Esse Wyvern... É tudo culpa dele! Ele atacou a escola, destruí o prédio, colocou eu e Carmen em perigo, arrancou o braço do Senhor Jabul e agora matou meus amigos... Eu vou arrancar a cabeça desse desgraçado!

Ele sorriu para mim, largou Cário, e deu dois passos em minha direção.

– Pode vir “matador de deuses”.

Eu gritei o mais alto que pude. Foda-se se meus pulmões iam estourar ou se minha garganta ia se desfazer, eu precisava colocar todo aquele ódio para fora. Meu corpo todo queimava com a intensidade da minha aura, eu podia sentir que estava prestes há perder o pouco controle do meu cosmo e deixa-lo consumir minha carne e ossos. Nunca havia sentido tanto ódio na vida, apenas a ideia de Carmen estar morta já era o suficiente para me fazer enlouquecer por completo, pensar que havia sido culpa da minha incompetência era ainda pior.

Por fim, abracei todo o ódio que estava sentindo e me lancei contra Wyvern, que fez o mesmo. Nos chocamos de cabeça, testa contra testa, senti o sangue escorrer pelo meu rosto. Desferi um soco com meu braço direito, mas ele conteve com a mão.

– É isso? Todo o seu ódio, só pode fazer isso? – Ele perguntou em tom de deboche.

Cerrei os dentes, me afastei e, sabe-se Deus (ou deuses) como, dei um mortal para trás e desferi um chute, de baixo para cima, com a perna direita. Ele se moveu para trás, saindo do alcance, depois foi pela lateral e acertou um soco em minhas costelas. Esqueçam qualquer descrição anterior sobre força de um oponente, eu não tenho nenhuma noção de como descrever a força daquele soco... Aquilo podia partir uma montanha.

A armadura permitiu que ele não tivesse me transpassado com o punho, mas eu pude sentir minhas costelas se partindo... Eu jamais venceria esse cara, duvido até que poderia acertar um único golpe nele.

– Irei acabar com sua vida agora, Pégaso. – Disse o Wyvern. – Isso vai evitar alguns problemas pelos próximos cem anos, no mínimo.

Ele estava parado olhando para mim no chão. Levantou seu punho, mas algo o afastou.

– Não toque nos meus alunos. – Jabul apareceu de mais distante, vindo do meio dos escombros da casa.

Atrás dele Cauê e Victor carregavam Cário, que parecia estar inconsciente, e Lucas ajudava Carmen que parecia estar mancando de uma perna, provavelmente seu tornozelo voltava a doer.

– Já passamos por isso, Jabul. Sabe que sua telecinese não pode me segurar por muito tempo, você não é um lemuriano. – Disse Wyvern.

Eu precisava me mover, tinha finalmente uma chance de atacar, mas eu estava completamente imobilizado pela dor.

– Tem razão. – Respondeu Jabul. – Eu não sou um lemuriano nem posso derrotar você em um combate, mas, Rafael, eu não vou permitir que machuque mais ninguém hoje.

Rafael? De tantos nomes... Esse tinha que ser o nome desse desgraçado?

– Pare de me chamar assim, seu velho desgraçado! – Parece que “Rafael” não gostava muito do nome. – Eu sou a reencarnação de Radamanthys de Wyvern!

– Não, você não é. – Jabul ia se aproximando, lentamente, de nós. – E no fundo você sabe disso. Pandora e sua maldição não podem ter nublado sua mente a esse ponto.

– Cale-se! – Wyvern gritou e se lançou contra Jabul.

Uma luz dourada surgiu e duas figuras apareceram.

– Kan! – Gritou a voz de Prabha.

A barreira protegeu Jabul. Prabha e Rurik haviam aparecido novamente, ambos estavam bastante feridos e cansados. Prabha desapareceu, senti alguém me erguer do chão e em um piscar de olhos, Prabha, havia me deixado ao lado de Carmen e os demais. Ele agora estava lado a lado com Jabul.

– Dé! – Carmen gritou ao me ver no chão. – Meu deus... Oque aconteceu com você?

Eu ouvi oque ela disse, mas não me importei. Minha consciência estava em outro lugar... Lembrando-se de coisas que eu não devia lembrar e apenas rezando, a todos os deuses, para esse dia acabar logo.

– Palma de Buda? – Ouvi Jabul perguntar.

– Era o único jeito de levar a batalha para longe de Atena. – Respondeu Prabha. – Mas recebi a mensagem telepática do Grande Mestre, dizendo que a armadura de Pégaso havia vindo para cá e sabia que tinha que voltar... Desculpem a demora.

– Caiu na prisão do virginiano novamente, Rurik? – Perguntou o Wyvern.

– Cale-se, Radamanthys! – Respondeu o outro espectro. – Você mal eliminou dois cavaleiros de bronze, e deixou Kiew ser morto.

– Ele deu as costas a um cavaleiro de ouro, mereceu o fim que teve.

Acho que esse era o nível de “amizade” entre os espectros de Hades.

– Prabha, acha que consegue lidar com os dois? – Perguntou Jabul.

– Haku está a caminho, por ordem do Grande Mestre, mas teremos que lidar com eles por enquanto. – Prabha respondeu e se sentou no chão, como se estivesse pronto para meditar. – Preciso de alguns segundos.

– Certo.

Jabul se colocou a frente de Prabha, como se fosse tentar defende-lo.

– Ohm. – Prabha realmente estava meditando.

Parece que eu não sou o único que está confuso aqui...

– Não! Eu não vou permitir! – Rurik gritou e as asas de sua armadura se abriram. – Asas Infernais!

Com um simples bater de asas de sua armadura os ventos aumentaram descontroladamente. Logo um pequeno furacão estava se formando a nossa frente.

– Pro chão! – Victor Gritou e todos se abaixaram.

Carmen e Lucas se jogaram ao meu lado e me agarraram para que eu não fosse arremessado para longe. O furacão estava a um metro de Jabul, ele iria nos destruir, mas nesse momento Prabha abriu os olhos.

– Ohm. – Ele recitou o mantra novamente.

Seu cosmo assumiu a forma de uma flor de lótus e começou a crescer, encobrindo e protegendo a todos que estavam próximos a ele, exceto que Jabul que eu havia perdido de vista em meio ao “pequeno” furacão. Prabha ainda estava em sua pose de meditação, mas além dos olhos azuis estarem aberto, ele estava levitando e seu cosmo parecia estar infinitamente maior do que antes oque era um pouco assustador.

– Kan!

Prabha gritou e todo seu cosmo mudou da imagem da flor de lótus para uma esfera dourada, esfera essa que se expandiu como uma explosão e desfez o furacão, para acabar revelando algo ainda mais assustador...

– Jabul! – Prabha gritou.

Senhor Jabul estava de joelhos entre Wyvern e Rurik, ele estava com todo seu rosto coberto por sangue e o Wyvern segurava sua cabeça como se estivesse pronto para quebrar seu pescoço.

– N-não... – Tentei falar, mas apenas balbuciei algo.

Victor e Cauê, que estavam quase que em estado de choque, se viraram e finalmente pareceram perceber que eu estava ali.

– André? Oque aconteceu com você? Que armadura é essa?!– Perguntou Cauê.

Victor apenas olhava com um misto de espanto e raiva estampados em seu rosto.

– Ele tentou lutar... – Disse Carmen no tom mais triste que eu já ouvira.

Eu estava tão preso ao que estava acontecendo ali e em meus devaneios que balbuciei mais algumas coisas sem muito sentido.

– Longa historia pessoal. – Disse Lucas.

– Você não quer fazer isso, Radamanthys. – Disse Prabha e voltei minha atenção para a batalha.

– Ah é? – Perguntou o espectro. – Diga-me, por que eu não faria isso?

– Se você pensar em mata-lo, eu juro por todos os deuses, que eu vou desintegra-lo com a Rendição Divina. - Prabha ameaçou.

– E será morto por mim. – Acrescentou Rurik. – No momento em que atacar. Você não é burro, Prabha. Nos entregue as crianças e nós podemos deixa-lo voltar para seu Santuário desprezível.

– Prabha! Acabe com os dois agora! – Gritou Jabul.

– Cale-se. – Wyvern acertou o joelho nas costas de Jabul.

Não sei se Prabha teria poder suficiente para acabar com aqueles dois de uma vez, mas sei que ele não faria. Não com o senhor Jabul na linha de tiro.

– Então? – Perguntou Rurik. – Oque vai ser?

Jabul olhou em minha direção e sorriu.

– Desculpe... Eu falhei com você, Seiya, meu velho amigo. – Disse meu professor.

Eu vi, na expressão de Jabul, oque ele iria fazer e isso apenas preencheu meu coração de culpa.

Jabul se virou, ficando de frente para o Wyvern, e acertou um soco em seu tórax, ele se moveu tão depressa que o Wyvern nem teve tempo de reação. O punho de Jabul atravessou a armadura do espectro e se prendeu em sua carne.

– Maldito! – Gritou o Wyvern que espancava o cavaleiro na tentativa se ver livre do mesmo.

Jabul olhou para trás ele ainda estava sorrindo, seu cosmo se elevou a um nível igual ao dos cavaleiros de ouro e ele alçou voo aos céus.

– Rendição Divina!

Prabha gritou e um único raio de luz dourada foi projetado da palma de suas mãos. Rurik se protegeu com as asas de sua armadura, mas essas foram estraçalhadas pela intensidade do ataque. Rurik caiu de costas no chão, sua armadura estava fumegando e suas asas e elmo em frangalhos.

Prabha se pôs de pé e estava pronto para um segundo ataque, mas Rurik se levantou, estendeu sua mão para os céus, e disse.

– Isso não acaba aqui! Vocês, cavaleiros, viram até nós!

Uma carruagem, sem cavalos, passou por cima de todos nós. A mão de Rurik pareceu ser presa à carruagem por linhas invisíveis que o puxaram para longe dali.

Olhei para o céu novamente e vi apenas uma chama verde, muito ao longe no alto, se desfazer. Eu não sentia mais o cosmo de Jabul...

Prabha estava a minha frente.

– Deixe-me vê-lo. – Ele disse para Carmen que estava abraçada a mim.

Os olhos do cavaleiro de Virgem eram muito intimidadores e pareciam ver através da minha carne.

– Três costelas. – Disse ele por fim. – Mas isso não é o mais grave, ele está delirando.

– O... o senhor Jabul... – Disse Carmen.

Prabha abaixou a cabeça e desviou o olhar.

– Foi culpa minha. – Disse o cavaleiro. – Foi tudo culpa minha, mas, minha senhora, não podemos lamentar agora. Precisamos leva-los ao Santuário, apenas lá vocês estarão seguros.

– Da pra alguém explicar oque esta acontecendo? – Perguntou Victor, ainda carregando Cário. –Quem são vocês? E oque aconteceu com o senhor Jabul.

Prabha ia falar alguma coisa, mas Carmen o interrompeu.

– Eles são amigos, Victor. Salvaram a gente algumas vezes nos últimos dois dias.

– É verdade. – Lucas concordou.

Uma grande esfera de energia azul apareceu em frente a todos.

– Finalmente. – Disse Prabha aliviado.

A esfera se desfez e dela saiu um homem, também trajando uma armadura dourada, que veio em nossa direção.

– Oque aconteceu aqui? – Perguntou o homem ao ver toda a cena de destruição no local.

– Não temos tempo. – Respondeu Prabha. – Haku, precisamos ir para o Santuário. O Pégaso e Cário estão feridos.

O homem de cabelos castanhos e curtos olhou para todos nós e seus olhos verdes caíram sobre Carmen e minha armadura. Ele tinha duas marcas acimas dos olhos e suas sobrancelhas pareciam ter sido raspadas.

– Jabul... Ele realmente...? – Perguntou o homem chamado Haku.

– Sim. – Disse Prabha com pesar.

– Que Mu e Seiya o guiem até os Elíseos.

– Sabe que isso é impossível. – Respondeu o cavaleiro de Virgem. – Os deuses jamais permitiriam.

– Esperança, meu bom amigo, agora as coisas vão melhorar. – Disse Haku tentando levantar o moral de Prabha.

– Desculpem, mas eu não vou a lugar algum. – Disse Victor.

Prabha voltou a fechar seus olhos e se virou para nós novamente.

– Victor. – Disse Carmen. – Precisamos ajudar o André, por favor.

– Vamos leva-lo a um hospital.

– Hã... Cara eu sei que você ta confuso, e, vai por mim, eu estou tão confuso quanto você, mas acho que um hospital não vai ajudar o André. – Interveio Lucas. – Precisamos ir com eles, pelo menos até ele ficar melhor.

Victor estava pensando.

– Oque você acha? – Ele perguntou para Cauê.

– Cara, o senhor Jabul nos disse que ele ia explicar tudo, mas... – Cauê se deteve ninguém queria falar o obvio no momento. – Vocês vão nos explicar oque esta acontecendo, se formos com vocês?

Prabha assentiu.

– Eu juro. – Disse o cavaleiro.

– Então acho que é isso.

– Se der merda à ideia foi de vocês. – Victor disse por fim concordando.

– Pois bem. – Disse Haku enquanto estendia os braços. – Fiquem juntos.

Carmen me abraçou novamente e os demais se aproximaram de nós. Uma energia azulada começou a surgir do chão e formar uma esfera ao nosso redor, até nos encobrir por completo. Uma vez que a energia nós encobriu totalmente, ela logo se desfez e nós já não estávamos mais no mesmo lugar. Estávamos na entrada de um grande templo grego onde, no teto da entrada, havia um símbolo de algo como um carneiro.

– Nos trouxe para a casa de Aries? – Perguntou Prabha.

– É o lugar mais fácil para eu realizar teleportes com tantas pessoas assim. – Respondeu Haku.

– Certo. – Concordou Prabha. – Bem vindos ao Santuário de Atena.


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Notas finais do capítulo

UFA!! Esse capítulo foi o mais complicado que eu já escrevi kkkkk Muita coisa acontecendo e muita treta, mas fico pronto kkkk E um grande agradecimento a Raquel, minha amiga, que revisou esse cap e por isso ele ta saindo ainda hoje kkkkk se não fosse por ela esse cap só ia sair daqui uns dois dias. Enfim, é isso, espero que gostem e comentem



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