Saint Seiya: New World escrita por Fernando


Capítulo 7
Capítulo 7 - Eu sou um Cavaleiro


Notas iniciais do capítulo

Eu, pessoalmente, estava muito ansioso pra chegar logo nesse cap :D Ah e oi Lucas kkkkkk



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Lucas estava emanando poder e um ar congelante, que também estava afetando o local. Consegui sentir Carmen começar a tremer e meu corpo, já ferido, começar a ser coberto por uma camada grossa de gelo.

– Lucas! – Gritou Prabha e pela primeira vez eu o vi sair de seu estado calmo e sereno. – Controle-se. Você está atingindo todos com seu cosmo, até seus amigos!

Lucas nada disse, ele apenas encarava o tal Rurik, um homem alto, bem alto, e magro. Ele não tinha cabelo saindo do elmo de sua armadura, seus olhos eram negros e sua expressão era dura e severa. Prabha o chamou de “juiz” é ele faz bem esse tipo de cara mesmo.

‘Vai realmente deixar isso acontecer?’ – Algo disse em minha mente.

Era uma voz parecida com a que escutei há anos atrás, no parque, quando defendi Carmen. Não a mesma voz, mas muito parecida com aquela.

‘Oque?’ – Pensei de volta.

– Lucas! – Ouvi Carmen gritar.

Ele foi em direção a Rurik, mas esse apenas recolheu a asa direita de sua armadura. Lucas estava próximo ao “juiz” quando algo veloz o acertou. Prabha tentou ir até Lucas, mas Rurik se pós em seu caminho.

– Vamos deixar as crianças brincarem. – Disse Rurik a Prabha. – Eu e você, temos assuntos a resolver.

Voltei-me para Lucas novamente. Ele estava no chão e tinha alguém sobre ele, pressionando sua garganta. Era alguém com uma armadura completa, em detalhes verde escuro e roxo, e seu elmo era completamente fechado, oque tornava impossível ver seu rosto.

‘Seu amigo vai morrer. Faça alguma coisa!’ – Disse a voz novamente.

‘Oque eu posso fazer? Eu estou ferido e não consigo mais sentir meu corpo por causa desse gelo. ’ – Respondi

‘E seu amigo está tendo sua garganta esmagada por um espectro. Quem está pior, André?’

‘Eu não posso fazer nada... Não tenho cosmo como o Lucas. ’

‘Acha que seu amigo sabia que tinha cosmo? Acha que ele sabia oque estava fazendo quando atacou? Não, ele não fazia a mínima ideia, mas ele se moveu por que viu seus amigos em perigo. ’

Seja lá oque for essa voz ela está certa. Lucas apenas acordou ali, no meio de tudo isso, ele nem sabe quem é ou oque são aqueles caras que estão nos atacando e nós defendendo, e mesmo assim, ele achou forças para tentar nos defender sem saber nem onde estava... O quão inútil eu sou?

‘Vai continuar no chão?’ – A voz perguntou.

Não. – Falei.

‘Isso mesmo. ’ – Disse a voz.- ‘Use toda a vontade que tem dentro de você, toda a dor que está sentindo e toda a vontade de proteger seus amigos. Eu quero que pegue tudo isso e concentre no seu peito, em um único ponto. ’

Eu comecei. Lembrei de tudo que havia acontecido nesses dois dias, todos os momentos de morte certa, todas as pequenas e grande cicatrizes novas que ganhei em tão pouco tempo e tudo que abandonei para proteger meus amigos. Senti um calor percorrer todo meu corpo, a dor que sentia já não importava mais e não havia nenhum gelo me prendendo.

‘Agora você vai se levantar e vai explodir tudo que concentrou em seu peito. ’ – Explicou a voz. – ‘Ah! E você vai gritar uma coisa... Que você já sabe, mas garanto, isso vai te ajudar muito. É sua maneira de pedir ajuda a seus ancestrais. ’

Não sei como, mas sabia exatamente a frase que ele queria que eu gritasse. Eu realmente estou ficando maluco... Estou começando a acreditar nessas coisas...

‘Quem é você?’ – Perguntei mentalmente.

A voz riu em minha cabeça.

‘Eu? Eu sou você. Ou melhor, eu fui você, o você do século XVIII na verdade. Meu nome é Tenma e eu estou aqui para te ajudar a proteger Atena. ’

Me levantei, eu sentia energia correr por todo o meu corpo, então me concentrei em um único ponto no meio do meu peito, onde eu havia colocado tudo que tinha, todas as emoções, toda a dor, ódio e felicidade, e fiz esse ponto explodir. Imediatamente as palavras vieram a minha boca.

– Me dê sua força, Pégaso! – Gritei o mais alto que pude.

Imediatamente minha essência se aumentou, como se eu não estivesse lutando sozinho, mas sim com várias pessoas ao meu laco. Não sei bem como explicar, era como se eu fosse houvesse centenas de pessoas no meu corpo e eu as tivesse convocado para lutarem ao meu lado, todas no mesmo corpo.

Me lancei sobre o espectro que estava atacando Lucas. Ele pareceu não me ver até eu estar perto demais, oque era estranho, eu mal consegui vê-lo quando ele atacou meu amigo na primeira vez. Tentei desferir um soco, mas ele largou a garganta de Lucas e conteve meu punho com a mão direita, ele tentou me acertar com a esquerda, mas eu fiz o mesmo e o contive.

– Cavaleiros inúteis! – Bradou o espectro. – Estão apenas prolongando o sofrimento de Atena!

Lucas estava arfando por ar, mas conseguiu se mover. Ele chutou a perna do espectro, bem na dobra do joelho, oque o fez vacilar. Aproveitei a chance, ainda estávamos presos pelos punhos, então saltei e acertei meu joelho em seu queixo. Ele me largou e arqueou seu corpo para trás.

– Depois... Você vai me explicar oque está acontecendo. – Disse Lucas que se esforçava para levantar.

– Eu vou. – Respondo. – Mas agora, preciso que você faça mais daquele lance do gelo.

– Cara eu nem sei oque estava fazendo. – Respondeu ele.

– Eu vou mata-los! – Gritou o espectro furioso.

Eu podia ver o cosmo dele e percebi que não teria como ganhar em um luta direta, não sozinho.

– O Verme disse o mesmo, mas ainda estamos aqui. E você não parece ser mais forte do que ele era. - Disse eu.

Vi o cosmo do espectro se expandir ainda mais em fúria. É estava funcionando.

– Hã... André... Acho que não é uma boa provocar o cara de armadura. – Falou Lucas ao meu lado.

– Oque? O Daichi pelo menos conseguiu me atingir e precisamos de um cavaleiro de ouro para vencê-lo, eu mesmo posso dar conta desse... Qual seu nome mesmo?

O espectro estava a ponto de espumar pela boca de tanto ódio. Eu sabia que estava arriscando piorar as coisas provocando o inimigo, mas eu precisava de tempo para pensar em alguma coisa. Por mais que tivesse conseguido despertar meu cosmo eu não tinha o mínimo controle sobre ele, ou seja, era impossível eu ganhar de um espectro sozinho.

Olhei para o lado e vi que Prabha e Rurik não estavam mais lá, provavelmente estavam lutando no quintal ou ambos tinham sido desintegrados e isso retirava qualquer chance de salvamento.

– Meu nome é Kiew de Górgona, a estrela terrestre da corrida. E eu vou apagar sua essência dessa era, Pégaso. – Se apresentou o espectro.

Certo eu preciso lutar, tentar derruba-lo pelo buraco na parede para o quintal, torcer para Prabha estar lá e talvez tenhamos uma chance de vencer esse cara. Não pode piorar não é?

– Oque está acontecendo? – Victor diz ao acordar em meio a tudo aquilo.

Claro que pode piorar. Agora Cauê e Victor acordaram e são alvos fáceis para Kiew.

– Carmen! Tira eles daqui! – Gritei e me lancei contra Kiew novamente.

Tentei, desesperadamente, agarrar e empurrar o espectro para fora do quarto, mas ele apenas desviou e acertou o cotovelo em minha nuca.

– André! – Ouvi várias vozes gritarem.

Victor correu em minha direção, mas foi repelido por um simples tapa de Kiew, Cauê tentou acertar o espectro com um chute giratório, mas Kiew se moveu em um piscar de olhos e jogou contra a parede e, antes que Lucas pudesse pensar em algo, o espectro acertou um soco em seu estomago. Estávamos os quatro no chão ele ia agora em direção a Carmen.

Eu me levantei, estava cambaleando, sem força nas pernas, mas não ia o deixar machucar Carmen. E, para minha surpresa, ela estava em pé, encarando Kiew e parecia pronta para uma luta, de uma maneira que eu nunca havia vista. Senti mais raiva ainda, meu cosmo voltou a se elevar e eu vi meu anel acender, novamente, em minha mão. Carmen estava pronta para lutar por que eu não era forte o suficiente para protegê-la, eu não vou deixar isso acontecer.

Kiew estava a poucos passos de Carmen, mas algo o interrompeu. Uma luz branca irrompeu o telhado e pousou a minha frente. Ele se virou e pareceu paralisar ao ver a mim e a luz a aminha frente.

– Não... Ela não pode ter vindo até você... – Disse Kiew, aparentemente, surpreso.

Eu sabia exatamente oque era aquela luz, não faço a menor ideia de como, mas eu sabia.

A luz cessou e uma urna de metal, quase idêntica a que trouxe a armadura do senhor Jabul, estava a minha frente. A única diferença é que essa não trazia um unicórnio gravado no, metal em suas laterais, e sim um Pégaso. Aproximei-me da urna e senti uma energia familiar me envolver. Eu não podia mais negar, nem que eu quisesse eu poderia... Aquela urna, o que há no interior dela, é a prova de que eu sou um cavaleiro e de que tudo isso é real.

– É... Acho que realmente eu sou um cavaleiro. – Disse e vi Carmen sorrir com o comentário.

Coloquei em uma das alças, na boca do desenho do Pégaso, e a puxei. Uma corrente apareceu e logo a urna se abriu, revelando um Pégaso de várias partes de metal.

– Não! – Gritou Kiew. – Você não vai vestir essa armadura!

Ele lançou um raio de seu punho em minha direção.

O Pégaso se desmontou e veio ao meu corpo, cada parte se encaixando perfeitamente em mim, como se aquela armadura fosse feita sobre medita para mim. A armadura era azul clara e tinha um tom meio metálico, era como a armadura que vi em meu sonho, mas não tão detalhada e nem tinha asas. O elmo era apenas uma espécie de tiara e a proteção do peito era uma única peça sólida e pontuda nos ombros, também havia proteções nos braços e pernas e um cinto em minha cintura.

O ataque de Kiew veio em minha direção, eu apenas o desviei com meu braço direito. O raio bateu na armadura e se extinguiu.

– Não... Você não pode ter despertado tão depressa! – Kiew gritava como se estivesse inconformado.

Pela primeira vez na vida eu estava me sentindo completo, estava me sentindo forte e seguro de mim. Eu só me sentia assim quando estava correndo, mas, agora parece que eu finalmente encontrei uma parte que faltava de mim. Não sei se foi o fato de eu aceitar que sou um cavaleiro ou se é a armadura em si, mas eu finalmente posso dizer que estou completo.

– Meu nome é André, sou o cavaleiro de Pégaso, e enquanto meu coração bater, você não vai tocar em Atena.


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Notas finais do capítulo

Finalmente o André aceitou oque ele é! kkkkkk Enfim, próximo cap vai ser mais... tenso, mas eles já vão sair dessa fase no "mundo humano" e vão para Grécia, isso eu garanto. Bom, é isso ai galera, espero que tenham gostado, comentem, e até a próxima :D



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