Un Lazo Que Nos Une escrita por Raqueel Souza


Capítulo 29
Um “presentinho” idêntico ao seu “passado”.


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiii pra fic o/ o/ o/ o/ Gente, minha vida está uma loucura, mil tretas, e estava bem dificil vir aqui, mto msm kkkkkkkkk Quero dedicar o cap pra Spanic Reina que fez uma recomendação lindaaaaa e que me deixou mega feliz hehe ♥ obrigada por não desistirem de mim ♥ bora pro cap ♥



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Paulina- Eu vou surtar, ele só faz merda.

Carol- Postar uma foto sem camisa todo gostoso, mostrando todos os arranhões e chupões que você deixou nele, tecnicamente não é fazer merda, só tirou foto da boca pra baixo, não mostrou a cara de cansado que ele tá, nada demais... -comentou tranquila. -  Amigaaaaaaaaa... Olha essa legenda...

“Só dela, pra ela, com ela e por ela.  #RecuerdosEnMi #SusBesos Ahh pequena ”  com tag em espanhol e tudo, ai esse mexicano, amiga, só faltou marcar em, vou te marcar aqui

Paulina- Vai nada, ficou louca? -falou em um sobressalto. - Ele é louco...

Carol- Ele é fofo e safado, né?! Porque postar isso aqui...  Olha as raparigas comentando... “gostoso” “uii foi hot” “segue gato” “que inveja dela” “imagina tudo isso pra mim”... Afff.

Paulina- Não tô nem aí... Enquanto eu for “ela” as outras não fazem diferença. Pelo menos fico aliviada em saber que ele tá bem, afinal ontem saiu feito louco daqui... Só queria saber o que aconteceu, sei que ele foi atrás do John e... Tenho medo disso. 

Carol- Ele me mandou mil mensagens mas né, tenho que ir... – mudou repentinamente de assunto.

Paulina- O que? E você não vai me dizer nada? Por que vai embora? Pode me falar...

Carol- Eu não! Tchau popozão... - a beijou no rosto. - Mais tarde a gente se fala... Se liga no boy, em Paulina.

Paulina- Amigaaa... Você não pode ir assim... O que foi? Me fala... Olha que safada... Me deixou falando sozinha... Tá com segredinhos demais pro meu gosto, em Carolina... Carolinaaaa... - chamou.

Arthur- Mamãe... Que boy? – questionou olhando-a com curiosidade.

Paulina- Hã??? Não... A tia Carol é boba, amor... Só estava brincando com a mamãe, ela ama me ver brava.

Arthur riu- Quisso mãe? –perguntou desfazendo o sorriso, apontando uma pequena manchinha em um de seus seios. - Poi que você tá dodói também? – questionou iniciando um choro desesperado. - Foi o John bobo... Ahhhhhhh... Ele também fazeu dodói em você... Ahhhhhh... O que eu vou fazei agola??? –se perguntou em desespero.

Paulina- Filho... Filho não foi ele meu amor. -murmurou com os olhos marejados abraçando-o junto à seu peito. -Calma minha vida.... A mamãe jura que não foi ele... Calma amorzinho. - disse enquanto o bebê chorava desesperado. - Ele nunca mais vai tocar em você, tá bem? A mamãe promete, filho. - beijou seus cabelos.

Arthur a olhou- Não... Não... Cho...chola, picesa... -Pediu em meios aos soluços. -Eu te cuido.

Paulina- Mamãe caiu, amor, por isso fez dodói, não foi ele...

Arthur - Eu achei que foi... -disse sem se conter.

Paulina- Não vou me perdoar nunca por ter te deixado sozinho, príncipe. –murmurou culpada.

Arthur a olhou enxugando suas lágrimas. - Tá tudo bem, eu sou homem, eu não cholo... -murmurou com o rostinho avermelhado.

Paulina - Claro meu homem... -o beijou. -Mamãe te ama mais que tudo nessa vida.

Arthur sorriu em meio às lágrimas e a vermelhidão de seu rostinho. - Te amo também... Você... Você... Vida do Athuizinho.

Paulina o beijou.

Arthur - Eu dodói... Você dodói... E... Masi... Masi Papai também dodói... –falou "lembrando" das manchinhas em Carlos Daniel.

Paulina arregalou os olhos, engolindo em seco. - Ah... O seu papai também esse está com dodói?!

Arthur- A gente dizeu lá no médio... No pital... E... e... tem assim óh... Bem pecoço -murmurou deslizando o dedinho pelo “hematoma” que ela levava em seu colo. - Nossa... Bem no mamá, mas eu vou te cuidai picesa... Ola besinho -acariciou seus cabelos, beijando o hematoma em um de seus seios. -Papai dizeu gatinha, eu quelio um gatinho homem. –lembrou mudando de assunto.

Paulina- É filho... Mas gatos podem ser perigosos, viu como machucou o papai? Bem no pescoço, igual você acabou de dizer.  -sorriu em nervosismo tentando disfarçar. -Deixa você crescer um pouquinho mais.

Arthur- Você tá dodói demasi mamãe. -disse ao ver mais manchinhas. - Eu não devia deixai sozinha você... Você caiu... Você tava messendo nas minhas cosas, mocinha? -questionou franzindo o cenho.

Paulina sorriu- O senhor está me imitando, Arthur? Não, fala que não é isso que eu estou ouvindo? Fala... - disse fazendo cócegas no menino, vendo-o gargalhar e se retorcer em seus braços.

Arthur - Ahhhhhh... -gritou em meio às gargalhadas. -Eu não aguento isso, mãe... -disse fadigoso. -Ai... Ai... Ufa... -se sentou ao seu lado novamente, ao se recompor.

Paulina beijou seus cabelos. - Moleque safado.

Arthur deu uma gargalhada. - Agola eu vou te cuidai, é sélio. -murmurou sentando na barriga dela.

Paulina - Meu Deus, ele está me esmagando que bundão... Que bebê pesado.

Arthur riu- Calma picesa... Eu sei que você está felida, o Athui tá aqui, o Athui tá aqui... Isso calma, eu te cuido, vai tudo ceto... Te amo, te amo...

Paulina sorriu- Te amo neném... – beijou o rostinho delicado. – Príncipe da mamãe...

 

 

                 Apartamento de Carlos Daniel/ 14:30

 

 

—ACORDA MOLEQUE! -berrou o empresário puxando os lençóis.

CD- AHHHHHHHHH! -gritou assustado, ‘pulando’ da cama. - Hugo? –murmurou olhando o pai com a visão turva - Porra que susto, meu. - disse mirando-o com o rosto inchado e marcado. - Caralho em... Precisa me acordar desse jeito? A essa hora da madrugada?! - falou se levantando de boxer branca.

Hugo- TAVA ERA NA PUTARIA, NÉ?! –disse com arrogância, vendo o corpo do filho todo marcado. - Que madrugada meu, quase três horas da tarde e você aí dormindo. Se toca moleque. -olhou-o com raiva. - E vai botar roupa que eu não sou obrigado a ficar vendo pau duro de ninguém não. - jogou o lençol em Carlos Daniel.

CD- Iiih se toca você! O que você tá fazendo aqui? Meu... Eu estou na minha casa de boa dormindo de cueca, se liga. -argumentou entrando no closet, vestindo a primeira bermuda que viu em sua frente.

Hugo- Olha esse filho da mãe cheio de chupão... – observou impaciente deslizando as mãos pelo rosto. -Moleque... Cara, que história é essa de filial em Miami sem me avisar... De...De... De filho? Moleque, você fez um filho, meu... –suspirou nervoso. - E o pior é que descobri vendo na primeira página do New York Times hoje de manhã! Porra, eu quase enfartei! Ninguém me fala mais nada, é isso? Estou te ligando faz horas e você não me atende!

CD- Para de falar ! -exigiu um pouco lento. - Você não estava em Dubai? – perguntou sonolento, tentando associar em sua mente o que se passava.

Hugo- Estava, mas eu tenho um filho muito irresponsável, que sai por aí fazendo merda, não dá satisfação de nada e tive que vir correndo! Não...  Porque você vai olhar a cotação do dólar de manhã, e na capa do New York você vê um garoto bem cara de pau, expandindo as empresas em um outro polo, sem nem te consultar! – ironizou sem esconder seu descontentamento.

CD- Vem correndo... Vem correndo porque é trouxa, não preciso de ninguém pra tomar decisões por mim. Tenho 25 anos, acorda. - respondeu mal humorado. - Quantos negócios exitosos já não fechei, só nesse ano? Foi investimento! Temos milhares de clientes aqui, uma filial a mais era o que precisávamos. Podemos resolver pendências em tempo record, sabe o quanto esses gringos são impacientes. Sei o que estou fazendo! E já viu a localização a qual escolhi?! – o fez refletir. – Cuido dessa parte dos negócios à três anos, nunca fechei um negocio que não fosse vantajoso para nós.

Hugo- E custava me consultar? -insistiu, tomado pela raiva. – Por que Miami?

CD- Eu tomei a iniciativa, sou responsável por essa parte dos negócios e sei muito bem o que faço, todas as iniciativas que tomei para o crescimento de nossos negócios tem dado muito certo, e o lucro e desenvolvimento desde que me tornei diretor e administrador é muito visível, então creio que não tenha do que reclamar. - disse em tom seco. –Qual é, cara?! O Estados Unidos é um dos nossos melhores compradores e, apesar da filial de New York, achei que seria uma boa tacada. E com isso, poderíamos até aumentar a fábrica de lá e centralizar os escritórios somente para Miami, duas expansões.

Hugo- Deixar a filial de New York somente com as fábricas expandindo o espaço, e a daqui só os escritórios. Separar uma coisa da outra...

CD- Não! Cara, você tem que ver o espaço que escolhi, centenas de pessoas muito profissionais foram responsáveis por me entregarem o prédio do jeito que imaginei em menos de 20 dias... Com tudo, mais de 30 salas, 6 auditórios para reuniões, um museu com exemplares até das peças mais raras que já produzimos, e com as coleções novas para terem como prova para novos negócios, como a central... Como a que o meu avô fundou... –finalizou, deixando-o sem fala.

Hugo suspirou- Tá... Tá... Não posso negar que é uma ótima tacada... Que você foi muito rápido e inteligente...  Eu sei! Mas como dono, e sócio majoritário creio que ao menos deveria me consultar antes de tomar atitudes dessa proporção! Não pode “jogar” sozinho quando se trata de uma expansão desse tipo, olha o tamanho desse patrimônio, cara, já pensou se dá merda?. - o fitou sério, observando as marcas em seu pescoço. - Estava na farra, não estava? –mudou de assunto vendo-o ficar acanhado. -Esperava uma postura mais séria de você, está no controle de uma empresa, não é conveniente que vejam que o diretor de uma empresa séria está por aí feito um vadio.

CD- O que faço da minha vida é problema meu! Isso não tem nada a ver com a minha postura profissional. O fato de estar ou não na farra é um problema exclusivamente meu e ninguém... - enfatizou. - Ninguém, tem nada com isso. Se eu sou puto, ou... Um vadio como disse, você não tem nada a ver com isso.

Hugo apertou os lábios um contra o outro. - Olha do jeito que fala, garoto. 

CD- É só não se intrometer na minha vida. –simplificou.

Hugo- Só estou te dando um toque. Filho, se você quer sair por aí comendo a mulherada, beleza, mas meu... Essas marcas aí tem que ser mais discretas.

CD- Me deixa cara... –pediu incomodado. – Vai implicar até de eu transar, agora?

Hugo- Tá... -suspirou. - E do nada você decidiu ficar aqui? E a criança? Porque não é recém nascido, o moleque já tá grandinho. Você não sabia dele, ou sabia? Como isso foi acontecer, cara? -lhe encheu de perguntas. - Fala que é todo responsável, mas não se cuida. Cadê a porra da camisinha? Sempre te enchi de preservativos meu, como é que você vai fazer um negócio desses? Nunca liguei de você comer as suas mulheres, fiz filho pra isso mesmo, tem que comer a mulherada, agora caralho, Carlos Daniel, sem camisinha? Sei que é gostoso, mas meu... -disse nervoso, andando de um lado pro outro. - Tem certeza que é seu?  Com essas mulheres que você sai aí...

CD- Claro que tenho! Meu... Eu namorava ela e... Minha mulher, cara, pra que ia comer minha mulher de camisinha?! A vida é minha também, né! -foi frio. - O molequinho é a minha cara.

Hugo- Tá... Namorava... Namorava quem? Qual delas? -questionou irritado. - Isso não está acontecendo, que cara mais irresponsável.

CD- Que irresponsável o que... Ihh meu filho, aqui transa! Estou sendo um ótimo pai, o moleque já está louquinho por mim...

Hugo- Não consigo te levar a sério, você dizendo que é um ótimo pai e esses chupões por todo lugar, todo arranhado... Só quer saber de putaria... Mulher é bom sim, mas... Não sabe ser discreto...  Cara... E a mãe... quem é a mãe desse moleque? Tem foto? Deixa eu ver ele! –disse nervoso. – Avô cara, sou avô... Vê se pode...

CD- Então pai... -respondeu inseguro. - Vou te mostrar ele. -disse pegando o celular, tentando desviar sua atenção. -Tirei varias fotos com ele... Aqui! -deu o celular em suas mãos.

Hugo observou em silêncio por alguns instantes.

CD- Que foi?

Hugo o fitou sério.

CD- Ué cara, me entende...

Ele mirou o filho com raiva, deslizando a mão pelo rosto.

Hugo- Porra meu... Se fodeu! Não dá nem pra dizer que não é seu. Ele tem seus olhos, sua cara de safado, o meu sorriso, se fodeu! Bem feito! Eu falo, encapa esse pinto, usa a droga do preservativo, não me ouve, bem feito! Não precisa nem de DNA. -suspirou impaciente - Quem é a mãe dele?

CD- Então... A... A... É a Paulina! -disse de uma vez.

Hugo- O QUE? Cara... ela... Meu Deus, moleque você vai me matar! Aquela menininha? Meu Deus Carlos Daniel, você... A mãe dela a emancipou por sua causa... Menor de idade, tá? Isso dá cadeia! Meu Deus... Cara... Vontade de te arrebentar na porrada moleque.

CD- Coitado! Falou o exemplo de pai. Você engravidou a minha mãe com 16 anos, só fez merda também.

Hugo- E você precisava repetir? É muito diferente, a engravidei com 16 anos, mas eu era bem mais velho e cursava a minha segunda faculdade, a amava, tinha estrutura, maturidade, já morava sozinho há sete anos, e arquei com todas as consequências. Sempre quis casar com ela, ter uma família, não naquele momento, mas aconteceu e eu agi como homem. Foi muito precipitado? Sim, muito mesmo! Não planejamos, eu quase morri quando descobrimos a gravidez, ela era uma menina...

CD- Eu também estou agindo assim! Não vem insinuar coisa que você não sabe, que já estou sem paciência... Sei que poderia ter me protegido, que atrasei a vida dela, porra... É um bebê, né... Mas, ele é a melhor coisa que fiz em toda a minha vida e, também... Aconteceram muitas coisas, o destino jogou com a gente, tá... Eu fui um merda com ela, você sabe que eu... Gosto de... Me divertir e tal...

Hugo- Putaria! – o interrompeu. – É disso que você gosta.

CD- Gosto mesmo vou fazer o que? Eu nasci pra comer mulher, cara... Não dá, eu não resisto. Eu tento ficar na minha, mas eu vou fazer o que se elas querem me dar?! –sorriu cafajeste – Não sou moleque, quer sentar? Vem!  E você não pode falar nada porque, né... Se eu começar a falar aqui vai ficar sujo pro seu lado, em...

Hugo- Moleque, é diferente. Já passou... Sei que você é novo e tal, e é bom mesmo cara, mas tem que ter controle isso aí. –explicou impaciente. – Moleque desgraçado... Se é da Paulina é certeza que é seu!  Aquela menininha... Sabia que você não ia perdoar... Cara sua mãe me disse que ela era virgem!

CD- Me respeita, sou homem, ela sempre foi um mulherão, mesmo muito novinha. Me apaixonei, tá... Confesso, eu ia querer só comer inicialmente, eu tinha certeza que ela já transava, aí descobri que não... Só me deixou mais louco ainda... Eu estava feliz com as “cachorronas” que a vida sempre me deu, aí me aparece aquela coisinha... - explicou com sinceridade. – Fiquei louco... Na minha cabeça, não tinha como ela ser virgem com aquele corpão, fui tentando, tentando, e tinha na minha mente “ Não, ela não é virgem, olha o tamanho dessa bunda, vou comer e terminar com ela, ela está me zoando”. Me fodi, já estava apaixonado há muito tempo, comi e não consegui largar nunca mais. Aí fiz merda e me fodi sem ela, sofrendo igual um retardado, chorando por mulher, bebendo e comendo várias outras pra esquecê-la.

Hugo- Essas coisas chegam ser até pecado... e agora?

CD-Ahh... Ela me odeia agora, mas vou reconquistá-la, ela está com 20 anos, fez ontem, meu filho tem 2 anos, se chama Arthur... Lembra de tudo o que houve à quase três anos , né?! Então...

Hugo- Ela estava grávida! -murmurou com os olhos fechados. - Porra só faz merda. A Cecília me falava, “ele vai fazer merda, ele vai engravidar aquela menina, o Carlos Daniel não perdoa ninguém” eu sabia, ainda toda... Toda “fartinha “ do jeito que era... Porra... Só faz merda!

CD- Você também! Não preciso te lembrar, não é? As traições? As surras? Fica na sua que é melhor! Mais respeito com a mulher dos outros. A vida é minha, eu conserto tudo! Vou consertar tudo e vou ser feliz com ela e com o meu filho, vou reconquistá-la, além disso, você sabe que sempre foi meu sonho ser pai.

Hugo- Filho...

CD- Por que está tão preocupado assim comigo em? Você sempre foi muito intrometido, mas meu... O que foi? Por que saiu de tão longe pra vir atrás de mim? Ahh... Seu patrimônio, não é? Relaxa que tá tudo certo, sou muito profissional e centrado, jamais colocaria tudo a perder, sem contar que tenho que lutar por algo que agora também é do meu filho.

Hugo o fitou sério. -Acho muito bom que pense assim.

CD- Já terminou?! Tchau. -disse tirando a bermuda e deitando de bruços.

Hugo - Olha essas marcas... Moleque safado. -murmurou indignado. - Ainda diz que quer reconquistar a menina... Difícil acreditar nos seus contos, em Don Juan...

CD- Ué, meu... Deixa eu transar em  paz, ser feliz, dá licença! -respondeu mal humorado. - Sai daqui, não fode, já pode voltar pra Dubai, tchau!

Hugo- Vai oooooo e trabalhar nada, né?! – cobrou fitando o mac book aberto sobre a cama. – Olha lá o moleque vendo negócio de calcinha no computador... Victória secret´s.

Carlos Daniel fechou o mac book. – Meu, toma conta da sua vida!

Hugo- A gente não pode ver mulher em tudo não, em... Tem que focar em outras coisas também.

CD- Meu eu tô cansado, me deixa, estou deliciosamente cansado diga-se de passagem, preciso dormir... Dá licença, já não chega a minha mãe, que saco!

Hugo- Tá... Tá... -disse saindo com raiva.

...


Cecilia abriu a porta distraída com o celular, e colocou sua bolsa sobre o sofá, sem notar sua presença.

Hugo- Que demora, vida... Fiquei preocupado.

Cecília se assustou derrubando o celular. - Ai Hugo, pelo amor de Deus. -disse fazendo-o rir. - Que susto. - deu um beijo breve em seus lábios. -Pensei que só viria amanhã.

Hugo - Vim pra falar com esse moleque.

Cecilia - O que? E você não me disse nada? Meu Deus ele deve estar me odiando... E agora...

Hugo- Hey... -pousou o dedo indicador em seus lábios. - Não foi sobre a gente que falei com ele, fica tranquila. Não pretendo fazer isso tão cedo. Vim falar sobre a revolução que ele está fazendo sem me comunicar.

Cecilia sorriu em alívio. - Hugo... Deixa ele, ele quer reconquistar a mulher que ele ama, está fazendo bem pra empresa também e...

Hugo- Amor...

Cecília - Xiiiu... Fale baixo, não quero que ele nos ouça, ainda não estou preparada para dizer a verdade a ele, vamos a uma cafeteria aqui perto. -o puxou pela mão pegando a bolsa de couro.

Hugo a puxou de volta. - Acho que já está na hora de abrir o jogo pra ele, Carlos Daniel já não é uma criança a muito tempo, tem que entender, já se passaram muitos anos... Ficamos separados por cinco anos, mas nos amamos, Cecília, ele tem que entender. - disse fitando seus lábios. -Sei que fiz muito mal a ele... Fui pai de um jeito muito errado, mas...

Cecília - Hugo, aqui não, não quero decepcionar o meu filho, ele é tudo pra mim. Vamos conversar em outro lugar.

Hugo- Tudo bem, vamos... Só... Promete que... Aconteça o que acontecer, não vai desistir de mim também, não ia conseguir ficar longe de você de novo...

Cecilia - Não vou desistir de nós. -sorriu. - Agora vamos, não quero que ele pegue a gente aqui, sabe como ele é.

Hugo- Vamos, a senhora tem que me explicar muita coisa, viu? Me escondendo tudo... -murmurou saindo com ela. -Você viu a situação daquele moleque, Cecília, todo chupado e arranhado?! Meu... O moleque fez até filho...

...

                      

        
                                Apartamento de Paulina       
      

 

—Amiga... Sabe o que eu estava pensando? Agora acho que poderia voltar a fazer faculdade... Não sei, comecei, fiz por seis meses e tive que trancar por causa do meu bebê, pensei que... – cruzou as pernas. -Sei-lá, ele pode ficar com o pai dele, tenho muito medo, mas... Sei que não vou poder mantê-lo longe do meu filho, então... Que convivam e que possa me ajudar com isso. -disse folheando uma revista.

Carol- Adorei a ideia, está mesmo na hora de pensar um pouco mais em si mesma, você tem potencial para muito mais amiga, okay, tá legal ser assessora agora, mas... Não sei como vai ficar depois de tudo o que aconteceu, vai precisar de outro trabalho, sem contar que conhecimento nunca é demais, e... vou fingir que não ouvi que você pensou em não deixar que o Carlos Daniel conviva com o Arthur.

Paulina revirou os olhos. - Ai amiga... Não sei o que eu faço, minha vida virou de cabeça para baixo. Há quase um mês eu tinha o controle de tudo, agora de nada, estou sem namorado, muito provavelmente sem emprego, toda confusa, meu filho só sabe falar “papai” o dia inteiro... E eu não paro de pensar no “papai” dele, também. -jogou a revista sobre a mesinha de centro. - Droga!

Carol- Esqueceu de falar a parte da foda toda, das marcas e de fazer careta pra sentar. -provocou.

Paulina- Carol, pelo amor de Deus... Que chata!

Carolina riu- Amore... Destruidor mesmo ele. Um homem daquele tamanho amiga, enorme, os brações enormes, costas largas, moreno, você foi forte amiga.

Paulina a fitou séria. - Não tem graça nenhuma! Afff Carol... Parei com você. - murmurou se ajeitando no sofá, e notando uma caixa grande pelo reflexo do espelho. -Amiga? Que caixa é aquela? -questionou se levantando para pegar. - Nossa que linda.

Carol- É sua! -disse segura, escondendo um pequeno sorriso.

Paulina- Você tá me dando presente? - perguntou se sentando ao seu lado, com um sorriso nos lábios. - Ai amiga obrigada, você já me deu aquela pulsei...

Carol- Hey, hey... - interrompeu. - Eu só trouxe, mas não fui eu quem te deu.

Paulina a fitou sem entender.
—Então quem me deu?

Carol- Tem um cartão... Abre menina, vai ficar me olhando? Olha o tamanho dessa caixa. - falou animada. -Sem contar que está super perfumada.

Paulina- Quem te mandou trazer isso, Carolina? -perguntou séria.

Carol- Abre! - disse impaciente.

Paulina- O que tem aqui? -insistiu fitando a caixa.

Carol- Ai Paulina, eu não sei, mas parece ser algo muito bom, abre! -murmurou ansiosa.

Paulina a fitou séria, desfazendo o laço rosa de cetim.

Carol- Abre logo que estou curiosa, espera... Lê o cartão.

Paulina a mirou desconfiada.
—Carolina, Carolina... Tem certeza que não sabe o que tem aqui? Se alguma coisa pular em mim eu dou na sua cara.

Carol- Deixa de ser boba.

 

Paulina abriu o pequeno envelope de cor vinho.

“Você vai além, nenhuma fragrância é tão cheirosa quando a sua, nenhuma veste faz sentido se te prefiro nua...
Com toda paixão e fogo de quem mais te deseja nessa vida...
Com o amor de quem te pede pra Deus todos os dias.
Te amo pequena. “—leu mentalmente.

 

 

Carol- Que foi? Ficou vermelha como um pimentão. Deixa eu ler isso. - pegou de sua mão.

Paulina- Ele... -balbuciou um tanto “atordoada”. – O que tem aqui?!. - disse abrindo a caixa e retirando as folhas de seda que protegiam o que tinha ali.

Carol- Amiga que babado esse cartão aqui, em... Virou até poeta o boy. -mirou a caixa. - Meu Deus... -disse encantada mirando um pequeno fôlder dentro da caixa. -Paulina... Isso é... Não estou acreditando...

Paulina- Sim... A nova coleção de lingerie da Victoria’s Secret.

Carol- Amiga... você não esta entendendo, isso ainda vai lançar depois de amanhã, é a coleção inteira. -murmurou pegando uma calcinha. - Uuuoooolll só fio.

Paulina pegou a calcinha de sua mão. - Deixa de ser boba... Amei isso tudo... Ah... Não creio, tem hidratante corporal, sabonete líquido corporal e facial... Tudo secret’s.

Carol- Amiga, bem sugestivo viu, kit preparação para o babado.

Paulina deu um tapa em seu braço. - Parou, tá? Já me zoou o suficiente! Gente o Carlos Daniel...

Carol- É um puto, né... Mas tem bom gosto e eu achei muito fofo o cartão.

Paulina- É um safado... - riu. - É a cara dele me mandar essas coisas. Ele deu pra você trazer? É por isso que está de segredinho e saiu que nem uma maluca mais cedo?

Carol- Não, eu cheguei e estava na portaria, tinham acabado de entregar, eu só trouxe pra cá, mas o Carlos Daniel já tinha me dito, só não imaginava que seria isso tudo.

Paulina- O que esse cara está pretendendo com isso? - se questionou intrigada. - Ele acha que vou voltar pra ele? Tá alucinando ou o que?

Carol- Acho que tá pretendendo te deixar sem andar, porque por pouco não conseguiu e...

Paulina- Carol pelo amor de Deus, xiu!

Carol- Xiu você... Tá toda ardendo aí, falo mesmo! Querida se joga no boy, o cara te ama, é todo delicia e deixa toda destruída, você não vai encontrar outro desse, agarra minha filha... aaaaa e detalhe, te deu um filho lindo, amarra esse homem, os defeitinhos você corrige aos poucos. -murmurou abrindo a tampinha do hidratante. - Que delícia amiga, muito cheiroso... Paulina, você sabe que dentro dessa caixa, tem umas três vezes mais o que a gente ganha em um mês, não sabe?

Paulina- Sei... Mas isso não me interessa. - respondeu pensativa. - Estou tão confusa. 

Carol- Eu em, que menina maluca, não gosta de amor, não liga pra dinheiro, sei que não é interesseira, mas o cara te ama e é rico, vamos aproveitar né...

Paulina- Já terminou? – questionou impaciente. –Sabe o quanto ele me machucou, não sabe? Amo aquele babaca, mas... Tenho medo, não acredito que tenha mudado... Não sei, foi tudo tão difícil, não quero me machucar mais...

Carol- Eu entendo o seu medo. – a abraçou. – Mas você só vai descobrir se ele mudou ou não, dando uma nova oportunidade a ele... Se passaram quase três anos, Paulina, me diz... Você é a mesma depois de tudo o que aconteceu?

Paulina- Não, claro que não... –a olhou angustiada. – Não mesmo.

Carol- Você se tornou uma mulher maravilhosa, forte, que luta por tudo o que quer, que não desiste nunca, uma profissional comprometida, uma mãe excepcional...  É independente... – acariciou os cabelos da amiga. -Ele conheceu a menina doce, ingênua, apaixonada e com um corpão de deixar qualquer homem louco, sem ao menos abrir a boca... Agora, faça ele conhecer esse mulherão, decidida, independente, muito mais forte e com o corpão de matar, ele tem que jogar o seu jogo Paulina, não ao contrário.

Paulina- Eu não sei se quero jogar, pra mim ele era passado. –disse séria, sem poder evitar que uma lágrima fina escorresse por seu rosto.

Carol- Um passado que deixou um “presentinho” aqui. – tocou a barriga de Paulina. – Um “presentinho” idêntico ao seu “passado”.

Paulina enxugou o rosto. –Isso é o pior. Não o meu filho, claro... Ai... Tudo... menos o meu bebê.

Carol- O Arthurzinho é um elo eterno entre vocês dois, isso você não pode mudar. Como também não pode negar o amor que sente por ele.

Paulina- Mas isso ele não vai saber, ele não vai ouvir de mim nunca mais que o amo, nunca mais! Eu posso até brincar com ele, fazê-lo sofrer, fazer ele querer dar a vida pelo meu amor e depois pisar, machuca-lo como ninguém jamais machucou, humilha-lo, até que...

Carol suspirou. – E se machucar em dobro? Você o ama, Paulina...  Tudo o que fizer pra ele vai te afetar de alguma forma... Vai doer mais em você... –disse vendo-a baixar o olhar. – Faz ele ir na sua, ser seu, você no controle de tudo, não estou dizendo pra se jogar nos braços dele e fazer juras de amor como se nada tivesse acontecido... Faz ele se ajoelhar aos seus pés e dar tudo por você, dá uma chance dele te mostrar que mudou, mas estando no controle de tudo.

Paulina- Chega dessa história! Não vamos falar disso, esquece esse assunto. –mirou a caixa ao seu lado. – Afff...

Carol- E se decide logo fofa, antes que outra comesse a correr atrás dele... Tá pensando o que? Aquele partidão sozinho em Miami Beach.

Paulina a olhou séria pegando a caixa. - Ok Carol, já deu!

Carol- Deu mesmo né, tô vendo, o boy deve ter amanhecido só sorrisos hoje.

Paulina- Chataaaaaa! –falou indo em direção ao corredor. – Vou ir velar o sono do meu filho que ganho mais, o único homem que quero na minha vida.

Carol- Ahaaaam... O único, seeeei...

           

 

                  Ocean club/ algumas horas depois.

 

— Cara que ódio de você, fala pra eu chegar as nove, e chega quase quarenta minutos depois? O que é, tava fazendo as unhas ou passando creminho? – perguntou irritado. – chato do caralho.

CD- Vai se foder, Leonardo peguei trânsito...  

Léo- Trânsito... E o trânsito que deixou os chupões? –reparou impaciente. -  Cachorrão mesmo, né? Fala pra eu vir correndo, que temos que tratar de um assunto importante, e vai pegar mulher antes... Porra não sou obrigado, porque não me avisou? Odeio ficar esperando...

CD- Eu estava em casa babaca, isso aqui foi outra história. –disse com um meio sorriso.

Leonardo sorriu – Oh, não... A Paulina, porra cara, não acredito. –disse sorrindo animado. – Aí sim, meu caro, porra você é demais irmão.

CD- Estou realizado. – mordeu o lábio inferior. – E cansado pra caramba, meu você não tem noção, sou o cara mais feliz do mundo inteiro.

Léo- Sabia que você não ia me decepcionar, te deu trabalho fala aí? Você representou não é? Pegou ela de jeito...

CD- Vai viado, tá maluco? Respeita que a mulher é minha... Estou todo ferrado, você já pode ter uma noção, mais nada a declarar...

Léo- Acabou com o Dan... Nunca te vi assim em rapaz... Você sempre deixou a mulherada doida, agora... Tá destruidão.

CD- Dos pés a cabeça. – sorriu- Das duas, para ser mais preciso.

Léo- Nossa velho...

CD- Agora parou por aí, que o que vim falar é sério.

Leonardo desviou o olhar. – Ihh tenho até medo, vai fala...

CD- Estava lendo mais detalhadamente o dossiê e...

Léo- Caramba, de novo esse dossiê...

CD- Vai deixar eu falar ou não? – foi rude. – Estava lendo algumas informações sobre o apartamento da Paulina e, uma empresa de decoração...  Sendo direto, quero que você procure a financiadora responsável e que levante toda as informações, com mais afinco, vou quitar o apartamento, assumir as contas de tudo o que o envolve, mas primeiro... Quero que o meu filho tenha meu sobrenome e que possa desfrutar legalmente de tudo o que possuo, quero que no máximo até amanhã à noite o sobrenome “Bracho” esteja na certidão dele.

Léo- O QUE? - se levantou exaltado.

CD- Senta aí escandaloso. – puxou pelo braço. – Que vergonha meu...

Léo- Carlos Daniel, é um processo demorado, a Paulina precisa estar...

CD- Não quero saber. – o interrompeu. – O filho é meu e tenho todos os direitos sobre ele, suborne quem tiver que subornar, dinheiro compra quase tudo, não estou nem aí, amanhã à noite quero estar com a certidão em mãos, não tem aquele seu amigo Juiz? Se vira, compra o velho...

Léo- Não... Não falo por isso, essa parte vai ser fácil, mas... Cara você vai se complicar com a sua mulher, ela não vai te perdoar por isso, você está se metendo na vida dela, fazendo tudo errado...

CD- Quando foi que eu pedi sua opinião, me fala? Não só me fala...

Leonardo o olhou emburrado. – Porra você só me ferra, irmão... Tá... Vou ver o que eu faço. Depois que se ferrar não vem chorar pra mim não.

CD- Faz o que eu estou te pedindo sem dar palpite?

Léo- Ok... Não quer me ouvir... Mudando de assunto... E o seu coroa veio pra Miami atrás de você mesmo? Não acreditei quando li a mensagem que você me mandou.

CD- Verdade, o cara me acordou gritando, vou te falar fiquei puto com ele... –pegou o celular. – Olha lá, minha mãe me ligando... dez chamadas... – se levantou.

Léo- Ihh a mamãezinha ligou e você vai correndo? –provocou.

CD- Vou ver meu filho...

Léo- Aham... Filho né, a essa hora...

CD- Claro, liguei o dia todo e a Paulina não atendeu, esqueceu que ele está machucado? Além disso, né...  Vou ver se consigo falar com a Paulina, apesar de tudo, já levei uns esculachos...

Léo- Como se eu não te conhecesse...

CD- Ué meu filho, aqui é fiel como um gavião, tenho que chegar junto... – disse pegando suas chaves.

Léo- Não vai traumatizar o bebê, em... É muito cedo pra ele ver essas coisas...

CD- Ihhh tá  maluco?! Vou indo...  Vai lá cuidar da sua bebê, porque sabe como é, né... Meu molequinho não sabe de nada ainda, mas quando ele aprender...

Léo- Cala a boca! – o interrompeu. – Nem pense nisso, ele é seu filho, não quero aquele menino perto da minha pequena... Olha, me deu até nervoso, Deus me livre...

CD- Vai ser treinado em, cuidado. – disse caminhando em direção a saída.

Léo- Vai embora vai... Preciso de um Whisky. 

 

 

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Notas finais do capítulo

E aí??? Meninas, eu sei que parece td mto confuso, mas vocês vão entender tudo com o desenrolar da história e por trás do tratamento rude do CD em relação ao pai dele, acalmem-se ele não é louco kkk Comentem muito, me ajudem a ter animo pra isso tudo... Tem surpresinha ´pra vcs, logo menos apareço por aqui... hehe bjossss