Un Lazo Que Nos Une escrita por Raqueel Souza


Capítulo 17
Cobranças/ “ Deixá-la ir?”


Notas iniciais do capítulo

Olá meninaaas, olha eu aqui, voltei de capa nova u.u O/ O/ meio milênio depois, bom sei que estou em divida com vocês, pela demora, mas é que ando fodidamente ocupada, com colégio, curso, casa, enfim, mas aqui está o capítulo, enooooooorme por sinal, na verdade ele seria dividido em dois, porém, não achei que fosse justo com vocês. Ammm queria agradecer os comentários de vocês que estão sempre comigo, que vêem falar comigo no face, no whats, que me apóiam sempre, vocês são tudo meninas, não sei o que seria de mim sem vocês. Cap dedicado a tds vcs...



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Paulina ainda meio estática pelo impacto da cena, se abaixa de vagar e o põe no chão.

Paulina- A... Ar... Arthur, vamos embora. – disse com os olhos marejados, puxando-o pela mão.

Arthur- Nããããão mamãe, coki copy, coki copy, coki copy, eu quelo coki copy... – berrou chamando atenção de todos ali dentro. –Papai?! – falou vendo Carlos Daniel olhá-lo.

CD- Filho?

Arthur sorriu- Papaaaaaai. –disse indo correndo em direção a Carlos Daniel.

Paulina- Não... Arthur, não faz isso, Vem aqui, Arthur! –pediu indo atrás do menino, que a essa altura já se jogava nos braços de Carlos Daniel, o surpreendendo.

CD o abraçou- Filho... Ai Deus, que surpresa maravilhosa meu amorzinho, que bom te encontrar. – murmurou sentindo o cheirinho do bebê.

Arthur- Ah eu estava com sadades papai.

CD- Eu também estava meu amor. – revelou beijando-o na bochecha. – Fiquei até triste pensando que não te veria hoje. –sussurrou olhando na direção de Paulina. – Oi linda. – cumprimentou vendo-a se aproximar.

Paulina- Agora já pode me devolver o meu filho. – disse ríspida, tirando o garoto dos braços do pai. – E... Você Arthur, da próxima vez que fizer isso, juro que te dou uns bons tapas. – repreendeu fitando o rostinho do bebê.

CD- Hey, calma linda. Não é pra tanto, ele me viu e... É normal que queira ficar um pouquinho comigo. – disse sorrindo, mirando o menino. - Não é, filho?

Paulina- Normal? O garoto nem te conhece direito, só tiveram contato direto uma vez e, você acha que é normal que ele te veja e saia correndo assim? Além disso, você viu o escândalo que ele fez?- perguntou irritada. – E você Arthur, não ouse respondê-lo.

CD- Qual o problema linda? A Starbucks está quase vazia neste horário, ele só gritou porque, queria alguma coisa e... Foi impulso, nós sabemos que ele não é assim, não é verdade? – perguntou se aproximando. – Ele não faria isso, se não fosse importante pra ele.

Paulina suspirou- E como você sabe que ele não é assim? Ahh que pergunta idiota, tinha me esquecido que você tem um dossiê sobre minha vida, e sabe detalhes até do meu filho.

Carlos Daniel desviou o olhar- É sim, é verdade! Por isso sei que ele não é assim. E... Nosso filho, lembre-se que ele também é meu. – suspirou. - Linda, se acalme, vamos conversar. Não é bom que tenhamos esse tipo de conversa na frente do bebê.

Paulina- Sim, nesse ponto você tem razão. Não é bom discutirmos na frente do Arthur. – Falou beijando a testa da criança. –Mas ainda sim, não tenho nada pra falar com você! – disse um tanto mais calma.

CD- Relaxa pequena, por que está tão agressiva assim? Por Deus, eu também preciso do Arthur na minha vida. -disse olhando-a nos olhos. - Ele também é meu!

Paulina- Será que precisa mesmo? –perguntou com os olhos marejados.

CD- Oô linda como pode duvidar? É um pedaço de mim.

Paulina fechou os olhos e respirou fundo. – Chega dessa conversa, vamos Arthur.

Arthur- Nãããão, eu quelo coki copy e... E... E eu quelo meu papai. -disse estendendo os bracinhos para Carlos Daniel.

Paulina- Não Arthur, você não quer nada! – disse o afastando de Carlos Daniel.

CD- Espera Paulina, as coisas não são assim! É meu filho, linda, por favor.

Paulina o fitou tentando manter a calma. – Não ele não é nada seu e não tinha nada que ter saído correndo. Não te trago aqui nunca mais. - Disse olhando Arthur.

Arthur- Eu só quelia coki copy. – disse manhoso.

CD- Pode deixar filho, o papai compra pra você. O que você quer mesmo? - questionou, tentando entender.

Arthur- Ebaaaaa, coki copy. –respondeu sorrindo.

CD- E o que seria isso?

Paulina - É cupcake, e você não vai comprar nada, pois já estamos indo embora. – disse tentando se afastar.

CD- Não Paulina, não faz isso. Por favor. –pediu segurando-a pelo braço.

Paulina- Me solta! – Disse ficando a centímetros de sua boca, fazendo Arthur olhá-los.

Arthur- Huuuuum vão beisai. – disse sorrindo.

Paulina- Arthur!- o repreendeu, se afastando de Carlos Daniel.

Arthur- Aiin decupa mamãe. –pediu um tanto sem jeito. – Papai?

CD- Oi filho?

Arthur- Quem é ela? – perguntou apontando Alexia que observava em silêncio.

CD- Ah... Essa é a Alexia minha melhor amiga da época da faculdade, e... essa é a Paulina a... A minha mulher. –finalizou olhando Paulina, que encarava Alexia, com uma expressão séria.

Alexia – Humm... – murmurou analisando Paulina minunciosamente dos pés a cabeça.

Paulina- Am... Prazer. –disse desviando o olhar.

Alexia- O prazer é todo meu. –disse se concentrando no decote de Paulina. – Pode ter certeza.

Arthur- Oi moça... – falou sorrindo com timidez, chamando sua atenção.

Alexia- Oi pinguinho de gente. - respondeu sorrindo e apertando o narizinho do garoto. – Coisa linda.

Arthur sorriu envergonhado- Obigada... Você é... Bonita, muito.

— Paulina o encarou séria. – Aff não acredito nisso.

Alexia- O que?

Paulina- Não nada. – respondeu secamente.

CD- Então filhão, vem com o papai. – disse pegando o garotinho em seus braços.

Paulina- Nãão. – disse contrariada. – É que... Preciso ir.

CD- Não Paulina, vê aí o que ele pediu, pô vai deixar o moleque com vontade?

Paulina suspirou, impaciente - Está bem, vamos lá pegar Arthur? – falou estendendo os braços para o garoto.

CD- Não linda, deixa ele aqui, por favor?- pediu, antes que Arthur pudesse respondê-la.

Paulina- Tá. – respondeu fitando Alexia com desprezo. – Do que você quer filho? –perguntou acariciando o rostinho do garoto.

Arthur- Amm coki copy de saboi de choclate, amm coki copy de saboi de lalanjado, amm coki copy de saboi de amm de coki copy mesmo.

Paulina riu- Bobinho da mamãe. – falou o beijando na bochecha. – A mamãe escolhe pra você. – finalizou fitando Carlos Daniel. – Eéé... E... V. Você... É... Cuida dele. – pediu desconcertada pela aproximação. – Já volto. –disse meio sem jeito, saindo em seguida.

CD- Ta bem linda. – disse acompanhando seu andar, com um sorrisinho de canto.

Alexia- Hey, ta babando aqui ó. – falou deslizando o dedo no canto da boca, rindo de Carlos Daniel.

CD- Há há há que engraçado. –debochou revirando os olhos.

Alexia- Vou te falar em... Gostosa pra caramba... Hm toda uma deusa, carinha de anjo, e aquele corpo? Uii senhor, um tesão. – Falou observando Paulina de longe.

CD- Oooooooooô que isso? É a minha mulher caramba. Vai ficar ai cobiçando, na minha cara mesmo? Olha o moleque aqui. – Disse beijando a bochecha do menino.

Arthur- É que... Eu não entendi o que ela dizeu, as palavas são dificias, expica de novo? –pediu franzindo o cenho.

CD- É... Não liga pra ela não filho, ela é boba. –murmurou tentando desviar a atenção do menino.

Arthur- Mas eu gotei dela, ela é legal e... Bonita. –finalizou com um sorrisinho tímido.

Alexia sorriu – E você é muito fofo. Sabia que você se parece com o seu papai? Não a parte de ser fofo, porque o Carlos Daniel às vezes é beeeeeeem cavalo com as pessoas, mas... Não sei, o olhar, o sorriso.

Arthur sorriu tímido. – Todos sá me dizelam isso.

Alexia- Ain que lindo... – falou apertando a bochecha de Arthur. – Vem com a tia Alexia?! – falou o pegando em seus braços. – Escuta... Quantos anos você tem?

Arthur olhou para Carlos Daniel, como se buscasse uma resposta. – Bom, acho que milões de anos... Como os dissonaulos.

Carlos Daniel sorriu- Então Alexia, não sei se você reparou, mas ele é um bebê... Como acha que saberia a idade dele?

Alexia- Putss é verdade, não havia me tocado desse detalhe. Ele é muito esperto né?! - completou sorrindo enquanto fitava Arthur.

CD- Demais, fico todo bobo com ele, meu galã. –falou fitando Paulina de longe.

Alexia- Daqui a pouco vai começar a babar. – riu, olhando na mesma direção que Carlos Daniel. – Cara você fez um filho naquele mulherão, na boa tem meu respeito.

CD – Eu sou o cara né querida, e... Assim, nos amávamos, ele não foi planejado, já te contei toda a história, mas... Sei lá, ele foi a melhor coisa que já fiz na vida. –falou fitando o rostinho do bebê.

Alexia- Agora sei porque está assim todo pra baixo. Claro que foi a melhor coisa que já fez na vida, o moleque é lindo e ela é uma gostosa. Até eu se pudesse faria um filho nela.

CD- Epaaa, epa , epa. Não vem não, a mulher é minha, eu que engravidei ela, então tira o olho, e ... Assim que ficar tudo bem, garanto que farei outro bebezinho, e outra... Você nem pinto têm, então sai fora.

Alexia riu- Eitaaa que cara mais ciumento.

Arthur- Amm do que vocês estão falando? Eu não estou entendendo nada, expica papai?- pediu confuso.

CD- Não filho não é nada não. – falou sorrindo e beijando a testa do garotinho. – Ela é boba.

Alexia- E seu pai é um ciumento, assim... Dos piores.

CD- Claro que n... Olha que filho da mãe, safado . – disse vendo um homem encarar Paulina descaradamente. – Olha lá Alexia, o jeito que aquele cara ta olhando a bunda dela... E... O pior é que ela nem percebe. – completou inconformado.

Alexia- Relaxa cara, é normal que olhem ela, ela é... linda demais. Não é bebê?

Arthur- Muito linda a minha Palina. –respondeu sorrindo.

CD- Meu anjinho, você fica aqui com a tia Alexia um pouquinho, só pra eu ir ali conversar com a mamãe, rapidinho? –perguntou deslizando a mão nos cabelinhos de Arthur. – O papai não vai demorar, eu prometo, além disso, vou estar te olhando de lá.

Arthur- Aii mas... Não demola. –pediu um tanto receoso. -Poique eu cholo e fico tliste.

CD- Prometo que não demoro, ela é legal filho, é minha amiga. E vai cuidar bem de você, não é Alexia? Será que pode me fazer esse favor?

Alexia- Vou adorar ficar com esse moleque lindo aqui, vamos bater o maior papo, não é mesmo, Arthur?

Arthur- Nossa, clalo, muito papo, papo demais. –disse naturalmente.

Carlos Daniel sorriu e o beijou na testa. – Então tá, o papai já volta.

 

 

...

 

CD- Oooooooi Amor, como você estava demorando eu vim aqui com você, algum problema? – perguntou abraçando Paulina por trás, e empurrando o homem que a olhava.

Paulina- Ai me solta. –pediu tentando se afastar. – Pirou? Do nada vem encochando os outros assim, eu heim. –finalizou com raiva.

Carlos Daniel sorriu- Hmm você sentiu né?!

Paulina- Aff como você é ridículo. –murmurou já sem paciência.

CD- E aí cara? Algum problema? Perdeu alguma coisa aqui? –perguntou intimidando o homem, e abraçando Paulina, com posse.

Homem- Não não amigo, tudo bem. – disse limpando a garganta e indo se sentar em uma mesa, um pouco mais distante.

CD- Viu que babaca? –perguntou olhando Paulina.

Paulina- Você pirou? O que foi isso? Quem você pensa que é pra chegar me agarrando desse jeito? Eu tenho namorado sabia? E acho que ele não iria gostar nada d....

CD- Foda-se o seu namorado. – a interrompeu fazendo-a ficar em silêncio. – Não to nem aí pra ele. Poxa linda, precisamos conversar.

Paulina- Não temos nada pra... Espera. – fez uma pequena pausa, se dando conta de que Arthur não estava com ele. -Você deixou meu filho com aquela mulherzinha? –perguntou olhando o menino de longe sorrindo para Alexia. – Ahh, mas eu vou buscar ele agora. –disse indo em direção a Alexia, mas Carlos Daniel a segurou pelo braço.

CD- Calma Paulina, ela não vai fazer nada contra nosso filho, confio nela, e... Ele parece estar adorando a Alexia.

Paulina olha de longe, Arthur sorrindo para Alexia. – Aff Homem é tudo igual, não importa a idade.

CD- Que? –perguntou sorrindo.

Paulina- Nada, vai, fala logo o que você quer, porque já estou sem paciência.

CD- Amor, eu sei que está entendendo tudo errado e... Só queria dizer que...

Paulina – Não temos nada. Não precisa se preocupar. Tem que ser assim, eu... Tenho o John, me apaixonei por outros beijos e você está certo, a vida continua, não é? Só te odeio pelas palavras bonitas. Acho que é isso, te odeio... Nunca devia ter me apaixonado por você... Nunca. –disse tentando se afastar, mas Carlos Daniel a segurou, e puxou-a mais para “o canto”.

CD- Não tenho nada com ela, juro pelo nosso filho. –sussurrou a centímetros de sua boca.

Paulina- Não coloca meu filho nas suas sujeiras.

CD- Pequena acredita em mim, não tenho nada com ela, juro pra você nunca tivemos nada, nem na época da faculdade e muito menos agora.

Paulina- Você tem bom gosto, ela é linda. – falou ignorando suas explicações.

CD- Não Paulina, por Deus, não tenho nada com ela.

Paulina- Você já soube mentir melhor.

CD- Eu não estou mentindo, e você fica aí desconfiando de mim sem motivos, enquanto eu, eu sim, tenho mil motivos e, estou muito magoado com você, diga-se de passagem.

Paulina- Ahhh comigo? E o que eu te fiz? – perguntou confusa.

CD- Eu já sei de toda a verdade, sei que você passou a noite com aquele babaca. –murmurou chateado.

Paulina- E o que você tem a ver com a minha vida sexual? Não tenho que te dar explicações, não tenho nada com você. E... Aliás, como sabe disso?- o questionou desconfiada.

CD- Eu tenho meus contatos, meu amor. E fique sabendo que me doeu muito saber que aquele beijo não significou nada pra você, e que logo depois você foi se jogar nos braços daquele cretino. –desabafou com os olhos marejados.

Paulina- Foi só um beijo, e realmente não significou nada pra mim. E como já havia dito antes, minha vida sexual não lhe diz respeito. Você não tem nada a ver com o que faço com o MEU NAMORADO. – completou enfatizando as duas últimas palavras.

CD- Quando a mulher que o faz, mora em meu coração, e faz questão de demonstrar que não se importa, me diz respeito sim. –falou olhando a nos olhos.

Paulina sorriu sarcástica e, fitou Alexia de longe. –Ammm... Então quer dizer que moro em seu coração, não é?! Tem certeza Carlos Daniel? Estando com uma mulher tão bonita, não deveria se importar, tanto assim com seu interior.

CD- Meu Deus, que menina mais teimosa. – disse deslizando as mãos por seus cabelos sedosos. – Eu não estou com a Alexia, nunca tive nada com ela e, nem nunca terei.

Paulina- Por que será que não acredito em você?! – falou irritada. – Afff isso não me interessa. Isso só me dá... Asco, isso asco é a palavra certa . Me dá nojo imaginar com quantas você já transou, saber que sai por aí, comendo metade da cidade. –concluiu olhando-o com indignação.

CD- Uhhhhhh, metade da cidade? Acho que está exagerando, princesa. Sabe bem que sempre me cuidei, não tem isso não!

Paulina- Não importa, tenho asco mesmo assim. –insistiu enciumada.

Carlos Daniel sorriu, e olhou-a daquele jeito cafajeste que ela conhecia bem.- Nojo, pequena? Quando... Você me chupava não tinha nojo assim, né? –perguntou mirando seu decote.

Paulina- Ah, mas... C... Como pode ser tão baixo?!- repugnou ruborizada. – Como tem coragem de... Dizer essas coisas?!

CD- Não é ser baixo, pequena, é só que... Me dá até uma coisa só de lembrar dessa sua boquinha linda. – falou surpreendendo-a com um selinho.

Paulina- Ah não faça isso. – pediu desconcertada.

CD - Dessa vez eu fui mais rápido, pequena. – respondeu sorrindo. – Não pude resistir, essa boquinha faz loucuras...

Paulina não se deixando abater, sorriu, entrando no jogo dele- Ammm faz loucuras. – murmurou mordendo o lábio inferior, o provocando. – Sabe que, meu namorado diz a mesma coisa?!

CD- Puta que pariu Paulina, aff te odeio por isso, impressionante como você consegue me deixar puto em segundos. Aquele azedo, tudo culpa daquele baitola, ele me paga, aiii que ódio. – praguejou fitando-a com raiva.

Paulina sorriu- Por que o estresse, agora? É natural, ele é meu namorado.

CD- Ahhh ainda pergunta o por quê. Nossa não, por nada, o cara ta pegando a minha mulher e você pergunta o por quê, estou bravo?! Nossa ,ok! – ironizou irritado.

Paulina- Não deveria estar irritado, não sou sua mulher.

CD- E você deveria focar em cuidar do nosso filho ao invés de ficar aí se importando com esse John, não sei lá o que.

Paulina- Querido eu estou muito focada em cuidar do meu filho. Aliás, desde que soube que ele estava dentro de mim, não tenho feito outra coisa, a não ser me dedicar a ele, cuido muito bem do Arthur tá, não deveria se meter tanto assim, chato pra caramba, você.

CD- Cuida, sei que cuida muito bem do meu filho, mas e quando você vai passar a noite com aquele seu namoradinho de bosta, meu filho fica como?

Paulina- Fica na minha casa, com a minha melhor amiga, sendo muito bem cuidado, para sua informação. E não fale assim do meu namorado. –rebateu indignada.

CD- É, mas que eu saiba a mãe dele é você e sei que, ele sente muito sua falta. Você tem que passar mais tempo com ele, não deixá-lo sozinho.

Paulina- Mas é muito impertinente. O que você tem a ver com isso? Você fala como se eu saísse com o meu namorado e o deixasse sozinho em casa, trancado, sem cuidado algum, e isso não é verdade.

CD- Não estou dizendo isso, mas sei – lá, bem que poderia se dedicar mais ao menino, ele é todo carente, afinal... Você tirou férias pra isso, não? Para se dedicar mais a ele.

Paulina- Para de ser intrometido, o que... Espera... Como você soube disso, também? Já pedi mil vezes pra deixar meu filho em paz, e pra não se intrometer na minha vida, mas você não me escuta. Por um acaso voltou a investigar a minha vida?

CD- Claro que não! Mas também não sou idiota Paulina, por um acaso acha que não percebo as coisas? É muito óbvio que você fica se encontrando com aquele babaca, e o meu molequinho fica lá com a Rosa ou com sua amiga. Já que vai ficar se esfregando naquele trouxa, por que pelo menos não me deixa ficar com o meu neném, nesse período?

Paulina- Olha vê se pelo menos me respeita, ok? Nossa você sabe até o nome da minha empregada, depois ainda diz que não está investigando a minha vida. Sabe quando vou deixar você ficar com o meu filho? Nunca. – falou fitando Alexia, que beijava o rosto de Arthur, fazendo-o rir.

CD- Que sua empregada se chama Rosa e todas as outras coisas eu sei, porque tenho um dossiê sobre você, amor. E quanto ao meu filho não vou desistir dele, porque eu sou o pai e tenho direito tanto quanto você... Poxa linda, vamos parar de discutir e entrar em acordo de uma vez por todas.

Paulina- Não. Não quero você, e muito menos essa... Essa... Essa mulherzinha aí perto do meu filho, entendeu? –perguntou irritada, tentando se afastar, mas Carlos Daniel a segurou pelo braço.

CD- Calma linda, você não tem direito de me negar isso, ele é meu filho, não esqueça... E quanto a Alexia, vou dizer mais uma vez, que não tenho nada com ela, e também não vejo nada demais no fato dela pegar ele no colo. Alexia está cuidando dele pra eu poder falar com você.

Paulina- Então volte pra lá, pois já não temos mais nada que conversar, entendeu? Nada!

CD- Por Deus Paulina, não seja teimosa, o moleque é meu filho e por mais que você queira, graças a Deus você não pode mudar isso, agora por favor, vamos resolver isso de uma maneira simples e adulta, pequena... Por que você tem que ser tão complicada?!

Paulina- Pra mim já está tudo resolvido, é só você não chegar perto do meu filho.

CD- Linda você sabe melhor que ninguém, que não é fugindo dos problemas que os resolvemos. Por Favor, me ouve, temos que conversar. É o bem estar do nosso filho que está em jogo.

Paulina suspirou- Ok... Tudo bem, vamos falar sobre o Arthur. Mas não hoje, pois ainda tenho compromisso.

CD- Ai que bom linda, não sabe o quanto me deixa feliz. E... Quando? Olha, pode ser na minha casa e... –Paulina o interrompe.

Paulina- Não! Nunca aceitaria isso. Não confio em você. –disse desconcertada.

Carlos Daniel sorriu malicioso, mordendo o lábio inferior. – Tem medo de ficar sozinha comigo, linda?

Paulina- Nãão. N...Não, não é isso é que... É... Vamos falar só do Arthur, entendeu? Só do meu filho.

CD riu- Ok linda... Ok. – concordou analisando seu corpo minunciosamente.

Paulina- Hey. – falou chamando sua atenção. - Você não é nenhum pouco discreto...– foi interrompida, pela atendente.

Atendente- Desculpe-me interrompê-los moça, mas aqui estão os cupcakes que pediu, perdoe-nos pela demora, mas é que os de chocolate acabaram de sair do forno.

Paulina sorriu gentilmente- Tudo bem, obrigada – agradeceu, abrindo sua bolsa.

CD- Não amor, deixa que eu pago. Pode adicionar a minha lista de pedidos, eu pagarei. –falou fitando a atendente.

Paulina- Não precisa.

CD- Claro que precisa, está decidido, eu pago.

Paulina- Tudo bem. – disse contrariada, pegando os cupcakes.

...

Paulina- Vamos embora, Arthur? ! – disse se aproximando e pegando-o dos braços de Alexia.

Arthur- Anw vamos plincesa do Aithuizinho. – pediu beijando-a na bochecha. – Sabe eu fiquei com sadades.

Paulina sorriu e o beijou na bochecha. – Vamos então, né? Mamãe já pegou os cupcakes que você pediu, mas vamos comer em casa, porque você faz muita bagunça com os recheios e as coberturas.

Arthur- Tudo o que você quisei meu amoi. – falou deitando a cabecinha em seu ombro. – Cheilosa do Athui.

Paulina- Huum agora gostei, vamos amor? É... Então, se despede do seu papai, para irmos?

Arthur- Ai clalo, como eu ilia esquecei, nossa que esquecido estou. – falou fitando Carlos Daniel.

CD- Cadê meu abraço?

Arthur- Anwww vem cá. – falou se jogando nos braços de Carlos Daniel.

CD- Ain que abraço delicioso, te amo filho, fica bem tá? – falou o beijando na bochecha.

Paulina assistia aquela singela troca de carinho entre os dois, emocionada. – É... Vamos, embora filho? -Pediu com os olhos marejados.

Arthur- Vamos mamãe. – disse sorrindo, e estendendo os bracinhos para Paulina. – Talzinho papai lindo. – falou sorrindo com timidez.

CD- Tchau amores da minha vida. – disse olhando Paulina.

Arthur- Talzinho Léssia, sua.. Sua bonita.

Alexia riu- Tchau lindo.

Paulina- Tchau - se despediu sorrindo sem graça.

Alexia- Porra, mó popozão em. - disse vendo-a sair da Starbucks, com o garotinho em seus braços.

CD- Aff tarada.

Alexia- Ela é gostosa, não posso fazer nada. Cara vocês demoraram, você também em, de longe dava pra perceber você comendo a menina com os olhos, tentando beijá-la . – disse rindo.

CD- Sabe como é né,tenho que tentar.

Alexia- Uhum, safado demais.

CD- Falou a que tava cobiçando ela na minha frente.

Alexia- Estava mesmo querido, e saiba, se ela gostasse, roubaria ela de você fácil.

CD- Até você? Que traidora, fico indignado com isso. –falou sorrindo.- É bom que já fico de olho em você.

Alexia- Isso, e eu fico de olho nela. – brincou, vendo Carlos Daniel mudar completamente de expressão.

CD- Tô feito em, só tenho amigos tarados, já não bastava o Leonardo e agora você, pra ficar tarando a minha mulher.

Alexia- Ihh voltou feliz demais da conversinha que tiveram, quero saber de tudo.

CD- É que finalmente eu consegui combinar com ela pra gente conversar sobre meu filho, porque como já te disse ela não quer que eu me aproxime dele, e aí, eu vou usar essa oportunidade pra. Sei - lá tentar me aproximar dela.

Alexia- Hm entendi, está pretendendo seduzir a moça.

CD- Não vai ser fácil assim, Paulina é cabeça dura, e... A magoei demais, mas eu tenho que dizer que a amo, correr atrás né? Cara, eu posso jurar que ela estava com ciúmes de você.

Alexia deu uma gargalhada, e Carlos Daniel ficou olhando-a sério.

CD- Dá pra parar de rir? –pediu vendo-a completamente ruborizada de tanto rir.

Alexia- Ai... Aiiii minha barriga. – disse bebendo um pouco do suco.

CD- Terminou?

Alexia- Uhum. -Falou tentando recuperar o fôlego.

CD- Nossa, jogou minha auto-estima no chão, e ainda pisou em cima, me senti um feio, ridículo com você rindo feito uma hiena desse jeito. –falou dando um gole no whisky.

Alexia- Não cara, agora entendo por que demoraram tanto. Você sabe que eu não gosto de homem, meu. Você é gato, e até gostosinho, mas... Prefiro a Paulina.

CD sorriu- Cara eu acabo de ter uma idéia maravilhosa, e você vai me ajudar.

Alexia- A menos que seja uma idéia muito lunática, eu te ajudo.

CD- Ta relaxa, você só não pode dizer nunca pra Paulina, que você gosta de mulher. Pelo menos até, eu conseguir reconquistá-la.

Alexia o olhou seria, fingindo pensar naquela proposta. – Ahhhhh como vou conquistar ela um dia? Se ela não souber que curto a fruta?- perguntou fazendo-o ficar sério. – Brincadeira cara... Por mim tudo bem, já saquei tudo, quer provocar ainda mais ciúmes nela, não é?

CD- Exatamente, até que você não é tão burra.

Alexia- Há Há Há que engraçado, olha se o plano é causar ciúmes na gostosa pra ajudar a reconquistá-la eu topo, Mas...

CD- Afff sempre tem que ter o “mas”.

Alexia- Continuando, mas sem excessos, sem abracinhos, sem mãozinhas espertas, beijo nem fodendo, entendeu?

CD- Aiii entendi, eu só preciso que você não diga que gosta de bocetas.

Alexia- Ai é tão difícil esconder isso. Mas tudo bem, eu entendi o que tenho que fazer, já que provavelmente agora, vamos voltar a nos ver sempre, ela vai ter ciúmes porque vai me ver com você.

CD- Isso, e vou estar falando a verdade, que você é apenas minha amiga.

Alexia- É, mas como nenhuma mulher gosta que o cara que ela ama, tenha uma amiguinha, Paulina ficará extremamente enciumada

CD- Exatamente, cara sou um gênio.

...

...

...

 

1h e 30 Min. Depois

 

Cecília- Ai filho, onde você estava? Fiquei tão preocupada. –disse indo até Carlos Daniel, que adentrava o apartamento, apressado.

CD- Fui beber, pra relaxar um pouco mãe. –respondeu sério, deixando as chaves e a carteira em cima da mesinha de centro.

Cecília- Você não vai me falar o que você tem meu amor? Não sei, estou te sentindo tão frio, tão... Decepcionado, depois daquela ligação que você fez. Ta aí todo estranho. O que houve? É algo relacionado aos negócios? Sei que aconteceu alguma coisa, algo te contrariou, não foi?– perguntou olhando-o com preocupação. –Você não é de ficar bebendo e do nada, volta dizendo que saiu justamente pra beber.

CD- Não é nada mãe, não quero tocar no assunto... Não agora. –respondeu desviando o olhar.

Cecília- Você só está me deixando mais apreensiva. – disse irritada, se sentando.

CD- Mãe, eu preciso falar com você. – disse com uma expressão séria, sentando-se ao lado de Cecília, no sofá espaçoso.

Cecília- Ai meu Deus, não gosto quando fala assim. Diz filho, o que você fez? –perguntou olhando-o preocupada.

CD- Calma mãe, você já vai saber. –suspirou. –Bom, você sabe bem que, o motivo inicial da minha vinda pra Miami, foi fechar negócio com uma nova transportadora, que abrangesse toda a Europa, os Estados Unidos, e Canadá. Pois a transportadora que tínhamos contrato até então, não estava cumprindo devidamente com muitas de nossas exigências... –fez uma pequena pausa. –E aí... Aconteceram muitas coisas, fechei um novo contrato com uma transportadora que, tem me surpreendido muito por sua eficiência e responsabilidade, confesso. Enfim, concretizei todos os meus objetivos que tinha para com essa viagem, e... Também reencontrei o amor da minha vida... E... E... Bom, mãe, indo direto ao ponto, eu não vou voltar pro México! –Concluiu, decido.

Cecília- O QUÊ? –perguntou em um sobressalto, se levantando do sofá. – C... Como não filho? Mas e a empresa, Carlos Daniel? ! – indagou agitada, andando de um lado pro o outro. - A central de nossas fábricas está no México, essa área é sua responsabilidade. Sabe bem, como o seu pai vai ficar quando souber de tal loucura, não sabe?!

CD- Eu posso muito bem administrar os negócios daqui, já planejei tudo a muito tempo, sei muito bem o que faço, e... Quanto ao papai... Bom, sou dono de 50% das ações da empresa, e responsável por essa área, por tanto ele não tem que dizer NADA! –disse enfatizando a última palavra com raiva.

Cecília- Sim, mas ele é o dono filho. A fábrica foi fundada pelo pai dele, ele te deu os 50% das ações, então acho que ele pode se meter sim! E, você sabe que ele vai fazer isso, então... Acho que seria mais inteligente e cabível se conversasse com ele, antes de tomar uma decisão dessa proporção. Evitaria conflitos futuros. –disse encarando-o séria.

Carlos Daniel suspirou revirando os olhos. – Ok! Vamos começar de novo. Eu não preciso da aprovação e, nem vou pedir a opinião dele pra nada, a vida é minha e que eu saiba o responsável pela administração da empresa sou eu, ele que se meta no departamento dele. Desde que eu assumi a administração da empresa, tudo tem dado muito certo, e olha que já dei passos bem maiores em relação aos negócios. O contrato com os chineses, por exemplo... Naquele momento era tudo ou nada, ou eu ganhava 1oo% ou perdia tudo que havia investido naquele contrato até então, e acabei tendo três vezes mais lucro do que havia investido. Deu certo, foi sem dúvidas uma das minhas melhores apostas nesse ramo, naquela ocasião, não o notifiquei, mãe! Você sabia de tudo, mas não se opôs. Por que a “revolta” agora? – questionou a atitude de Cecília, fitando-a sério.

Cecília- Não é revolta filho... É que... Que naquela ocasião foi extremamente necessário, que tomasse uma decisão tão séria e agora, bom, não está pensando exatamente nos negócios. –respondeu prontamente.

CD- Mãe, ainda que meu motivo inicial para administrar os negócios daqui, não tenha sido algo relacionado ao trabalho. Sei que vai dar muito certo, veja, fico aqui junto da minha mulher e do meu filho, e de quebra expando ainda mais a nossa empresa. –explicou gesticulando. - Sei que temos uma cede em Nova Iorque, mas uma filial em um centro como esse, não fará mal a empresa mamãe, Miami é um pólo que abrange uma grande área e...

Cecília- Tá bem, não me fale de negócios, porque sabe bem que nessa área não entendo absolutamente nada. – o interrompeu se sentando novamente ao lado dele. - Mas, me preocupo com você meu amor, entendo que ame Paulina, e que agora mais do que nunca quer se manter aqui, pelo seu bebê, mas... Mudar pra cá? Assim do nada, se jogar de cabeça em algo que você ao menos tem certeza? Acha mesmo que vai valer à pena? E se ela te disser que está perdendo tempo, que não quer nada com você? E se... Ela conseguir te dizer isso olhando nos seus olhos filho?– perguntou acariciando os cabelos de Carlos Daniel.

Carlos Daniel suspirou decepcionado- Bem... Eu teria que... Nossa. –disse em um suspiro entristecido. – Eu teria que deixá-la seguir em paz, se o fizesse. –respondeu emocionado. – É isso, deixá-la ir. Afinal... O amor também é isso, não?! É a entrega mais linda e mais louca que podemos fazer na vida, é sacrifício, e... Também é renuncia, deixar ir também é uma prova de amor, mãe... E se ela não me quiser, nada mais justo do que deixá-la ir... Mesmo que isso me mate por dentro. –finalizou deixando que as lágrimas escorressem livremente por seu rosto.

Cecília- Oh meu anjo, não fique assim. – pediu, enxugando as lágrimas de Carlos Daniel. –É inacreditável sabia? Nunca pensei que te veria assim, tão apaixonado.

CD- Eu sempre fui apaixonado por ela mãe, só que antes era um babaca, mas... Ainda que tenha sido com ela o pior dos canalhas, a amo desesperadamente, a amo com a paixão que enlouquece os homens, é isso, louco, sou louco por ela. – disse sorrindo emocionado.

Cecília- Ai meu Deus, que filho mais apaixonado que eu tenho. -falou o beijando na bochecha. – Coisa mais linda da mamãe. – O beijou novamente.

CD- Para mãe, já pensou se alguém vê você falando assim comigo. – pediu envergonhado. – Imagina, eu desse tamanho sendo tratado assim.

Cecília- Ah filho você continua sendo meu bebê. –disse sorrindo.

CD- Para mãe, que vergonha. Já fiz 25 né sou um homem à muito tempo. Vai fazer isso com o Arthur ele ainda tem dois anos e é todo gostoso de morder.

Cecília- Ainnn que delicia, sabe que não vejo a hora de poder pegá-lo no colo, brincar com ele, sentir o cheirinho dele, depois daquele brinquedinho dele, me deixou mais curiosa, cheiro é uma coisa tão intima e... Ele é meu neto né, quero pra mim. –disse rindo.

CD- Você vai amá-lo mamãe, a primeira vez que o vi, foi no shopping, e... Ele tinha se perdido da mãe dele acredita? Foi tão mágico, alguma coisa nele me atraia de uma forma inexplicável, coisa de alma, não sei explicar, mas me senti... –Buscou uma palavra por alguns instantes – Ligado a ele, sem nunca ter o visto, e... Até mesmo sem saber que era filho de Paulina.

Cecília- São laços de sangue meu amor, e... Você disse que ele lembra muito você, talvez isso tenha contribuído... E... Ele se perdeu no shopping? – o questionou curiosa.

CD- Eu não entendi muito bem, mas parece que estavam andando no shopping, ele, Paulina e Carol, a melhor amiga dela. Aí pararam para ver sapatos e ele continuou andando, desceu a escada rolante correndo e acabou trombando em mim, aí nos damos conta de que ele havia se perdido das duas.

Cecília- Meu Deus, que perigo, esse menino correndo sozinho em um lugar movimentado como esse, e se alguém sumisse como ele? Ou se ele tivesse saído do shopping? Eu teria um ataque. A Paulina deve ter ficado arrasada.

CD- Sim, quando ela nos encontrou estava chorando desesperada, tanto que nem me notou inicialmente, chegou, agarrou o menino em seus braços e chorou desesperada, estava toda preocupada.

Cecília- Imagino, é mãe, sempre será assim. Nossa... E quando ela viu que era você, que estava com o filho dela?

CD- Primeiro de tudo eu que fiquei estático, por saber que ela tinha um filho, fiquei lá paradão sem conseguir dizer nada, só conseguia olhar os dois em silêncio, principalmente o garoto que... Nossa, o rosto dele, o sorriso, o olhar, o jeitinho de gesticular, tudo... Me perturbou muito, porque eu sabia que havia visto em alguém aquilo tudo, mas não consegui associar a ninguém e, enfim, o rostinho dele ficou gravado em minha mente.- fez uma pequena pausa. – E... A Paulina, bom... Empalideceu no mesmo instante, quando ela olhou pra mim, parecia que havia perdido o chão ou visto um fantasma, não sei, a senti muito nervosa, Paulina entregou o menino a amiga dela, e pediu que o tirasse imediatamente dali, e eu claro, estranhei muito a atitude dela, trocamos algumas palavras, e ela saiu quase que correndo. –finalizou, pegando seu celular.

Cecília- Que medo ela deve ter sentido, imagine. Ela tem uma MEGA decepção amorosa com um super canalha. –falou chamando a atenção de Carlos Daniel. – Teve que mudar o rumo de sua vida, drasticamente, superar a decepção amorosa, a morte da mãe, recomeçar, depois descobrir que está grávida desse HIPER CANALHA, SAFADO, DESCARADO e ter um bebê a cara desse SAFADO, CANALHA e, quase 3 anos depois, em um dia como outro qualquer, ir ao shopping com o neném, perder-se dele e quando encontrar, ele estar logo nos braços de quem??? Justamente, do tal CANALHA, DESCARADO, TARADO, sim porque você é um tarado. Ela deve ter se sentido, ameaçada, porque você poderia muito bem ter desconfiado.

CD- Nossa... –disse olhando-a – Que conceito em, obrigado pelos elogios, eu fiquei até um tanto agraciado. -falou ironicamente. – Mas, acho que foi bem isso que ela sentiu. Eu fiquei completamente perdido pela a atitude dela até então, mas depois com o dossiê, me foram esclarecidas muitas coisas, até mesmo o fato de eu ser o pai desse molecão lindo, que é o Arthur. –finalizou sorrindo, enquanto digitava no celular.

Cecília- Isso porque o Léo quase teve que contar a verdade, pensa que ele não me disse, que você demorou “décadas” para descobrir, mesmo com todas as informações em suas mãos?

CD- Aff esse Léo é intrometido, nem com a mulher dele morrendo e ele tendo que se ocupar de cuidar de uma recém nascida sossega, tem que ficar se metendo na vida dos outros. – falou distraído, digitando no celular.

Cecília- Moleque, não fale assim, a mãe da menina morreu e ele teve que arcar com todas a responsabilidades. E você fica ai fazendo pouco caso? Ele deve estar arrasado, e super cansado, eu até indiquei uma babá pra ele, tadinho.

CD- Não estou fazendo pouco caso, sei que esses dias tem sido difíceis pra ele, tanto que dei o tempo que ele precisar pra resolver tudo, se der depois eu passo lá pra ver a bebê dele... – respondeu sorrindo. - Sabe, eu adoro bebês.

Cecília- Ai menino, se der? Como assim se der? Você tem que ir de qualquer jeito, pra apoiar o seu amigo!

CD- Uhum, eu sei mãe, estou apoiando ele. – respondeu sem olhá-la e continuou digitando no celular.

Cecília- Olha moleque, se você continuar falando comigo e digitando nesse celular, eu juro que faço você engolir ele. –disse séria, tomando o celular das mãos de Carlos Daniel. – Falta de etiqueta, cadê a educação que eu te dei? Eu sou a sua mãe menino, me respeite. – finalizou lendo as mensagens no celular.

CD- Falta de etiqueta é ler as mensagens dos outros, mãe que isso? Eu não sou mais um menino. - respondeu olhando-a contrariado, pegando o celular de volta.

Cecília- Quem é Carol?

CD- A melhor amiga da Paulina. Lembra que comentei de uma amiga que estava com Paulina, quando Arthur se perdeu no shopping? Então é que...

Cecília- Ai meu Deus... Espera, você não ta dando em cima da amiga dela, não né menino? –o interrompeu, olhando-o séria.

CD- Nããããããão mãe, eu mudei, já disse. E... Jamais faria isso né, pó mãe, acredita em mim. E... A Carol mãe? Deus me livre, ela é muito gata, mas eu tenho até medo daquela mulher, eu em. É que eu e ela temos um segredo.

Cecília- Ta, mas eu quero saber. Que segredo é esse?

CD- Ta eu conto, mas não é pra contar pra Paulina. Sei- lá, obvio que uma hora vão se encontrar, e quando isso acontecer, não quero que saia contando.

Cecília- Depende, se for algo muito grave relacionado ao menino, óbvio que fico do lado da mãe.

CD- Olha ainda confessa que pode me trair.

Cecília- Eu sou mãe meu querido, e você é meu filho, te amo mais que tudo, mas se fizer algo relacionado ao menino e que a machuque, não poderei ficar do seu lado né.

CD- Tá, tá... Enfim, não é nada tão grave, mas... É que... Há cinco dias seguidos, desde que descobri a verdade, estou passando o dia todo com o Arthur, escondido dela. – falou com medo da reação de Cecília. – Mãe, eu espero que me entenda, perdi muito tempo longe dele, nem ao menos sabia de sua existência e... Poxa, não quero que me julgue mal, Paulina já disse que não quer que eu me aproxime do meu bebê e, bem... Estou desesperado.

Cecília o olha em silêncio. – Que safadeza... – disse séria. – Eu aqui louca de vontade de ver o moleque, e você ta vendo ele todo dia, e nem me leva? –perguntou indignada. – Por isso você tem sumido o dia todo. Que moleque safado, escondendo as coisas da própria mãe.

CD- É que... Não sei, pensei que ia ficar brava comigo, falar na minha cabeça, afinal não é o certo, e... Confesso que não queria estar fazendo as coisas escondido dela, mas é o único jeito de poder ver meu filho tranquilamente e... Ahh mãe, você sabe né... Não dá tempo de te contar tudo.

Cecília o olha desconfiada. – Hum sei, mas o que tá falando com essa tal de Carol?

CD- Falando que a Paulina acabou de sair e só volta às sete... – respondeu sorrindo.

Cecília sorriu arqueando uma das sobrancelhas - Então isso quer dizer que você vai ir ver o seu bebê agora?

CD- Sim, vou lá brincar com o meu meninão. –respondeu guardando o celular no bolso.

Cecília- Me espere aqui que eu já volto. – falou se levantando de pressa. – Vou conhecer meu netinho lindo, hoje de qualquer jeito. Ahh e se você sair antes de eu voltar, quando você chegar, eu te pego. – disse saindo.

CD- Ta, mas vai logo mãe, não demora. Eu em, fica ameaçando a gente. – falou se sentando novamente.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Ansiosas por opiniões hehehe e aiii gente??? E esse “encontro” dos dois promete em u.u . O que será que Arthur vai achar da Cecília? Estão curtindo a Alexia? Comenteeem muitooooo ai que dou um jeito de adiantar o próximo capítulo, favoritem, recomendem... Proximo cap está 65% em andamento já em ...