Arthur- Que gotosão?

Paulina a encarou séria...

Paulina- Ah é... Não liga pra tia Carol amorzinho é... Ela só se empolgou... (disse tentando contornar a situação)

Arthur- Ela é meu amoi mamãe, eu tenho que ligai pla ela e... Eu ouvi a tia Calol dizendo que você foi vei um gotosão...

Carol- É Arthur, mas na verdade ela...

Arthur a interrompe

Arthur- Você estava falando do John tia Calol? (perguntou deitando a cabecinha sobre a tartaruga de pelúcia)

Carol - Am... É, é isso amor ela... Ela estava com ele, com o John.

Arthur- Mas... Poi um acaso eu ouvi gotosão? Foi isso que eu ouvi tia Calol? (perguntou enquanto estava concentrado em tirar a blusa da tartaruga de pelúcia)

Carol sorriu- Foi sim meu amor.

Arthur - Ele não é gotosão, nunca selá. (afirmou distraído)

Carol- Ah tenho que discordar, ele é um gato. Não mais que você, mas ainda sim, um gato.

Arthur- É óvibio, eu sou o mais gato de todos. E... poi outlo acaso você está tentando me tlocai poi ele? É isso? (perguntou sem olhá-la)

Carol riu- Claro que não bebê, ele é namorado da sua mamãe e, além disso, não te trocaria por ninguém.

Arthur- Sabe... Não goto desse cala todas as muleles da minha vida, acham ele bonito. E a minha mamãe então? Está muito peixonada com ele... É uma depção pala um homem como eu.

Paulina- Ah agora sobrou pra mim?

Carol- Você é a namorada dele ué.

Paulina- Sabe qual é o problema? É que... O Arthur está com ciúmes.

Arthur a olhou- Eeeeeeeu?

Paulina riu- Sim amorzinho, você!

Arthur- E... E... Eu... Tenho ciúmes sim! E muitão ciúmes da minha mamãe.Poi que ele... Ele vem e ela tem que sair com ele e... Ai eu tenho que ficai com a Osa e... Eu não goto disso, a minha mamãe é minha só minha.

Carol- É bebê, mas ele tenta ser legal com você, sempre te trata bem, ele quer ser seu amigo pra que você também possa sair com eles, mas você não o aceita.

Arthur- Amigos não besam a sua mamãe. E eu não quelo sair com eles, eu só quelo a minha mamãe.

Paulina sorriu- Onw bebê, a mamãe também te quer, te quer muito e antes de mais ninguém. –Foi até o berço e o pegou em seus braços – Vamos tomar banho minha vida – Paulina o beijou na bochecha-

Arthur- Anw gotei do seu beso, eu semple goto dos seus besos minha linda.

Carol- Ahhh dos meus você reclama não é? Muito chateada agora ok. Vou arrumar sua bagunça, ingrato. (disse saindo e fazendo drama.)

Arthur olhou para Paulina e sorriu meio sem jeito- Muleles...

Paulina sorriu e o levou para o banheiro de sua suíte.

************* 40 minutos depois *************

Carol saía da área de serviços, e Paulina estava na cozinha enxaguando a mamadeira de Arthur...

Carol- Ué amiga, cadê o Arthur? (perguntou apoiando-se na bancada)

Paulina- Bom, quando eu saí do quarto dele ele estava quase pegando no sono, espero que já esteja dormindo. - sorriu-

Carol- Claro, ele sempre dorme depois das bagunças.

Paulina- Nem me fale, só de pensar no meu make todo destruído me dá até uma coisa.

Carol- Imagino, olha amiga eu consegui limpar a parede e o chão, mas... Acho que a Rosa quando ver aqueles lençóis manchados terá um ataque e... Quanto as suas maquiagens ... Bem... Ele destruiu tudo o que consegui pegar.

Paulina respirou fundo - Pela bagunça que vi naquele quarto, já imaginava . Vou pedir para que Rosa jogue no lixo os lençóis, aquilo não tem jeito, além disso, estou sobrecarregando-a, não iria pedir que lavasse aquilo tudo.

Carol- Sobrecarregando?

Paulina- Sim, inicialmente a Rosa veio trabalhar aqui só, e exclusivamente para cuidar do Arthur, e hoje ela faz de tudo nesse apartamento... Ela é muito bem paga eu sei, mas também sei o quanto é cansativo, também sei que o meu bebê vem dando mais trabalho que o normal ultimamente.

Carol- Verdade, mas hoje ele se superou.

Paulina- Sim (disse guardando a mamadeira dentro de uma bolsa térmica, em seguida colocando-a no armário)- Ai estou tão cansada, vamos pra sala amiga? (perguntou já indo em direção a sala e Carol a seguiu)

Carol- A amiga eu já ia me esquecendo, como foi lá com o gostosão do pai do Arthur?(perguntou se sentando no sofá, ao lado de Paulina)

Paulina desviou o olhar.

Paulina- Ah am... Sabe, assim que eu entrar de férias a primeira coisa que farei é dar férias a Rosa também e... (Carol a interrompeu)

Carol- Ok chega de tentar mudar de assunto, não sou o Arthur que se dispersa fácil da conversa.... Vamos menina me conta como foi sua conversa com o bonitão? (perguntou ansiosa)

Paulina- Nós... Conversamos e... Eu... Eu disse que não me perturbasse que se afastasse de mim... Que parasse de investigar a minha vida e... Só (disse desviando o olhar)

Carol- Amiga você é uma péssima mentirosa.

Paulina- Ai Carol não aconteceu nada já disse!

Carol olhou-a estática

Carol- Ai desculpa amiga eu não sabia q... –Paulina a interrompe-

Paulina- Não, desculpa você minha loira, não queria ser grossa com você. (disse beijando-a na bochecha)

Carol- Tudo bem amiga, mas... Vai me contar o que houve?

Paulina fecha os olhos e respira fundo- Ok! Eu fui parar no apartamento do Carlos Daniel, com a blusa completamente aberta e ele me tocando, me beijando e... ( Carol a interrompe com um grito)

Paulina- Não grita doida, você vai acordar o Arthur.

Carol- Ta desculpa, mas... Mas... Meu Deus, eu sabia. Claro com um gostoso daqueles, quem resistiria, e sem contar que ele deve ter uma pegada que... Lina me diz vocês transaram?

Paulina- Não, mas é claro que não, calma Carol.

Carol- Ai amiga é que não sei você saiu tão brava daqui, e ai chegou lá e te acalmou com aquela pegada que deve ser inesquecível, você chegou aqui e o Arthur tinha acabado com suas maquiagens, você ficou brava, mas bem que você... Perdoou ele rapidinho.

Paulina- Ai, por favor, isso não tem nada a ver Carol.

Carol- Tudo a ver, tranqüilizante natural. (disse rindo)

Paulina- Não acredito que você está rindo disso.

Carol- Ai sua boba não fique assim, e... Ele tem mesmo um dossiê sobre você?

Paulina- Tem sim, pude confirmar quando o questionei e ele de imediato perguntou se havia sido o Leonardo que tinha me dito.

Carol- Amiga, de verdade? Eu acho que essa é a maior prova de amor que alguém poderia te dar. (disse sorrindo)

Paulina- Ah claro, que linda prova de amor ficar investigando minha vida, se metendo em minhas coisas. Isso é prova de amor?

Carol- Ele esta fazendo isso por que te ama, e é louco por você. Não o conheço, mas com tudo o que fez e está fazendo, da pra ver que te ama.

Paulina- Ah e você já se esqueceu do que ele me fez?

Carol- Não amiga, mas que tipo de homem faz isso? Você acha que ele mudaria pra Miami e faria um dossiê sobre você se não sentisse nada?

Paulina- Ele é um idiota, apenas um cafajeste. Só está fazendo isso para me atormentar, não quer me ver em paz.

Carol riu- Am então quer dizer que ele tira a sua paz?

Paulina- Carol você não está ajudando... Eu queria tanto que ele não estivesse aqui, queria poder não vê-lo nunca mais, queria que... – baixou o olhar- As lembranças de nós dois já não doesse tanto. (disse com os olhos marejados)- Por que ele teve que voltar Carol?

Carol- Oh amiga não fique assim.

Paulina- Eu... O amo Carol... A verdade é que... Nunca deixei de amá-lo... Mesmo depois de tudo, o amo... E... Me odeio por isso, me odeio por não ter conseguido esquecê-lo , me odeio por ele mexer comigo tanto assim.Juro que... Que queria odiá-lo, tentei e tento isso todos os dias, mas... Mas não consigo (disse entre soluços)

Carol- Calma amiga... (disse enxugando suas lágrimas)

Paulina- Ele... Ele mexe comigo de um jeito que... Que não posso evitá-lo... Eu não consegui esquecê-lo, nem um só dia Carol, eu... Olho nos olhos do Arthur e vejo os do Carlos Daniel, com a mesma ternura que me olhava quando dizia que me amava eu... O amo Carol, ainda que queira negar a mim mesma, amo desesperadamente aquele homem (confessou) – Entende por que não o quero por perto?

Carol- Perfeitamente, mas amiga você acha mesmo que vai resolver ficar fugindo dele?Acha que ele desistirá assim tão fácil?

Paulina- Claro que vai desistir, eu só preciso ficar longe dele.

Carol- Não vai adiantar nada.

Paulina- Vai sim, Carol você não entende que quando ele me toca eu quase morro... ( Carol. A interrompe)

Carol- Eee espera ai “quando ele me toca” eu ouvi isso no presente? Não, você não tinha me contado esses detalhes dona Paulina, vamos quero saber.

Paulina- Quando ele me beijou hoje e... E me... Me... Bom, digamos que trocamos um beijo com direito as mãos dele vagando pelo meu corpo- baixou o olhar envergonhada- E... Ele me disse coisas que... Me causaram calor. (confessou ruborizada)

Carol- Ai que delicia amiga vai continua, quero saber mais.... (disse animada)

Paulina- Eu... Ah amiga enquanto ele me tocava por um momento me esqueci de tudo, só queria estar ali, senti-lo e. Ah Juro Carol, um pouco menos de autocontrole e teria me entregado a ele...

Carol- Adoro amiga, eu não teria resistido a aquilo tudo.

Paulina- Eu não poderia, além de não ter esquecido o que ele me fez- desviou o olhar- Não poderia fazer isso com o John... Me sinto tão mal por ele.

Carol- Ai Paulina como você é orgulhosa e... É verdade não seria honesto.

Paulina- Não seria, ele não merece eu o trai eu... Não o mereço- respirou fundo- Não sei o que faço, ele é bom, é carinhoso, é atencioso, se preocupa comigo e com o meu filho, cuida de mim, me ama e faz questão de provar isso todos os dias, é lindo eu... Eu gosto dele, realmente me apaixonei pelo John... Ai não sei. (disse com os olhos marejados)

Carol- Entendo você realmente se apaixonou pelo John, ele é tudo o que você precisa, e acha que ele é o homem certo pra você, mas o amor da sua vida é o pai do Arthur.

Paulina- Sim amiga é isso. Por isso estou confusa, por isso me sinto mal... Eu já estava “me recuperando” desse amor, até me apaixonei e agora ele... Volta e balança o que eu sinto pelo John, sabe... Quero me dedicar ao John, me dar por inteira a ele, ele merece meu amor... Como já disse amo o Carlos Daniel, mas ninguém é feliz se ama sozinho e é assim que me sinto, mesmo sem querer estou fazendo isso com o John, isso está igual a mim e Carlos Daniel, a diferença é que eu sei que amo sozinha e.... O John não. (disse secando suas lágrimas)

Carol- Amiga você não ama sozinha, ele te ama também e no fundo você sabe disso.

Paulina- Ele me deseja, me quer por obsessão e não por amor.

Carol- Ele te ama, e mudou a vida dele por você se isso não for amor, não sei mais o que é.

Paulina fecha os olhos- Amiga você está me confundindo ainda mais.

Carol riu- Para isso que servem as amigas.

Paulina riu e jogou a almofada em Carol.

********* Apartamento de Carlos Daniel 5 dias depois******

CD- Cara o que você está fazendo aqui de novo?

Léo- Que isso cara já faz 5 dias que não vinha aqui, você já foi mais receptivo e mais educado também...

CD- Ta, ta o que você quer?

Léo- ihh está estressadinho? Ta sem sexo né? Sabia. O que é isso? (pergunta tirando uns papéis das mãos de Carlos Daniel)

CD- Mais é muito mal educado, me devolve isso aqui. (disse pegando as folhas de volta)

Léo- Huum anotações sobre o dossiê, datas, fatos, está empenhado hein. Já terminou de ler? (perguntou se sentando sobre a mesa de Carlos Daniel e amassando algumas folhas)

CD- Sai de cima da minha mesa sua quenga, isso é documento. (disse empurrando Leonardo que quase cai)- Estou sim, quero saber logo sobre o pai do garoto, mas ainda me parece muito confuso.

Léo- Ai não me empurra seu grosso.

CD- Como é que você sabe hein? Nem viu e já está falando que é grosso.

Léo- Ah nem quero ver, que nojo cara.

Carlos Daniel riu- Am sei.

Léo- Eu hein... Ou cara você não atende esse celular não?

CD- Hã? Por quê? Eu nem sei onde está meu celular. (disse procurando o celular em meio a muitos papéis)

Léo- Pô organizado você hein? Então, sua mãe tentou falar com você e não conseguiu ai ela me ligou, disse que está vindo pra cá, a dona Cecília ficou muito preocupada por que você não atendia.

CD- Ah encontrei. (disse deslizando o dedo na tela do celular)- Nossa senhora 56 chamadas não atendidas, minha mãe vai querer me matar. Espera ela ligou antes de ontem.

Léo- É pra mim também, ela disse que embarcaria ontem – sorriu- Então provavelmente ela chega ainda hoje.

CD- E você só me avisa agora? Muito legal isso né.

Léo- Ah desculpa cara é que eu viajo hoje à noite e tinha que resolver os últimos detalhes pendentes. Ah eu te enviei alguns documentos por e-mail.

CD- Eu sei imprimi esses documentos um pouco antes de você chegar, você até já sentou neles. (disse lendo novamente as anotações que havia feito do dossiê)

Léo- Ah obrigado. Hey, você ainda não descobriu nada?

CD - Não cara, li duas vezes e fiz essas anotações com o máximo de informações que pude, e ainda me parece confuso.

Léo- Burro,burro,burro...

CD- Não Léo, olha só. Ela está aqui há três anos o menino tem dois anos e dois meses, Paulina só teve aquele azedo de namorado e me deixa confuso por que... – Carlos Daniel deixa o papel cair das mãos e fixa o olhar em um ponto qualquer-N... Não.

Léo- Não o que cara? (perguntou olhando na mesma direção que Carlos Daniel)

Carlos Daniel se levantou- Não pode ser cara... O moleque... O... O Arthurzinho, Léo...

Léo- Quê? Hã? Cadê ele? Onde?

Carlos Daniel desliza as mãos nos cabelos em sinal de nervosismo.

CD- Léo... O Arthurzinho ele... Cara ele... Claro, ele é meu, o moleque é meu Léo.