New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 15
New York Horror Story, Part 2/4 - Come On And Scream a Little Louder


Notas iniciais do capítulo

DANÇANDO, DANÇANDO, DANÇANDO.. DAN-DAN-DAN-DAN-DAN-DANÇANDO!
Er... Oi, gente!
Sei que eram para ter sido dois capítulos seguidos para hoje (ontem para Sul/Centro-Oeste/Sudeste), mas eu tive uns probleminhas na minha vida (a.k.a. McDonald's e Derivações) justamente neste sábado maldito. Então, cá estou eu com essa coisinha fofa #sqn de capítulo.
Vou logo avisando: TEM MORTE... E outras coisas também. Espero que fiquem mais assustados, e uma assombrooooosa leitura :)



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Vamos brincar de esconde-esconde. Eu me escondo com B e vocês tentam me encontrar. Se perderem, os últimos gritos dele serão ouvidos.

X”

— Mas quem diabos é “X”? — Foi a primeira coisa que Artie disse quando entrou no banheiro, após eu ter chamado-o, e leu a mensagem. — E isso é sangue?

Esqueci de mencionar que ela havia sido escrita literalmente no espelho com algo que se assemelhava muito a sangue? É, esse é o fato.

— Abrams, você é um detetive. Eu deveria estar te perguntando isso. E VOCÊ deveria saber se isso realmente é sangue e quem poderia ser esse “X”. — A loira esbravejou.

— Uma dica meio óbvia: esse “X” está claramente imitando “Pretty Little Liars”. Só trocou o “-A” por “-X”. — Tentei descontrair, mas sem sucesso. Senti os olhares dos dois praticamente me matando apenas com a força de expressão que tinham.

— Finn, agora não é hora de brincadeiras. Blaine foi sequestrado por alguém que pode ser um psicopata. Nós somos a única ajuda dele agora. E esse “aviso especial” marcado com sangue aqui… — Q apontou para o espelho. — …é a prova disso. O Anderson corre perigo.

— Acredite em mim, Fabray, eu sei disso. Mas este é o meu jeito de demonstrar insegurança ou medo. Aliás, por onde começamos?

— Pelo começo, ué. — Ela respondeu friamente.

— Menos, Quinn. — Artie se pronunciou de vez. — Vamos começar pelo lugar que o Blaine mais visita neste prédio.

— Ou seja, o pequeno escritório.

Saímos do banheiro e fomos correndo – exceto Artie, que tentava nos alcançar acelerando as rodas – para o lugar onde o moreno costumava trabalhar. Nada parecia estar fora do lugar; pelo contrário, a mesa estava tão arrumada quanto nos dias anteriores. Dei permissão ao detetive para que ele analisasse os objetos presentes, e enquanto isso, a tensão apenas crescia ali.

— Hey, isso não deveria estar aqui! — Encontrei um documento da contabilidade em meio à organização da mesa. — Quem lida com esse tipo de arquivo são os contadores.

— Dã, isso não é tão óbvio? — Q ironizou.

— Mas o Finn tem razão, Fabray. Esse tipo de arquivo não fica na escrivaninha de um secretário qualquer. O único lugar onde podemos encontrar documentos de contas é…

— O almoxarifado. — Completei. — Então vamos procurar algo lá.

— Venham, cavalheiros, eu sei onde fica. — Quinn saiu andando. Fomos atrás.

.::.

Como o almoxarifado se localizava no primeiro andar do prédio, eu, Artie e Quinn descemos de elevador e fomos à procura da sala correspondente.

— É sério isso, produção? “X” obviamente quis facilitar as coisas. — Foi o que falei quando encontramos a porta do cômodo arrombada.

— Eu vou na frente, amadores. — O detetive saiu na frente para averiguar a situação do local. — Porra, universo!

— O que houve? — Q perguntou, já entrando também.

— Há quanto tempo o almoxarifado não recebe uma limpeza? Porque, de repente, aqui virou o covil de “X”.

— Agora sim isso está ficando interessante.

Centenas – ou milhares – de fotos reveladas estavam pregadas por todas as quatro paredes dali. Em cada parede, cinco ou seis fotos eram “multiplicadas” e várias cópias estavam ao redor das originais. Não parecia haver uma única marca de sangue ali – fato esse que já nos indicou que “X” e Blaine não passaram por ali depois do apagão.

— Vamos aos fatos: a pista certa nos levou ao lugar que, coincidentemente, é o certo e o errado ao mesmo tempo. — Artie se manifestou, após perceber que ninguém estava falando uma única palavra. — Encontrar esse covil só piorou a imagem que eu tinha de “X”. Com certeza, ele ou ela é um(a) psicopata que provavelmente não matará Blaine.

— Como você tem tanta confiança nessa teoria? Existem psicopatas que matam mesmo assim… — Reagi, não entendendo o que ele quis dizer com aquilo.

— Acha que eu não entendo dessas coisas, Hudson? Já trabalhei com casos aparentemente normais e logo fui descobrindo os verdadeiros sociopatas por trás de quem eu analisava. Adquiri experiência com o tempo. Sei exatamente quando alguém poderá ser morto ou não.

— Então, por que você diz isso de “X”? — A loira perguntou, provavelmente ainda desnorteada com o que havia visto.

— Já notou que a maioria das fotos contêm a Cassandra July no meio? — Eu e Quinn demos uma nova olhada. É, a Cassie estava em quase todas elas. — “X” é só alguém revoltado com a “Poderosa Chefa” e está tentando atingi-la. Provavelmente pesquisou pouco sobre a vida de quem trabalha próximo a ela e acabou sequestrando o secretário do Finn achando que era o de Cassandra ou achando que era um sócio da empresa.

— Ninguém pediu para ele vir vestido de Barry Allen com um uniforme do Flash por baixo. — Murmurei, mais para mim mesmo.

— Nós só temos que descobrir quem teria rancor da July neste prédio.

— Espera, Finny. O que você disse? — Quinn me cutucou.

— Eu só ironizei, Q. Talvez a fantasia de Barry Allen do Blaine tenha causado em “X” a impressão de que ele poderia ser um sócio que não quisesse usar fantasia.

— Finn Hudson, você é um gênio! — Ela beijou minha bochecha. OI? Perdi alguma coisa durante os dois segundos em que viajei na maionese, com certeza.

— Por que diz isso, loirinha? — Artie indagou, movendo sua cadeira de rodas para que ficasse de frente para ela.

— Uma coisa que eu aprendi com você é que as vítimas quase sempre têm personalidades parecidas com as de quem comete um ato criminoso.

— Bateu um orgulho de te ter como amiga agora… — O cadeirante pôs as mãos no coração e simulou um choro. Ri instantaneamente com aquilo, mas logo voltei à seriedade.

— Se o Blaine gostava de Flash a ponto de vir vestido com o uniforme do herói por baixo, então eu… rufem os tambores. — Eu e o Abrams “batucamos” no ar, já nervosos. — …então eu já sei quem é “X”.

— Então, quem é?

— Eu. — Uma voz masculina invadiu o ambiente. Viramos para trás, e eu fiz cara de interrogação quando o vi.

— Tá, eu ia chutar o balde e dizer que só podia ser o Ryder Lynn, motorista da Cassie, mas essa aparição aqui na minha frente destruiu minhas suposições. — Quinn apenas falou, sem mover um único músculo.

— Você ia dizer que era o Ryder? Bravo, Fabray. Bravo. — O ser humano começou a bater palmas. Sozinho. — Tecnicamente, Ryder não é “X”. Mas ele me ajudou com o Blaine, sim. Ou então vocês já não teriam me visto na festa.

— E cadê o meu amigo? Hein? ONDE ELE ESTÁ? — Gritei, andando rapidamente em sua direção, mas ele me parou erguendo uma arma e dando um tiro para o alto, e tive de voltar para a posição anterior.

— Quem mover um passo, morre! Fui claro?

— Não. — Artie interveio. — Eu não tenho como mover um passo, e você está vendo o porquê. — Apontou para a cadeira de rodas. Que inteligente, Abrams, mas pra quê isso?

— Então… é… não mova um centímetro dessa sua cadeira de rodas aí. Ou vai perder mais do que já perdeu.

— Querido, eu também estou armado. — O cadeirante retirou sua arma da parte de baixo da cadeira.

— OK, isso aqui está ficando estranho. — Eu disse, cruzando os braços.

— Tirou as palavras da minha boca, F. — A loira falou mais baixo. — Artie, por que você tem uma arma?

— Sei lá, Quinn, talvez porque eu seja detetive… — Senti a ironia em seu tom de voz.

— Tá, mas por que VOCÊ tem uma arma? — Q se virou para o cara que dizia ser “X”.

— Eu venho organizando esse plano de vingança desde que o Finn entrou para o New York Times. Ele tomara meu lugar no jornal, e Cassandra não tinha feito absolutamente nada para me ajudar com isso.

— Mas você entrou logo depois… Jesse St. James. — Respondi friamente, pronunciando seu nome.

Pois é, era o Jesse que nós conhecíamos. Ou quem achávamos que conhecíamos.

— Sim, eu entrei, mas só para me vingar daquela piranha. E eu nunca enganei o Blaine quanto a questões de amizade. Eu realmente o conheci na infância. Mas mudei muito desde então.

— Jura? Nem notei… — Ironizei, apontando para a sua arma. — Agora fala onde é que o Blaine está. Agora.

— Sorte sua, Hudson. Acabei de sair da cobertura com a desculpa de que ia procurar vocês só para fazer uma visitinha especial ao meu namorado. Querem vir comigo?

.::.

Jesse nos conduziu sem mover sua boca até um dos banheiros masculinos presentes no andar térreo do prédio. Ao entrarmos, Ryder estava com uma outra arma na mão esquerda e segurando o Anderson com o braço direito.

— A brincadeira de esconde-esconde acabou, Finn… você me encontrou. — Ryder vociferou quando encontrou meu olhar.

— Eu não acredito que tive a audácia de conversar com você naquele carro. Que merda de vida eu tenho.

— Vieram testemunhar a morte de seu amigo querido? — Falou em voz alta, forçando seu braço contra o pescoço de Blaine, que estava de olhos vendados, boca amordaçada e com uma expressão que implorava por ajuda.

— Não seja tão radical, Lynn. — Quinn interveio na situação. — Eu sei que essa não é a sua verdadeira personalidade, ainda que seu passado não tenha sido o mais perfeito possível.

— Você não sabe de nada, Quinn. Eu e esse cara aí… — Apontou com a cabeça para Jesse. Pelo visto, ele não sabia o nome do verdadeiro “X”. — …fomos injustiçados pela Cassandra, e agora estamos apenas atingindo um ponto fraco dela.

— Ryder, talvez você não saiba, mas o Blaine é meu secretário.

— Não, ele é um sócio da empresa. Está mentindo.

— O verdadeiro mentiroso aqui é X, cara. Não reconhece? — Artie disse, em meio à pequena discussão.

Jesse não pronunciou uma única palavra. Pelo menos até o motorista da Cassie separar seu braço do pescoço do Anderson, soltando-o instantaneamente. Q logo o puxou para um abraço, retirando suas vendas e a mordaça em seguida.

— Graças a Deus que você está bem, B.

— Com certeza. — Sua voz ainda estava trêmula. E ficou mais ainda ao ver o St. James parado. — Você ordenou o meu sequestro? VOCÊ?

— D-desculpe, Blaine. — Notei seu olhar amedrontado, que logo depois se firmou na frieza. — Mas era o meu plano desde que voltei para New York.

— Sabia que eu estava aqui, se envolveu comigo e ainda quis me matar? Ah, que namorado ótimo eu fui arrumar, universo. Estava bom demais para ser verdade. — E lá estava o velho Blaine Anderson de sempre. Até que ele arrancou a arma das mãos de Jesse. — E agora vou destruir a sua vida, assim como você quis destruir a minha.

— Hey, você não precisa fazer isso. Abaixe essa arma… — Tentei me aproximar dele, mas não consegui chegar mais perto. — Blaine, se acalme. Por favor.

— Não dá, Finn! Já passei por diversos problemas nessa vida, e eu queria ter arrancado todos eles pela raiz! Agora é a minha chance de fazer isso…

— MAS VOCÊ NÃO VAI! — Ryder gritou do nada, e puxou o gatilho na direção de Jesse.

O tiro acertou a cabeça do desgraçado, que caiu no chão sem esboçar uma única reação. Meu secretário deixou a arma cair e se ajoelhou perante o (agora ex) namorado morto. Quinn e Artie saíram para chamar os outros, enquanto eu e Ryder observávamos a cena.

— Eu… eu… não acredito que fiz isso.

— Mas você fez, Ryder. Você apenas… fez.

— Serei preso, Finn. E o pior é que eu já fui na cadeia, não é legal ficar do outro lado da cela.

— Você não vai. E sabe por quê? Porque foi por legítima defesa. Jesse ia matar alguém que você conhecia, e você apenas defendeu a vítima.

— Mas eu participei do sequestro e…

— Ryder, eu conheço a inocência das pessoas apenas pelo olhar delas. E neste exato momento, eu sei que você não foi totalmente culpado disso. Percebi o seu jeito inocente de ser. — OK, aquele papo estava ligeiramente gay, então voltei à Terra. — Foi assim quando eu convivi com um antigo amor da minha vida.

— A polícia não vai acreditar num único olhar de inocência, Hudson.

— Mas vai acreditar nas testemunhas.

— Às vezes, dá vontade de gritar para o mundo o quanto eu odeio a injustiça. — Falou, enquanto saíamos do banheiro e deixávamos o corpo ali, com Blaine ao lado sem dizer uma única palavra.

— Então por que você não grita um pouco mais alto da próxima vez?

Ouça sua voz, não tenha medo, por que você não grita um pouco mais alto? Aumente, eu sei que você pode, venha e grite um pouco mais alto.”

(Louder – Lea Michele)


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Notas finais do capítulo

Então, né... vocês pensam que eu já dei o melhor dessa fic? AINDA TEM MUITA ÁGUA PRA ROLAR AQUI, GENTE... Está aberta a sessão de comentários, favoritos e visitas no link especial feito apenas para New York Horror Story: http://fanfiction.com.br/historia/556099/New_York_Horror_Story/



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