Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 16
Ameaçado.


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora. Eu realmente perdi o fio da história dessa vez. Era para ser mais "adulta" e "violenta", e eu estava me voltando demais para a dança. Deixem suas críticas, ajuda muito. Assim que eu fizer o próximo capítulo, o postarei. E me atrevo a dizer que ele sai daqui a uma ou duas horas.



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A Kagome anda estranha ultimamente. E não, eu não estou dizendo isso pelo fato de que ela parou de me deixar ficar na sua casa com tanta frequência quanto costumava deixar. Não sou tão desesperado por atenção assim. E não estou dizendo isso porque ela não me deixa mais ajudar com os papéis da empresa dela (e fica histérica a qualquer momento em que eu mencione isso). Eu ainda não lhe dei a surpresa que tenho preparado por tanto tempo, mas não tem como ela estar estressada a esse nível (o motivo pelo qual eu realmente estou preocupado): ela começou a comer chocolate.

Não de um jeito “estou na TPM” ou “eu amo chocolate”. Mas daquele jeito compulsivo que eu mesmo tomo café quando começo a ficar estressado demais por problemas que vêm me cercando. Estou preocupado. Por isso, decidi que hoje é o dia: vou entregar a surpresa que fiz para ela. Tenho arrumado isso por duas semanas: um piquenique dentro de um restaurante de luxo, com somente uma banda de jazz nos acompanhando. Eu sei que seria mais romântico ir a um concerto de verdade, num parque, com várias pessoas, mas eu simplesmente não posso me dar ao luxo de confiar que não vai chover.

Então, aluguei o restaurante no qual nós almoçamos pela primeira vez juntos. Achei que seria um bom lugar, mas não imaginei que estaria tão lotado a ponto de que o dono não queria reservar quatro horas para nós. Tive que gastar uma quantia ofensiva para lhe fazer abrir mão de uma noite movimentada. Velho inescrupuloso, ele jamais faturaria aquilo nem em um ano. Mas fazer o quê. Eu gosto de conseguir as coisas que eu quero. Mesmo que isso me faça ficar um pouco menos rico.

– Está lembrada que temos um encontro hoje, não é? – perguntei a Kagome, que mexia no seu celular.

– Ah. – ela disse, parecendo surpresa – Tudo bem, mas... Eu vou precisar usar o celular enquanto isso. Preciso resolver algumas coisas...

Ela suspirou enquanto passava uma mão pelos cabelos, quase os arrancando das raízes. Eu a encarei, meio surpreso, e então agarrei sua mão gentilmente e a puxei em direção a minha. Estávamos almoçando num restaurante perto da empresa dela, já que ela não podia se atrasar. Claro que todos os executivos tinham duas horas de almoço, mas Kagome só tinha uma: ela tinha que resolver alguma coisa que, mais uma vez, não me contou o que era. Estava começando a achar que Jakotsu tinha razão sobre toda aquela coisa de ter a dignidade pisada.

– Você também está chateado comigo. – disse Kagome.

– Não estou chateado com você. – respondi, surpreso por seus pensamentos terem tomado essa direção – Só estou chateado porque não me conta o que está te deixando tão estressada.

– É complicado. – ela suspirou – Não estou pronta para falar disso ainda. Conversamos depois, ok? Meu tempo acabou.

E então, pegando sua bolsa preta, ela me deu um beijo na bochecha (isso mesmo, na bochecha! Que absurdo Kagome!) e foi embora, atraindo alguns olhares nada discretos. Foi a minha vez de suspirar, embora já estivesse acostumado com esse tipo de coisa. O que eu não esperava era que Bankotsu aparecesse. Meu melhor amigo simplesmente tomou o lugar em que Kagome estava anteriormente, sentando como se tivesse sido convidado. Ele me sorriu, mas era um sorriso estranho. Como aquele que ele dava para as pessoas que estavam sendo desagradáveis, mas ele não podia socar por serem importantes para negócios. Eu ergui uma sobrancelha.

– Que porra você está fazendo? - ele perguntou simplesmente.

Eu quase tinha esquecido porque Bankotsu é meu amigo. Eu sou um iceberg, e ele é quase isso também. Ele é horrivelmente sincero, tanto que magoa quase todas as pessoas que tentam se aproximar dele. Mas, pelo jeito, ele não ficava assim quando se tratava de Kagome. E, anteriormente, ele não era assim comigo. Perguntei-me o porquê de ele estar tão sério ou porque seu tom sugeria que ele estivesse incrivelmente bravo.

– Primeiro, é bom lhe ver após ter sumido. Segundo, não tenho ideia do que você está falando. – eu disse, enquanto cortava minha carne com uma faca, levemente curioso.

– Você está saindo com ela. – ele murmurou agora realmente revoltado.

– Nosso relacionamento mudou. Foi inesperado. – eu disse.

Não vale a pena fingir que não sabia do que ele estava falando. Desde o começo, eu sabia que ele gostava dela. Na verdade, estava começando a me perguntar, de vez em quando, quando ele ia aparecer para reclamar disso. Mas não era minha prioridade da vida, acredite nisso. Estava ocupado demais tendo noites ótimas com minha namorada.

– Inesperado? – ele praticamente gritou – Você vai desfazer isso.

– Não vejo nenhum motivo para desfazer isso. – falei a voz revelando que minha paciência estava perto de acabar.

– Fique. Longe. Dela. – ele gritou, completamente vermelho de raiva e se levantando num rompante.

– Ela é minha agora. – falei, finalmente perdendo a paciência e me erguendo.

Ele está se intrometendo demais, além disso, está na cara que gosta da Kagome, me disse uma voz irritante na minha cabeça. Deveríamos bater nele para lhe ensinar quem realmente é o dono dela, e quais serão as consequências se ele se aproximar demais, continuou quando eu não respondi. Eu observei Bankotsu tremendo e um garçom vindo falar com ele, tentando acalmá-lo. Cale-se, voz interior ciumenta e estúpida, mandei. Você prefere que ele a roube da gente? Perguntou astutamente. Merda de voz interior ciumenta e certa.

– Lá fora. – praticamente rosnou Bankotsu.

Cumprindo meu papel de Sesshoumaru Taisho e namorado responsável, paguei a conta antes de sair, e me dirigi calmamente até onde estava Bankotsu, encostado em seu carro no estacionamento do restaurante. Eu nunca tinha analisado meu amigo como um homem, ou como um rival. Só percebi agora que ele era musculoso. Não em um estilo brutal, mas tão musculoso quanto eu. Ele estava tenso e parecia querer me matar pelo modo que me encarava. Além disso, os punhos dele estavam cerrados.

– Você vai terminar com ela. Ou eu a convencerei a terminar com você. – ele começou com a voz irada.

– Eu não vou terminar com ela e nem você vai convencê-la a nada. Nós estamos juntos e pronto. – anunciei entre dentes – E você vai se afastar dela.

Ele me lançou um sorriso irônico enquanto se desencostava do carro, ficando frente a frente comigo e me lançando um olhar raivoso. Quando ele tinha se tornado tão alto?

– Você nem vai ver as apresentações dela à noite. Mesmo que tenha cadastro. Mesmo que saiba de tudo. Você nem liga. Ela merece alguém melhor. – ele rosnou.

– Alguém como você? – perguntei ironicamente.

– Por que não? – respondeu ele com um sorriso que me fez querer quebrar todos os seus dentes – Ela é ótima, Sesshoumaru. Sei disso. Mas desista dela. Ela merece alguém que esteja lá para ela. Que afugente os atirados. Que ria das piadas dela. Que saiba do que ela precisa, e quando ela precisa. E não alguém com uma perseguidora maluca. Você por acaso sabe por que ela anda tão estressada? Kagura está agindo, Sesshoumaru. Ela não vai aguentar muito tempo. Poupe-a e entregue-a. Ou logo, logo, o Houjo ou o Kouga irão roubar ela de você por mim.

– Ninguém vai tirá-la de mim. – falou minha voz interior.

O único problema era que não era dentro da minha cabeça. Minha voz interior realmente tinha falado por mim. E pior: agido por mim. Era como se uma besta interior agisse, completamente desvairada e enciumada. E eu não estava a fim de pará-la. Então, observei feliz enquanto meu corpo se movia sozinho, desferindo socos no rosto de Bankotsu com uma velocidade incrível. Mas, recuperado do choque, Bankotsu me deu um chute, e então um soco. Eu o parei, agora completamente irado. Mal pude ver quantos socos, chutes e cotoveladas eu e ele trocávamos. Sei que eu estava puto. Muito puto. Mais que puto.

– Um lembrete para manter você longe dela. – dessa vez, fui eu quem disse.

Então eu o chutei com toda minha força, bem em seu saco. Ele ofegou e caiu de joelhos, completamente vermelho e soltou um rosnado de dor. Eu não estava mais preocupado com isso. Agora minha raiva estava em outra pessoa: Kagura. Peguei a minha carteira, e fiz uma coisa que nunca pensei que eu iria fazer: liguei e pedi que a minha perseguidora maluca me encontrasse.


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Notas finais do capítulo

Deixem seus reviews para criticar e me ajudar. E se quiserem me fazer escrever mais rápido.