Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 17
Terminamos.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo meio triste, mas legal u.u



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Kagura já estava na lanchonete quando eu cheguei. Não fiquei surpreso. Ela deveria estar tão ansiosa quanto eu. Porém, não tão irada quanto eu estava naquele momento. Ela estava sentada, com um vestido que mostrava demais do seu corpo, que não era nada mal, mas também não era suficiente para me tentar tendo Kagome em minha cama. Ela sorriu e se ergueu quando eu me aproximei, parecendo mais feliz que tudo na vida. Quando cheguei perto o suficiente, se atirou sobre mim, tentando me beijar. Afastei-a com uma delicadeza, ou falta dela, que eu provavelmente não teria com qualquer outra mulher. Estava irado com o que Bankotsu dissera.

– Não se aproxime de mim. – falei entre dentes.

– Ora, você queria me ver. Sei que está me querendo, não precisa se fazer de difícil, Sesshy. Eu não vou me fazer de difícil ou puritana para você.

E realmente não o fez. Na verdade, eu levei um baita choque ao ver que ela agarrou minha mão com brusquidão e a levou para dentro do seu vestido, por baixo. E, não acho que nada mais me surpreenda a essa altura, ela estava sem calcinha. Eu retirei minha mão de sua intimidade, enjoado. Meu Deus, quantas vezes eu precisarei lavar minha mão para me livrar disso? Então, ela fez um ruído de desapontada, e levou minhas mãos para a parte de cima do seu vestido, pousando-as sobre seus seios.

– Isso é um local público, tenha mais decoro. – eu afastei minhas mãos – Além disso, não estou aqui para isso. O que você tem dito para a Kagome, Kagura? – perguntei, voltando para o meu propósito inicial.

Não me levem a mal. Não é como se eu não gostasse da ideia de fazer coisas em público. Não, mas o que manteve meu amigo de baixo em seu lugar foi a sensação de que Kagome estava observando. E ela poderia me castrar. Ou pior, terminar comigo. Isso sim seria um desastre. Além disso, estava com raiva. Muita raiva.

– Eu não disse nada para ela. – ela fez um biquinho.

– Não seja cínica. Kagura, eu espero que você me ouça, porque nunca estive falando tão sério na minha vida. Fique longe da minha namorada. Ou eu vou fazer com que você desapareça da face da terra, seja por bem ou por mal.

– O que ela tem que eu não tenho? – disse, enquanto se fingia de magoada, levando minhas mãos até sua bunda – Eu posso fazer tudo que ela faz. Talvez até mais.

– Você não é ela. Eu a quero. – falei sério – Somente ela. E fique longe de nós dois.

Então, ela começou a rir, olhando para além de mim. Eu segui seu olhar e vi Kagome parada, do outro lado da rua, parecendo completamente abalada. Soltei Kagura imediatamente, correndo para fora da lanchonete, tentando ir atrás dela. O único problema era que ela também começara a correr. E ela corria incrivelmente bem para uma mulher de salto. De repente, percebi para onde ela corria: para um carro, onde um homem moreno estava encostado. Quando viu Kagome correndo de mim, ele veio atrás dela, parecendo preocupado e irritado.

Era o Kouga. Então a frase de Bankotsu veio até mim “O Houjo ou o Kouga roubarão ela de você para mim”. A raiva subiu à minha cabeça, e corri ainda mais, agarrando Kagome pelo braço. Ela me evitou, mesmo quando gritei que ela me olhasse. Então, quando ela me olhou, preferi que ela não o tivesse feito: ela estava em lágrimas. Não como quem está emocionada ou feliz, mas ela realmente estava se debulhando em lágrimas. Os olhos estavam inchados e o rosto, completamente vermelho.

– Era isso que queria? Me ver chorar? – ela gritou – Suma da minha vida, Sesshoumaru. Suma! Eu não quero ver você nem pintado de ouro.

Então ela foi tirada de mim, quando uma mão forte agarrou meu pulso e me fez soltá-la. Kouga chegara, e estava a abraçando por trás. Eu vi vermelho nesse momento, e agarrei minha mulher com força, a prendendo a mim.

– Saia daqui. Você não tem nada a ver com isso. – eu gritei para ele.

– Tenho, a partir do momento em que você a machuca. – disse Kouga.

Ainda vendo vermelho, parti para cima dele. Eu não estava dentro da minha razão, sabia disso. Mas não pude evitar o agredir da mesma forma como tinha agredido Bankotsu anteriormente. Socamos-nos, brigamos, e insultamos um ao outro. Quando eu já estava sem forças, me afastei um pouco para respirar. Isso tudo não me fazia mal. Eu poderia ainda levar uma surra de Bankotsu. Uma surra de Kouga. Porra, eu poderia levar uma surra de todos os homens que queriam a Kagome e não me importaria, contanto que ela estivesse do meu lado depois disso.

Mas não foi isso que aconteceu. Sim, ela veio cuidar de um de nós. Não, não foi de mim. Alguma coisa se quebrou enquanto eu observei Kagome ir até Kouga e se colocar de costas para ele, e de frente para mim, me encarando com raiva e abrindo os braços, como se estivesse pronta para defendê-lo numa briga física.

– Você não tem mais nenhum direito sobre mim. Estou terminando com você, Sesshoumaru, caso você não tenha a decência de perceber isso sozinho. Fique longe do Kouga. Fique longe de mim. E parabéns. Você realmente conseguiu. Eu achei que era esperta demais para ser magoada por alguém como você, mas percebi que não sou. E parabéns por me usar direitinho. Satisfiz suas vontades sexuais, lhe apoiei quando preciso e ainda ajudei sua irmã. Ela foi admitida. Mande meus parabéns para ela.

– Kagome, eu posso explicar. – falei completamente desesperado.

– Foi a Kagura. Ela armou isso. Eu fui brigar com ela. – falei.

– Vi muito bem como vocês estavam brigando. – ela disse, aos prantos – Tenha a decência de admitir seus atos como um homem, Sesshoumaru.

– Kagome, por favor. Temos que conversar. – implorei, com meus olhos começando a marejar.

– Vamos. – Kouga a envolveu num abraço.

– Fique longe dela! – gritei, avançando para cima dele.

Foi então o momento em que tudo ficou ainda mais complicado. Quando Kagome se meteu no meio, quem levou o soco não foi Kouga. Foi ela. Meu mundo desabou. Eu deixei de sentir. Ela me olhou com um desprezo e uma mágoa que me fez sentir como se eu fosse o pior homem do mundo. Kouga me espancou. Eu fui para casa. Izayoi se preocupou comigo. Eu me arrumei. Eu fui até o restaurante. Eu bebi todas as garrafas de vinho que pude achar. Ela não apareceu. De repente, estava tudo vazio. Droga, eu estava apaixonado. E merda, agora a perdi. Sei que é clichê, mas... Quando começou a doer tanto?


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Notas finais do capítulo

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