Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 10
Hyori-senpai... Kagome-chan!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para a Juliana-Hyuuga, que favoritou a história. Muito obrigada!



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Kagome comia calmamente enquanto me observava, divertida. Eu tinha que admitir: ela sabe cozinhar. Maldita. Não tem um defeito? Tinha que ter um defeito. Todo mundo tem um defeito! Todo mundo! Menos Kagome Higurashi. Filha da puta. Além disso, ela agora usava uma das roupas informais de Izayoi, ou seja, uma regata branca e um short de tecido colorido curto.

– Estão deliciosas, Kagome! – sorriu Izayoi.

– Realmente. – concordou meu pai.

Inuyasha sorriu e fez um sinal positivo, sua boca cheia de panqueca e outra garfada já pronta para ser devorada. Kagome corou e sorriu para meus familiares.

– Obrigada.

– Onde aprendeu a cozinhar? – perguntou Izayoi, interessada – Eu, particularmente, não sei cozinhar nada.

– Sozinha. – disse Kagome, simplesmente – Já que perdi meus pais cedo, não tinha quem cozinhasse para mim. A fome é o melhor incentivo, tanto nos estudos quanto nos afazeres da cozinha.

Eu pude observar Izayoi ficar chocada ao ver como Kagome lidava com a morte dos pais tão cedo. Ela emanava uma aura de “não quero a pena de ninguém, sei me virar sozinha” e parecia completamente indiferente. Porém, pude ver que sua mão tremeu levemente ao pegar um pouco de ovos mexidos, e lhe dei um beijo na bochecha. O ato a pegou desprevenida, e ela corou intensamente. Izayoi riu e lamentou não estar com a sua máquina enquanto Rin entrava no cômodo, energética.

– Bom dia! – disse ela, se sentando à mesa e pegando logo a jarra de suco e torradas.

Pude ver que ela estava vestida para ensaiar e Kagome a encarava, curiosa. Ao perceber o olhar de Kagome, Rin pareceu irritada.

– O que está olhando? – perguntou, grossa.

– Rin! – repreendeu Izayoi.

– Não, está tudo bem. – garantiu Kagome com um sorriso – Não somos obrigados a gostar de todo mundo. – e se virou novamente para Rin – Só estava curiosa pela sua roupa e sua alimentação. Não batem.

– O que quer dizer com isso? – perguntou Rin, ainda com raiva.

– Se vai praticar exercícios físicos, precisa de mais cálcio e mais fibras. – ela disse, dando de ombros.

Eu a encarei por um momento, uma sobrancelha erguida.

– Jakotsu. – disse ela, simplesmente.

Então ele cuidava da dieta de Kagome. Pensando bem, nunca a vi comendo chocolates ou nada do gênero. Fazia sentido, já que ele analisava os corpos das garotas.

– Eu vou ensaiar. – revelou Rin a contragosto – Para entrar na Academia de Dança de Tókio. Já ouviu falar? – ela sorriu, como se soubesse que Kagome ia amarelar.

– Na verdade, me formei lá faz algum tempo. – revelou Kagome, e Rin pareceu chocada – Na turma de 2008.

– Você se formou com a Hyori-senpai? – perguntou Rin, chocada.

– Ah... – Kagome parou, sorrindo como se tivesse ouvido uma piada – Sim.

– Será possível... Você conhece a Hyori-senpai? – perguntou Rin, pálida.

– Hm... Sim. – ela sorriu mais ainda – Na verdade... Bem, acho que merecem saber. Acolheram-me aqui. – ela se ajeitou na cadeira, como se fosse fazer um anúncio, atraindo a atenção de todos, até Inuyasha, que engoliu sonoramente – Sabe que a Hyori-senpai é uma invenção, não é? De uma mulher ocupada, que não queria ser reconhecida.

– Claro que sei. – disse Rin, novamente com raiva.

– Pois... – sorriu Kagome – Eu sou a Hyori-senpai.

– Ah, então é dessa Hyori-senpai que estávamos falando? – disse Inuyasha simplesmente – Eu nem lembrava mais que a Kagome gostava de se fantasiar para sair, às vezes.

Rin estava chocada, o queixo caído. Encarava Kagome, obviamente dividida entre os ciúmes e a admiração. Izayoi parecia interessada, sorrindo. Meu pai olhou Kagome por um instante, e então voltou a comer. Inuyasha sorria para a minha mulher. E eu... Bem, eu me esforçava para montar um semblante de “Eu já sabia de tudo isso” enquanto estava com uma extrema raiva por Kagome não me contar nada. Mas espera, desde quando isso é da minha conta?

– Hyori-senpai? – disse Rin – Eu não acredito.

– Posso lhe mostrar. – Kagome sorriu gentilmente – Eu me lembro muito bem de algumas coreografias, já que as uso de vez em quando num clube. – ela tirou o guardanapo do colo e se levantou – Quer dançar comigo?

– Qual coreografia? – perguntou Rin, ficando de pé imediatamente.

– Que tal... Chitty Chitty Bang Bang? Sabe a coreografia das dançarinas de apoio? – perguntou Kagome gentilmente.

– Sim. – ela respondeu, entusiasmada.

– Eu sei também. – respondeu Izayoi, levantando, entusiasmada.

– Ah... Incrível, Izayoi. – sorriu Kagome.

– Eu ensaio às vezes com a Rin. – sorriu ela ao admitir.

Então, meu pai e eu nos levantamos também, sendo seguidos depois por Inuyasha. Rin levou Kagome para a sala de jogos, onde tínhamos uma enorme TV. Ela colocou um pen drive enquanto Kagome se alongava. De repente, um criado pigarreou.

– A senhorita Changsun está lá fora, afirmando ser uma conhecida de vocês, meus senhores. – disse Jaken, o servo mais antigo da família.

– Nós não... – começou meu pai, mas foi interrompido por Kagome.

– Perdão, Senhor Taisho. – Kagome se curvou respeitosamente – Priscila é uma grande amiga minha. Deve estar ansiosa, ela tem um teste importante hoje. Provavelmente, quer me ver.

– Ah. – surpreso, meu pai se virou para Jaken – Escolte a menina Priscila até aqui pessoalmente. Trate-a como convidada, escutou?

– Sim. – murmurou Jaken, saindo.

Kagome sorriu, pediu perdão pelo incômodo e voltou a se alongar. Algum tempo depois, Priscila entrou, acompanhada de Jaken. Ela se vestia de forma parecida com Rin, com uma calça legue preta com vários rasgos na perna e uma blusa longa com o desenho de um personagem de anime. Carregava uma mochila hippie colorida e sorriu ao ver Kagome, mas pareceu magoada ao ver que ela estava se alongando.

– Ka-chan, você ia dançar sem mim? Está me trocando, é isso? – Priscila choramingou.

– Priy-chan, não seja dramática. – riu Kagome – Chegou no momento perfeito. Vamos dançar.

– Sim. – ela sorriu e tirou a mochila, depositando-a no chão e imitando Kagome, enquanto se alongavam com sincronia.

– Esses são o Senhor e Senhora Taisho. – indicou Kagome com o queixo – Inuyasha e Rin, irmãos do Sesshoumaru. E o Sho você já conhece.

– Bom te rever, Sesshoumaru. – sorriu Priscila e então parou de se alongar para se curvar respeitosamente – Eu sou Priscila Changsun. Por favor, tomem conta de mim a partir de hoje.

– Pode contar conosco. – sorriu Izayoi.

Então Priscila e Kagome, do nada e sem se olhar, abriram as pernas num perfeito Grand Écart sincronizado, tocando então o pé direito e depois o pé esquerdo.

– Ah! – exclamou Kagome, parecendo se lembrar de algo importante enquanto se levantava – Priscila é aluna da Academia, Rin.

– Temos uma aspirante aqui? – perguntou Priscila, divertida.

Kagome e Priscila se olharam, sorrindo, e ambas jogaram as mãos para trás até que tocavam o chão, sem tirar os pés do mesmo. Encheram o pulmão e prenderam a respiração, juntas, soltando quando se levantaram novamente. Então, Kagome se virou para Priscila, que pôs um pé no seu ombro, se esticando. Depois, o outro pé, se esticando. Kagome fez a mesma coisa com ela e me peguei pensando como seria útil toda aquela flexibilidade.

– Você é de que turma? – perguntou Rin para Priscila, ansiosa.

– Da turma prodígio. - respondeu Kagome, orgulhosa – Ela é minha primeira pupila.

– Eu aprendi com a melhor. – riu Priscila, enquanto as duas esticavam os braços – É uma honra ser treinada pela Hyori-senpai.

– Você conseguiu entrar para a turma prodígio? – perguntou Rin, impressionada.

– Não é tão impressionante. – sorriu Priscila – Você só tem que ter uma recomendação, uma senpai e passar no teste de admissão. Jakotsu me recomendou, Kagome é minha senpai como a sua segunda personalidade e eu passei no teste com uma coreografia original.

– Você usou a folha de instruções? – perguntou Rin, parecendo impressionada.

– Folha de instruções? – perguntou Priscila de volta – Que folha de instruções?

Rin pareceu ter um mini-enfarte e eu observei Kagome, que olhava para Priscila com orgulho. Izayoi então sorriu para Rin e pediu que soltasse a música. Kagome se posicionou entre Priscila e Izayoi, com Rin ao lado de Priscila.

– Priscila. – chamou Kagome – Coreografia seis, posição dois, versão audição de nota.

– Pode deixar! – sorriu a garota para Kagome e ambas respiraram fundo, quando a música foi soltada.

Enquanto dançavam, pude sentir aquela magia que tomava conta de mim ao ver Kagome dançando. Ela agia como a cantora dançava como um anjo. Priscila era o ponto de apoio para Izayoi e Rin e pude ver que, embora as duas fossem boas, elas não eram nada comparadas a Priscila. Ela tinha a experiência, a garra, e uma facilidade incrível para se movimentar. Era quase tão boa quanto Kagome, mas eu sou suspeito para falar.

– Incrível! – sorriu Priscila, ao terminar a coreografia – Ótimo aquecimento, Hyori-senpai.

– Não fique tão empolgada, Priscila. Se eu não me engano, sua prova é hoje, certo? – perguntou Kagome.

– Sim. Hoje estão refazendo os arranjos das salas. Quem obter as maiores notas irá para a sala prodígio, já que novos alunos vão entrar. – disse ela, simplesmente, pegando a mochila.

– Nós vamos aprender com vocês? – perguntou Rin.

– Sim. – Priscila deu de ombros – Sempre juntam a turma do segundo semestre com a do primeiro e montam duplas de novatos e novatos um tanto mais experientes. Ah... – ela pareceu se dar conta de algo – Se passar, quer ser minha dupla? – sorriu Priscila.

– Será uma honra! – sorriu Rin, mas ficou triste logo em seguida – Mas não tenho recomendação ou uma senpai.

– Hyori-senpai existe para isso. – sorriu Kagome.

– E as novatas um tanto mais experientes podem recomendar as outras. – sorriu Priscila – Mas você vai ter que passar, e soube que a Sango-senpai anda realmente estressada esses dias.

– Ah! – falou Kagome, levando as mãos à boca – Eu esqueci, a Sango vai ter o filho do Miroku daqui a um mês, se eu não me engano. Priscila... – ela se apoiou na amiga.

– Nem vem que não tem. – Priscila deu um passo para o lado, deixando Kagome cambalear – Eu tenho que ensaiar com o Jakotsu e tenho que ensaiar para a Academia. Não vai rolar ajuda da minha parte.

– Mas... – Kagome pediu, choramingando.

– Para que precisa de ajuda? – perguntei.

– Uma papelada extensa que vai ficar em minhas mãos e a seleção das novatas. Sango vai se retirar para ter o bebê e eu que vou ficar temporariamente na direção da Academia. – ela explicou.

– Eu vou ser avaliada por você? – perguntou Rin, ficando branca.

– Sim. Mas não lhe darei moleza! – falou Kagome, séria – Imparcialidade é um critério importante para ser jurada. Além disso, acho que o Houjo-senpai e a Erin-senpai vão estar comigo, não é...

– Houjo-senpai? – perguntou Rin, animada – O super lindo modelo e dançarino que teve um caso com a Hyori-senpai?

– Não tivemos um caso. – corou Kagome – Ele se declarou e eu o recusei.

– Eu ajudo. – rosnei, puxando Kagome para perto de mim.

Kagome e Izayoi riram juntas, alto.

– Nada que um pouco de ciúmes não resolva, não é, Sho? – disse Kagome, me dando um beijo estalado na bochecha.

Você não faz nem idéia, mulher, pensei.


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Notas finais do capítulo

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