Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 9
Izayoi... Me arrancando confissões?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para a Byevondy, que favoritou a história. Obrigada!



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Eu observei, calado, Kagome parar ao entrar no meu quarto e olhar ao seu redor. Não vi nada demais, mas ela pareceu impressionada. Na verdade, era um dos quartos mais simples da casa, até porque decoração demais me deixava incomodado. Havia duas portas ao lado, também, uma para o meu closet, e outra para um banheiro particular. Ela abriu as duas, olhando com cuidado. Então, finalmente, virou-se para mim.

– Não te traz culpa viver nesse luxo todo enquanto pessoas morrem de fome? – perguntou ela.

– As pessoas continuariam a morrer de fome se eu não vivesse no luxo. – eu falei, e ela abriu a boca como se fosse rebater – Mas, não gosto realmente disso. Porém, é uma casa de herança de família. Toda a geração Taisho morou aqui. Por isso, não tenho muita escolha em viver modestamente.

Ela me encarou, surpresa por um instante. Então, suspirou. Pude ver que ela se dava por vencida, por enquanto.

– Eu vou usar uma das suas blusas sociais. Não estava brincando. – ela advertiu.

Eu dei de ombros e apontei o closet. Ela colocou as roupas dobradas cuidadosamente e o sapato na minha mesa de escritório e então seguiu para o closet, fechando a porta atrás de si. Suspirei, indo para o banheiro. Foi quando me toquei que não tinha pedido para pegar roupas antes que ela fosse para o closet. Bem, pouco importa. Saio de roupão, mesmo. Como será que ela irá reagir?, perguntou uma irritante voz na minha cabeça. Não importa, respondi.

Porém, enquanto tomava uma ducha e lavava meus cabelos, me peguei pensando em sua reação. Será que ficaria constrangida? Será que ficaria vermelha? Ela fica linda vermelha, pensei. Mas que merda eu estou pensando? Afinal, não é da minha conta. A única reação que me interessa é se ela resolver que sente desejo por mim. Aí então, eu poderei, finalmente, levá-la para a minha cama. Pensando nisso, eu realmente não vou dormir no chão. A cama é grande. Ela que aceite isso.

Quando saí do banheiro de roupão enxugando meus cabelos com uma toalha, Kagome estava sentada na minha cama, passando os canais da TV aleatoriamente, as pernas estendidas na cama sensualmente, quase como se soubesse que suas pernas eram extremamente apertáveis e quisesse mostrar isso. A blusa que ela escolheu ia até um palmo e meio depois do quadril, de modo que, se ela se inclinasse um pouco, eu veria sua calcinha. Não que eu não pudesse ver o tecido preto por baixo da camisa social branca. E que não pudesse ver também...

– Por que não está usando sutiã? – perguntei.

Ela me encarou, finalmente percebendo minha presença, e ficando vermelha e desviando os olhos para a televisão.

– Aquele vestido não se usa com sutiã, então esqueci o meu no clube. – ela murmurou, sem graça.

Eu quase a sacudi com força para que aprendesse que, se não quisesse ser atacada durante a noite, usasse uma camisa menos reveladora.

– Quis pegar uma das suas outras camisas, mas estavam engomadas e tudo o mais, então preferi essa. Ainda estava em cima da mesa do closet.

– É, ali ficam as blusas do dia-a-dia. – murmurei, simplesmente.

– Você nunca usa outra coisa? – perguntou ela, parecendo curiosa – Nem camisa gola pólo?

– Na verdade... – dei de ombros – Não penso muito no que vou vestir.

Ela abriu a boca para dizer algo, mas ficou vermelha e se calou. Eu entrei no closet, curioso. Ouvi a televisão ser desligada enquanto puxava uma cueca e uma calça de pijama para vestir. Eu não ia dormir de camisa, estava calor. O que será que Kagome queria falar? O que a fez ficar vermelha? Ouvi, então, o edredom branco sendo puxado.

– A cama é larga o bastante, então espero que não se incomode em dormir comigo. – falei, e ela abriu a boca, vermelha – Não adianta protestar. E se fizer menção de dormir no chão, juro que vou dormir abraçado com você.

Por favor, queira dormir no chão, pensei, porém continuei com meu rosto impassível. Ela ficou ainda mais vermelha por um momento, e então deitou, puxando o edredom para cima dela, ficando um tanto na ponta direita do colchão. Eu deitei ao seu lado, porém, me mantive longe. Demorou muito para que eu conseguisse dormir sabendo que tinha uma mulher muito gostosa somente de camisa social e calcinha ao meu lado. Porém, me ocupei com pensamentos do trabalho até conseguir dormir. Não significa que não tive sonhos... Inadequados com ela.

Acordei com algo se mexendo perto de mim e abri os olhos devagar. Kagome me encarou de volta, corada. Foi então que senti seu hálito matinal e percebi que ela estava perto demais. Então, acordei aos poucos, percebendo nossas posições. Eu estava de frente para ela, e ela tinha as mãos espalmadas em meu peito, aparentemente tentando se afastar. Eu tinha um braço por cima da sua cintura e, convenientemente (eu amo camisas sociais!), seu pijama improvisado havia subido a altura do abdômen, então, eu tocava sua pele nua.

– Você está... Alterado. – ela murmurou, atingindo tons de vermelho que eu não achava possível.

Ao invés de me chatear ou montar uma expressão impassível, corei junto com ela. Maldita ereção matinal! Mas que merda! Pensei em me separar dela, mas, ao ver que ela me encarava com intensidade, eu aproximei meu rosto, tomando o cuidado de manter meu quadril longe do dela.

– Por que está tão perto, dançarina? – sussurrei.

Ela abriu a boca para responder, mas não saiu nada, e eu sorri.

– Quer dizer que se aproximou de mim enquanto dormia? – perguntei, ainda sussurrando.

Mas não recebi resposta. Fomos interrompidos com a porta do quarto sendo aberta devagar, e a cabeça de Izayoi aparecendo. Ela sorria e parecia curiosa. Kagome corou mais ainda ao vê-la, e virou-se para mim. Eu ergui uma sobrancelha para Izayoi.

– Achei que ainda dormiam, e queria tirar uma foto. – ela admitiu, um pouco decepcionada.

– Não foi você que me ensinou a bater antes de entrar em quartos de casais? – perguntei.

– A essa altura, você já deveria trancar a porta. – ela rebateu astutamente, entrando no quarto – Kagome, se importa em me ajudar a cozinhar?

– Você é um desastre na cozinha. – observei simplesmente.

– Não significa que a Kagome seja. – ela sorriu e observou, ansiosa, as costas da mulher ao meu lado.

– Tudo bem. – ela disse ainda corada, sentando-se para sair da cama.

– Aonde pensa que vai? – perguntei, a voz um tanto rouca, sentando-me também.

Puxei-a, então, para mim. Eu não planejava encostar meu quadril no dela, mas, sorri ao vê-la corar intensamente. Beijei seu pescoço e a virei para mim.

– E... E-eu... Vo-vou ajudar sua mãe. – ela respondeu.

– Não vai a lugar nenhum antes de me dar um beijo. – falei possessivamente.

Ela corou, olhou Izayoi, que virou para a parede, e então ergueu uma sobrancelha para mim. Puxei-a pela nuca para um beijo e, no exato momento em que nossos lábios se encontraram, um flash foi disparado.

– Perdão, eu não pude resistir. – disse Izayoi, feliz.

– Tudo bem. – falei e encarei Kagome – Vá antes que eu mude de idéia.

– O... Ok. – ela levantou-se, corada, cambaleou por um momento, e foi até o closet, onde estava seu kimono emprestado.

– Sesshoumaru... – chamou Izayoi, baixinho.

– Sim. – respondi, me deitando novamente.

– Você realmente está apaixonado, não é? – perguntou ela, ansiosa.

Pensei por isso seriamente por um momento. E, droga, a velha estava certa. Era a única explicação para não ter atacado Kagome. Embora não soubesse quando isso começou. Merda. Porra. Mas que grande bosta.

– É. – murmurei, chateado, me virando para o outro lado.

Ouvi-a rir enquanto pensava sobre isso. A porta do closet foi aberta pouco depois, e então Kagome desceu com Izayoi. Então, respirando fundo, fui tomar um banho e me vestir. Percebi que eram cinco e meia da manhã. Que merda de relógio biológico demoníaco é esse que essa mulher tem? Kagome realmente acordara as cinco e pouca? Mas todo escritório só abre às oito! Que merda! Resmunguei ao ir para o closet e pegar minhas roupas, indo, então, para o banheiro.

Após uma boa ducha, me senti melhor. E mais... Calmo, também. Arrumei-me, então, colocando um pouco de perfume e ajeitando a gravata, nervoso. Por que merdas eu estava nervoso? Kagome já me vira de pijamas, afinal. Respirei fundo, pensando seriamente em ir ao psiquiatra. Mal desci as escadas e entrei na sala de refeições, e ouvi um grito. Meu pai, meu meio-irmão e eu nos assustamos de imediato, e meu pai foi o primeiro a correr. Afinal, o grito era de Izayoi.

Mas, espera... Kagome está com Izayoi! Corri atrás do meu pai, preocupado. Será que ela havia se queimado enquanto cozinhava? Ou pior, algo grande batera em sua cabeça? Meu Deus, será que ela está inconsciente? E sangrando? Porém, meus temores foram sanados quando vi Izayoi parada ao lado do fogão e de Kagome, que sorria tranquilamente para o meu pai, sem nenhum vestígio de ferimentos.

Na verdade... A desgraçada estava linda. Com um avental e tudo. Ela segurava duas frigideiras pelos cabos e, a me ver, sorriu. Numa das frigideiras, estava algum tipo de massa. Na outra, estavam alguns ovos. Ela mexia as mesmas com uma habilidade incrível, e pude vê-la virar a panqueca sem olhar para a frigideira. Izayoi tirou, então, outra foto de Kagome, que corou.

– Não me assuste assim. – pediu meu pai, soltando o fôlego de repente.

Então, pude ver que eu também não respirava. Devagar, soltei o ar e puxei outra lufada. Izayoi pediu desculpas para meu pai enquanto Kagome ria para mim.

– Espero que goste de panquecas e ovos mexidos. – ela disse simplesmente.

Maldita. Filha da puta. Por que tinha que ter um sorriso tão lindo?


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Notas finais do capítulo

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