E se tudo fosse diferente? escrita por MBS


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora e qualquer erro.



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Após eu acordar eu ainda fiquei mais alguns dias no hospital, eles estavam fazendo uma bateria de exames pra ter certeza que nada estava errado, mas eu sentia que algo estava , sentia que algo em meu corpo não estava certo, eu estava bem, eu estava ótima na verdade, só que parecia que algo tinha mudado.

—- Escrevendo de novo pequena? – Will estava parado no batente da porta do quarto, com um sorriso torto nos lábios – Não se cansa disso?

—- Sim e não – Olhei pra ele e fechei meu not e coloquei ao meu lado na cama – Não deveria estar na aula senhor Willian Rogers? – cruzei os braços sob o peito.

—- Deveria, mas são as ultimas aulas, os professores só estão dando trabalhos extras pras férias e como eu estou com as notas exemplares eu pude sair antes, eles me passaram os trabalhos mas eu deixo pra depois – Ele falou sentando na ponta da cama – Como você tá?

—- Eu to bem, mas estranha ao mesmo tempo. Parece que algo aconteceu enquanto eu estava desacordada e esse foi o motivo de eu acordar sei lá – Falei pegando sua mão.

—- Nós vamos descobrir Mel, você vai ver. – ele falou dando um leve beijo no dorso da minha mão.

Continuamos conversando por mais uns minutos até o médico aparecer na porta do meu quarto.

—- Senhorita Wayne, Senhor Rogers – cumprimentou-nos – Vim te dar uma noticia boa little Wayne, você vai receber alta, já que o Sr. Rogers está aqui ele te ajuda até chegar em seu apartamento. – Abri um sorriso imenso, FINALMETE LIBERDADE – Pelo que pude analisar dos seus exames não há nada errado, está tudo perfeito, só indico um pouco de precaução, mas isso eu sei que seus amigos vão te controlar em seus exercícios – Deu uma piscadela pro Will e eu revirei os olhos – Sr. Willian, eu sou te passar os remédios que ela tem que tomar, faça o favor de passar pra Annabelle pra ela controlar a Srta. Wayne para tomar corretamente. E você Melanie, pode se levantar e se trocar, pelo que pude analisar não precisa de ajuda de uma enfermeira – Neguei com a cabeça e dei um sorrisinho – Ok então, então era isso, qualquer duvida meu numero vai estar na folha dos seus remédios.

—- Já volto – Will falou seguindo o médico para fora do quarto.

Levantei-me da minha cama e olhei pela janela, algo me dizia que eu tinha que olhar pra lá, e o que eu vi foi horrível, ninguém tinha percebido talvez, porque os que tinham estavam morrendo com as gargantas cortadas. Homens de preto, com um símbolo vermelho em cima do peito, mascarados, estavam entrando nos prédios calmamente, sem chamar a atenção. Eu abafei um grito e vesti minha roupa o mais rápido possível. Nesse momento Will chegou no quarto e percebeu minha cara desesperada.

—- O que foi pequena? – Ele perguntou chegando próximo de mim e me abraçando.

—-Corre, vamos sair daqui, tirar todo mundo, não podemos deixar eles matarem mais gente Will, temos que proteger o campus – Ele deve ta me achando louca, até eu mesma me acharia caso eu não tivesse visto pessoas morrendo a minutos antes.

—- Quem Mel? Quem ta morrendo e por que proteger o campus? – Will perguntou me segurando pelos ombros.

—- Os homens de preto Will, lá fora, eles estão entrando nos prédios e... –Nesse momento o alarme de evacuação foi soado – Eu avisei, vamos sair daqui. Me diz que você tem alguma arma com você – Olhei pra ele esperançosa e ele assentiu – Ok, pega minha mochila e me alcança meu notbook, no fundo dele tem um fundo falso e tem uma adaga ali, me da ela. Ele me olhou espantado – Rápido Will. – E assim ele fez e me alcançou, guardou novamente as coisas na mochila e saímos do meu quarto

—- Você não pode sair por ai sozinha, você acabou de sair do hospital... – Ele tentava argumentar enquanto a gritaria do hospital ocorria.

—- Não dá tempo de se preocupar comigo Willian, temos que salvar o máximo de pessoas possíveis, e como meu pai me ensinou “Transforme sua dor em poder”, no caso eu não to sentindo nenhuma dor, mas eu sei que eu e você podemos proteger essa gente aqui. Agora vamos.

Começamos a gritar para os pacientes permanecerem em seus quartos, e chamamos os médicos e pedimos para proteger as outras portas, que deixasse que a principal nós protegeríamos. Chegamos ao hall de entrada e ficamos agachados e analisando o que tava acontecendo. Os tais homens de preto na verdade eram agentes da HYDRA, percebi que Will apertou minha mão como se quisesse dizer “vamos sair daqui, eu preciso proteger você” eu olhei pra ele e neguei com a cabeça, ele entendeu que era ali que nós tínhamos que agir, indiquei pra ele atacar por um lado e eu pelo outro, sua única escolha foi concordar. Alguns médicos que foram ver o que estava acontecendo receberam tiros em suas cabeças. Ao total contamos 12 homens, um deles parecia ser o chefe da operação. 6 pra cada um de nós, bem, da pro gasto. Tia Natasha nos ensinou a lutar conta 10 de uma vez, o que seria 6.

Um dos homens estava vindo em minha direção, escondi-me atrás de um balcão e esperei ele passar, fiquei andando atrás dele quieta e quando ele foi se virar dei uma gravata nele e quebrei seu pescoço, seu corpo amoleceu na hora e eu o puxei pra tras do balcão, fiz isso com mais 3, usando o mesmo método.

Me arrisquei olhar pro outro lado da sala, aonde Will estava fazendo a mesma coisa que eu. Ele já tinha feito isso com cinco, ao total, os que eu ataquei e os deles sobravam apenas um soldado e o “chefão”. Apontei pra ele pegar o soldado que estava indo em sua direção que eu ficava com o ”maiorzão”.

—- Salve HYDRA. Corte uma cabeça e nascem duas no lugar. Ual, que coisa mais clichê. – O cara na hora se virou pra mim, ele tinha uma cicatriz no rosto, ele era cego de um olho. Na hora me lembrei de um dos inimigos de meu pai, Bane, o cara era enorme, qualquer um teria medo dele, mas eu achava ele fantástico, enfim, o cara era do tamanho do Bane, ele deu um sorrisinho de lado.

—- Senhorita Wayne, estávamos a sua procura. Pena que vai ter que dormir de novo – Ele apontou a arma pra mim, quando os tiros vieram eu sai correndo, me escondendo atrás de um balcão. Will estava atrás de um também, ao lado do meu.

Apontei pra ele se esconder, ele negou, eu apontei de novo e fiz sinal que depois ele brigava comigo, mas que aquilo era eu quem tinha que resolver. Ele após teimar aceitou a ideia e foi. Eu subi em uma das escadas e fiquei em cima do cara, ele não tinha visto até o momento.

—- Vamos Wayne, saia do seu esconderijo e ninguém mais morre, nós da HYDRA só queremos você e o Stark, então não complique as coisas. – Como assim eles querem eu e o Tony? Não faz o menor sentido.

Subi em cima da grade e na hora ele se virou pra mim, como aceitei meus pés em seu rosto ele caiu desmaiado no chão. Will saiu de traz da onde estava, ele estava com um corte na sobrancelha. No exato momento meu pai, tia Natasha, Dick e Kevin entraram no que um dia foi o hall do hospital.

—- Mas o que aconteceu aqui? E Como que a senhorita está de pé dona Melanie? – Meu pai já vinha com o xingão, Dick estava com um sorriso no rosto, pois percebeu que eu estava do lado do grandão que eu acabei de derrubar.

—- Bom te ver também papai, e eu estou de pé porque ganhei alta e foi divertido derrubar esse cara aqui – apontei pro corpo ao meu lado – ele só está desacordado, então, indico que o prendam rápido antes que ele acorde.

Sai do hospital e vi o estrago que a academia estava, prédios destridos e em chamas, alunos correndo tirando corpos de pertos das chamas ou dos escombros, outros lutando com os “homens de preto”, meus amigos todos com alguma cicatriz nova, alguns rasgões nas roupas, sangue em seus corpos.

—- Eles disseram que estavam atrás de mim e de você – falei pra Tony, que estava de cabeça baixa e dentro de uma das armaduras de seu pai.

—- Eles me disseram a mesma coisa antes que eu acabar com eles – Ele estava com a cor dos olhos diferentes, era assim que ele ficava quando tinha que “acabar” com alguém.

—- Hey, ta tudo bem, não precisa ficar assim, foi necessário eles morrerem Tony, se não a gente tava morto – Falei encostando em seu braço.

—- Eu sei, mas vamos tirar os que sobreviveram daqui, não é mais seguro. – Todos assentiram e saímos correndo em direção aos aviões da SHIELD que estavam lá. Todos os sobreviventes, os pacientes do hospital, estavam já lá dentro.

Algumas horas depois...

Chegamos a um bunker que era pra ser uma base só em caso de emergência, como a que estava acontecendo. Os gravemente ferido foram levados a um centro médico que havia sido montado lá, percebi que minha irmã, Jessie, estava lá com minha mãe ajudando os feridos, ele podia ser mais nova que eu, mas tinha o dom da medicina, e ela estava o usando para o bem.

Fury e Coulson (o qual tinha morrido e ‘desmorrido’ (quem assiste Agents of SHIELD entendeu o desmorrido)enfim) vinham em nossa direção, pelas caras queriam explicações.

—- Senhor – bati continência a ambos – Temos um dos agentes superiores da HYDRA em nosso avião, eu abati ele e ele nesse momento está desacordado, provavelmente ele tem informações especiais e necessárias – Falei normalmente

—- Ótimo senhorita Wayne, agora leve sua equipe a uma das salas para descansarem. Obrigada por protegerem a academia – Ele olhou para meus amigos todos assentiram e bateram continência também, me seguiram e fomos para uma sala a qual era repletas de TV e monitores de computadores, todos repletos de noticias que a SHIELD havia caído e que sua rival HYDRA havia voltado. Ual, fantástico.

—- Prevejo que nossas missões para proteger as outras bases da SHIELD estão só começando – Julie falou sentando em uma das poltronas, meu irmão foi ate seu lado e sussurrou um “tudo vai ficar bem” e “tudo vai se resolver pra ela”. Notei que ele colocou a mão na barriga dela e começou a acariciar. Calma ai, eu vou ser tia? Fui até na frente de Julie e me agachei, ela olhou pra mim e eu indiquei a mão de Henry, ela apenas assentiu com a cabeça e eu dei um sorriso e segurei sua mão.

—- Tudo vai ficar bem Ju, a gente vai resolver isso. – Todos da minha equipe estavam limpando os cortes e trocando as roupas, colocando os uniformes.

Will estava na frente de um espelho, limpando com um algodão o seu corte, o qual não parava de sangrar. Parei atrás dele e beijei sei ombro.

—- Hey pequena – Ele falou ainda de costas pra mim.

—- Deixa eu ver isso – falei indo pra sua frente e tirando sua mão de cima do corte.

—- Não precisa – Ele tentou virar o rosto mas eu segurei. Tirei a mão dele com cuidado e o corte era fundo.

—- Não precisa o caralho Will, esse corte ta fundo, precisa de ponto. – Peguei no kit de primeiros socorros que estava do seu lado as suturas, o fio para dar ponto, gaze e a agulha. Olhei pra ele e ele tirou a mão e se encostou no balcão. Eu peguei a água oxigenada e coloquei um pouco na gaze e passei no machucado, percebi que Will se retraiu mas não disse nada. Continuei o meu trabalho e em menos de maia hora estava novinho em folha, com um curativo pronto e quase tudo bom.

—- Prontinho senhor teimoso. – Falei jogando as coisas que eu usei no lixo.

—- Obrigada – ele falou olhando pra mim e dando um sorriso de canto.

—- Hey casal, Fury está chamando a gente – Anne chamou, percebi que ela estava com um curativo no ombro (já que ela estava de regata eu vi) e um na bochecha.

Eu e Will a seguimos até uma outra sala, com uma mesa comprida e varias cadeiras.

—- Ótimo, já que estão todos aqui, eu vou direto ao ponto, preciso de dois nomes para serem os líderes desta missão. Vocês irão a cinco países em cinco meses. Alemanha, Bélgica, Russia, Itália e China, verão qual a situação das bases da SHIELD nesses países e reportarão, após isso, como vai ser natal, vocês estarão dispensados até metade de Janeiro, o qual retornarão e continuarão viajando aos países analisando a situação e se for o caso, ajudar a combater. – Todos nós escutávamos com atenção, pareciam apreensivos com isso. – Eu sei que todos vocês são novos, acabaram de ver companheiros de classe e professores sendo mortos, mas nós precisamos de vocês. A SHIELD precisa. Preciso dos nomes de quem serão os líderes para dar as ultimas ordens – Começamos a nos entreolhar.

Kevin tomou a palavra – Se for pra escolher, melhor escolher os mais velhos. No caso a Julie e o Henry.

—- Kevin, não, eu não quero isso – Julie falou e eu entendi muito bem o porque.

—- Eu acho que a Julie como é uma boa hacker ela pode ficar ajudando a gente mas de longe, invadindo os sistemas se for necessário e tal. Não acho que ela precise ir pra campo – Henry me olhou agradecido e isso pareceu agradar todo mundo, percebi que Julie ainda respirou aliviada e sorriu pra mim.

—- Todos de acordo com a senhorita Wayne? – Fury nos perguntou e todos assentiram – Ainda preciso dos nomes dos líderes.

Tony se manifestou. – Eu acho que como eu sei que ela é uma boa estrategista a Mel poderia ser uma das líderes, e para o outro acho que a equipe pode ajudar a decidir – Ele olhou pra todos buscando ajuda.

Lucca falou – Eu acho que todos concordam com a Mel sendo uma das líderes – todos assentiram – Ok então, o outro acho que pode ser seu filho Fury, eu sei, você tem medo de ele ir pra campo, mas ele é a cópia exata sua e é um líder nato, então, seria bom Andrew ir pra campo com a gente – Lucca falou, todos assentiram e vimos Fury dando um sorrisinho de lado, seu filho tinha crescido com todos nós, os meninos principalmente eram ligados a Andrew, mas os nossos pais esperavam muito dele por ser filho de Fury e de Maria Hill, ele mesmo acabou se afastando.

—- Ok então, Andrew e Melanie serão os líderes, vou chama-lo para vir para a base e eu o avisarei. Estão dispensados. E Melanie – Fury me chamou – Após Andrew chegar eu mando te chamar

—- Sim senhor. – Sorri e voltamos a nossa sala.

Todos sentaram espalhados nos sofás, no chão mesmo, ou em cadeiras a frente dos computadores, conversamos sobre coisas banais para não ficar pensando no que havia ocorrido. Quando notamos que já estava passado da meia-noite fomos em direção aos dormitórios, um para cada um, eram pequenos, com uma cama média, prateleiras para os objetos pessoais, banheiro no quarto, guarda-roupa e uma TV pequena. Notei que no meu lado esquerdo era o da Anne, e do meu direito era o do meu irmão. Will estava na minha frente, Tony em frente ao do Henry e Lucca na frente do de Anne. Entrei em meu quarto e fui tomar um banho, me sequei, deitei em minha cama e cai no sono, mas ai os pesadelos começaram a vir, as mortes que eu vi, os que eu não pude salvar, vendo meus amigos morrendo. Acordei em um salto e percebi que Will estava do meu lado, abaixado do lado da cama e fazendo carinho do meu cabelo.

—- Foi só um pesadelo, nada de ruim vai acontecer, eu to aqui pequena – ele continuava falando e eu com meu olhos fechado chorando baixinho. Quando ele ficou em pé pra voltar pro quarto eu abri meu olhos.

—- Fica, eu to com medo que eles voltem – falei dando espaço pra ele deitar comigo.

—- Claro que eu fico – Ele deitou do meu lado, passou o braço por baixo de mim e segurou minha cintura e minha cabeça foi pra cima de seu peito – Sempre.

E assim eu dormi, ele não, notei antes de cair no sono profundo que ele estava acordado, cuidando de mim. Sempre.


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