E se tudo fosse diferente? escrita por MBS


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu falei que não iria postar sem tal numero de comentários, vocês não fizeram, problema de vocês, vou continuar com a fic porque eu tenho alguns que comentaram e me ajudaram. Eu sei que não ficou TUDOOO aquilo, mas semana que vem entro em férias e prometo dois por semana, então, deem sugestões do que querem, por favor, obrigada!



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POV Anne

A única coisa que eu sei foi todo mundo nem dando tempo de se olhar e um monte de pessoas saindo correndo daquele apartamento.

Chegando no hospital já fomos barrados pelas enfermeiras.

—- Ela acabou de acordar sim, mas já deu o horário de visitas de vocês. Amanha vocês voltam – Ela nos encarou e terminou de preencher a papelada. – Agora o Senhor Rogers está la com ela, como ela pediu, já que você senhorita Knight demorou muito.

—- Mas como assim eu demorei muito? Eu fiquei sabendo agora que ela havia acordado. E se os pais dela chegarem ein? O Que vocês vão fazer? Barrar eles também? – Eu já estava irritada, como assim eu não poderia ver minha melhor amiga, mas o Will pode? Injustiça!!

—- Pelo contrario, o Senhor Wayne e a Senhora Diana já estão a caminho, e eles são PAIS dela, eles podem ir vê-la quando bem entenderem, agora com licença e se quiserem fiquem aqui sentados, nada de ir vê-la, só amanha, bem cedo, se quiserem, eu abro uma exceção para o seu grupo. – A enfermeira deu uma piscadela e saiu em direção à recepção.

—- INJUSTIÇA, EU SOU A MELHOR AMIGA DA PESTE LOIRA QUE TA NESSE QUARTO E EU NÃO VO PODER VÊ ELA HOJEEEEEEEEEEEEEEEEEE. – Comecei a falar em um tom mais alto, mas eu to aqui há três meses, sabem o que é três meses esperando sua melhor amiga abrir a porcaria daqueles olhos azuis e nada? ? ? ? ? Poxa, isso é injusto.

....

POV Melanie

—- É tão bom ter um rosto familiar pelo menos aqui comigo – sorri pro Will que estava aqui do meu lado.

—- Eu juro que ainda não acredito que você acordou... não que isso seja ruim, porque é ótimo, mas... – Ele parou no meio da frase e não continuou, abaixou a cabeça e desviou o olhar.

—- Eeei – levantei minha mão até seu rosto – eu to aqui, acordada, viva e ainda por muitos anos pra encher seu saco. Fica feliz poxa – fiz biquinho.

—- Eu to feliz, muito feliz, parecia séculos quando eu não te via dando sinal de vida, do tipo abrindo os olhos, falando, mexendo alguma coisa, sei lá, senti sua falta – ele olhou pra mim, mas tinha tristeza em seu olhar.

—- Tem algo mais não tem? – falei esperando ele se abrir comigo. Eu conhecia ele melhor que eu mesma, não me peça porque, mas eu sabia exatamente cada coisa que ele tava pensando só por um olhar, como eu e a Anne fazemos.

—- Quando você tinha as paradas cardíacas – ele tentou desviar o olhar, se afastar, mas eu segurei sua mão encorajando-o a falar – eu tava aqui uma das vezes, e foi horrível, você não voltava, e eram seguidas as paradas, a cada choque parecia que um pedaço de mim ia embora, que ficar escutando aquele barulhinho tanto dos choques como da maquina que controlava seus batimentos estar zerada, sei lá, foi horrível ver, não dava de acreditar que você estava se deixando ir, eu... eu... não conseguiria seguir em frente eu acho. – Ele baixou o olhar. Com essa ultima parte suas bochechas ficaram escarlate, e ele se recusava a olhar pra mim.

—- Mas eu to aqui não to? Eu juro que farei o possível pra não dar mais esses sustos em vocês, e não ouse falar que não conseguiria seguir em frente sem mim Willian, você é bem mais forte que aparenta, você poderia até sofrer, mas sabe que se eu soubesse que você estava triste por isso eu iria voltar só pra te bater. Eu quero a sua felicidade, independente se eu vou estar do seu lado ou não. – Eu não tinha me ligado nas minhas palavras, mas com isso parecia que éramos bem mais que melhores amigos, sei lá, eu também não conseguiria viver sem algum dos meus amigos, e mesmo que isso fosse um sentimento a mais eu já passei por traumas amorosos de mais pra menos de um ano... então como diria minha irmã e a Anne “aquete esse rabinho antes que eu parta ele fora”.

“INJUSTIÇA, EU SOU A MELHOR AMIGA DA PESTE LOIRA QUE TA NESSE QUARTO E EU NÃO VO PODER VÊ ELA HOJEEEEEEEEEEEEEEEEEE” ouvi um grito vindo da recepção e comecei a rir, eu não acredito que aquela peste loira tava me chamando assim, poxa.

—- Me ajuda levantar. – falei

—- O que? Tá louca? – Will me olhou preocupado.

—- Não, to falando sério, to me sentindo bem, forte, e boa o bastante pra levantar dessa maldita cama que ta me deixando com a bunda quadrada e ir lá participar da bagunça. – sorri sem graça.

—- Não vai levantar – Ele falou

—- Vou sim

—- Não vai

—- Vou

—- Não

—- Vou sim e acabou, ou me ajuda e me leva até lá, ou eu vou cair e achar um jeito de ir sozinha. Sua escolha – falei e já fui me virando para sair da cama, eu não estava mais com soro nem nada, as enfermeiras tiraram quando eu acordei. Quando coloquei minhas pernas pra fora da cama senti mãos me envolvendo a cintura e me dando apoio.

—- Você é teimosa o bastante pra conseguir me convencer, merece um premio. – Will falou meio emburrado enquanto saiamos do quarto.

—- Eu sei. Agora ve se não tem ninguém pelos corredores. – Ele olhou e nada.

—- Limpo madame.

—- Ótimo – sorri

Saímos pela porta que separa a recepção dos quartos e vi um aglomerado de adolescentes discutindo porque queria ir visitar alguém. Como todos os meus amores estavam de costas pra mim, ninguém percebeu minha presença, além de Sophie, que eu fiz sinal pra ficar em silencio.

—- Eu tinha direito de ir lá ver ela, eu conheço ela desde o dia do meu nascimento, com DOIS DIAS de diferença do dela, é injusto eu ficar aqui e esperar até amanha.

—- Menos amor, amanha você será a primeira a entrar, eu prometo.

Segurei para não rir da conversa.

—- Anne como sempre dramática, quem é a felizarda que receberá sua ilustríssima visita – falei e ainda gesticulei com as mãos como em sinal de reverencia.

—- PESTE LOOOOOOOOOOOOOOIRA EU NÃO ACREDITO – Só vi uma cabeleira loira vindo em meu encontro e me abraçando. – EU SENTI TANTO SUA FALTA, EU QUASE MORRI QUANDO ME CONTARAM O QUE TINHA ACONTECIDO E VOCÊ NAQUELA CAMA, MAS AAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCÊ TA AQUI

—- Arrrrrrrr, por favor, eu não con-si-go res-pi-rar – falei fazendo um pouco de drama. Ela me soltou e eu cambaleei, a tempo do Will me segurar novamente. Sorri pra ela – Eu também senti sua falta loira, muita pra falar a verdade, e que escândalo foi todo aquele ali “eu sou a melhor amiga dela, eu tenho o direito de estar lá junto com ela” eu escutei tudo do meu quarto – ri da cara que ela fez, e além de ter ficado vermelha de vergonha.

—- impulso – ela deu de ombros.

—- MELANIE ISABELLE WAYNE!!! – Só escutei uma voz/grito de mãe, perto o bastante pra me levar pelos cabelos pro quarto de novo -- O que você ta fazendo fora da cama? Não devia estar sendo monitorada?

—- Maaaaaaaaaaaaaaaaaae, eu também senti falta sua, eu estou ótima obrigada por perguntar, eu também estou muito feliz em te ver – virei pra ela e consegui me apoiar em minhas pernas. Senti algo diferente, normalmente os pacientes que ficam muito tempo deitado tem dificuldade em se apoiar e ficar em pé, mas eu me sentia ótima, parecia que nada tinha acontecido. Mas mesmo assim, manteria isso pra mim até descobrir o motivo de eu estar tão bem.

—- Pare de ironia e já pro quarto.

—- Mas mãe – tentei argumentar – Pai, poxa, me ajuda – olhei pra ele e ele só veio me abraçar.

—- Sentimos sua falta, mas obedece ela, ela ta uma neura pior do que já tava desde que descobriu que você acordou. Vamos eu te ajudo, dá tchau pros seus amigos e amanha vocês se veem. – Olhei pra ele e notei que ele também estava tendo noites mal dormidas por causa da preocupação.

—- Tá – falei baixinho. – Okay mãe, venceu essa batalha, mas não a guerra – pisquei pra ela e me virei pros meus amigos presentes. – galerinha do meu coração, amanha dou abraços em todos já que hoje só a Anne permitiu que eu a abraçasse, venham cedo aqui, por favor, amo vocês. – Mandei beijos no ar, e todos acenaram pra mim. Will e meu pai me apoiaram e eu fui até meu quarto. As enfermeiras que encontramos só falavam “ela realmente não tem jeito” mas sou eu né, querem o que?


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