Give me Love escrita por LelahBallu


Capítulo 16
Gripe


Notas iniciais do capítulo

Pedido da JustOlicity:

Oi queria muito ler uma One shot olicity sua com a Fel passando mal (gripada) e o Oliver cuidando dela ficaria muito feliz em ler.
Xoxo

Espero que goste flor!



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Funguei mais uma vez e senti minhas narinas arder, virei na cama enquanto tentava com afinco cair no sono, mas não importava quantas vezes eu mudasse minha posição, nem o fato de já ter tomado meus remédios, e passado pomada para aliviar o desconforto de estar gripada, nada faria com que eu dormisse nem tão cedo. Minha cabeça e meus olhos estão pesados, meu nariz entupido, e minha garganta praticamente chiava como quando jogamos água em uma frigideira muito quente, eu me sentia um lixo e por nada no mundo conseguiria dormir desse jeito. Olhei para a tela do meu celular e resisti a vontade de mandar uma mensagem para Oliver, era 01:30 da madrugada, incomoda-lo agora seria injusto e puro egoísmo, e com isso em mente joguei meu celular dentro do meu guarda roupas e o fechei, voltei para cama enrolando-me e abraçando o travesseiro fingindo por alguns instantes que era sobre o peito largo do meu namorado que eu estava deitada, e não um travesseiro frio que não se comparava nem um pouco ao calor reconfortante do abraço de Oliver. Deus eu odiava estar doente, era para ele estar aqui! Mas não, eu tive que proibi-lo de me ver, fiz ele prometer que me visitaria apenas quando eu mandasse uma mensagem quando julgasse estar boa, eu não queria que acabássemos os dois doentes e ele estava tão ocupado com a QC... Eu não queria ser a razão para que ele se distraísse, então mentalmente me parabenizei pela força de vontade e dei as costas ao meu guarda roupas, eu o deixaria em paz. Não faria com que ele atravessasse meia cidade apenas para observar meu nariz escorrido e ir ao banheiro e limpa-lo, não, de jeito nenhum faria com que Oliver visse o quanto uma gripe poderia ser nojenta.

Suspirei percebendo que eu sentia sua falta, não tínhamos nos visto há uma semana, ele estava viajando, teve que ir a outra sede da QC e contornar um problema que havia surgido, e quando ele finalmente volta eu estou doente. Deus, eu odeio está gripada.

Pareceram ter sido horas até que finalmente senti minha respiração diminuir de ritmo e dominada pelo cansaço deixei o sono me dominar.

– Felicity. – Escutei a voz feminina me chamar, uma, duas, três vezes até que eu percebesse que se tratava de minha mãe tentando me acordar, mas infelizmente quando a consciência me invadiu senti todos os sintomas vindo de uma vez, forcei meus olhos a se abrirem até que encontrei o rosto da minha mãe a poucos centímetros do meus, seus olhos me analisando com preocupação, enquanto erguia sua mão para alcançar minha testa. – Você está queimando de febre. Como você está se sentindo?

– Eu estava ótima, inconsciente e sonhando com absolutamente nada. – Murmurei azeda, minha voz saindo rouca. – Agora me sinto como se estivesse recebendo uma pequena amostra do inferno.

– Você está sendo exagerada. – Repreendeu.

– Podemos trocar de papéis. – Sugeri. – Você pode ter sua própria amostra se quiser.

– Eu vou pegar algo na maleta de remédios para a febre. – Murmurou franzindo o cenho e ignorando minha atitude infantil. – Mas eu não vim aqui para isso...

– Isso... – Falei franzindo o cenho percebendo que normalmente minha mãe não devia estar aqui. - Eu realmente gostaria saber por que você me acordou. Você supostamente não deveria me amar? – Virei-me lhe dando as costas. Eu ficava pateticamente mal humorada quando estava doente.

– Isso é a gripe, ou falta de sexo? – A escutei perguntar.

– Mãe! – Protestei.

– Eu só estou comentando que você não vê seu namorado há uma semana, e Oliver parece ser o tipo de cara que vicia uma garota em sexo, o que é totalmente normal já que...

– Mãe! – Repeti voltando a me virar e encara-la. – O que você veio fazer aqui? Como você entrou aqui e por que você ainda não pegou algo para a febre?

– Eu vim aqui por que minha filha, minha mal humorada e ingrata filha está doente... – Falou se sentando na ponta da cama. -... E por que seu namorado me ligou desesperado por que você não atendeu as últimas ligações e não respondeu as mensagens anteriores a elas.

– Oliver te ligou? – Perguntei surpresa me erguendo e encostando minhas costas contra a cabeceira da cama.

– Por que você não atendeu as ligações? – Perguntou confusa. – Vocês brigaram...

– Não escutei nenhuma ligação. – Murmurei e procurei com o olhar o relógio que costuma ficar na mesinha ao lado, observei surpresa que já era 09:00 da manhã. Franzi o cenho enquanto buscava também meu celular, só quando quase entro em desespero me lembrei. – Mãe você poderia abrir meu guarda roupas? – Pedi. Ela assentiu embora estivesse obviamente confusa e foi até lá. – A porta a esquerda, entre as roupas. – A guiei. Ela me encarou incrédula quando pegou o celular.

– Por que você guarda seu celular em seu guarda roupas? – Perguntou surpresa. – É alguma moda?

– Apenas me der o celular. – Exigi. Ela me entregou com ar de aborrecimento. – Eu não entendo... – Comentei enquanto observava as mensagens e ligações perdidas de Oliver. – Se ele estava tão desesperado por que ligar para você? Por que ele mesmo não veio? – Tudo bem que eu havia pedido que ele não viesse, mas uma pessoa desesperada raramente escuta o pedido de alguém que claramente não está em condições de impedir nada.

– Ele tinha uma reunião muito importante as 08:30. – Informou-me. – Eu vou descer e preparar algo para você comer e aproveito e procuro seu remédio.

– Não precisa. – Neguei. – Eu não sinto que possa comer qualquer coisa. – Dei de ombros. – E mãe eu não estou com febre, sempre que estou doente você diz que estou com febre...

– Mas...

– Há apenas um mês você disse que eu estava queimando de febre e tudo o que eu tinha feito foi cortar um dedo. – A lembrei.

– Essas coisas acontecem... – Protestou.

– Mãe eu estou bem...

– Você disse a poucos minutos que estava tendo uma amostra do inferno. – Protestou.

– Sim. – Concordei. – Mas eu vou ficar bem, eu só preciso dormir mais um pouco.

– Você não vai ligar para Oliver? – Perguntou ainda aborrecida por eu a está dispensando.

– Não. – Meneei a cabeça. – Eu conheço as reuniões de Oliver, dura horas e começou há pouco tempo, não vou interrompê-lo.

– Está bem. – Concordou. – Mas vou ter trazer um suco.

– Ok. – Dei-me por vencida sabendo que ela não me deixaria em paz enquanto não o fizesse. – Você já conhece minha cozinha e já sabe que a quero limpa depois de ser usada. – Voltei a me deitar me virando. – Vou tentar um cochilo.

– Volto já. – Prometeu.

– Sem pressa. – Murmurei baixinho, mas ao perceber que ela havia saído do quarto aproveitei que já estava acordada e tomei um novo comprimido com o intuito de aliviar a dor na garganta, não havia problemas em toma-lo antes do remédio para febre mesmo e já havia passado um pouco do horário de toma-lo novamente, depois de feito isso fui ao banheiro lavar meu rosto e escovar meus dentes, qualquer coisa que me fizesse sentir mais humana era bem vinda. Voltei para minha cama me enrolando em meus lençóis ao ponto em que cheguei a cogitar a possibilidade de realmente estar com febre, após mais alguns minutos escutei os passos suaves atrás de mim, mas os ignorei pensando que talvez minha mãe pensasse que eu estava dormindo, que deixaria o suco na mesinha e me deixaria quieta, mas me surpreendi quando senti minha cama afundar atrás de mim, e uma grande mão envolver minha cintura, definitivamente não era a mão da minha mãe e definitivamente não era feminina, virei-me de imediato encontrando os olhos de Oliver enquanto sentia sua mão prosseguir pela curva do meu quadril.

– Hey. – Murmurou em tom suave.

– Hey. – Devolvi confusa não entendo a principio o que significava ele estar aqui. Desviei os olhos do seu rosto descendo pelo seu corpo, notando que vestia mais um de seus ternos. – Oliver você devia estar em uma reunião.

– Você devia ter retornado minhas ligações. – Retrucou.

– Eu não queria te incomodar. – Murmurei fracamente, sabendo que ele acharia isso uma grande e idiota desculpa. – Eu estou gripada Oliver, mais um ou dois dias tomando os remédios e ficarei boa, não preciso passar isso para você.

– Você me ligar não me incomoda Felicity. – Sussurrou aborrecido. – Não saber se você está bem sim.

– O que aconteceu com sua reunião? – Perguntei após soltar um suspiro, engoli em seco tentando molhar minha garganta que ardia cada vez mais.

– Está acontecendo. – Deu de ombros.

– Você devia estar lá. – Falei aborrecida.

– Não. – Meneou a cabeça. – Estou exatamente onde eu deveria estar, agora cale a boca e me deixe cuidar de você.

– Você está sendo rude. – Reclamei. – Você não pode ser rude com sua namorada que além de estar doente, está pensando em sua empresa.

– Eu sou CEO.- Falou arrogante. – Eu deleguei algumas tarefas, e não dizem que precisamos ficar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe?

– Sim. – Concordei. – Mas isso é para quem está casado. – Ergui uma sobrancelha. – Não estamos casados.

– Mas vamos estar. – Falou sem dar muita importância. – Um dia, é bom começarmos a ensaiar. Isso significa que eu preciso te dar um banho?

– Vou ignorar essa sua pergunta, e perguntar: onde está minha mãe? – Ergui uma sobrancelha inquisidora.

– Eu a dispensei. – Respondeu.

–Oliver ela não é sua empregada. – Murmurei entre dentes.

– Eu não a expulsei Felicity, apenas disse que cuidaria de você. – Resmungou. – E o faria, se você deixasse.

– Eu não sou um bebê que você precisa dar banho. – Retruquei empurrando seu peito com um pequeno soco.

– Eu estava brincado, eu vejo que você está se sentindo mal, eu estou abraçado a você, eu sei que você está com febre, eu quero cuidar de você. – Murmurou. – Do que você precisa agora? – Soltou-me se afastando e ficando apoiando apenas um joelho na cama.

– Não! – Protestei. – Não vá. – Pedi.

– Eu só vou pegar seu suco. – Explicou antes de me entregar o suco e um comprimido. – Sua mãe pediu para eu me certificar que você tomaria. – Assenti relutante e tomei o remédio com a ajuda do suco. – Do que mais você precisa? Eu sou um péssimo enfermeiro, mas se você m dizer do que você precisa eu farei com que você sinta melhor.

– Eu preciso de você. – Murmurei debilmente. – Eu sei que sou péssima namorada nesse momento, mas preciso que você deite aqui de volta e acaricie meus cabelos, eu já tomei os remédios, eles vão fazer seus efeitos e suspeito que logo eu estarei dormindo e nesse exato momento eu quero dormir em seus braços, não de um pobre substituto.

– Substituto? – Repetiu enrugando o cenho enquanto tirava seu terno e gravata, erguendo as mangas de sua camisa até os antebraços.

– Meu travesseiro. – Respondi antes de bater na cama. – Cama agora Queen.

– Ok. – Assentiu antes de voltar a deitar-se na cama, virei-me em seus braços usando seu braço como travesseiro e encostando minhas costas em seu peito amplo, suspirei em contentamento, sua mão voltou para minha cintura apertando-me mais contra si. – Só faltou ronronar como uma gatinha. – Murmurou em meu ouvido antes de puxar os fios do meu cabelo o afastando do meu pescoço, senti seus lábios tocar ali, em uma caricia leve e inquietante, logo seus dedos voltaram a minha cabeça a afagando. – Assim está bom.

– Está perfeito. – Sorri embora já estivesse com os olhos fechados. – Obrigada por me aturar.

– Sem problemas. – Escutei seu tom brando. – Na saúde e na doença não é mesmo?

– Oliver, não me peça em casamento enquanto eu pareço à própria morte. – Murmurei sonolenta, senti mais do que ouvi seu riso.

– Mais tarde então. – Murmurou enquanto prosseguia com seus pequenos carinhos que tiveram o poder de suavemente me levar até o sono, sem dúvida nenhuma o travesseiro era um pobre substituto de Oliver Queen.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, nos vemos nos comentários... Xoxo LelahBallu