Give me Love escrita por LelahBallu


Capítulo 17
Apenas um joguete


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!!
Então, estou trazendo mais uma one baseada no seguinte pedido:

"Bia ‏@RedShippers @lelahballu eu quero qualquer coisa que tenha Felicity Gotica e Oliver Garotinho de Fraternidade coração."

Dedico essa one para a Bia e espero que esteja de seu gosto!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/528851/chapter/17

Caminhei em passos apressados pelo campus, eu estava atrasada. Inferno! Mais do que isso, eu provavelmente não poderia entrar na sala depois de tanto tempo, infelizmente eu não tinha uma desculpa válida para isso, não era minha primeira aula no campus, eu conhecia o conhecia, eu não tinha estado doente, nem sequer tive algum problema familiar, tudo o que eu havia feito fora me esquecer de colocar o maldito despertador para tocar.

Nem era uma matéria tão importante assim, se tratava apenas de uma eletiva que eu havia colocado para ter certeza de que pelo menos com uma matéria eu não deveria me preocupar, afinal quem tomava bomba em sociologia? Quem conseguia essa fazer isso? Parei em frente à porta da sala observado pela estreita faixa de vidro, mas o ângulo não me dava nenhum sinal do professor, alguma chance dele ter saído? Pensei com esperanças.

– Você pretende entrar hoje... – Escutei a voz masculina perguntar com tédio. Virei-me encontrando um par de olhos azuis que sem dúvida nenhuma conseguia conquistar qualquer garota que quisesse. – ... Esquisita. – Ou não, com esse tato não era possível que as garotas realmente o quisesse. Virei-me novamente para a porta, eu estava acostumada com as piadas, se você não era uma loira com seios empinados você não chama a atenção de um garoto da fraternidade, e esse obviamente era um deles. – Ei! Eu lhe fiz uma pergunta.

– Que eu optei por ignorar. – Retruquei sem me virar.

– Eu preciso entrar. – Falou em tom de voz aborrecido.

– Quem o está impedindo? – Perguntei em tom monótono.

– Eu não sei, talvez a gótica em frente à porta. – Rebateu.

– Não seja por isso. - Murmurei dando um passo para o lado permitindo que ele passasse, mas ele não se moveu, virei-me parcialmente o encarando. – Eu pensei que estava desesperado para entrar. – Comentei o observando, droga ele é lindo, pena que sua beleza era proporcional à estupidez.

– Você não vai entrar primeiro? – Questionou inseguro.

– Você quer me usar como distração. – Falei percebendo por que ele havia perguntado se eu iria entrar logo que apareci. – Você ainda não entrou na sala, você também chegou atrasado.

– Ela é um gênio! – Provocou-me, ergueu as mãos para o alto em gesto debochado e lançou um olhar exasperado. – Eu não posso perder essa matéria de novo e estou atrasado, eu preciso de uma distração.

– Como você conseguiu perder em sociologia? – Perguntei incrédula. Ele me encarou sem humor e se aproximou fazendo com que eu recuasse, observei pasmada uma mão sua pousar na porta, bem ao lado da minha cabeça me cercando. – Que merda você está fazendo?

– Já que você parece tão empenhada em ficar aqui fora comigo, talvez possamos aproveitar o tempo de outro jeito. – Murmurou encarando-me muito próximo.

– Eu não quero ficar aqui fora com você. – Falei em tom firme, um sorriso brincou em seus lábios, eu sabia que esse sorriso não significava boa coisa.

– Que bom. – Murmurou antes de segurar meu braço e girar o trinco da porta fazendo com que eu entrasse a força na sala, a única coisa que me impediu de cair foi sua mão me segurando. Não pude encara-lo com ódio como eu queria por que eu estava ocupada demais recebendo os olhares surpresos e de diversão, o professor nos encarou sem paciência e parecendo que nos mataria apenas com o olhar, ou pior ele podia nos reprovar. Em Sociologia, que merda!

– Ora Sr. Queen e presumo que seja Srtª Smoak. – Falou com um falso sorriso. –Não esperava vê-los juntos, confesso. – Fechei a boca resistindo ao impulso de ressaltar que nós dois definitivamente não estávamos juntos, mas eu não estava no colegial, sabia que já havia ganhado a antipatia do professor, rebatê-lo só pioraria as coisas. - Eu estava passando os temas dos próximos seminários, e Já que você dois decidiram se juntar a nós, eu acho que deixarei vocês felizes em saber que ficarão como duplas. – Estendeu o braço indicando que nos sentássemos. – Depois peguem com a Srtª Snow os temas que sobraram. – Suspirei contendo meu aborrecimento e caminhei até a cadeira no final que estava vaga, infelizmente a outra cadeira disponível para o garoto sorriso era ao meu lado.

– Parece que está presa comigo Srtª Smoak. – Falou ao meu ouvido antes de contornar a cadeira e se sentar. – Eu só tenho uma dúvida...

– Guarde-a para si, por favor. – Murmurei sem paciência.

– Você ao menos é inteligente? – Perguntou ignorando meu pedido. – Por que eu já estive nessa matéria e ele costuma repetir à dupla, e seria uma droga se você não fosse.

– Bem... Veja pelo lado bom. – Comentei com um falso sorriso. – Você ao menos tem dúvidas se um membro da sua dupla é estúpido, mas eu tenho certeza. – Franzi o cenho ao perceber tardiamente o que ele havia dito. – Como assim repetir à dupla?

– Agora eu tenho certeza. – Sorriu.

– Não seja idiota, explique-me isso. – Exigi.

– Como eu disse. – Deu e ombros. – Você está presa comigo. Por todo o semestre.

[...]

– Bom dia raio de sol! – Levantei minha cabeça do livro em minhas mãos e encarei Oliver. Ele vinha sendo um chute no meu traseiro desde o momento em que tive o azar de chegar atrasada a minha primeira aula de sociologia, como recompensa eu havia ganhado Oliver, que não apenas gostava de mostrar seu completo desinteresse pelas aulas, como também amava me encher o saco. Como agora que eu estava aproveitando o raro momento de silêncio na cantina já que nesse horário quase nenhum estudante havia chegado por ser muito cedo. – Não vou ganhar nenhum sorriso?

– Talvez. – Assenti. –Quando você der meia volta e se afastar, ai eu posso jurar que darei pulos de alegria. – Eu ainda me encontrava completamente irritada com o fato de que as aulas de Sociologia se resumissem a debates e seminários, e que meu parceiro fosse juntamente... Oliver.

– Eu não acredito que você seja capaz de fazer isso. – Comentou sentando ao meu lado e apoiando os pés na cadeira oposta.

– O que você quer Oliver? – Perguntei sabendo que eu não conseguiria me livrar dele enquanto ele não despejasse logo o que queria. – Você não é o tipo de cara que acorda cedo.

– Oh eu ainda não fui dormir. – Respondeu. – Teve uma festa incrível, e eu ainda estou um pouco ligado, então...

– Então... – Repeti.

– Vim direto para aqui. – Esclareceu. – Por que seu eu for dormir não acordarei ainda esse dia.

– Você está fedendo. – Murmurei ao sentir o cheiro de álcool. – Por favo vá para casa ao menos tomar um banho.

– Eu poderia deixar você me dar um. – Sorriu, seu sorriso reluzente ao qual eu tinha que piscar duas vezes e me lembrar de que eu não o suportava, apenas era obrigada a conviver com ele.

– Vá para o inferno. – Respondi voltando minha atenção para meu livro.

– Confesse Felicity. – Empurrou meu ombro com o seu. – Você se sente atraída por mim.

– Sim. – Concordei o surpreendendo. – A mesma atração que sinto por pular de um penhasco.

– É impressionante o quanto você me quer. – Apoiou sua cabeça em meu ombro fazendo-me perceber que ele estava mais estranho do que o normal, abandonei o livro em cima da mesa.

– Você está bêbado. - Comentei segurando seus cabelos e puxando sua cabeça, virando-me para encara-lo.

– Você é do tipo que gosta de puxar os cabelos durante o sexo? – Perguntou com um sorriso sacana.

– Eu espero que você esqueça cada frase que está dizendo hoje. – Murmurei sincera.

– Ei.

– Hum?

– Até que você bonitinha. – Soltei sua cabeça o empurrando, levantei-me com ímpeto. – Foi um elogio!

– Eu vou pegar um café para você. – Falei encarando-o duramente. – Mas isso nunca mais vai se repetir.

– Eu sabia que você gostava de mim. – Piscou antes de começar a rir como um bobo. Meneei a cabeça e voltei para a mesa, arrumei minhas coisas diante seu olhar confuso e o puxei pela mão.

– Para onde você está me levando? – Perguntou soando aborrecido. – Eu quero meu café.

– Depois pegamos seu café, bebêzão. – Prometi antes de abrir a porta do banheiro masculino da cantina e empurra-lo para dentro.

– Você quer fazer aqui? – Seus olhos se abriram em surpresa. – Está bem. – Deus de ombros levando as mãos ao botão da calça jeans.

– Ei pare! – Ordenei segurando suas mãos. – Eu não vou transar com você, eu te trouxe aqui para lavar o rosto. – Expliquei o guiando até a pia. – Mas eu acho que você dormir seria a melhor ideia. – Abri a torneira. – Vá. – Ordenei, eu não ia fazer mais do que isso, ele obedeceu levando água ao rosto o lavando.

– Eu não posso faltar. – Respondeu me encarando, fechei a torneira observando-o levar uma mão aos cabelos molhados os penteando desajeitadamente. – Eu não posso perder por falta novamente. - Suspirei enquanto o analisava, não havia jeito eu estava fadada a ser babá de bêbado hoje, sem mais nenhuma palavra o puxei de volta a cantina e comprei seu maldito café, meia hora mais tarde Oliver dormia com a cabeça apoiada em minha mesa enquanto eu prestava atenção por nós dois.

[...]

– Você viu Oliver? – Caitlin perguntou sentando em minha frente na biblioteca. A encarei incerta de que havia escutado direito, Caitlin Snow procurando por Oliver? Seu tom era baixo querendo evitar alguma advertência.

– Por que eu saberia onde ele estaria? – Optei por perguntar, ela soltou um pequeno riso.

– Por que vocês são assim... – Esfregou os dedos em um gesto que indicava proximidade.

– Não somos não. – Neguei. – Pagamos apenas uma matéria juntos em um dia da semana.

– Bom pelo menos ele é de você. – Salientou. Continuei encarando-a sem notar algum sentido em suas palavras. – Vocês estão sempre juntos, me contaram que já viram vocês saírem do banheiro masculino há duas semanas.

– Não pelo o que você está pensando. – Retruquei. – O que você quer com Oliver a propósito?

– Falando de mim? – Escutei a voz masculina perguntar antes de sentar ao meu lado. – Ela é obcecada por mim. – Falou para Caitlin enquanto colocava um braço ao redor dos meus ombros, tratei de tira-lo com um gesto brusco imediatamente. Escutamos vários protestos pelo seu tom de voz.

– Do seu ponto de vista todo mundo é obcecado com você. – Retruquei em tom baixo.

– Você está certa. – Concordou diminuindo sua voz. – Mas eu tenho quase certeza que estou certo com relação a você.

– Você pode guardar essa certeza com você e alimentar essa ilusão... Sozinho. – Murmurei encarando-o, ele apenas sorriu, eu odiava seu sorriso.

– Na verdade era eu que o estava procurando Oliver. – Caitlin falou interrompendo nosso intercâmbio de olhares. Oliver a encarou confuso, eu estava certa sobre Caity e Oliver não terem contato e o fato de que ela estivesse procurando por ele o surpreendeu. – Você poderia entregar isso a Tommy? – Perguntou tirando um celular de sua bolsa. – Ele esqueceu no laboratório de informática ontem.

– Caitlin Snow não é mesmo? – Oliver perguntou estreitando os olhos. Ela assentiu estranhando sua pergunta, como não o faria? Ela pagava Sociologia conosco, o mínimo que ele poderia fazer era se lembrar. – Por que você não entrega?

– Ele é seu melhor amigo. – Franziu o cenho confusa. – Pensei que como pessoa mais próxima a ele você logo o veria.

– Eu acho melhor você entregar a ele. – Oliver falou erguendo-se. – Confie em mim, ele gostaria disso. – Deu um leve peteleco em minha orelha antes de ir, deixando Caity perplexa e eu irritada.

– Você ainda acha que somos assim? – Perguntei imitando o gesto que ele havia feito mais cedo.

– Você não tem ideia do quanto. – Respondeu com um sorriso divertido.

[...]

– Oh não. Inferno não. – Murmurei encarando a casa a minha frente, estava tão lotada que havia várias pessoas no jardim da casa, o som era estridente, e pelo o que eu podia notar estava repleta de bêbados. Estava no fim do semestre e havia apenas mais um seminário a apresentar com Oliver, eu havia me acostumado ao seu jeito e de certa forma gostava de tê-lo por perto, não que eu fosse admitir, mas estava preparada para ao menos ser mais gentil nesse último encontro para estudarmos, mas o imbecil tinha que ter marcado comigo em uma de suas festas de fraternidade. Suspirei irritada e pronta para ir embora, mas mudei de ideia, eu o encontraria, gritaria com ele e depois iria embora. Decidida entrei na casa recebendo olhares curiosos e de interesse, procurei pela figura de Oliver sem encontra-lo e cheguei a perguntar há varias pessoas se sabiam onde encontra-lo, muitos estavam bêbados demais e sugeriam que eu procurasse em um dos quartos com alguma garota, estava quase desistindo quando topei com Tommy.

– Felicity! – Exclamou como se me encontrasse todos os dias. – Que bom que você veio para festa. – Sua voz se erguia tentando ficar acima do som

– Não foi uma escolha. – Falei entre dentes. Ele se aproximou tentando me entender. – Você viu Oliver? – Gritei no exato momento em que a música parou, todo mundo me encarou deixando-me envergonhada. – Eu preciso achar Oliver. – Falei em tom mais baixo, ele assentiu e indicou que eu o seguisse, notei enquanto olhava para trás que uma nova música havia começado. Tommy subiu as escadas e entrou em um dos quartos e diminui os passos temendo encontrar Oliver realmente com uma garota, mas Tommy não pareceu notar meu receio por que andou a passos largos, o segui e notei que parou em frente à porta-janela da varanda, fui até seu lado e segui seu olhar, havia um telhado um pouco mais baixo e Oliver estava deitado lá olhando para o céu, uma cerveja em sua mão.

– Ele está ali. – Tommy falou desnecessariamente. – Precisa de ajuda para ir até ele?

– Não. – Neguei. – Só preciso que você confirme que aguenta nosso peso.

– Você deve pesar quase nada. - Bufou. – Não vai ser um grande aumento. – Vou deixar vocês a sós. – Falou antes de ir, eu sabia que era estupidez, mas vi-me me dirigindo com cuidado até Oliver, ele me notou assim que saí da varanda e me encarou surpreso, mas aguardou o momento em que eu chegasse ao seu lado.

– Olá raio de sol. – Cumprimentou-me com um sorriso.

– Qual o seu problema? – Perguntei sentando-me ao seu lado.

– Não entendo por que está irritada. – Comentou sem se alterar deixando a garrafa de lado.

– Nós temos apenas um seminário para terminar esse semestre. – Falei exasperada. – Então estamos livres um do outro, então por que você não esperou esse seminário passar para curtir uma de suas festas? Por que me trazer até aqui e me fazer de idiota? – Ele se sentou com um suspiro em quanto me observava. – Eu tenho sido seu brinquedo todo o semestre Oliver, tenho sido sua diversão, poderia pelo menos uma vez, estava não e tratar como seu joguete?

– Eu menti para você por que eu queria que você viesse para a festa. – Respondeu sério. – Eu sabia que você não estaria aqui se eu simplesmente pedisse. Você não o tipo que vai a festas, mas pensei que pelo menos uma vez você gostaria. – Confessou. – Eu não queria me divertir a suas custas Felicity, eu queria que você se divertisse. Eu queria que passássemos um tempo juntos longe da faculdade.

– Não faz nenhum sentido. – Meneei a cabeça. – Por que você gostaria de passar seu tempo comigo? – Eu estava surpresa e confusa, e isso aumentou ainda mais quando senti sua mão envolver meu rosto, eu era ciente ainda que vagamente do que iria acontecer, mas nada disso fazia sentindo, afinal se você não é uma loira de seios empinados você não conquista o garoto da fraternidade não é mesmo? – Oliver? – Chamei por seu nome sentindo a leve caricia de seu dedo de encontro a minha bochecha, encarei seu sorriso se estender de seus lábios até chegar aos seus olhos.

– Eu menti. – Falou me surpreendendo. – Eu que sou obcecado por você. – Não pude assimilar suas palavras, eu estava ocupada demais deixando todos os meus pensamentos esvaírem ao receber seu beijo, indo de encontro à reação que eu esperava se alguém me disse se que Oliver me beijaria eu correspondi ao beijo, segurei o tecido de sua camisa enquanto seus lábios tomavam os meus com intensidade.

– Felicity você não é apenas um joguete. – Murmurou quando nos separamos. Vi-me sorrindo antes de voltar a puxa-lo para um novo beijo. Ao que parece essa era minha resposta, garotos de fraternidade... Ao menos esse, podia se interessar por mim, loira ou não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Nos vemos nos comentários! Xoxo LelahBallu