Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 8
Apaixonada pelo Professor


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiii gente *--*
Mais um!
Bem-vindas:
—Rafa Potter Malfoy
e
—Mariluckner

Boa leitura, pessoal! :3



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"Você só precisa de coragem pra seguir o seu coração.” -autor desconhecido, assim como eu e você.

Após o sonho horripilante com Alex, pegar no sono novamente foi impossível. Por fim, levantei-me para beber água. Minha garganta estava áspera e seca.

Notei que a casa estava diferente, mais silenciosa já que meu pai estava no hospital, cheguei até sentir saudades de seus roncos.

Deitei na cama de novo achando que cair no sono seria impossível, mas estávamos bem próximos ao inverno e debaixo das cobertas era confortável e quente.

O motivo do pesadelo ainda era desconhecido por mim. Poderia ser uma premonição –apesar de não acreditar muito nisso, ou poderia simplesmente um sonho ruim, nada mais. Respirei fundo algumas vezes, normalizando os pensamentos conturbados.

Milagrosamente, algum tempo depois, o grau de exaustão me dominou e caí em profundo sono. Mas como quando estamos mais cansados, a noite passa mais rápido, não demorou-se muito para o despertador tocar sem descanso.

Arrastei-me da cama em direção ao banheiro. Ao me despir, os hematomas tornavam-se visíveis. Não doía tanto quanto no dia anterior, mas com um simples toque a dor voltava acompanhada do ódio por alguns instantes.

Depois de café da manhã tomado e roupa trocada fui para a escola, a passos largos, já que estava atrasada. Passei por todos os alunos tagarelas, subi o lance de escadas e fui de encontro ao meu armário, pegar o material escolar. Alex logo apareceu, escorada, me olhando.

–Oi, ruiva. –a cumprimentei.

–Oi.

–Por que tanto mau humor? –perguntei arqueando uma sobrancelha.

–O Philip está me irritando... Mas ele é fofo, entende? Dá até pena de fazer maldades com ele. –ela disse me entregando seu celular.

Leio a mensagem: “Bom dia minha princesa! Dormiu bem? Sonhou comigo? Eu sonhei com você. Te amo muito muito muito, Phil”

–Nossa, que meloso e insuportável. –eu disse lhe entregando o celular.

–Eu sei. Nunca ninguém me tratou assim... –ela concluiu em voz alta, olhando para as luzes fosforescentes.

–É Alexia, eu sei.

Ela revirou os olhos.

–É Alex, sua cachorra. E aí, novidades? –bati a porta do armário e a olhei, séria.

–Sim, duas.

–E está esperando o que para contar? Fala de uma vez!

–Um médico quase me estuprou e Spencer me beijou e falou que gosta de mim.

–Que médico? E que Spencer?

–O do meu pai. E o Spencer Kutcher.

–Safada! Está pegando o professor é? –como se pode ver, ela não absorveu o “quase estupro”.

–Isso! Fala mais alto, minha mãe ainda não te escutou... No céu. –saí de perto.

–Ih, desculpa. E seu pai? Como vai? –ela perguntou.

–Está na mesma, mas o tratamento contra o câncer de pulmão começará em breve.

–Ah e esse machucados em seu braço? Quem fez hein? O Spencer? –Alex perguntou, mas ao ver minha cara, mudou a compostura também. –Você falou sério? O médico tentou te estuprar?

–Sim, oras! Por que cargas d’água eu mentiria sobre isso?

Contei o resto da história para Alex e isso incluía: minha fuga do hospital, a chegada na casa de Spencer, meu chilique básico, a ida á delegacia e etc. Mas não falei do pesadelo que tive com ela, ela diria que era bobagem e no momento, eu também pensava assim.

O sinal tocou e fomos para a sala de aula. A primeira aula do dia era com quem? Spencer! Ótimo. Quem dera todos pudessem começar o primeiro horário do dia assim.

Eu e Alex seguimos para os lugares vagos e infelizmente nos encontrávamos longe uma da outra, cerca de duas fileiras impediriam nossas conversas verbais.

Ao sentar em minha cadeira olhei em volta e reparei os olhares apaixonados que as meninas faziam para Spencer. Foi estranho, eu senti uma sensação nova. Ciúmes talvez? Não importa o que era, eu soube naquele exato momento que não gostei desse sentimento novo. Era algo misturado com medo e raiva, proteção e posse.

–Bom dia, classe! –Spencer disse e eu automaticamente sorri. –Eu passei matéria aula passada... Então imagino que vocês terão a capacidade de responder as questões das páginas doze à quinze, para essa aula, ok?

Como história era a matéria que eu menos odiava, fazia os exercícios. Estava realmente empenhada a responder todas as questões o mais corretamente possível quando um papel completamente embolado caiu sobre meu livro. O desamassei e li:

“Taylor, feche a boca ou entrará mosca! Está muito na cara sua paixão pelo nosso delicioso professor de história, -Alex”

Respondi:

“Não estou fazendo isso, não estou de boca aberta coisa nenhuma, sua cega! Haha acho que seu namorado não vai gostar de saber que você está chamando outro cara de delícia.P.S: “o chame mais uma vez assim que eu te mato.”

Embolei o papel e joguei em sua mesa. Ela leu, riu e respondeu:

“Calma Taylor, não quero seu homem e o Philip que se dane. Estou constantemente separada pela pena e aversão que sinto a ele. E ah, não me mate só por causa disso... Sou jovem demais para morrer."

–Realmente você é. Então o que meus pesadelos significam? –pensei.

Como eu disse antes, eu e Alex estávamos afastadas na sala de aula, então jogávamos o bilhetinho por cima das cabeças dos nossos companheiros de classe. Quando eu ia jogar o papelzinho embolado com a resposta para Alex –que era: “Spencer é MEU! Não toca!” – Spencer pegou o bilhetinho no ar, leu e pronunciou:

–Srta. Linehan, me acompanhe até o corredor, por favor.

–O que foi? –perguntei já no corredor.

–Você contou para Alex?

–Sim, ela é minha melhor amiga.

–E daí? Era para ser segredo.

–Aé? E você por acaso pediu para eu guardar segredo? –perguntei irônica.

–Foi você que pediu segredo, Taylor. Seu cérebro não processa normalmente?

–Tenho, mas ele só processa o que me dizem, sabe?

–Ótimo, porque estou dizendo agora: mais ninguém pode saber. Entendeu?

–Sim Sr. Kutcher. –eu disse irritada.

–Para você é Spencer, meu bem. –ele sorriu me deu um beijo na testa e entrou na sala.

Eu ainda fiquei um tempo no corredor tentando processar tudo o que havia acabado de acontecer.

–É bipolar, só pode. – falei para mim mesma antes de entrar na sala novamente.

A aula de história acabou pouquíssimos minutos depois que voltei para a sala e as que se seguiram foram incrivelmente monótonas e chatas.

Não sei por que, mas estava virando um hábito eu ficar na escola até mais tarde. Coincidência? Destino? Ou a culpada era eu mesmo? Estava em frente ao meu armário quando me surpreenderam me agarrando-me por trás.

–Oi, bipolar. –eu disse

–Por que bipolar? –Spencer perguntou.

–Porque você sofre de variações de humor. –respondi, amargurada.

Spencer pensou um pouco, provavelmente no episódio do dia.

–Ah, entendi o problema. É que eu não posso mostrar preferência entre minhas alunas, Taylor.

–Ok, eu entendo. Tudo bem.

–Vai a minha casa hoje? –Spencer pediu.

–Ah claro, mas que horas? É que agora tenho que trabalhar e...

–Pode ser a hora que você quiser. –ele disse sorrindo.

–Ok.

Ele olhou em volta para ver se vinha alguém, para minha sorte quase ninguém permanecia na escola depois do último sinal. Spencer se aproximou e me beijou de leve nos lábios:

–Até mais tarde. –ele disse

–Até. –sorri e sai andando em direção ao meu trabalho.

***

Estava desesperada, não sabia o que vestir! Todas minhas roupas muito pretas, muito exageradas ou muito... Ah, sei lá.

–Ah, quer saber? –falei comigo mesma no espelho. – Spencer se apaixonou pelo o que você é então use o que quiser!

Escolhi uma calça jeans preta, uma blusa branca com escritos pretos e um All Star preto com caveirinhas brancas e de toque final um cinto vermelho.

Sai de casa e fui andando, uma longa caminhada que parecia não ter fim, até a casa de Spencer. Toquei a capainha e aguardei ser atendida:

–Boa noite. –ele disse. –Está linda.

–Obrigada. –respondi.

Sentamos no sofá e eu fui bem direta:

–Estamos tipo, namorando? –perguntei. Para quê rodeios?

–Sim, acho que sim.

–Hmm... E então? Como faremos hein professor?

–Aqui Taylor, eu sou só o Spencer. Professor somente na escola. –ele disse se aproximando.

–Foco Spencer! –reclamei.

–Estou focado, mas é que não quero pensar nisso agora...

–Ok então. –falei.

–Taylor, porque você é assim? Tipo, revoltada ou sei lá?

–Por quê? Não gosta do jeito que sou?

–Não é isso. É claro que eu gosto, se eu não gostasse não estaria lutando para isso dar certo.

–Então é o que? O que você tem contra eu ser "assim”?

–Nada, meu bem, mas é que você é até fofa e doce quando quer, então não entendi o motivo de tanto preto. E eu sei bem que debaixo dessa tinta preta no seu cabelo há lindos cachos dourados.

–Como você sabe disso? –perguntei curiosa.

–Há fotos suas de quando era menor, entre uns dez ou onze anos em um mural de festival de outono, lá na prefeitura.

–Ah, é que sempre falavam que eu parecia demais com minha mãe e isso me trazia dor. Orgulho também por parecer com alguém tão boa e meiga, mas grande parte do tempo me trazia dor... –apertei o pingente de minha mãe contra meu peito. Encarei a parede. Eu não iria chorar, não queria assustá-lo, pensando que eu era um caso perdido ou impossível.

–Desculpe, não quis lhe deixar chateada. Não toco mais no assunto, prometo. Calma, estou aqui.

Sorri, o encarei e por fim, o abracei. Senti a respiração constante de Spencer em meu pescoço, e fechei os olhos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Spencer, hein?
Ele vai começar a se mostrar BEM mais a partir de agora, se algumas já se apaixonaram, se preparem, pois ele vai vim de com força e arrasando nos próximos!
É o certinho (certinho mesmo, não que parece ser certinho, ok, amor?) mais g.o.st.o.s.o do mundo u.u
Digam tudo o que acharam, sim?
Beijossssssssssss
~Samyni



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