Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 7
Spencer


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente :3

Bem-vinda Maria Eduarda Costa, e feliz aniversário (mesmo que um dia atrasado)!

Boa leitura, pessoal!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/523842/chapter/7

"Gosto de quem presta atenção em mim. De quem procura novidade mesmo me conhecendo do avesso. De quem não desiste de me descobrir. De quem não se cansa da rotina. De quem se entrega. Sempre." -Aquilo era amor."

Consegui chegar à casa de Spencer, encarei a porta de madeira maciça e toquei a campainha. Eu ainda olhava para trás, com medo de que Matt aparecesse. As lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto quando Spencer abriu a porta:

–Taylor? O que faz aqui? E por que está chorando? –ele perguntou um tanto alarmado, eu simplesmente o abracei. Ele fechou a porta e continuei abraçada a ele, eu precisava de um abraço naquele momento e o dele era... simplesmente aquilo que eu outrora procurara.

–Taylor, me diz. Por que está chorando? Aconteceu algo com seu pai? –ele buscava a resposta passando os olhos cinzas por meu rosto, que naquele momento estava completamente vermelho.

–Não, meu pai ele está bem, quer dizer, ele ainda continua doente, mas não é por isso que vim aqui. Precisava conversar com alguém e fugir... –eu disse enquanto soluçava.

–Tudo bem, eu irei te ajudar, não importa o que tenha acontecido, irei sempre estar aqui. –ele disse olhando em meus olhos. E apontou para o sofá. –Por favor, sente-se e me conte o que houve.

Eu sentei no sofá, eu olhava em direção a janela, a procura de algum sinal de que Matt poderia ter me seguido.

–Taylor? O que é isso no seu braço? –Spencer perguntou me tirando de meus pensamentos.

Eu olhei para os meus braços, no direito havia arranhões e no braço esquerdo marcas explicitas dos dedos de Matt.

–Ah é sobre isso que eu queria falar com você. Sabe o médico? Aquele que me chamou para conversar sobre a saúde do meu pai? Eu acho que você chegou a vê-lo...

–Sim, não me lembro muito bem, mas sei mais ou menos quem é. Espera, ele tentou lhe fazer algum mal?

–Sim. –eu respondi quase chorando.

–Meu Deus, o quão filha da puta esse cara pode ser? Que tipo de monstro faz uma coisa como essas? E com você? Com o pai doente, com câncer!

–Spencer, acalme-se. –respondi, atômica.

–É que... Eu sou professor, bem, sou uma pessoa justa e o que esse médico fez não foi nada... –Spencer disse tropeçando nas palavras tentando achar uma desculpa. –Ele chegou a fazer mais do que isso? Mais do que te machucar? –a raiva era nítida em seus olhos.

–Ele tentou, mas eu fui mais rápida. Não foi muito fácil sair daquele hospital. Eu quase achei que realmente seria estuprada...

Spencer suspirou e inspirou várias vezes antes de se dirigir a mim:

–E o que faremos?

–Não sei. Para falar a verdade nem sei por que vim aqui... –falei de cabeça baixa.

–Posso bater nele? Matá-lo? –Spencer perguntou.

–Ham... Spencer? Acho que não.

–Por que não? Ele merece, Taylor.

–Por que você está se importando tanto? –perguntei quase no mesmo tom de voz alto, bancando a inocente. Eu tinha motivos fortes quanto ao fato dele ter ficado tão alterado, mas arrancaria as palavras de sua boca.

–Já disse. O que ele fez não foi correto.

–Tem certeza que é só isso Spencer? O fato de ele ter encostado em mim não te incomoda nada? –ele franziu uma sobrancelha.

–Bem, o que ele fez Taylor não está certo...

–Spencer, sejamos claros, ok? Você gosta de mim?

–Isso... Isso não é possível, Senhorita Linehan... Eu sou... seu professor e isso seria...

–Spencer. Ou fale agora ou se cale para sempre. Essa é a primeira e última chance que lhe dou. Quer que eu vá embora? –cruzei os braços e me levantei do sofá.

–Não, menina doida! –Spencer gritou ao se levantar também.

E me beijou. Simplesmente segurou minha cintura e me trouxe para mais perto de si. Aproveitei cada segundo daquele beijo como se fosse o último de minha vida –céus, de onde eu havia tirado essa frase clichê?–, até que Spencer sem querer apertou um pouco mais minha cintura, era evidente que também estava machucada naquele local e eu soltei um fraco gemido de dor. Ele parou imediatamente e me encarou:

–Desculpa.

–Tudo bem. –eu disse ainda meio atordoada pelo beijo.

–Agora eu respondi sua pergunta? Sim, Taylor eu realmente gosto de você. Mas isso é impossível, sou seu professor, vai contra as regras, contra a ética.

–Que se dane a ética! –eu disse o puxando para um beijo.

Spencer correspondeu sem hesitar.

–Então... O que faremos? –ele perguntou alguns minutos depois de volta ao sofá.

–Deixaremos rolar, veremos o que irá acontecer futuramente, e aí vamos decidindo as coisas.

–Você é sempre assim? –ele perguntou sério. –Sempre deixa pra ver as coisas nos últimos momentos?

–Sim, acho melhor. Não gosto de planejamentos...

–Mas e se você fizer algo por impulso e errar? As probabilidades de isso acontecer são grandes.

–Bom, eu encaro as consequências. Simples assim.

Ele bufou e disse:

–Como somos diferentes!

–Muito. –concordei. –Mas os opostos se atraem. Certo?

–Depende. E nossa situação é complicada...

–Por que você é meu professor. Mas isso não importa...

–Taylor, Lynn é uma cidade pequena. Todos saberão e eu serei demitido...

–E que tal não contarmos para ninguém? –perguntei irônica, como se fosse óbvio.

–Seria uma boa, mas tenho que pensar. –ele disse.

–Pensar pra que? Sabia que na maioria dos relacionamentos a mulher que é a esquemática? A que tem medo das consequências de seus atos e que tem que pensar em tudo... Nossa, até nisso somos ao contrário.

Eu disse isso e ele riu. Um riso fraco, mas era um riso de qualquer jeito.

***

Estávamos no carro de Spencer, ele dirigia em direção ao hospital, eu não queria ir, não queria voltar lá, mas ele disse que era preciso.

Saímos do carro, entramos no hospital. Eu olhava de um lado pro outro a procura de Matt, mas nada dele, nem um sinal de vida. Não sabia se deveria agradecer ou não.

Spencer me deixou no quarto de meu pai e foi em algum lugar. Ele só falou: “Eu já volto, não saia daqui.” Sinceramente fiquei com medo de que Matt aparecesse por lá, mas não apareceu.

Spencer voltou cerca de meia hora depois –eu já estava começando a ficar desesperada quando ele chego– com uma câmera na mão.

–Qual o motivo da câmera? –perguntei sussurrando já que meu pai dormia.

–Para fotografar teu braço. Conheço um segurança que trabalha aqui, vimos às câmeras de segurança e foi possível ver claramente você e o Dr. Matthew entrando na sala e minutos depois você saindo de lá desesperada e chorando. O problema é que deu a entender que você foi com ele a sala de cirurgias por livre e espontânea vontade... Mas irei dar um jeito. Os policiais irão acreditar em mim

–Policiais? –perguntei quase gritando e por sorte não acordei meu pai.

–Sim, iremos até lá, quero vê-lo atrás das grades!

–Ok. –Spencer estava tão furioso que achei melhor concordar só com um “ok” mesmo.

Horas se passaram e ele já havia tirado as fotografias dos meus braços e da minha cintura, talvez fosse necessário.

Chegamos à delegacia e o xerife, Joshua Marx, um homem de pelo menos trinta anos. Tinha olhos, cabelo e bigode castanhos; possuía uma físico forte e era bem mais alto que eu –como grande parte das pessoas.

–Taylor! Há quanto tempo hein? O que você fez agora?

–Nada Sr. Marx, dessa vez nada.

–Oi delegado, meu nome é Spencer Kutcher e...

Spencer conversou com o delegado enquanto eu simplesmente não prestava atenção em nada do que ele dizia.

Menos de duas horas depois Spencer disse a mim:

–Pronto. Está tudo resolvido... Agora eles vão procurar Matthew.

Só concordei com a cabeça.

–Vem, vou te levar para casa.

–Ok. –respondi.

Spencer me levou até em casa do seu carro, não trocamos nenhuma palavra.

–Tchau Spencer, obrigado pela carona. –eu disse.

–De nada Taylor, se precisar é só ligar.

–Ok. –eu disse e o encarei esperando alguma atitude, ele só me deu um selinho e sai do carro.

Tudo bem, um selinho não era muita coisa, mas se contarmos com os dois beijos que aconteceram naquele dia mais cedo foi um progresso. Ainda mais na nossa situação de Romeu e Julieta, ou não.

Estava cansada, precisava dormir. Não liguei pra suposta prisão de Matt simplesmente apaguei.

“Estava escuro, eu ouvia os gritos pavorosos de Alex, minha amiga estava em perigo, andei e andei, mas não a encontrei, só ouvia seus gritos de dor e angustia.

–Alex! –a gritei, mas não obtive resposta.

Andei e andei mais, segui um pequeno rastro de sangue. Infelizmente isso me levou a Alex, que estava no chão, morta e seus olhos azuis me encaravam sem vida.”

–Alex! –gritei me acordando do pesadelo. Olhei em volta, estava no meu quarto.

–Foi só um sonho, foi só um sonho. –eu repetia para mim mesma antes de cair no sono novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que têm a me dizer? Mandem reviews, favoritem e espalhem a fic pros amiguinhos u.u

Beijo, pessoal!

~Samyni



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ops! Paixão Errada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.