A Brilhante Ideia de David Nolan escrita por Queen Mills


Capítulo 10
Capítulo 10 - Maybe he's not ...


Notas iniciais do capítulo

Hey Swens

Novo capitulo, espero que gostem!



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EMMA

Emma estava cheia. Já haviam se passado dois dias desde que descobrira que Regina havia perdido a magia, desde então Robin era o único adulto que via a rainha. A morena havia fugido completamente de todos durante os últimos dias, havia ignorado o fato de Emma era a mãe do bebe que carregava e só abria espaço para Henry e Roland, além de Robin, claro. E durante esses dois dias a loira já havia perdido as contas de quantas vezes havia brigado com alguém que perguntava o porquê dela não ir atrás da morena.

O que Emma poderia fazer? Sabia que Regina precisava de um tempo só para ela e não faria nada para impedir isso. E ela estava cansada. Cansada de sempre ter que ir atrás da Rainha, cansada de escutar que o final feliz de Regina era Robin, cansada de todos falarem que ela era a Salvadora e cansada de ter que agir como uma o tempo todo.

Por isso ela havia pedido para seu pai ficar no lugar dela na delegacia naquela tarde, ela precisava de um tempo só para ela. Estava na praia nesse momento, observava o mar e o telefone ao seu lado estava desligado. Havia enviado uma mensagem a Henry falando que ficaria ocupada por algumas horas, o garoto apenas respondera que ia passar a tarde com Gold.

Gold.

Ele estava atormentando seus pensamentos. Tinha que dar sua resposta até o final daquele dia e o que ela poderia fazer? Regina parecia ocupada com Robin e Emma não queria ter que tirar a rainha do final feliz novamente. Ela estava preocupada, ansiosa e desesperada. Além daqueles sentimentos esquisitos que tinha quando se tratava de Regina e Robin, duas noites que ela tinha pesadelos com os dois e não sabia bem o que aquilo significava. Ruby não falava nada e ela não queria dividir aquela duvida com Snow.

Tomou um gole da cerveja que havia trazido.

As palavras de Gold ainda atormentavam sua mente. Regina morta? Ela não queria nem imaginar isso. Emma gostaria de dizer que estava preocupada apenas com Henry perdendo uma mãe, mas aquilo parecia criar sensações nela também: uma dor sufocante. Um dor que fazia ela querer correr até Regina, tira-la dos braços de Robin e a levar para Nova York com Henry. Era isso, era só aceitar o acordo de Gold e pronto, resolveria metade dos seus problemas.

Mas era covardia. Covardia ter que afastar alguém do final feliz que tanto fez para conquistar.

— Estou escutando seus pensamentos daqui. – Ela escutou uma voz masculina conhecida. Virou-se e não pode deixar de dar um leve sorriso a presença de Killian. Ele sentou-se ao seu lado e Emma deu uma cerveja para ela. – O que aconteceu, love?

— Regina aconteceu! – Ela murmurou e ele riu.

— Ela parece ser a maior causa de suas dores de cabeça não é? – Emma assentiu. – Acredite em mim, essas são as que mais valem apena.

Emma olhou confusa para o pirata e ele sorriu, um sorriso de quem sabia de algo que ela não sabia.

— O que você quer dizer com isso? – Questionou confusa.

— Um dia você vai entender o que eu quero dizer. – Ele respondeu. – Só vamos torcer para que não perceba tarde demais não é?

Emma suspirou. Resolveu ignorar aquilo, não queria outra coisa para pensar.

— Enfim, o que pretende fazer com Regina? – Perguntou Killian.

— Eu não sei.

— Eu passei na delegacia agora, antes de vim para cá. Queria ver como estava à história com Gold, mas você não estava, seu pai me contou o que aconteceu. Até a parte que você precisa tirar Regina da cidade, porque ainda não fez isso?

— Robin!

Hook ficou em silencio, experimentou dar um gole na cerveja enquanto Emma observava atentamente o mar. Ela havia se arrependido de não ter ido com roupas de banho, a água estava tão tranqüila que não podia impedir o desejo de entrar no mar. Killian perguntou que horas que era e quando Emma respondeu ele sorriu.

— Tinker me contou algo interessante. – A loira o encarou. – Regina marcou uma consulta com um obstetra para daqui a trinta minutos, eu não sei bem o que isso significa, mas envolve a gravidez, então se você correr ainda consegue encontrar ela.

Emma arregalou os olhos. Como não ficara sabendo disso? Então sorriu.

— Obrigada Killian. – Ela deu um beijo no rosto do pirata e correu em direção ao fusca amarelo, esquecendo completamente a cerveja para trás. Mas sabia que o pirata faria bom uso daquelas latinhas.

Ela acelerou o máximo que pode com o fusca. As ruas não estavam muito movimentadas e ela era a xerife, então não tinha muito com o que se preocupar. Havia apenas uma clinica medica na cidade, Emma sabia por causa da época que Snow engravidou. Assim que estacionou o fusca pode ver o carro de Regina estacionado ali, mal saiu do carro e a porta da clinica se abriu mostrando a rainha.

— O que faz aqui? – Perguntou Regina e Emma sorriu.

— Alguém me contou que você tem uma consulta marcada, resolvi vim acompanhar-la. – A loira respondeu sorrindo mais ainda. Regina a olhou. – Como sabia que eu estava aqui?

— O barulho do fusca. Quem te contou?

— E o que isso importa? Estamos aqui e a consulta deve começar dentro de sete minutos, eu não vou sair e imagino que você também não. Então, vamos entrar? Esta um pouco frio.

Emma passou por Regina entrando na clinica, a morena veio atrás dela suspirando.

— Não pode entrar acompanhante. – Afirmou Regina.

— Pode sim! – Emma desmentiu sentando-se e pegando uma revista.

— Como sabia que a clinica ficava aqui? – Regina perguntou hesitante após se sentar ao lado de Emma.

— Snow. – Emma apenas respondeu dando de ombros. Então riu de alguma coisa na revista, logo em seguida mostrando para Regina. – Olha isso, seria incrível ver você vestida num macacão desse.

E ela riu novamente.

— Emma...

— Apesar de que rosa realmente não ser sua cor.

— Emma.

— Talvez preto, certo?

— EMMA SWAN! – Regina gritou conseguindo atenção de Emma e também da secretária.

— Não seja deselegante, Regina. Não se pode gritar nesses lugares. – Emma a repreendeu com puro sarcasmo. Regina bufou.

— O que você realmente esta fazendo aqui? – Regina questionou.

— Eu já disse Regina, eu vim te acompanhar. Não é a primeira vez que você tenta se afastar ou afastar um filho meu de mim e também não vai ser a primeira vez que você vai falhar miseravelmente, pois eu sempre vou te achar. – Ela falou sorrindo e logo depois fez um careta rindo em seguida. – Isso ficou muito Charming, acho que herdei os talentos de meu pai.

Regina bufou encostando as costas na cadeira. Ela não falou mais nada, mas Emma também notou que parecia mais relaxada. Por fim a secretaria chamou o nome de Regina e talvez, apenas talvez, Emma tenha dado um pulo da cadeira de forma ansiosa.

Regina revirou os olhos.

— Se controle Miss Swan.

Emma assentiu dando um sorriso em forma de desculpa. Regina passou por ela e entrou na salinha, a loira indo atrás. Depois de apresentadas a médica e devidamente acomodadas, ela começou a fazer algumas perguntas para a morena. Emma apenas acompanhava, ela já sabia o tipo de perguntas que ia. Mas seus pensamentos estavam em outra coisa: observar o lugar. As palavras de Gold voltaram a sua mente imediatamente. Regina não podia continuar ali, de forma alguma. Storybrooke não tinha nem metade da tecnologia suficiente para poder cuidar da gravidez da Rainha e aquela salinha era o exemplo. Era tudo tão simples além de coisas improvisadas, que Emma se assustou. Quando voltou a prestar atenção na conversa, percebeu que a doutora havia pedido alguns exames para Regina e avisou que faria um ultra-som na próxima consulta, dali a duas semanas. Afinal ela não havia preparado o aparelho para que o ultra-som fosse feito naquele momento.

E mais uma vez Emma teve certeza: Regina não poderia ficar naquela cidade.

— Esta satisfeita Emma? – Regina disse depois que saíram. – Eu sabia que a primeira consulta não seria nada demais, por isso não te chamei. Conheço Henry o suficiente para saber que ele me mataria caso eu fosse ver o bebe e não contasse a você.

Emma sorriu um pouco, sabendo que aquilo era verdade.

— Algo te incomodou na consulta, o que era?

— Regina... – Emma começou na sabendo bem por onde continuar. – Você já imaginou ir para Nova York?

A morena a olhou. – Não, nunca!

— Olhe para Storybrooke. É uma cidade pequena no meio do nada, criada por uma maldição para personagens de contos de fada. – A loira começou. – As coisas aqui são atrasadas, a tecnologia principalmente.

— Aonde quer chegar Emma, eu ainda não entendi?

— Há motivos para eu estar lhe fazendo essa proposta, acredite, mas não é bom que você saiba nesse momento. Isso pode causar desespero em você e pode não ser bom para vocês dois. O que eu quero dizer Regina é que eu acho que devemos sair de Storybrooke, pelo menos nos primeiros meses de gestação. A criança que esta dentro de você é gerada por magia, é algo perigoso e que não sabemos bem como lidar. No meio desse nada e de uma tecnologia fraca, não temos vantagem em nada. Mas se formos para uma cidade como Nova York vai ter especialista e médicos excelente ao seu dispor.

— Esta dizendo para abandonarmos Storybrooke? – Regina perguntou chocada.

— Estou dizendo para darmos um tempo. Para cuidarmos da saúde do bebe que esta por vim. – Emma voltou a dizer depois de um tempo em silencio. – Eu, você e Henry que tal?

Regina ficou em silencio. Emma podia jurar ver os olhos da morena brilharem, mas logo o brilho desapareceu. A rainha ficou em silencio, como se mil coisas passassem por sua mente e Emma sabia que passava.

— Eu sei que o que eu to pedindo pode ser demais. – Emma começou um pouco mais delicada. Sua voz saia baixa e carinhosa. – Sei que pedir para você se afastar de Robin por alguns meses é algo... Que não estava em seus planos. Mas...

— Vamos. – Regina a interrompeu.

— O que? – Emma ficou confusa.

— Nós vamos para Nova York. Eu, você e Henry.

— V-você tem certeza?

Regina relaxou os ombros e sorriu de leve.

— Você esta certa Emma, não posso ficar em Storybrooke agora. Podemos partir no final de semana, é tempo suficiente para Henry preparar as malas e nós duas conseguirmos algum lugar para ficar.

— Mas e Robin?

A morena ficou em silencio o sorriso já não estava em seus lábios. Ela encarou os olhos verdes de Emma e a loira imediatamente soube que havia acontecido alguma coisa. Alguma coisa entre Robin e Regina. Então apenas deu de ombros e disse sete palavras que de alguma forma, fez o coração de Emma parar. Ela só não compreendeu o porque.

— Talvez Robin não seja meu final feliz.


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Notas finais do capítulo

Viva la Swan Queen



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