Teresa ainda estava com um mau estar horrível, mas não negou o convite do Conde Bennet para sua residência. O Duque de Blanc e a filha herdeira acompanharam Henrique na carruagem. O local não era muito longe, portanto seria possível ter um ótimo jantar e voltarem para seu devido lar.

O Duque de White, o mais novo amigo de Teresa, havia voltado a cidade para resolver alguns problemas. Portanto despediu dos cavalheiros e da Duquesa e partiu em sua carruagem.

A mansão, ou pode se dizer castelo, era um local sombrio, causado calafrios na nobre garota. Era construída de um material escuro e o jardim ao redor possuia várias árvores grandiosas que chegavam a assustar naquele final de tarde.

Um criado aguardava seu senhor e os convidados. Teresa se depositou no chão com se seu vestido rosa claro, fazendo-a se iluminar no mar de cores negras. A sala principal era imensa, com revestimento em vermelho e grande quadros de diversas paisagens. Isso apenas aterrorizava mais ainda a Duquesa.

–O jantar será servido dentre uma hora, senhor Bennet- avisou o mordomo que logo se retirou da sala.

–Eu e o senhor Blanc vamos estar no escritório. Enquanto isso, senhorita Blanc, pode explorar as outras salas- sugeriu o Conde Henrique Bennet. Teresa não opnou com a decisão.

A bela jovem deslizou pelos tapes e abriu diversas portas. Ivestigou o máximo que conseguiu. Então parou no corredor e observou o seu reflexo no velho espelho sobre a luz das velas.

Dançou pelos carpetes no longo corredor, se sentindo livre. Mas o que mais intrigou a moça foi o largo quarto empoerado com uma lareira apagada, quase sem móveis, apenas um antigo piano-forte.

Teresa se aproximou do instrumento com certo receio. Quando seus finos dedos encotaram as velhas teclas, foi como um mar de felicidades atingiu a garota, fazendo-a sorrir. Ela sentou no pequeno banco e iniciou-se a toca. Era uma doce melodia, o suficiente para faze-la transbordar de alegria. Lembrou de sua mãe e como sentia falta de sua presencia. Ao tocar, chorou de emoção, sem reparar a outra pessoa no quarto.

–Não podemos continuar nos encontrando nos momentos em que você chora, senhorita Blanc- se fez presente o Conde Bennet, fazendo a jovem levar um susto.- Desculpe, minha intenção não era assusta-la, mas devo adimitir que toca maravilhosamente bem. Porém as lágrimas em seu rosto me deixam preocupado.

Teresa se supreendeu ainda mais com a atitude do senhor Bennet. Aquele não era como agia normalmente. Secou as lágrimas e fechou a tábua do piano. Se levantou com urgência e curvou para o Conde e abaixou a cabeça.

Henrique não aguentou mais e foi com rapidez até seu encontro. Segurou com força seus braços e os chacoalhou-os.

–Por que você sempre age assim?- disse com raiva.- Por que sempre me trata com alguém superior? Como se me devesse respeito. Você nem ao menos me conhece!

–Me perdoe senhor. Mas fui educada assim- Teresa estava com os olhos lacrimejando, porém encarou o Conde com a mesma raiva e desprezo.- Fui ensinda a jamais desrespeitar um homem- depois de retomar as suas palavras em sua mente, se ajoelhava no chão e iniciou a pedir perdão ao senhor Bennet. Esse, se agachou ao chão junto a ela e tomou suas mãos.

–Pare senhorita. Pare, por favor- ele a implorou.

–Por favor, não conte a meu pai. Ele me puniria da pior maneira possível. Eu peço seu perdão e seu segredo.

–Teresa eu jamais faria isto- Henrique olhou com firmeza nos olhos da jovem.- Vamos jantar.

O Conde a ajudou se levantar, porém Teresa se sentiu fraca e quase caiu no chão novamente, porém os braços de Henrique a seguraram. Então a jovem dama desmaiou, deixando o cavalheiro com a maior de suas angústias.