Nos Tempos Modernos escrita por No Name


Capítulo 2
Capítulo 2




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–Certamente, senhor Blanc. As Américas são um grande investimento, mas ainda prefiro os negócios na Inglaterra, meu país natal- declarou o Duque de White para os senhres que o acompanhavam na discussão.

Senhor White e o Conde Bennet dialogavam com o senhor Blanc no escritório da propriedade do próprio. Eram todos companheiros de negócios e comentavam onde deveriam aplicar seu dinheiro. O senhor Blanc possuia maior experiência por ser mais velho em relação aos convidados, assim, dando-lhes dicas.

–Onde esta minha filha?- perguntou impaciente o Duque Blanc para a empregada pela segunda vez naquela manhã- Mande chama-la.

–Desculpa senhor Blanc. A senhorita Teresa avisou que não acordara nas melhores condições, mas que juntaria em breve com os senhores- disse a funcionaria, mantendo a cabeça abaixada.

–Esta bem, pode ir agora- o Duque a dispensou.

Teresa acordou com uma terrível dor em sua cabeça, mas não poderia ficar em seu quarto, sem receber as visitas. Sabia que seu pai jamais a perdoaria. Com a aparência ainda pálida e a exaustão do corpo, desceu a escadaria e encontrou com os três cavalheiros no escritório do pai. O Conde Henrique Bennet com o mesmo olhar gélido de sempre. O Duque de White com o sorriso malicioso ao olhar a bela jovem se curvar diante deles. Já o pai da garota, com a mesma seriedade repreendora de costume.

–Me perdoe pelo o atraso senhores. Não estava me sentindo bem- ela se desculpou com a cabeça abaixada, o que apenas deixou o Conde irritado. Por que uma criatura tão bela deve esconder o rosto com traços delicados?

–Não há nada a perdoar aqui, senhorita Blanc- afirmou o Conde.

Mesmo o Duque Blanc não ter gostado do ato do senhor Bennett, pois era ele quem deveria educar sua filha, não protestou. Henrique era um jovem muito rico, de classe social altíssima e, ainda, era um dos possíveis pretendentes de Teresa.

A jovem sorriu de leve, fazendo apenas o Conde perceber e aceitando como um agradecimento.

–Teresa, o senhor White gostaria de conversar com você-informou o pai.

–Senhorita Teresa, me daria a honra de acompanha-la num passeio em seu jardim?- perguntou o Duque de White para a jovem que apenas aceitou o convite por ser de agrado ao pai.

Quando os dois cavalheiros ficaram a sós no cômodo, o Duque Blanc se permetiu perguntar algo ao Conde Bennet que o incomdava a alguns dias.

–O que você tem em mente com o Duque de White casando-se com minha filha, senhor Bennet?- questionou a tão intrigante pergunta.

O Conde Henrique se assustou num primeiro momento, mas logo se recompôs e respondeu ao companheiro de negócios.

–Acredito que esteja com o conhecimento da má fama do Duque que circula toda a Inglaterra. Não posso afirmar que os comentários são inteiramente veríticos, mas a uma verdade parcial neles- ele olhou para o jardim, onde os dois jovens andavam pela grama esverdeada. Sentiu uma ponta de inveja, contudo, continuou sua fala.- Suas passadas pelos bordeis estão fora de questão. Mesmo tendo influência, sendo de boa família, não seria o melhor pretendente a senhorita Teresa.

–Eu devo concordar com o senhor. Entretanto, Teresa parece não conseguir se decidir e ela esta crescendo, precisa de um marido logo- o Duque confessou um tanto aflito.

–Não posso descordar, mas recomendo que procure outro- o Conde deu a palavra final no assunto.

Enquanto isso, Teresa observava com alegria a vegetação diferinciada de sua casa. Era uma linda combinação de cores e uma agradável mistura de odores. Mesmo um pouco tonta conseguiu reparar nestes pequenos detalhes.

–Deseja sentar, senhorita Blanc?- propos o Duque de White e apontou para o banco logo adiante em que os dois se acomodaram. O nobre tomou a mão da jovem, fazendo sentir-se assustada.- Eu desejo algo de você Teresa Blanc- ele foi informal em sua resposta, deixando a moça assustada.- Eu quero ser sua amiga Teresa.

–Amiga?- a Duquesa se surpreendeu.

–Certamente! Vamos levantar os fatos Teresa. Não estou interessado em me casar com você e preciso de uma amiga confiável. Você é a companheira perfeita- Teresa se ajeitou no banco.- Quando tivermos a sós, não precisamos de tanta formalidade senhorita.

–Isso é tudo muito estranho- Teresa comentou se sentindo insegura.

–Concordo com você. Mas quero algo novo, Teresa. Não há ninguém em minha vida que posso delegar um segredo. Porém acredito que posso com você- o Duque suspirou feliz com sua própria ideia e virou para a Duquesa, esperando sua reação.- Será que podemos ser amigos Teresa?

–Creio que sim, senhor White- Teresa sorriu verdadeiramente.

–Por favor, Alexandre quando não estivermos ao redor de outros.

–Alexandre seja, meu amigo- os dois sorriram com a nova amizade.


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