Um Sentimento complicado escrita por Reader Secret


Capítulo 18
Encontros em bibliotecas & Tempestades assustadoras


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIII MINHA GENTE, sim eu não morri mas sei que vocês provavelmente querem me matar , bom mas eu tenho motivo. Eu mudei de escola e agora estou no ensino médio e tipo é muito puxado e eu fico quase sem tempo para respirar, fora que eu fiquei meio desmotivada para escrever porque eu não estava e não gosto muito do que eu escrevo e parecia que essa minha falta de auto estima em relação a escrita estava pior esse meses, então eu peço desculpas desde já pela demora, pelo capitulo e enfim por tudo. Uma coisa, espero que não fique muito cansativo a leitura, porque o capitulo tem quase seis mil palavras, pois é eu tentei compensar a demora. Bom eu quero agradecer a todo o apoio das pessoas que comentaram, favoritaram, e leram a historia, são vocês que me fazem continuar a postar. Então muito obrigada mesmo de coração. Enfim eu não quero prolongar muito aqui porque o capitulo ja vai ser um pouco cansativo. Enjoy dele fofuras.
beijos ajujubados -Bea



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Um dia desses o céu vai quebrar e tudo vai escapar e eu saberei

Um dia desses as montanhas vão cair no mar e eles vão saber

Que você e eu fomos feitos para isso

E eu fui feito para provar o seu beijo

E nós fomos feitos para nunca nos separarmos

Nunca nos separarmos

(Letters from The Sky – Civil Twilight)

P.V.O Elliot

Era um sábado banhado por um clima fresco da manhã tipicamente úmida dessa época do ano, eu avia marcado de encontrar o Dani na biblioteca pública para terminamos os últimos ajustes do trabalho do nosso querido mas assustador quando queria professor Ryan. Ele nos dava aula de teatro desde que iniciamos o ensino médio a três anos atrás, foi uma mudança repentina naquela época tanto para mim como a maioria dos meus atuais colegas que me acompanharam praticamente o fundamental dois inteiro.

Amávamos nossa professora alegre e altamente Hippie, seu nome era Megan, ela era maravilhosa todos contavam os segundos nas sextas-feiras para que sua aula que era a última do horário chegasse logo, para sermos envolvidos por suas atividades malucas e contagiantes. E quando simplesmente o final do fundamental chegou ficamos extremamente assustados com a ideia de não ter mais aula dela, mas no final perdemos o medo da nova fase da nossa vida chamada Ensino Médio e também do futuro professor de teatro.

A aula de teatro era mais como uma aula complementar no ano para ganharmos pontos extras que seriam incluídos em nosso boletim no final do ano, e de acordo com o diretor ajudava a sermos mais criativos e de alguma maneira para ele nos tornava pessoas melhores, mas todos sabíamos que ele passou a dar mais valor quando um aluno saiu do nosso colégio e ficou bastante famoso por sua atuação, e ele então resolveu continuar com as aulas como se de alguma forma fosse encontrar outra estrela que desse gloria a escola. Só que esse ano a aula de teatro também contaria como em partes para favorecer nosso currículo se assim posso dizer para universidade.

Dani ainda não avia chegado e eu continuava absorto nos meus pensamentos, eu sempre costumei a pensar demais sobre tudo o que eu fazia, sobre o que eu queria fazer, sobre o que eu deveria ter feito, sobre meu passado e futuro. E aquilo as vezes era muito importuno, eu queria fazer as coisas por um momento sem pensar mas só conseguia fazer isso quando estava bêbado, rir com esse pensamento, porque quando eu estava bêbado as coisas impensadas que eu fazia era motivo de arrependimento no outro dia.

–Não sabia que você era um homem de passar o tempo em bibliotecas, Sr. Christian. –Estremeci ao ouvir aquela voz bem conhecida por mim, e não me contive a sorrir. Então me virei encontrando uma morena com um vestido de estampa florida de mangas que ia até um pouco depois do joelho e claro com seu óculos quadrados preto, mas dessa vez ela estava com os cabelos soltos não me impedir de admirar seus belos ondulados cabelos pretos que caiam por todas suas costas e ombros.

–A muitas coisas que a Senhorita Clemons não sabe de mim. –Falei em tom zombeteiro e rir em contagio a seu riso. Reparando bem ela estava com um livro nas mãos e sem nem retrucar se sentou ao meu lado na mesa em que eu estava.

–Interessante você vim a uma biblioteca e nem ao menos estar lendo algo, posso até estar enganada mas você não está aqui para ler como a maioria das pessoas. –Falou ela desafiante para mim, o pouco que pude conviver com a morena percebi como era observadora e atenta as coisas e pessoas a sua volta. Rir da sua curiosidade e a respondi.

–Verdade você me pegou, eu não venho aqui sempre e nem vim para ler nada. Na verdade estou esperando uma pessoa. –Revelei um pouco do meu motivo de estar aqui queria ver até onde sua curiosidade iria e se ela realmente ira perguntar. Então ela riu um pouco e me encarou com seus olhos castanhos como alguém que avia acabado descobrir algo importante.

–Hum...interessante sua ideia de encontro com alguém logo em uma biblioteca, admito nunca vir algo desse tipo antes, acho bem original. –Ela não chegou a perguntar mas insinuou algo que me fez rir bastante, ela achava que eu estava em um encontro até eu me surpreenderia se alguma vez eu visse realmente alguém marcar um encontro romântico em uma biblioteca, mas a ideia dela se tornou ainda mais engraçada pelo fato que nem chegava perto de o porquê eu me encontrar tão cedo da manhã de sábado nesse local.

Ela ficou um pouco ruborizada por eu estar rindo, e eu fiquei ligeiramente encantado por sua timidez, na maioria das vezes ela me perguntava coisas malucas e vê-la assim era algo novo.

–Do que você está rindo? –Perguntou ainda corada mas com grande curiosidade em seu tom de voz.

–E que eu não estou em um encontro, bem longe disso. –Falei a encarando com um sorriso, e ela fez um sinal de “o” com a boca, como quem dar a entender “Ah sim porque eu pensei que fosse isso”.

–Serio? Pensei que estava em um encontro romântico, penso que a ideia agora é idiota claro que você deve ter muita experiência em encontros e não deve chamar com certeza garotas para vim aqui. –Falou ela gesticulando com o braço e rindo da sua própria explicação, e eu refleti um pouco para pensar se realmente eu tinha cara de uma pessoa experiente em encontros.

–Por que você acha que eu sou uma pessoa experiente em encontros? –Perguntei com curiosidade e um pequeno sorrido no canto da boca.

–Ah sei lá, você tem cara daqueles caras de filme que saem por ai com muitas garotas e que só pelo olhar fala “Sou tudo o que você quer saia logo comigo gata”; sabe percebi isso no primeiro dia que eu te conheci na escola. –Ela é com certeza diferente de todas as garotas que eu já conheci e esse jeito de falar a tornava sem dúvida engraçada e não se avia como não querer estar perto dela. Gargalhei alto por sua maneira de imitar a voz masculina.

–Serio? Então você pensou isso tudo quando olhou para mim? E como acha que meu olhar estar agora? –Perguntei me divertindo e a desafiando, percebi pela segunda vez no dia Kira Clemons corar eu estava adorando provocar isso nela.

–Sim eu percebi, e eu pensei em seguida “Legal tem garotos bonitões aqui, vou ter com que me distrair nas aulas chatas”. E seu olhar no momento estar “Nossa ela realmente estar falando isso?” Sim querido eu estou. –Eu não conseguia conter o riso e a surpresa por ela estar falando isso, é realmente encantador esses pensamentos sem filtros dela.

–Fico lisonjeado em distrair suas aulas, mas sabe você realmente fala tudo o que pensa. – Fiz um gesto de gratidão e a encarei rindo.

–Claro que falo é mais fácil assim e depois não vou ficar me arrependendo de não ter falado o que eu queria, mas se isso te incomodar saiba que eu não vou parar de fazer isso. –Ela arrebitou o nariz como alguém fosse impossível mudar de ideia.

–Mas eu gosto dessa sua boca sem filtro e as vezes eu queria falar tudo o que eu penso como você. –Olhei para ela que sorria para mim.

–Então por que não fala? –Perguntou me desafiando, ela viva me desafiando e eu acho que ela realmente gostava disso.

–Porque eu não consigo, tenho a péssima mania de pensar demais. –Então ela riu e eu fiquei realmente curioso sobre o porquê, e me encarou como se tivesse tido uma grande ideia podia até jurar que vir uma lâmpada acesa na sua cabeça.

–Sabe Elliot Christian eu tive uma ideia. –Riu de seus próprios pensamento pelo o que eu percebi e então eu fiquei ainda mais curioso.

–Qual seria sua ideia Kira Clemons? –Olhei para ela que estava com cara de criança que queria aprontar.

–Você vai me falar a primeira coisa que aparecer na sua cabeça e eu também. –Cogitei a ideia tentadora mas fiquei nervoso.

–Ham... assim, não sei. –Falei nervoso, porque eu tinha certeza que ia falar besteira.

–Por favor, vamos lá não custa nada tentar. –Falou ela com um olhar de gato de botas eu acabei cedendo.

–Sabe você pode ser bem manipuladora quando quer. –Rir de sua insistência.

–Eu sei querido, e a muitas coisas que você não sabe. –Fez uma expressão como quem queria manter um mistério. –Mas antes que você nos faça fugir do assunto, vamos lá fale a primeira coisa que vem a sua cabeça.

Como uma psicóloga ela retirou os óculos e ficou observando minhas reações.

–Eu gosto muito do seu cabelo solto mas particularmente estou gostando mais ainda de te ver sem óculos. –Falei de cabeça baixa por falar tão abertamente que eu estava admirando isso nela, junto com a vergonha por sua possível reação.

–Eu penso que você fica uma gracinha envergonhado. –Falou soltando uma risadinha e quase como um sexto sentido pude senti seu olhar continuar a queimar sobre mim, e tanto suas palavras quanto isso me fazia ficar mais envergonhado.

–Penso que você deve estar adorando me ver envergonhado e te digo que fora minha mãe e minha prima você é a única pessoa a me fazer ficar assim. –Continuei de cabeça baixa por ainda estar envergonhado, mas mesmo assim eu estava gostando daquilo.

–Sim eu estou adorando isso, admito, e ainda mais porque eu sou uma das poucas pessoas a te deixar assim. –Ela falou e levantou minha cabeça com seu dedo em meu queixo, e eu pude olhar bem dentro dos seus olhos castanhos que tinham um brilho de alegria. Com certeza ela era muito mais do que as pessoas podiam ver.

–Sabe eu gostei de você desde o primeiro dia que eu te vi, mas achei que você era bem diferente do que eu vejo agora e sabe eu gosto muito disso, porque justamente você é diferente. –Falei olhando bem dentro dos seus olhos e me perdendo totalmente neles e ela desviou por nenhum momento, apenas sorriu abertamente.

–Eu também gostei de você desde o dia em que te vi, gostei mais ainda quando cai em cima de você sabe o porquê? –Apenas neguei mordendo os lábios para segurar um riso, e ela também fazia isso. –Porque eu pensei tipo “Eu nunca vou sair desse labirinto de escola”, ai eu cair em cima de você antes que eu pudesse ter ficado envergonhada eu me senti aliviada de encontrar alguém para me ajudar e porque também eu percebi que você é legal e não uma espécie de monstro das trevas que iria me matar no labirinto do terror.

–Nossa eu não sabia que eu tinha te salvado de tudo isso, me sentir um herói agora. –Falei rindo tanto do que eu falei como de sua explicação completamente maluca da história.

–Ah você me salvou mesmo, eu já estava imaginando que ou eu iria morrer perdida lá ou o fantasma da opera iria me matar. –Eu rir ainda mais da expressão de seriedade que ela fazia.

–Sabe eu amei te encontrar aqui. –Falei rindo, porque ela simplesmente de uma hora para outra animou minha manhã.

–Eu também gostei de te encontrar aqui e mas até agora você ainda não me disse o que realmente veio fazer aqui. –Falou de braços cruzados como se me acusasse de um crime.

–Na verdade eu vim fazer um trabalho da escola... –Falei um pouco surpreso comigo mesmo por ter esquecido totalmente de o porquê de eu estar aqui e do Dani que eu não sei onde se meteu.

–Ah mas eu não lembro de nenhum trabalho da escola. –Continuou de braços cruzados me acusando desconfiada.

–Porque o trabalho é de Teatro, você sabe é complementar. –Falei nem sei porque mas quis me defender, ela realmente parecia aqueles policiais que matariam você se não falasse a verdade.

–Ah sim, é que eu não faço aula de teatro. –Fez uma expressão surpresa e olhou como se me pedisse desculpas pelo interrogatório.

–Como você conseguiu se livrar das aulas complementares? –Perguntei surpreso, porque todo mundo era obrigado a fazer essa aula.

–E que quando eu entrei eu preferir fazer a aula de desenho. –Falou ela como se tivesse vergonha de falar disso, e eu fiquei mais surpreso por saber disso.

–Então temos uma artista, você não para de me surpreender Senhorita Clemons. –Falei sorrindo encantado por Kira ser totalmente diferente de como eu esperava que fosse, ela me surpreendia com seu jeito a todo momento.

–Não sou uma artista. –Protestou divertida. –Bem longe disso, na verdade estar mais para tímida, eu tenho vergonha demais para encarar a aula de teatro sabe eu não sou muito fã de ter pessoas me encarando esperando que eu faça algo que a surpreendam.

–Entendo, mas acho que você não deveria ter vergonha na verdade acho que você se sairia bem. –Tentei convencê-la que de que o teatro não era tão ruim, ela é tão espontânea não acho que teria problema para atuar.

–Talvez você esteja certo mas prefiro minhas aulas de desenho com poucas pessoas que estão tão quietas e atentas as suas telas que não esperam algo surpreendente de mim. –Falou sorrindo e fazendo uma expressão como se lembrasse das aulas, e então um som cortou a calma que o local onde estávamos emanava, era o som do celular dela.

Kira olhou para tela e arregalou os olhos como se lembrasse de algo muito importante e sinalizou para mim que iria atender o celular, e eu assenti, então ela se levantou e se afastou um pouco da nossa mesa para a entrada da biblioteca. Ela gesticulava enquanto falava e assentia com algumas coisas, depois sorriu abertamente, e eu fiquei curioso de com que ela deveria estar falando.

Antes de desligar o celular ela assentiu mais uma vez, depois veio caminhando um pouco apressada para onde eu estava, e como instantaneamente meu celular apitou e eu fui olhar o que era, era uma mensagem do Dani me avisando que não veria porque teve um imprevisto. Eu até me preocuparia se não tivéssemos feito nada do trabalho, mas só faltava o texto dava para fazer a minha parte em casa e a dele na casa dele.

–Elliot eu tenho que ir. –Kira tocou no meu ombro chamando minha atenção.

–Parece que eu também, eu ia fazer o trabalho com o Dani mas ele não pode vim. –Expliquei a ela. –Eu posso te dar uma carona o que acha?

–Minha vó já vem buscar desculpe, mas da próxima vez eu aceito a carona. –Sorriu se desculpando.

–Então eu posso pelo ou menos te acompanhar até lá fora? –Sugerir insistente.

–Pode sim. –Sorriu e fomos caminhando até a saída.

O caminho foi em um silencio confortável, até porque estávamos em uma biblioteca e garanto que se fizéssemos barulho a bibliotecária idosa que estava lá nos mataria com aquela bengala na qual ela se apoiava, sempre tive medo desde do dia em que eu vim a primeira vez aqui. E também o percurso era pequeno não permitiria uma conversa muito longa.

–Então eu acho que isso, nos vemos na escola? –Sorri me despedindo ao sair da biblioteca.

–Nos vemos na escola Senhor Christian. –Sorriu caminhando para um carro que estava estacionado no outro lado da rua.

–Tchau Mocinha do labirinto. –Gritei para ela que já estava outro lado da rua e se virou rindo.

–Tchau Herói. –E assim ela entrou no carro de um mulher morena como ela com cabelos grisalhos, e assim as duas partiram pela rua a cima, e eu estava sorridente.

Observei o carro dobrar a rua e comecei a me mover para caminhar até onde meu carro estava até que sou interrompido por uma voz.

–Andando com a novata estranha Elliot quem diria?

P.V.O Austin

De uma hora para outra eu vi as cortinas pegando fogo, eu tentei apagar o fogo com pano para enxugar louça, e então tudo deu errado e em uma fração de segundos ela estava desesperada e eu também. E quase que por um milagre os sensores inundaram a cozinha com sua agua, então tudo foi um flash ela tentando demostrar sua ira pelo o que eu causei e nós dois indo de encontro ao chão, e então eu me perdi naqueles olhos, nos olhos grande e castanhos.

Olhos a qual me transmitiam tantas coisas, tantas lembranças, quase como uma bala dolorosa no coração mas também como um refúgio para tempos difíceis, como se toda a bipolaridade que eu sentia em relação aos meus sentimentos a ela fosse normal. Era como uma prisão boa a qual você se prendia no mesmo momento que se colocava dentro daqueles olhos pela primeira vez, pelo ou menos foi assim que aconteceu comigo.

Chamar de destino, acaso, ou algo maior, eu não sei como colocaria o dia que eu a conheci. O dia que aceitei viver preso a aqueles olhos ou a mera lembrança deles, era como se pela primeira vez na vida eu pudesse realmente ter certeza do que queria e sentia naquele momento, como se mesmo que eu não entendesse o que era viver eu soubesse que aquele momento me marcaria para sempre. Só pelo simples fato de estar sendo puxado pela atração que eu estava sentindo por aquela boca me fizesse pensar isso tudo em segundos.

Tudo o que eu sentia por ela mudava a cada instante e parecia que nunca teria fim, só que a vida não é feita só de sentimentos ou de certeza e duvidas, mas sim de ações e por essas ações que eu tenho que pagar todos os dias e somente por elas que não posso simplesmente seguir em frente, eu preciso resolver todos os problemas pendentes para que eu possa pensar em ter uma vida sossegada e em paz como sempre imaginei.

Mas por enquanto eu posso me deter em somente me aproximar cada vez desses lábios pequenos e rosados que chega a parecer um veneno de tão atrativos, ela parecia tão fora do ar quanto eu e isso me deixa feliz, porque talvez em minha pequena ilusão ela possa se senti como eu me sinto. Quando a distância já estar quase que insuportável como se tudo esteve em câmera lenta, quase como se eu estivesse impossibilitado de ser mais rápido e mesmo assim estive perto demais. Nossos lábios finalmente se rosaram e nossos olhos fechados.

De repente tudo é cortado como quando se estar vendo um filme muito bom e ele acaba logo na parte em que as coisas iam começar a dar certo, a porta dos fundos da cozinha se abre apressadamente e seu estrondo por mais que possivelmente tivesse sido pequeno parecia enorme para nós dois que tentamos nos recompor da maneira mais rápida possível. E me levantei atordoado do chão e então tentando poder entender quem ali tinha entrado.

Uma senhora de cabelos ruivos que tinha na faixa de seus quarenta e cinco anos estava de pé nos olhando com uma cara maliciosa mas extremamente feliz, e eu também estava feliz por rever a mulher praticamente me adotou por anos. Joana a antiga empregada da família Dawson na qual Ally considera como uma mãe e que eu tinha passado a considerar como a que eu praticamente nunca tive.

–Acho que interrompi algo aqui, me desculpem. –Falou a senhora com uma risada um tanto acusadora e insinuada para nós dois que provavelmente estávamos vermelhos e sem graça.

–O que?! claro que não tia joana, que dizer ainda posso te chamar assim? –Respondeu de imediato a garota feliz mas ainda um pouco envergonhada pelo acontecido.

–Claro que pode minha pequena “llycia” que na verdade de pequena não tem mais nada. –Falou a jovem senhora emocionada pelo fato da pequena garota da família Dawson ter crescido, Ally pareceu sorri ao antigo apelido usado pela mulher e então as duas se abraçaram fervorosamente.

–Nossa tia joana fazia tanto tempo que eu não te via, desculpe pela bagunça eu não sabia que a senhora viria hoje, aliais irá voltar a morar aqui? –Falava tão apressada e animadamente com a mulher ruiva a nossa frente, e eu observava tudo ainda meio tímido por sua presença e eu entendia a alegria de Ally, a “Tia” Joana sempre foi mais que uma empregada para nós dois e para toda família Dawson também.

–Eu não sabia também que estaria aqui minha pequena, seu pai me ligou ontem à tarde me pedindo para organizar a casa e também me pedindo desculpa por esse favor em pleno meu recesso, acho que ele queria fazer uma surpresa a nós duas. –Explicou alegremente a estória de sua vinda ali e Ally parecia ficar cada vez mais feliz com a surpresa que as duas estavam tendo. –E sem dúvidas agora eu irei ficar para matar toda a saudade da minha pequena Dawson.

–Acho que pela primeira vez meu pai acertou em uma surpresa para mim, vai ser perfeito te ter aqui novamente porque eu também estava com muitas saudades. –Revelou a garota sorridente e abraçando novamente a senhora ruiva que de imediato retribuiu ao seu ato afetuoso.

–Ah loirinho não pense que eu estou esquecendo de você. –Falou ainda abraçada com Ally que parecia feliz demais para querer desatar aquele abraço, eu me assustei minimamente pela mudança de foco onde se encontrava a conversa.

–Olha que eu estava pensando mesmo que avia me trocado por essa morena furiosa. –Resolvi usar o humor naquele momento tão nostálgico mas alegre, a morena em questão ficou furiosa mesmo pelo apelido me dando um tapa forte no abraço a qual eu gritei em dor imediatamente, e Tia Joana observou tudo rindo.

–Eh parece que vocês não mudaram nada mesmo, digo em relação a amizade de vocês, não perderam essa conexão que sempre tiveram e sabe isso é bom porque hoje em dia é complicado se construir verdadeiros amigos ou até mais que isso. –Falou a senhora que nos observava mais do que feliz e até carregava uma certa malicia no seu tom de voz ao citar a última parte de sua explicação, serio ela até deu uma piscadela.

Eu e Ally coramos pela segunda vez naquele momento, mas mal sabia tia Joana que sua tese sobre nossa “conexão” estava errada porque na verdade de acordo com os fatos atualmente eu e Ally não nos suportamos. Até esperei que ela rebatesse e dissesse que senhora está errada mas ela não o fez, me senti um pouco aliviado porque não queria ver a decepção nos da mulher que eu considerava tanto e acho que a morena ao meu lado pensava a mesma coisa.

A única coisa que fizemos naquele momento foi nos olharmos com uma certa raiva e preocupação sobre a situação a nossa frente, a senhora pareceu perceber o clima e então sacudiu a cabeça como visse algo muito errado a sua frente. Então ela veio até nós.

–Estou sentindo que meus meninos andaram brigando, mas com certeza não deve ser nada demais, nada que uma boa conversa não resolva. –Nos abraçou de lado e beijou nossas testas como se os nosso problemas fossem simples assim que se resolvesse com um simples abraço e pedido de desculpas como fazíamos antigamente, eu sinto falta de como as coisas eram fáceis assim.

–Ah mas não aconteceu nada com a gente, continuamos bons amigos como sempre. Né Austin? –Falou Ally tentando fugir da situação e depois me olhou com os dentes serrados como se me obrigasse entrar nessa mentira estupenda que ela acabara de inventar. Cogitei a ideia de provoca-la, afinal eu ainda sentia raiva das acusações sem sentido dela e talvez com essa conversa ela possa finalmente colocar na cabeça dela que eu não estou mentindo.

–Na verdade eu e Ally tivemos algumas briguinhas sim, sabe ela gosta de resolver sempre tudo somente entre nós, mas a verdade que eu acho que ainda não conseguimos superar os anos longe um do outro e ela deve estar insegura sobre nossa relação e uma conversa nos ajudaria muito. –Resolvi provocá-la mesmo, ela não vive inventado acusações sobre mim então talvez eu possa exagerar um pouco nos fatos, finalizei minha fala sorrindo do mesmo jeito como ela sorriu para mim anteriormente.

–Ótimo Austin, vejo que finalmente aprendeu que esconder os problemas não é a solução mais uma boa conversa pode ajudar muito, antes de vimos arrumar a cozinha mocinhas podemos conversar. –Falou Tia Joana me dando um tapinha nas costa incentivador e sorrindo para nós dois, Ally me olhava tão ameaçadoramente que até sentir uma ponta de medo se estivemos só.

Então fomos para a sala, parecia que estávamos em um tribunal a qual eu era o assassino e Ally a advogada da vítima. Mesmo sabendo que tudo isso poderia acabar pior do que já estava resolvi arriscar pelo ou menos eu sabia que Ally não me estrangularia ali.

–Pronto garotos podem começar, estarei aqui para ajuda-los a resolver o problema. –Sorriu abertamente para nós e eu e Ally nos encaramos como alguém se preparar para um duelo, e eu não iria voltar atrás porque realmente acredito que isso possa ajudar em algo.

–Sabe eu acho isso ridículo, desculpe falar tão abertamente mas eu já tenho certeza de o porquê tudo isso começou e acho que já resolvemos como vai ficar. –Falou Ally nervosa, a raiva me subiu como ela poderia ter certeza de algo que eu nem sei o que aconteceu? E ainda achar que resolvemos alguma coisa.

–Não, eu não acho que resolvemos alguma coisa e na verdade não posso me defender sem saber o porquê de eu estar sendo acusado. –Falei com raiva que já avia me possuído e olhei diretamente nos olhos dela, e ela parecia estar no mesmo estado que eu me encontrava.

–Serio Austin, serio mesmo que não passa pela sua cabeça as burradas que você faz? Por favor né eu já te falei que eu não sou trouxa. –Falou Ally estressada e rindo debochadamente, isso só fez eu me estressar mais também com a situação que estava acontecendo.

–Será que não passa pela sua cabeça que qualquer mal que eu tenha feito a você, seja lá qual seja, se eu realmente queria ou quero seu mal eu não assumiria isso numa boa. Eu nunca quis seu mal Ally será que é difícil para você compreender isso. –Falei tudo que eu estava pensando naquele momento, eu estava estressado demais por ser acusado de algo que eu não tinha feito e principalmente por esse algo envolver o mal dela o que realmente nunca quis.

–É só que sua tese sobre o assunto não é tão correta, porque você pode estar muito bem arrependido e estar se fazendo de sonso sobre o assunto para mim esquece-lo e te “perdoar”. –Quando ela falou isso eu percebi que Ally era teimosa demais para acreditar só na minha palavra, que eu precisaria de muito mais para provar a minha inocência a qual eu nem sabia como iria provar algo que eu não sei como aconteceu e nem o que aconteceu.

–Ally por favor. –Suspirei alto e cansado com tudo aquilo, eu estava cansado demais com toda essa história eu pensava que pelo ou menos ela poderia me trazer um pouco de paz, mas parece que tudo ficou pior porque agora eu tinha certeza que a vida era realmente uma droga. –Acredita em mim por favor eu não aguento mais ter que me defender de algo que não sei, você é importante demais para mim, eu nunca iria te fazer mal.

–Austin você sabe...-Ela tentou rebater mas eu a cortei porque eu já estava farto de tudo isso, que ela me culpasse pelo o que ela quisesse agora eu só queria ficar em paz com ela.

–Será que você não lembra de tudo que já vivemos, como eu sempre tentei te proteger, eu só queria que você confiasse em mim como eu confio em você, me poupa de tudo isso por favor se você deixou de gostar de mim me fala isso agora mas não me culpa por algo que eu não fiz. –Era única explicação lógica para mim, que ela não gostava mais de mim e que isso tudo era uma desculpa para se afasta. Mas então eu só queria que ela fosse sincera.

–Foi porque eu confiei tanto em você que eu me decepcionei, porque eu te considerei tão importante que machucou mais que tudo. –E ela me olhou com um olhar tão dolorido e cortante que eu quis me socar por seja lá o que aconteceu, ela estava magoada e isso era algo que eu não poderia conviver, meus olhos e os dela lacrimejaram.

–Olhas nos meus olhos Ally. –Me levantei fui até ela a levantando também para que olhasse para mim, ela queria desviar o olhar mas eu segurei seus ombros. –Me diz se eu estou mentindo, eu não fiz nada por favor acredita em mim.

–Que droga Austin Moon, porque mesmo sabendo que você deve estar mentindo eu não consigo acreditar que estar. –Ela me olhou e suspirou derrotada, e eu não sabia se ela estava me perdoando ou algo do tipo, eu poderia quase ter certeza que brigaríamos novamente mas pelo ou menos por algum tempo ela me daria uma trégua.

–É porque eu não estou mentindo. –Sorri abertamente para ela, e então eu percebi ela morder os lábios evitando um sorriso também, mas o que eu sabia agora é que por mais magoada que ela estivesse comigo eu ainda era importante para ela.

–Olha garotos eu achei que o problema era pequeno, mas eu acho que é algo muito sério e acho que devam superar isso, vocês são tão importantes um para o outro que eu acho que não devam ficar vivendo com essa história do passado, pensem no futuro porque nunca sabemos o dia de amanhã. –Falou tia joana que eu tinha esquecido completamente que estava ali. –Agora quero um abraço bem apertados dos dois, não quero ver meus meninos brigando feio assim de novo.

–Você estar certa tia. –Eu sorri para Ally abrindo os braço e ela me olhou insegura e então olhou para tia Joana, que enviou um olhar confiante, e ela me abraçou. Aquilo era tão bom, sentir o cheiro bom dos seus cabelos e saber que pelo ou menos estávamos em trégua.

–Agora que vocês mocinhos se resolveram, acho que tem uma cozinha esperando para ser arrumada. –Ela nos olhou semicerrando os olhos, aprendi a nunca questionar aquele olhar.

–Mas foi ele quem bagunçou a cozinha não eu. –Falou Ally se defendendo e eu a soltei do abraço e olhei com a cara fechada. –A qual é você que fez aquilo, não eu.

–Só que se você tivesse me ajudado eu não teria bagunçado a cozinha. –A acusei e ela então me deu um tapa forte do no braço.

–Agora você estar me culpando Moon se...-Ela ia continuar argumentar para fugir de arrumar a cozinha mas Tia Joana foi mais rápida que ela.

–Não quero saber quem bagunçou e quem não ajudou, quero a cozinha limpa e arrumada ou se não... Eu não faço mais a lasanha que eu estava pensando em fazer para o almoço. –Ela pegou no nosso ponto fraco, quando eu e Ally éramos pequenos nossa comida favorita era a lasanha dela, porque simplesmente é melhor comida do mundo, eu e Ally bufamos e fomos em direção a cozinha.

–Olha é melhor colaborar e me ajudar a arrumar a cozinha logo, porque eu não quero ficar sem Lasanha. –Falou Ally como uma criança que te espancaria se você impedisse ela de comer seu doce favorito.

–Affs você parece uma criança, eu também não quero ficar sem lasanha. Então eu que digo para pegar o rodo logo. –Falei fechando a cara pelo fato de ela ser muito mandona.

–Idiota. –Falou com raiva indo pegar o rodo.

–Estressada. –Rebati na hora.

–Ai Moon cala a boca e começa a limpar logo o fogão. –Bufou e me deu língua.

Resolvi ficar calado porque eu sabia que ela não ia parar de implicar, e então começamos a limpar a cozinha. Limpei o fogão, joguei a cortina da janela que tinha queimado fora, Ally estava tentando enxugar a cozinha e estava quase conseguindo, então eu fui limpar a pia e comecei cantarolar uma música, porque sei lá eu só consigo fazer isso cantando algo.

–Ficou louco Moon? ficar cantando ai do nada. –Comentou Ally rindo e eu até senti a implicância dela no ar.

–Dar para você parar de ficar implicando comigo? –Perguntei com raiva, porque uma coisa que Ally adorava fazer era implicar e principalmente comigo.

–Se eu não parar o que você vai fazer lua desbotada? –Sim ela estava me provocando, mas eu ia retribuir sim.

–Isso Dawson. –Joguei espuma da esponja nela, comecei a rir em seguida porque a espuma ficou parecendo uma barba. –Olha agora você tem um bigode.

–Ahhh Austin pegou no meu olho, esta ardendo. –Ela fechou os olhos com força e eu fiquei preocupado.

–Deixa eu ver se caiu alguma coisa dentro. –Me aproximei dela e então ela abriu os olhos de uma vez e tacou o resta da agua que tinha no balde em mim, fiquei encharcado e furioso.

–Você me paga Dawson!!! –Gritei e comecei a jogar espuma nela toda e ela tentava dar socos em mim. Então Tia Joana gritou lá de dentro “Vou passar ai em vinte minutos e melhor essa cozinha já estar limpa.” Então nos recompomos e corremos para terminar a tempo.

O resto dia correu rápido, comemos a melhor lasanha do mundo, conversamos muito e matamos a saudade de Tia Joana. Parecia que eu e Ally estávamos bem apesar de tudo, e então algo aconteceu o dia se fechou do nada a brisa que começou de mansinho acabou virando uma tempestade enorme com raios e tudo. Já passava das sete da noite e a chuva não tinha fim.

–O que vamos fazer Austin só conseguimos fazer os textos do trabalho, acabamos esquecendo a parte da peça. –Falou a garota desesperada que andava de um lado para o outro da sala, acho que se ela continuasse naquele ritmo abriria uma cratera na sala.

–Ally se acalma, tem algo pior que isso. –Falei preocupado também, e ela me olhou com uma cara de “Me cite exemplos de algo pior”. –Eu não sei como vou para casa, olha essa tempestade vai que eu levo um raio na cabeça.

–Talvez se você levasse um raio ficaria menos idiota. –Falou ela bufando e então eu fechei a cara com raiva, eu estava falando sério.

–Eu estou falando sério sua chata. –Protestei chateado e fazendo bico.

–E eu também Moon, e aliais tira esse bico que está parecendo um mico leão dourado. –Como sempre ela está zombando de mim, revirei os olhos.

–Tive uma ideia. –Surgiu na sala a senhora que sempre ajudava a resolver a maioria dos meus problemas. –Austin pode dormi aqui como nos velhos tempos vai ser maravilhoso, vou preparar agora a cama nele no seu quarto Ally. –Eu estava completamente morto era a única certeza que eu tinha agora.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que você tenham gostado pelo ou menos um pouco, por favor comentem eu amo ler os comentários de vocês pode ser até critica e fora que me motiva mais a escrever, vou responder os comentários do capitulo passado amanhã sem falta. Sobre a minha outra fic vou tentar postar o mais rápido que eu consegui. Vou deixar o link aqui em baixo dos meus contatos e do link da outra fanfic.

Fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/603174/27_Dresses/ (27 dresses)
Twitter: @lovaticoner5
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Também me procurem por MP se quiserem adoro fazer novas amizades.