As Powerful's: rixa com os Marotos escrita por Ellie Black


Capítulo 34
Nem tudo é o que parece ser


Notas iniciais do capítulo

Estava pensando uma coisa, se por um acaso eu fizesse uma segunda temporada... Alguém leria?
Obrigada pelas 15 reviews seus lindos! Continuem assim e o cap sai segunda!!



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"Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."

POV Nath

Cara, eu tava muito ferrado! Tipo, na escala de muito ferrado eu tava no top 2 dos ferrados. Como aquela gata na minha frente, que cuidou tão bem de mim podia ser a irmã do mal da Lily? Quero dizer, pelo que Josh e Emme falaram a Marie era insuportável, e Lily tinha sofrido muito por causa dela. Como essas duas meninas completamente diferentes podiam ser a mesma?

–Uau- disse simplesmente.

–Por que “uau”?- ela me encarou.

–Porque sim. Então você ta grávida?

Olhei para a barriga dela, mas ainda aparentava ser uma barriga normal de uma garota magra.

–Sim, pelo exame da farmácia sim.

–E não fez outro exame?

–Ninguém sabe ainda, só as meninas e os Marotos, enquanto não se espalhou pela escola quero continuar assim.

–Nem seus pais?

–Isso não tem nada haver com eles, é minha vida- disse defensiva.

–Quê?- perguntei sem entender- Sua vida tem haver com a deles! Se eu fosse você não esconderia isso deles.

–Ótimo, só que o Sr. Ego Enorme aí não sou eu, mais alguma coisa?- cruzou os braços e bufou pelo nariz, engraçado, mas ela ficava mais fofa ainda ao fazer isso.

–Tudo bem. Mas na verdade você ainda não disse por qual razão, motivou ou circunstancia você está aqui se fazendo de enfermeira.

–Isso não é da sua conta!

–Claro que é! E eu posso acabar com seus planos falsários se gritar e uma enfermeira vim ver o que aconteceu.

Ela estreitou os olhos:

–Você não ousaria...

–AAAAAh...- comecei a gritar.

Menos de 3 segundos de grito e eu me encontrava com uma mão tapando minha boca.

–Tá seu otário, eu falo!- soltou minha boca.

–To esperando.

–Como eu posso começar...?- perguntou pensativa.

–Você pode tentar do começo, só uma dica- disse recebendo um tapa.

–Tá, você sabe quem são as amigas da Lily?

–Sei que ela tem amigas... Mas não sei os nomes.

–Dorcas, Alice e Marlene, enfim... Viemos aqui para visitar um amigo nosso, só que... er... Dorcas e eles brigaram antes dele vir para cá, e daí não podíamos entrar, então Ali teve a brilhante idéia de entrarmos disfarçadas, só.

–Você ta escondendo algo, ou mentiu sobre algo.

–Quê?- ela afinou a voz e riu. Ela tava mesmo mentindo sobre algo.

–Quem é o amigo?

–Por que você ta tão interessado nisso? Por acaso quer ir informar alguém quando sair daqui?- me acusou.

–Como assim?

–Não se faça de desentendido, como eu não pensei nisso antes? Claro que você veio me espionar! Diga ao idiota do seu amigo para me deixar em paz! Estou fazendo o possível!

E com essa explicação que na verdade não explicou nada, ela me deu as costas e saiu do leito.

Pulei da cama e a segui pelo setor H.

–O que você quer dizer com isso, ó maluca!- disse quando já tínhamos saído do setor H.

–Quero dizer exatamente o que eu disse!

–Só que eu não entendi o que você disse!

–Claro, Sr. Ego Enorme também é burro- disse pegando o celular e discando-o- Atende essa porra McKinnon! Eu quero ir embora!

–Como assim?

–Simples- disse com o celular na mão, aparentemente a amiga não tinha atendido- Tenho que voltar para a escola.

–Quiser eu te levo.

–Como? Você não veio de ambulância?

–Na verdade não, vim de carro mesmo. Nem tava doendo tanto, daí deu para dirigir. Vai aceitar a carona.

–Só porque não quero andar de salto pelo túnel.

–Quê?

–Nada!- se apressou em dizer- Só que tenho que falar com a Lene.

–E onde ela está?
–Não sei... Na verdade ela está vindo em direção a nós dois- me virei e vi uma enfermeira andando com um café.

–Oi- a tal da Marlene falou- Vou deixar o café. E o que você ta fazendo aqui sem mascara? E com o peguete da Lily?

–O seguinte...

Mas nesse exato momento uma enfermeira chefe saiu do setor H.

–Onde está meu café?- perguntou em voz alta e olhou para a gente- Quem é você? Onde está minha enfermeira verdadeira? SEGURANÇAS!

–Corremos?- Lene sugeriu.

Eu e Marie assentimos e saímos correndo para o estacionamento, sendo seguidos por quatro seguranças. Entramos no carro apresadamente.

–Liga logo essa porcaria!- Marie berrou no banco do passageiro.

–Calma! To indo!- dei partida e saímos do estacionamento cantando pneus.

Olhei para o hospital pelo retrovisor e troquei um olhar com as meninas, começamos a rir.

POV Dorcas

–Dorcas... eu...

–Remus, me fala a verdade- meus olhos estavam ardendo.

–Está tudo bem!

–Então o que você está fazendo aqui?

–Exames de rotina...

–Por favor, você acha mesmo que eu sou tão estúpida assim? Como você tem a cara de pau de tentar mentir para mim mesmo depois de tudo?

–Dorcas... não tem nada para mim falar... você está interpretando errado...

–Remus! Meu deus! Para! Essa é a última chance que eu estou te dando, sério. Depois disso, mesmo que você não me conte, vou perguntar para seus amigos. De uma forma ou de outra vou descobrir, mas queria que fosse você a me falar.

Me aproximei dele e sentei-me em sua cama.

–O que me diz?- peguei sua mão.

–Certo...- respirou fundo- Dorcas eu estou doente, desde sempre na verdade. Todas as vezes que eu sumia e diziam que eu estava visitando um parente, eu estava aqui na verdade. O Salgueiro Lutador da escola, aquele que fica ligado por energia, movendo os galhos, ele esconde uma passagem por onde uma enfermeira desse hospital me traz para fazer os exames.

Assenti, incentivando-o a continuar.

–Eu tenho uma doença rara... anomalia de Ebstein. É uma doença que faz ocorrer problemas com a válvula tricúspide. Então essa minha válvula foi mal formada e está posicionando muito baixo, fazendo que o sangue escape para trás a partir do ventrículo para o átrio. No meu caso não possuo os sintomas mais graves, mas mesmo assim eu tenho que tomar os remédios para controlar a insuficiência cardíaca congestiva ou em alguns casos os ritmos cardíacos anormais.

Senti meu estomago despencar, chorei ouvindo palavra por palavra. Peguei a outra mão de Remus.

–E... é... Não tem cirurgia?

–Ter tem, mas meu caso não exige cirugia- ele se arrumou na cama- Você entende Dorcas? Entende porque eu não podia ficar com você? Eu não sou normal, nunca vou ser.

–Que?

–Eu, por alguns meses, pelo tempo que ficamos juntos, me permiti pensar que era apenas mais um adolescente normal, mas eu não sou e não podia fazer isso com você. Não podia te fazer ficar com um doente como eu.

–Cala a boca!- gritei, fazendo-o me olhar chocado- Você acha que eu me importo com isso? Que eu ligo se você tem uma doença rara que eu não sabia nem que existia ou como pronunciar? Remus, eu quero mais é que essa doença vá para o inferno! Se você não queria ficar comigo só por não querer me fadar a um trágico destino, você estava muito errado ao decidir terminar comigo.

–O que isso quer dizer?

–Que eu te amo seu babaca! Que eu te amo- disse e o beijei.

Ele soltou nossas mãos e colocou uma mão em minha bochecha. O beijo foi calmo, cheio de saudades.

Quando nos separamos, estava sem ar.

–Eu também te amo Dorcas, mais do que eu achei ser possível- sorriu pelo nariz.

Ri feito uma criança e o abracei, bem na hora que a porta se abriu.

–Eu sinto muito por interromper o momento fofo e mágico de vocês, mas a Lene acabou de me mandar uma mensagem, ela e Marie foram descobertas e fugiram dos seguranças, já estão a caminho da escola. E eu acho melhor nós duas fazermos o mesmo Dorcas.

Olhei para Ali e desejei ao Gênio da Lâmpada, como um dos meus três desejos, que Alice simplesmente fosse transformada em partículas de água bem na minha frente por interromper meu momento e por querer que fossemos embora.

–Ela tem razão Dô- Remus beijou meu rosto- Não se preocupe, amanhã já volto para a escola, vim só fazer uns exames de rotina mesmo.

–Tudo bem- e dei um selinho nele.

–Vamos logo!- Alice chamou.

Corremos pelo corredor, se escondendo de uns cinco seguranças pelo caminho até a passagem secreta, onde os Marotos estavam esperando.

–Graças a Deus!- Frank disse fechando a porta da passagem secreta.

–Venham, temos um jantar para comer!- Alice disse puxando a mim e a Frank, somos seguidos por James e Sirius.

Quando chegamos à escola encontramos Marie e Lene na porta, me despedi e fui direto para o dormitório, não estava com muita fome.

POV Lílian

Estava na mesa da Grifinória. E todos os olhares estavam em mim desde que desci para comer.

–L-lily?- perguntou Josh se sentando na minha frente.

–Ah, oi Joshua- disse mordendo um morango.

–Eh...- ele encarou meus lábios- Você ta diferente, não?

–É o que estão comentando por ai- dei de ombros.

–Você ta mesmo.

–Era só isso Joshua? Porque se for, me deixa só. Quero aproveitar meu jantar sem más companhias.

–Morango não é bem um jantar.

–Me deixa em paz.

Ele sorriu e balançou a cabeça.

–Tudo isso por causa de um rapaz, uau. Pelo jeito você não é muito controlada- sussurrou, sabia que só eu tinha conseguido ouvir.

–O que você disse? Como você sabe disso?

–Vou deixar você comer em paz, tenho mesmo que ir fazer minha lição de casa. Tchau Lily , te vejo por ai.

–Mas eu só falei para a Lene, como ele saberia disso?- perguntei a mim mesma.

Passei a comer o resto dos morangos, levantei o olhar e vi que alguns garotos da cornival me encaravam babando.

–Hey- acenei com a mão, fazendo-os acenar bobamente de volta.

Garotos são tão estúpidos. Ri só.

Me virei para a entrada do Salão a tempo de ver as Powerful’s e os Marotos entrando, exceto por Dorcas e Remus.

Eles param para me procurar e caminharam em minha direção, sentado-se ao meu redor. Bufei internamente. Não se pode ficar sozinha mais nesse mundo?

–Ai a enfermeira nos encarou e gritou “ Seguraaaaaanças!”- Lene contava uma história para eles enquanto colocavam o jantar nos pratos, mas nem prestei atenção- E ai saímos correndo com o Nath.

–Nath?- perguntei.

–Ah, sim. Nath estava lá também- Marie falou bebendo seu suco.

–Ele estava no hospital- falei calmamente- O que vocês estavam fazendo lá?

–Missão secreta- Marie falou olhando para todos, que acentiram.

–Caramba! Pelo visto eu fui a única excluída dessa missão secreta, que mágico- falei irônica.

–Ah, qual é Lily, vai ficar sentida mesmo com isso?- Sirius perguntou.

–Com o que? Ter sido excluída da missão de vocês? Ou com o fato da minha “sis” ter ido no meu lugar?

–Lily, a Marie não foi no seu lugar- Lene falou me encarando descrente- Ela já conquistou seu próprio lugar entre nós.

–E as surpresas só aumentam!- ri sem humor- Que divertido. Só que eu pensei que não tinha mais lugar entre as Powerful’s, você disse isso quando criamos o grupo Lene: “Ninguém entra, ninguém sai, seremos só as quatro para sempre”. Você se provou uma mentirosa, não?

–Qual o seu problema? Eu falei isso anos atrás! Eu era uma criança Lily, me desculpa se as coisas mudam, ok? Pensei que não tinha problema a Marie entrar, que vocês estavam se entendendo.

–Isso nunca vai acontecer- falei bebendo meu suco.

–Como assim?- Marie me perguntou magoada.

Alunos e alunas, um momento de sua atenção!– Dumbledore falou- Só queria informar que amanhã de manhã teremos a segunda tarefa do torneio! Bom jantar!

–Vou dormir agora, descansar para amanhã- me levantei.

–O que você quis dizer com aquilo Lily?- Marie perguntou se levantando também.

–O que você acha?-perguntei e percebi que estava chamando atenção das pessoas de todas as casas- Eu não vou ser sua amiga Mariele só porque você é minha meia- irmã, nunca vou ser, você pode achar isso, pode achar que eu lhe acolhi, que meus amigos lhe acolheram, que meu pai lhe acolheu como filha, mas no fim do dia os amigos continuam sendo meus, nosso pai é meu pai, no fim... Você está só. Estou cansada de tentar esconder isso!

–Lily!- Lene gritou se levantando.

–Não Lene, deixa ela falar. Eu quero ouvir tudo que você guarda para si, que você está cansada de esconder. Fala Lily, ou você não tem coragem de me dizer na cara?- Marie perguntou tremendo.

–Lílian...- Lene tentou de novo.

–Eu não suporto você Marie. Não suporto seu comportamento falso, sua voz meiguinha, suas roupas, seu jeito... Nada! E eu nem sei o que o James viu em você para ir a cama com você, sinceramente não sei.

–Pelo amor de Deus Lílian, não é a hora certa para você vim com esse papo, pensei que você tinha superado essa- Sirius tentou.

–Superado essa? SUPERADO?- explodi- COMO EU PODERIA TER SUPERADO ESSA SE ELA TÁ ESPERANDO UM FILHO DELE BLACK?

Ouvi as pessoas arfarem de surpresa e os cochichos começarem.

Olhei para Marie e vi lágrimas em suas bochechas.

–Você acha que eu pedi? Que eu pedi tudo isso? Que eu queria ser sua irmã? Ser parte da sua família? Não, nem por um segundo eu teria pedido isso. Ok? Mas acontece que eu sou sua irmã e eu pensei que você fosse minha irmã, mas não importa o que aconteça você nunca vai olhar para mim desse jeito, mesmo que eu seja uma irmã para você, mesmo que eu passe noites sem dormir pensando em como te recompensar por tudo. Mas eu não vou desistir dos seus amigos, eles são meus também. E o James, pega para você, eu não to nem ai- se virou e saiu correndo.

–MEU DEUS LÍLIAN! VOCÊ VIU O QUE VOCÊ FEZ?- Lene gritou comigo, e tenho que dizer que isso me machucou um pouco- Espera ai Marie!

Ela correu atrás da Marie, assim como Ali, Frank e James.

Respirei fundo e olhei ao redor.

–Que é? Voltem a comer! O espetáculo acabou- e sai com os cabelos ao vento.

Andei sem rumo e me sentei em um banco em um corredor.

–Oi- Sirius falou sentando-se ao meu lado algum tempo depois.

–Oi- sorri.

Ele abriu os braços e me alinhei ali.

–Sabe, você pegou um pouco pesado com ela Lily, poxa, todos julgam ela já... Eu sei que ela atrapalhou você e o James, mas você já se colocou no lugar dela alguma vez? Tudo que aconteceu com ela não foi por escolha dela, nada daquilo ela fez por querer. Ela não tinha como saber que era sua irmã, nem que tranzar com o viadinho iria fazê-la ficar grávida. Ela estava tentando tanto se encaixar, eu pensei que você ia ficar ao lado dela.

–Até você Six? Pensei que você iria ser meu amigo.

–Sou seu amigo, e vou ficar sempre do seu lado contra o mundo, mas você errou Pimentinha... E eu tenho que puxar sua orelha às vezes.

–Eu sei- o abracei mais.

POV Marie

Corri dali chorando. Puta é a pessoa que pariu Lílian Evans! Que merda! E eu ainda tentava pegar leve com ela, mesmo sendo ameaçada para ser a pior contra ela! É assim que ela me trata? Como se eu fosse um animal de esgoto?

Parei em um corredor deserto e me sentei no chão, literalmente desabei.

–Marie?- Lene me perguntou me abraçando de lado, deixando que eu chorasse em paz.

Logo Ali, Frank e James se sentaram em circulo a minha volta.

–Você ta bem?- James perguntou- Sabe, todo mundo sabe sobre você e o bebê.

–Eu não vou dizer que queria que todos soubessem, mas cedo ou tarde isso iria acontecer, só não imaginava que seria minha própria irmã raivosa que iria falar a todas- ri no ombro de Lene.

–Lílian foi muito inconseqüente, ela estava chateada e descontou em você- Lene falou alisando meu cabelo.

–Corrija-se Lene, Lílian é inconseqüente, só pensa nela mesma, sempre foi assim. Ela só viu a si mesma durante aquela discução- James disse.

–Jay... Eu sei...- Lene suspirou.

–Eu posso ir para o quarto?- perguntei.

–Claro- Alice me ajudou a se levantar.

Despedimos-nos dos meninos e fomos para o quarto.

Dorcas estava chorando em sua cama.

–Ai meu deus, duas choronas não dá!- Alice brincou.

Dorcar levantou o olhar e perguntou:

–O que aconteceu?

–Lílian... isso que aconteceu- Alice falou.

–Isso, eu aconteci- Lílian falou entrando.

–Por que?- Dorcas perguntou- Ou melhor, o que você fez?

–Nada, só disse umas verdades. Não achei legal vocês terem ido se aventurarem sem mim.

–Sem ciúmes Lily, você não serve para esse papel- Ali falou.

–Não é ciúmes, é a mais pura verdade.

–Sabe, você devia pensar mais no Remus- Dorcas se pronunciou.

–O que ele tem haver com isso?- Lily perguntou sentando em sua cama.

–Estávamos no hospital Lily, ele estava lá internado- Dorcas falou- me contou de uma doença rara.

–C-como?- Lene levou a mão à boca.

–Isso... Ele vai ser doente para sempre- Dorcas voltou a chorar e Ali foi abraçá-la- Desculpem, é que é muito para processar hoje.

–Uau...- Lily revirou os olhos- Só isso? Se me derem licença eu vou dar uma volta pela escola, não estou em clima para essa cena melodramática de vocês. Bye.

–Qual seu problema Lílian? Pensei que Remus era seu amigo, um grande amigo. Mas eu te conto uma bomba sobre ele e você nem liga?

–Sem drama Dorcas, sou amiga do Remus, mas acho que chorar por ele estar no hospital não muda nada- Lily riu.

–Sai- Marlene falou.

–Desculpe?- Lily perguntou.

–Eu disse para você sair -Lene repetiu- A porta é serventia da casa, sabe o caminho ou quer que eu lhe mostre?

–Você está me expulsando?

Lílian encarou Lene com uma sobrancelha erguida e um sorriso desdenhoso no rosto.

–Você está sendo uma otária hoje, muito além dos seus padrões normais, então sim, eu estou lhe expulsando.

–Esse quarto também é meu.

–De qualquer maneira você mesma disse que não queria ficar aqui por causa das lágrimas, agora quem faz questão que você saia sou eu.

–Que seja, eu não preciso disso. Não preciso de vocês- Lily pegou seu Iphone e saiu do quarto batendo a porta.

Me sentei na poltrona no meio do quarto e Lene no braço da minha cadeira. As meninas se aproximaram e sentaram no chão.

–A Lily está em um nível estratosférico de cega, ela não ta nem ai para nada e ninguém- Alice falou chocada.

–A culpa é minha- falei- eu não devia... Se eu não tivesse aparecido... Se eu não tivesse conhecido vocês, o James, a vida da Lílian continuaria perfeita. A culpa é toda minha.

–Você ta certa- Alice concordou.

–ALICE!- Dorcas e Lene berraram.

–Ué, é verdade! A Marie totalmente ferrou com a vida da Lílian, sejamos sinceras. Mesmo pai? Mesmo ex-namorado? Mesmos amigos? Mesma escola? Ah... E um bebê? Por favor né? Isso é de pirar qualquer uma!
–Mas a Lily tem que ter cabeça no lugar para ver o todo. Nada disso foi culpa da Marie, aconteceu tantas coisas com ela quanto com a Lily- Lene respondeu.

Meu celular vibrou. Aquela vibração referente a apenas uma pessoa.

Me levantei.

–Vou tomar um ar- sai do quarto antes de ouvir os protestos.

Mas uma vez me encaminhei para aquele banheiro.

–O que foi dessa vez?- perguntei.

–Pensei que agora você iria se entregar de corpo e alma ao trabalho, não?

–Isso não é um trabalho! Eu sou forçada a fazer tudo isso!

–Mesmo assim... Lily foi muito má.

–Eu sei disso, eu estava lá. Mas isso não quer dizer que vou armar contra ela. Ela pode não me considerar minha irmã como eu a considero, mas eu não vou participar mais disso.

–Eu tenho os vídeos...

–Que se fodam você e os vídeos.

–Awn... Que fofa, mas eu acho que sua mamãe não iria gostar de rever os vídeos da época que trabalhou com pornografia.

–O problema é dela, ela que deve arcar com as conseqüências do que fez- disse tremendo a voz.

–Por um momento eu quase acreditei em você, que você não ligava. Mas entre a sua mãe, que te gerou, e uma menininha patricinha ruiva, que lhe humilhou hoje, você vai preferir quem?

–Eu sempre estive só. Eu não tenho uma mãe, eu não tenho nem a Lily. Mas eu não vou seguir os mesmos erros da minha mãe. Eu estou fazendo isso por mim, pode até mostrar meus vídeos, não tenho nada a perder mesmo.

–Ouviu isso Emme? A Marie não tem nada a perder.

Uma pessoa saiu das sombras.

–Emme? Você também está nisso?

–Querida, isso é muito maior do que você pensa. Voldemort recompensará a todos nos. Uma vez dentro, sempre dentro- disse a loira.

–Como assim? Quem é Voldemort?

–Isso você só saberá se entrar na causa.

–Eu não sei não Joshua... Eu não...

–Pense no assunto- Josh respondeu e saiu de mãos dadas com a Emme.

POV lily

Abri a porta e entrei sem nem bater, encontrando-o deitado. Adentrei o quarto e alisei seus cabelos, fazendo-o acordar.

–Lily?

–Oi Rem...- sorri.

Passei a noite conversando com ele.

E me odiei por isso. Me odiei por ser fraca. Por me importar. Por ter ido lá. Por ter me sentido culpada por ter feito a Marie chorar. Mas eu não iria fraquejar. Todos sempre esperam que você caia, mas eu não posso me dar o luxo de falhar nem de confiar em ninguém. Eu não quero e nem vou. Isso é o que uma Evans faz, aprendi com minha mãe.


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Notas finais do capítulo

COMENTEMMMMMMMM
O que acharam do cap? Marie aceitará a oferta? Lily continuará louca? Como será a próxima tarefa do torneio?