As Powerful's: rixa com os Marotos escrita por Ellie Black


Capítulo 35
Segunda tarefa do torneio


Notas iniciais do capítulo

Alguém descobre o segredo da Marie; Alguém se machuca seriamente; Temos duas, talvez três, DR's; e escolhas podem mudar muitas coisas.
Dedico o cap. a uma grande nova leitora a quem me afeiçoei: rainbow12




LEIAM MINHA NOVA FIC:
Gina Weasley: Rebels vs Patis



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"Você não pode culpar alguém por mentir se sabe que mentirias se estivesse no lugar dele"

POV Marlene Mckinnon

A tarefa foi iniciada, teríamos que achar três bandeiras que estavam espalhadas pela floresta proibida. O suor pingava em meu pescoço. O Sol do meio de tarde era insuportável. Fora isso eu estava legal, amava a natureza. Quando pequena ia acampar direto com meu pai e irmão, ainda me lembro do céu estrelado, das histórias de terror à luz da fogueira.

–Temos que nos dividir- James sugeriu.

–Mas ai vamos nos perder garoto, podemos ter três mapas, mas temos apenas uma bússola- Lily disse sentada ao meu lado na pedra.

A encarei por um tempo. Ela estava tão mudada, e me refiro a além do fato dela estar usando uma jaqueta vinho de couro por cima de uma blusa preta, shorts jeans preto e coturnos (cara, quem ia desse jeito se aventurar na floresta?). Ela mudou seu jeito. Quase como não se importasse, quase como estivesse se lixando para nós. Mas não era verdade, a conhecia bem demais para saber que por baixo daquela explosão de babaquices que ela aprontou, ela ainda era a Lily, minha melhor amiga Lily.

–Que?- ela formou com os lábios.

–Nada- sussurrei voltando a prestar atenção na discussão.

Aparentemente Sirius e James argumentaram melhor que Lílian e tivemos que nos dividir.

–Nada de casais- James estipulou.

–Por queeee?- Ali prolongou o “e”.

–Porque, minha licinha lentinha, isso atrapalharia a missão que temos. Sério, só como exemplo, você está sozinha com seu ficante, peguete, seja o que for... Sem adultos por perto, sem supervisão. Quem, sendo adolescente com os hormônios a flor da pele, iria se importar com uma bandeira?- James perguntou cético.

–Ponto para você- ela murmurou corada. Acho que ela realmente imaginou o que James falara.

–Certo, então temos que ter um Maroto em cada equipe porque sabemos nos orientar por essa floresta como ninguém- Frank disse.

–Como assim?- Lily perguntou.

Mas foi ignorada.

–Então eu fico em um grupo sem outro Maroto porque estou com a bússola, Remus e Frank juntos, Sirius e Amus juntos.

–Certo- Frank concordou.

–Agora as meninas.Humm...- James olhou para todas nós como se nos avaliasse- A bandeira número um está no alto, bem no alto, fazendo com que tenhamos que escalar as pedras para alcançá-la, quem sabe escalar?

Levantei a mão, assim como Lily. Sorri com a lembrança do dia que aprendemos a escalar no fim de semana que passamos juntas no Chile, foi bem legal aquela viagem. Tínhamos por volta dos sete anos, e nossos pais estavam ali a negocio.

James encarou minha mão levantada e sorriu, ao ver a da Lily assim o sorriso sumiu. James estava meio que... de leves, dando um gelo na Lily. E o ódio/amor deles voltou com força total.

–Ótimo, vocês vem comigo- usou um tom falsamente animado.

–Quem sabe caminhar por horas e horas sem se importar?- Black perguntou.

–Eu- Emme se postou do lado do meu... Do lado do Black.

–James, faz tempo que eu escalei minha última montanha, nem sei se consigo mais. Acho que ficaria melhor caminhando mesmo- falei.

–Lene, você ouviu a parte do sem cas...

–Eu acho que você pode abrir uma exceção, não é Potter?- o encarei com meu olhar fumegante.

–Claro- a voz dele saiu tensa.

–Ótimo- bati palmas. Me levantei da pedra e fui para perto de Sirius, empurrando a sem sal da Emme.

–Certo, Emme, Sirius, Marlene e Amus. Uma equipe- Frank falou.

–Qual a bandeira mais perto?- Dorcas perguntou.

–A mais perto em quilômetros é a terceira bandeira...- James falou.

–Perfeito, eu e Remus vamos por ali- era tão bonitinho a Dô cuidando do Remus, que saiu hoje do hospital.

–... só que ela fica no meio do rio- James completou.

–Um rio? Bandeira no meio de um rio? Eles acham que eu to com cara de que? Sereia? Ah, será que eu posso me transformar em sereia? Seria tão legal- Dorcas falou sonhadora.

–Gente, vamos logo com isso- Lílian se levantou- Um grupo formado com Six, Amus, Emmeline e Lene. Outro formado por Frank, Dorcas e Remus. E um por mim, Potter e Alice.

–Cara, temos casais! Eu disse sem casais!- James bateu na testa.

–Agora já era Potter. Seguinte, cada grupo tem uma mochila, com um sinalizador casa algo dê errado, nos encontramos aqui.

Assentimos e nos dispersamos com nossos grupos.

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Saímos por um lado indo em direção a bandeira 2. Eu e Black estávamos mais na frente, ele com o mapa e eu o ajudando.

–Acho que essa entrada que o mapa mostra é aquel...-olhei para ele e vi que ele me encarava com seu sorriso sarcástico irritante, e sexy, muito sexy. Levantei uma sobrancelha- Quê foi?

–Só vendo como você fica linda com ciúmes.

Cerrei os olhos e continuei a falar sobre o mapa.

–Aquela entrada ali- ele assentiu e fomos em direção ao local que eu mostrei- E eu não estava com ciúmes.

Ele segurou um galho de árvore para que eu pudesse passar.

–Claro que não- revirou os olhos.

–Não vou discutir com você!

–Não temos o que discutir, eu to certo, você errada.

Cerrei os olhos e continuei a andar.

Mais ou menos quarenta minutos depois paramos para beber água e descansar os pés. Black me passou a garrafa dele, bebi uns goles e devolvi.

–Cara, onde essa bandeira ta?- Amus perguntou sentando-se no chão.

–Sei lá- respondeu Emme se apoiando em Sirius- acho essa prova uma perda de tempo. Sério, todas essas tarefas são mais para os meninos. Coitado o time da Marie, só meninas.

–Nossa, quanta intimidade com a Loirinha. Marie já?- perguntei.

–Eu e ela éramos, bem, quase amigas no inicio. Ou você não se lembra disso?

–Claro...- só que ela estava mentindo, isso eu tinha certeza. Certo que elas andavam juntas no começo, mas tinha mais, algo muito importante.

Peguei minha garrafa e bebi um pouco.

–Black, a minha água acabou, poderia beber um pouco da sua?- Emme perguntou quase fundindo seu corpo com o de Sirius, sério, acho que seria impossível ficar mais perto dele.

Fingi que iria vomitar.

Black passou a garrafa para ela e eu não acreditei nisso! Como aquele cachorro teve coragem de fazer isso? Ele tinha dividido comigo! CO-MI-GO! Gente, que idiota! Quer dizer que o que dividíamos não tinha importância? Nem o fato dela estar dando em cima dele importava?

–Dá licença... to indo ali vomitar meu café da manhã- sorri falsa e me afastei.

Black me seguiu.

–Lene...

Ignorei.

–Lene- ele segurou meu braço.

–Quê?- perguntei grossa.

–Qual o problema?

–Nenhum!- gritei.

–Certo, acho que acabamos de concordar que algo está errado.

–Nada Black, está tudo perfeito. Maravilhoso. Quase como se o anjo Raziel tivesse vindo aqui nos batizado com seu amor eterno.

–Lene...

–Nada! Já disse!

–Se foi por causa da Emme...

–Cala a boca, nada haver com aquela loira oxigenada. Não! Eu não estou com ciúmes, antes que você sugira isso.

–Olha, a Emme é a Emme. Para de se preocupar com isso. Além do mais você é não devia ficar chateada com a concorrência.

Abri a boca e ri sem vontade.

–“Concorrência”? Eu não agüento a concorrência. Vai se catar seu pulguento.

Me soltei dele e comecei a andar pela mata.

–Marlene, temos que ir atrás da bandeira!- Black gritou lá trás.

–Vão sem mim!- gritei sem me virar- Estarei esperando na entrada. Boa caminhada com a minha concorrência.

Comecei a andar sem saber ao certo para onde ia. Mais ou menos meia hora depois ouvi vozes e me abaixei atrás de uns arbustos para ver uma cena muito bizarra.

–Eu sei disso Josh, mas eu ainda não tenho uma resposta para sua pergunta- Marie sussurrava.

–Como não? Demos-lhe uma noite para resolver isso Payne- ele resmungava.

–Sim, isso é pouco para o que eu preciso pensar. Cara, você me convidou para fazer parte de uma máfia! Como eu posso pensar nisso em uma noite?

–É muito mais que uma máfia, Voldemort irá dominar o mundo.

Gelei. Eles estavam falando do chefe de uma máfia que era procurada em vários países por diversos crimes. E a Marie poderia fazer parte dessa galera se quisesse. E pelo jeito o Josh era da equipe.

Marie riu.

–Entendi- falou sorrindo.

–Não é para ser engraçado, loira- Josh agarrou seu braço com força.

–Me solta que você ta me machucando Joshua- ela rugiu.

Ele continuou apertando mais e mais até soltar de vez.

–Eu quero a resposta ainda hoje.

–Josh! Isso é muito sério! Uma coisa é causar o caos entre as Powerful’s, fazerem elas se odiarem. Outra é se unir a um bando de criminosos.

Como é que é? Causar o caos?

–Hoje e nenhum dia a mais, vadia- disse e sumiu de vista pela mata, mas parou alguns metros adiante- E se sua resposta for sim você terá uma surpresa sobre sua família.

Marie olhou por onde ele tinha ido e desabou no chão chorando. Levou as mãos aos olhos e murmurou baixinho:

– Se acalma Mariele, se acalma- respirou fundo várias vezes.

Sai do meu esconderijo e me encaminhei para perto dela, pisei em um graveto e ela levantou a cabeça assustada.

–L-lene?- perguntou assustada.

–Acho que temos muito para conversar- disse seca.

POV Dô

Estavamos já na borda do rio, James estava certo, a caminhada era curta. Se bem que poderíamos ter chegado mais rápido se Remus estivesse 100% bem. Quando chegamos aqui percebemos que uma das bandeiras já tinham sido levadas por outra escola.

–Quem vai atravessar o rio?- Remus perguntou.

–Frank- sugeri olhando para ele.

–Tudo bem- Frank tirou a blusa, que tanquinho hein, e os sapatos, que chulé hein e mergulhou no rio.

–Eu poderia ter ido- Remus sugeriu.

Me virei para ele e percebi que ele olhava para o rio e não para mim.

–Eu sei que poderia, só queria...

–Bancar uma de mãe comigo.

–Não, claro que não. Remus eu só estou cuidando de você.

–Dorcas, se eu não tivesse essa doença, se você não soubesse dela, você teria sugerido que o Frank fosse ou teria sugerido que seu namorado saudável fosse?

Ele agora olhava dentro dos meus olhos.

–Remus isso não é justo...

–Claro que é. Dorcas eu to cansado de que as pessoas descubram o que eu tenho e passem a mudar a maneira que me tratam. Eu sou doente, eu sei disso, mas eu ainda sou humano e ainda quero ser tratado normalmente. Os Marotos quando descobriram eu senti muito medo primeiro deles me abandonarem, sabe, os Marotos são um grupo muito popular na escola, pensei que talvez eles quisessem colocar alguém saudável no meu lugar. Depois pensei que iriam começar a me tratar como um doente. Eles não fizeram isso, nunca, nada do que eu temia eles fizeram. Nem Lílian quando descobriu...

–Lily sabia disso e nunca me contou?- perguntei estupefata.

–Sabia, mas não era um segredo dela para contar. Mas enfim... Você ficou do meu lado, como os Marotos e Lily, mas você me trata como um inválido agora. Por toda a caminhada você ficou fazendo a gente parar para respirar a cada 50 metros.

–Eu fico preocupada. Eu não acho que você é um invalido Remie, desculpa se eu passei a lhe tratar diferente, eu vou melhorar, ok?- perguntei olhando para eles.

–Ok- me beijou.

–Licença casal, mas temos que voltar para o local de encontro que marcamos com os outros.

Fiquei corada e, depois de Frank se arrumar, fomos para o ponto de encontro.

POV Lílian

–Eu estou toda picada! Meu Deus, hoje fico anêmica de tanto sangue que estou perdendo para esses mosquitos idiotas. Onde ta essa porcaria de bandeira chata?- perguntei coçando um caroço na perna, perfeito, iria ficar cheia de bolinhas! Que legal!

–Para de reclamar Evans! Uma picadinha lhe fará bem- Potter falou lá na frente.

–Desculpe? Meu sofrimento lhe causa prazer, querido?

–Um pouco, pena que seus gritos não.

–Ah, meus gritos lhe incomodam?

–Acho que deixei isso claro.

–Pois agora que eu reclamo mesmo. EU ESTOU NO MEIO DE UMA MOSQUITOLANDIA E EU NÃO SUPORTO ISSO!- berrei.

Potter parou de andar e se virou:

–EU ESTOU ANDANDO COM UMA PATRICINHA QUE SÓ LIGA PARA SI MESMA, E EU NÃO SUPORTO ISSO!

O encarei, estava bem na minha frente. Antes eu teria notado nossa proximidade com um calafrio, logo minha respiração daria uma falha. Dessa vez não. Senti apenas que tinha levado um tapa.

–Acho que ta bom de gritos...- Alice sugeriu olhando de mim para James.

–É isso que você acha de mim?- ignorei Ali.

–É isso que você tem se mostrado ser- se virou e continuou andando.

–Lílian, não liga para ele- Alice tentou me consolar.

–Tudo bem, não é como se eu me incomodasse com a opinião dele mesmo- sorri sem vontade e o segui.

Ouvi Ali suspirar e me seguir.

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Encarávamos a bandeira em cima de uma “montanha” de pedras.

–Quem se aventura?- James perguntou, eca, não, Potter perguntou.

–Eu vou- Ali falou- Adoro esportes radicais.

–Também vou- aceitei.

–Tá bom só a Alice, Evans- James olhou Ali escalando.

–Eu quero ir- o encarei.

–Ela já ta chegando lá. Você não deve se aventurar e tentar a sorte para subir.

–Que se foda- comecei a subir.

Coloquei uma mão em uma estrutura, e um pé em outra. Como já tinha feito isso antes foi fácil. Logo já estava na altura da Alice.

–E ai baixinha- cumprimentei.

–Q-que?- ela olhou para mim e se esqueceu de que estava levando a mão para uma estrutura, para que se equilibra-se, com apenas uma mão se segurando e com o susto acabou por escorregar...

–ALICE!- Berrei.

POV Marie

Lene me encarava com olhos odiosos, e isso partiu meu coração.

Olhei para minhas mãos.

–Marie, começa a falar- exigiu sentando-se a minha frente- Que história é essa de plantar o caos entre as Powerful’s?

–Ele estava me ameaçando Marlene, desde o inicio, desde que vim para cá.

–Ameaçando?- Lene riu- Com o que ele lhe ameaçaria?

–Vídeos indiscretos- arrisquei uma olhada rápida para ela- Ele tinha em mãos vídeos comprometedores contra a minha mãe, e até alguns meus.

–E por que você nunca disse para a gente isso?- sua voz era gélida, sem emoção.

–Porque no inicio eu não confiava em vocês, nem vocês em mim, sejamos francas- fiz uma pausa, como se esperasse que ela confirmasse. Ela não o fez- Olha, eu errei, ok? Você nem precisa dizer isso para mim. Mas você não sabe como era, como é. A minha vida é uma porcaria desde sempre, não é como a de vocês, Powerful’s, que vivem contos de fadas. Eu já sofri coisas que você nem imagina, já pensei até em me matar. Só que mesmo assim, aqueles vídeos afetariam a minha mãe, e pior, afetariam a mim.

–E para eles não virem à tona você preferiu ferrar com minha vida, com a das minhas amigas?

–Len... Marlene, eu ajudava vocês! Eu disse muitos nãos a Josh, fiz mudanças no que ele mandava eu fazer! Eu te ajudei contra Mika!

–Você fez aquilo?- perguntou com a boca aberta.

–Não, Joshua fez. Ele me avisou antes, como quem se gaba, mas eu não podia deixar você sofrer aquilo, o que ia acontecer eu não desejaria a ninguém...

–Engraçado, é a segunda vez que você fala sobre o assunto como quem já sofreu abuso.

–O assunto não é esse- a cortei.

–Não, não é. Eu pensava que você era minha amiga. Eu fiquei do seu lado mais vezes que todas as outras Powerful’s!- senti o peso das acusações em cada palavra- E para que? Para você se mostrar nem se importar comigo?

–Eu me importo! Como me importo! Eu nunca tive amigos, família... Tudo que eu conquistei... Vocês...- não conseguia formular uma frase com sentido, o que não era normal para mim. Respirei fundo- Se fosse você, se você fosse ameaçada, o que você faria?

Ela olhou nos meus olhos, mordia a bochecha por dentro.

–Eu gosto de você Mariele, gosto muito- sorriu triste- E se eu fosse você, tendo que escolher entre meu sangue e pessoas a quem eu não conhecia, teria feito o mesmo que você.

Suspirei e sorri entre lágrimas.

–Mas não sei o que as outras vão falar- Lene completou.

Assenti.

–Lene, você não pode falar nada para elas ainda- falei desesperada. Uma idéia veio em minha mente, uma idéia louca, mas nada de mais.

–Por que não?

–Porque eu preciso ir atrás de Voldemort.


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Notas finais do capítulo

LEIAM MINHA NOVA FIC!
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