"Meio Campo - Entre o Amor e o Futebol." escrita por Apolo Fhelipe


Capítulo 1
Destruindo sonhos.


Notas iniciais do capítulo

adivinha quem voltou?
algumas coisas mudaram pessoal, desculpa ter apagado tudo e recomeçado.
A história tende a ser mais longa e demorada, peço paciência para chegar nas partes de romance, irei seguir devagar. Tentarei não exagerar também, um aviso para quem acompanhava a anterior.

Anne agora irmã de Liam.
Ashley é a Violet
Cezar e Gabe estarão de fora.
Zac irmão da Violet e vai esta mais presente.
Doug vai ser o Doug, mesmo de antes.
Brian também continuará no papel de melhor amigo de Liam.

Espero que gostem das mudanças. Beijos e comentem. Se está fic ir bem, Tentarei adiantar ao máximo, por em quanto um capítulo por dia.



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Os primeiros segundos de Katter fora de campo foram acompanhados de uma série de elogios, todos os colegas de equipe estavam reunidos parabenizando o rapaz pelo grande desempenho. Era uma grande despedida, onde lágrimas não eram derramadas e palavras eram postas como forma de apoio ao ex jogador. Todos estavam por dentro dos últimos acontecimentos, até mesmo os outros times e a impressa sabiam da dispensa de Katter do futebol, estava tudo certo para voltar para Ohio e ser um garoto normal, sem fama, sem futebol.

Muitos se despediram com apenas palavras, mas foi um jogador em especial que quebrou qualquer forma de apoio dos colegas, foi um abraço de surpresa, mas que deixou Katter confortável e protegido de qualquer mal que havia lhe passado pela cabeça. Alguns assobiaram, outros recusaram ver a cena, mas nada importava no momento em que Katter sentiu os braços de Petter lhe apertar.

"Eu vou te visitar quando eu tiver tempo, não me deixe sem resposta, por favor." O melhor amigo do jogador dizia, quando a figura de cabelos dourados apareceu das sombras do corredor.

"Precisamos ir Katter." A voz da mulher de cabelos loiros surgiu, deixando todos desorientados e completamente intactos.

O ex jogador foi o primeiro a olhar para sua mãe, seus olhos focaram nos cabelos loiros parecidos com os seus, logo chegou a olhar bem fundo nas orbes verdes que eram seus olhos, também iguais as suas, ninguém duvidaria que aquela mulher de pé era sua mãe, mas mesmo assim foi preciso um aceno de mão para que todos soubessem quem era ela.

"Seu vôo sai hoje a noite, já dei tempo suficiente para se despedir. Estou esperando no carro." Disse a mulher de cabelos claros se retirando pela porta de acesso as escadas de emergência.

" Você não precisa ir com ela, pode ficar aqui comigo, pode ficar lá em casa." Dizia Petter a dois passos atrás de Katter que caminhava até as escadas de emergência.

"Você não conhece meus pais, eles iriam estragar tudo. Preciso ir, vai ser melhor até mesmo para nós dois." O ex jogador descia as escadas quando os passos atrás de ti diminuíram, mas não foi isto que lhe fez parar, pois nem ao menos olhar para trás estava em questão, precisava partir, mas antes de tudo deixar o passado.

Chegar no carro de seus pais foi como passar pelo corredor da morte, lá estava a imprensa novamente fazendo seu trabalho, tirando a privacidade de alguém. Eram muitas perguntas, muitos flashs que apenas deixaram o rapaz ainda mais perdido, mas foi o pai do loiro que lhe resgatou. Todos se afastaram quando o mais velho puxou o filho, apesar de ser um puxão forte o pai de Katter apenas lhe protegia dos flashs e dos microfones que tendiam a vir em sua direção.

Katter e Hector não entraram de imediato no veículo, o pai de Katter era completamente diferente de sua mãe, apesar de fechados ambos eram amorosos. Hector foi o primeiro a ceder, antes que o menor entrasse no automóvel seus braços foram de encontro aos cabelos dourados do garoto, depois um abraço que fez o ex jogador ficar ainda mais confuso.

"Foram cinco anos sem você, não precisa fazer esta cara. Eu sou seu pai e apesar de estar destruindo tudo que construiu ainda te amo, é para seu próprio bem." Disse o mais velho se soltando do abraço e abrindo a porta do veículo. A mãe de Katter estava no banco do passageiro da frente, olhava a cena com atenção. Katter continuava de cara fechada, mas no momento em que se sentou e pode ver Petter se aproximando um sorriso brotou.

"Este garoto de novo?" Perguntava Clara vendo a reação do próprio filho.

Katter pulou do veículo, adiantou o passo até o amigo e o beijou, não eram apenas amigos, mas tudo era um segredo, ou tinha sido até aquele momento. Algumas câmeras capturaram aquela cena, mas foi preciso mais do que os barulhos dos flashs para ambos se afastarem.

"Que bonitinho o casal, estão se separando. Uma pena." A voz conhecida adentrou nos ouvidos de Katter, o tom era falso e não foi preciso nem se virar para ver quem era.

"Augusto não é o momento." Petter gritou e pode ver o colega de equipe rir, era uma risada irônico e que fez o sangue de Katter subir e seu rosto ficar num tom rubro.

" Eu vou deixar ambos a sós, desculpa se atrapalhei este momento de despedida lindo." Novamente o tom irônico de Augusto ultrapassou os ouvidos de Katter, foi preciso contar até dez para que o ex jogador não atacasse aquele que um dia foi seu colega de equipe.

"Vou te ligar todo dia se precisar, os horários são um pouco diferente, mas vou tentar pegar você pela noite sempre, para me contar sobre seu dia." Petter segurava os ombros de seu companheiro impedindo o ex jogador de ir atrás de Augusto, o tempo teve que fazer ambos se afastarem e Katter adentrar o carro. Tinha que ser um dia feio, o céu cinza agora começava a desmoronar e as gotas molhavam os cabelos negros de Petter em quando Katter se afastava cada vez mais. Um forte temporal, era tudo que Katter precisava, as gotas no vidro dificultava um pouco a troca de olhares, mas Katter sabia que a qualquer momento Petter sumiria do seu campo de visão .

"Podemos ir?"Perguntou a mãe do menor.

"Podemos." Respondeu Katter ríspido.

O barulho do motor do carro não fez Petter se afastar. A chuva atrapalhava a visão de ambos, tanto de Petter, tanto de Katter, mas foi a distância que fez ambos chorarem. A chuva camuflava as lágrimas daquele que Katter tanto amava, mas mesmo não vendo ambos sabiam que estavam na mesma situação. O jogador seguia o veículo, corria ao lado tentando não perde-lo, mas foi novamente a chuva que atrapalhou e fez que Petter quase caísse.

Katter assistiu toda aquela cena, via com dificuldade Petter correndo ao lado do carro, mas ao ve-lo escorregar e ficar ainda de pé, preferiu que o rapaz não lhe acompanhasse mais.

"Você vai poder vim nas férias para cá ve-lo Katter." Clara tentava tirar as lágrimas do rosto do filho, mas foi a expressão de Hector que deixou tudo estranho e no silêncio.

"Você ainda não aceitou o fato de eu gostar de garotos né?" Perguntou o menor vendo a reação do próprio pai..

"Isto é apenas uma fase Katter, sei que mais tarde irá abrir os olhos e ver que isto é errado. Eu não aceito, não irei mudar meus pensamentos, nem obrigarei você a pensar como eu." Hector olhava pelo parabriza, tentava enxergar os olhos do seu próprio filho, mas nada era possível já que Katter mantia as mãos sobre o rosto para esconder seu momento de dor.

"Você vai fazer novos amigos no colégio, vai ser uma boa oportunidade para conhecer novas pessoas." Clara ainda se preocupava com seu filho, mas as palavras não pareciam ajudar.

"Vocês poderiam calar a boca e me deixar quieto, por favor. Só preciso de silêncio para pensar, queria ficar sozinho, mas da para perceber que vocês estão morrendo de pressa." Disse Katter nervoso.

"Estamos atrasados, você quis demorar, claro que estamos com pressa." Retrucou Hector saindo do carro e pegando as malas, estavam na frente dos avós de Katter.

"Eu trouxe algumas malas para caso você precisar." Clara novamente parecia irritar o filho de propósito, apenas um olhar, foi tudo que a mãe precisou para ficar calada.

"Seja breve, por favor." Gritou Hector encostado no carro.

Katter apenas adentrou a casa, não olhou momento algum para seus pais, apenas correu para o quarto e juntou tudo, fotos, roupas, pertences e até mesmo algumas cartinhas e lembranças de amigos que estava na sua vista. Foi preciso pouco mais de vinte minutos para o jogador deixa tudo arrumado, tudo estava em suas malas, estava pronto para retornar a Ohio depois de cinco anos fora. Adeus Brasil, Adeus Petter, Adeus avós.

Seria muito egoísmo não pensar em seus avós, Katter morava com eles a cinco anos, havia pego um grande afeto por aquelas duas figuras de cabelos grisalhos, mas acima de tudo, os amavam como se fosse seus próprios pais.

"Eu sei que não é obrigação de vocês, mas será que vocês poderiam cuidar do Petter pra mim. Eu sei como ele é sentimental, ele vai precisar de alguém para conversar." Dizia Katter descendo as escadas junto de seus avós.

"Você acha mesmo que Petter irá querer conversar com dois velhos como nós." Brincou a vó de Katter deixando sua melhor risada sair, ela estava triste, mas era naqueles momentos que suas brincadeiras viam a calhar.

"Não deixe de escrever Katter, queremos saber de tudo. Se precisar voltar, estaremos aqui, vamos deixar seu quarto do jeito que esta." O vô do mais novo arrumava a alça da mala no ombro do rapaz.

"Eu vou mandar cartas. Vocês precisam aprender a mexer no computador urgentemente. É difícil mandar cartas hoje no século vinte um, mas não deixarei de escrever. Mandarei uma carta quando tiver coisas novas para contar, Deixarei vocês sabendo de tudo." Disse Katter virando rapidamente e se enfiando no meio das duas figuras mais velhas, abraçou ambos com força como se nunca mais fosse voltar, mas foi Lia a vó de Katter que beijou seu rosto e levou o neto para fora.

"Vocês andam muito apressados minha filha." A vó gritava com sua própria filha que esperava encostada no carro.

"Estamos um pouco atrasados mamãe. Qualquer hora iremos voltar." Clara dizia sem ao menos olhar para a figura materna que havia lhe criado.

"Sentirei falta de vocês. Nas férias Tentarei vim. Lembre de cuidar daquele idiota pra mim. " Katter abraçou novamente seus avós e ali, deixou tudo, tudo o que mais amava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Petter um novo personagem, junto de Augusto. Vão aparecer mais pra frente, por em quanto é só.