Capítulo extra, a história de Alessandra

Narração dela mesma:

Se fosse pra contar todas as experiências assustadoras que tive com aranhas tinha que escrever o dia inteiro.

Uma vez (eu tinha uns 6 aninhos) eu estava brincando com um fogãozinho de plástico e resolvi virá-lo de cabeça pra baixo quando vi uma aranha (pra mim era enorme) com meio centímetro de abdômem e patas grossas e lisas, igual a uma viúva negra. Mas ela era ROXA!!!! E não se mexia.

 Com toda a coragem que a curiosidade me deu eu cutuquei ela com um pauzinho e ela começou a andar, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aquelas patas se mexendo!!!!!!!! Foi horrível!!!!! Eu joguei cloro nela mas ela não morreu, minha mãe falou que cloro mata qualquer coisa. Que tipo de animal era aquele?

 Aí ela começou a correr pro meu lado e eu gritei minha mãe, minha irmã, e todos os nomes que vieram na minha cabeça. Ela continuou correndo e eu paralizei de medo. Aí minha mãe chegou e eu saí correndo. Só ouvi a chinalada que ela deu no chão. Que eu senti como se eu tivesse levado eu mesma. Não sei porquê.

Foi terrível mesmo.

Minha irmã e eu estavamós conversando um dia debaixo de uma janela e a grade era torta pra fora, aí ela parou de falar comigo e quando olhei pra cima vi aquela coisa verde com as patas esticadas pra um lado e dobradas pra outro, aí ela desceu e parou no meu cabelo bem do lado de meus olhos.

Foi um susto imenso. Eu a joguei no chão e minha irmã deu aquela corajosa pisada nela.

Nunca me esquecerei desse salvamento.

Um dia minha mãe pediu pra mim limpar a casinha do cachorro, ela ficava num corredor e ele era fechado dois dois lados, um lado com uma portinha de um metro de altura e o outro lado com um freezer enorme e uns baldes cheios de brinquedo (acho que eu tinha uns 10 anos). O freezer tinha uma grade cheia de teias de aranha e os baldes tinham aranhas daquelas de perna fina enormes. Eu não conseguia nem chegar perto. Aí fui tirar a casinha e saíram duas aranhas dessas pernudas do freezer, e vi que tinham sete dentro da casinha que eu segurava. As duas andavam nas paredes, e as da casinha começaram a se mecher, aí joguei a casinha pra longe e ela foi cair logo em frente a porta. Acabei presa lá.

Pensei então: Vou pular a janela e dela caio em cima do sofá. Mas então tinham duas aranhas estranhíssimas lá na janela, uma peluda, de menos de meio centímetro, mas me assustava (família Salticidae), a outra coisa horripilante era um bicho branco e meio transparente que andava de lado.

AAAAAAAAAAAAAAAAiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Eu não sabia o que fazer!!!!

Eu gritei, gritei, gritei, até minha mãe me ouvir, aí ela chegou e começou a rir! E minha irmã também! E minha tia! Aí minha avó (será que vai ter um herói nessa história?) minha avó que mora num prédio do outro lado da rua (era uma rua barulhenta) ela conseguiu ouvir de lá meus gritos de desespero e veio ver o que era. Encontrando minha tia, minha mãe e minha irmã rindo ela começou a rir também. Rindo porque eu gritava e sapateava com medo de umas dez ou onze araínhas.

Que raivaaaaaaaa!!!!!!!! Eu estava tão desesperada que (por sorte eu estava de tênis) quebrei a casinha do cachorro aos chutes. Ela era de madeira e teve que ser doada por minha causa.

Eu não sabia o que fazer, mas consegui sair depois de muitos chutes. Até hoje quando conto essa história minha mãe, minha irmã, minha tia e minha avó ainda tem a coragem de rir de meu sufoco.

Nenhuma das aranhas foram mortas aquele dia.

 Ainda teve um dia que  SONHEI com uma caranguejeira no teto de uma tumba egipcia, ela estava enfaixada como uma múmia, e eu ouvia uma voz vindo dela que me dizia:

"Você é uma ameaça a nós, enviaremos a você nossos servos, nenhum dia você escapará de ver uma só aranha, se você não eliminar a todas será uma de nós!"

Nesse dia quando acordei tinha uma aranha bem pequna na minha cama, tamanho não é documento, ela me apavorou do mesmo modo que todas. Ainda mais depois daquela sonho.