When I Was Your Man escrita por Reky


Capítulo 18
Almost, quase


Notas iniciais do capítulo

QUASE. Quase que eu não posto este capítulo hoje * suspira exausta * See what I did there? Hehehe.
Mas, sério, gente. Vocês não sabem o sufoco que passei aqui. Fiquei o dia TODO sem energia em casa e, como eu escrevo os capítulos no Drive, eu realmente NÃO TINHA como conclui-lo e postá-lo mais cedo D: Bom, mas antes tarde do que nunca, não é? (;
Como acabei correndo contra o tempo aqui, peço, por favor, que vocês não liguem para os prováveis erros que encontrarão aqui e que relevem tudo isso. Sinto muito mesmo, mas espero que vocês gostem!
Ah, sim! Houve um BOM pulo de tempo do capítulo anterior para este, então sintam-se avisadas (;
Espero que gostem!



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A música alta vinha como ondas encontrar Scorpius em seu esconderijo nos jardins de Hogwarts. Ele não se importava se estava sujando seu terno novinho em folha e na bronca que muito provavelmente levaria de sua mãe quando voltasse para o salão cacofônico. Na verdade, a única coisa que Scorpius desejava naquele momento era o sossego que não tivera durante as últimas semanas.

Com a aproximação da formatura, tanto os alunos quanto os professores pareceram pirar. Trabalhos surgiam do nada para serem entregues, vestes tinham que ser compradas, pares foram discutidos e até um ensaio para a última valsa dos formandos fora elaborado. Isso sem contar que tanto Albus quanto Scorpius tiveram de ouvir Rose declamar por minutos a fio o motivo para não querer mais usar seu longo vestido azul-céu e que não se sujeitaria à ideia machista de ter de depender de um acompanhante para ser feliz em sua própria formatura.

“Para que eu preciso de algum garoto simplório para ser meu par se eu tenho os dois garotos mais lindos de toda Hogwarts como meu melhore amigo barra primo?” Brincou ela, dando uma piscadela para eles.

Durante os últimos meses, ela e Corin - finalmente - começaram a entrar em uma corda bamba sem volta. Os dois mal se falavam quando se viam e as últimas tentativas de conversa que tiveram acabaram resultando em brigas monumentais que os professores tiveram de separar. Scorpius e Albus quase se matavam de preocupação, já que Corin era, obviamente, muito mais forte do que Rose se decidisse apelar para a força bruta. Rose, porém, soltara uma alta gargalhada quando os dois expressaram sua preocupação.

“Ele só está nervosinho porque eu expus a verdade sobre ele para seus pais.” Ela deu de ombros parecendo não estar nem um pouco preocupada com aquilo. “Aquele cão ladra, mas não morde. Ele não teria coragem de me machucar. Ele sabe que coisa muito pior o aguardaria.”

E então ele olhou de relance para Scorpius e soltou mais uma risada. Só então ele percebeu que estava apertando os punhos.

Então, a formatura havia chegado e Rose fora sozinha. Ela quase não reclamou quando descobriu que tanto Scorpius quanto Albus já haviam aceitado o pedido de duas garotas alguns dias antes, mas pareceu um pouco chateada e inquieta sempre que o assunto baile era abordado. Entretanto, aquilo até que fora bom para ela - Scorpius percebia que, ultimamente, as rugas de preocupação de Rose haviam desaparecido um pouco. A única coisa que a atormentava era o baile, já que suas notas e futuro emprego no Ministério já estavam garantidos.

Ele ficava satisfeito em saber que Corin nem chegava ao ponto de ser uma preocupação.

Rose ria mais, dançava mais, pulava mais e girava pelos jardins sempre que estava com ele e Albus. Scorpius tinha de admitir, mas seu coração ainda se balançava com ela; seus olhos ainda a procuravam em cada corredor; seu sorriso ainda correspondia cada olhar furtivo que ela lhe lançava.

Ele sabia que, por um tempo indefinido, as coisas seriam assim. Mas também sabia que Rose nunca mais o machucaria daquela forma. Porque ela sabia que não haveria mais retorno.

E a amizade - ou qualquer coisa que eles fossem - dele era importante demais para ela.

“Sabia que você estaria aqui!” Uma voz exclamou de algum lugar a sua direita.

Scorpius sentou-se, assustado. Quando se virou para ver quem diabos o havia encontrado em seu esconderijo, surpreendeu-se ao ver Rose ali, vestida com seu longo vestido azul firmamento, com feitiço que o fazia parecer um céu estrelado (“me inspirei no Grande Salão,” ela dissera algumas horas mais cedo, quando todos a encaravam embasbacados. “Ei, se forem continuar olhando, 50 galeões! Por olho). Seus cabelos estavam levantados em um penteado que ele acreditava ser um coque, mas com alguma artimanha que o deixava mais… charmoso. Talvez pelos fios que caíam naquele rosto sorridente e sardento dela?

Ele não conseguia pensar direito. Agora e antes, tudo em que ele conseguia pensar era em como Rose Weasley estava linda… E como Albus, Rose e ele riram ao ver a cara de Corin quando ele a observava descer as escadas sozinha.

“É, você me achou.” Ele sorriu. “Você sempre me acha, não é, Rose Weasley?”

Rose correspondeu o sorriso e se aproximou mais dele, fazendo uma careta quando considerou brevemente sentar-se ao seu lado. No fim, ela decidiu apenas se apoiar na árvore mais próxima e o acompanhar enquanto observavam estrelas.

Ficaram por uns bons minutos em silêncio, apenas sentindo a brisa de verão os encontrar, ouvindo os sons da floresta e vendo o firmamento se estendendo, infinito, acima de suas cabeças. Scorpius não queria que aquele momento de calmaria acabasse. Ele sentia Rose atrás de si e saber que ela estava ali com ele, por algum motivo, aquietou seu coração. Toda a tensão e emoção que aquela última noite como estudantes de Hogwarts lhe proporcionava pareceu esvanecer assim que ela aparecera.

Era aquele o efeito que Rose Weasley lhe causava. Não falhava nunca.

“Conversei com Corin,” disse Rose, soando um pouco incerta.

“E...?” Perguntou Scorpius, elevando os olhos para ela.

Rose mordeu os lábios.

“Ele não quer terminar.” Scorpius bufou. “Falei que não discutiria com ele, não hoje, mas ele insistiu para que eu, ao menos, interpretasse meu papel, veja só!, e dançasse a última valsa com ele.” Ela revirou os olhos, murmurando entre os dentes. “Apanhadorzinho impertinente.”

Ele soltou uma gargalhada.

“Não era você a senhorita oh-tão-interessada-em-Quadribol algum tempo atrás?”

Era difícil de dizer com certeza na escuridão daquela noite, mas Scorpius quase caiu para trás ao ver um leve tom rosado surgir nas bochechas de Rose.

“Isso faz muito tempo! Por favor, Scorpius, não traga meu passado embaraçoso à tona desse jeito!”

Aquela frase, é claro, era um pedido para que ele risse mais. No fim, nem mesmo Rose aguentou muito tempo: caiu na gargalhada também.

“Droga,” ela murmurou com dificuldade algum tempo depois, levando as mãos aos olhos. “Você me fez borrar a maquiagem, seu idiota!”

Scorpius revirou os olhos, seus próprios cabelos uma bagunça depois de tanto rir.

“Você e seus xingamentos… É estranha essa sua forma de demonstrar amor, Rose.”

“Sempre foi,” ela suspirou, seu tom subitamente sério.

Ele mordeu o lábio inferior, em seu interior se batendo por estar tão despreocupado assim nos últimos tempos. Parecia que todas as brincadeiras que fazia com Rose que, antigamente, não surtiam efeito algum nela, hoje a fazia se remoer silenciosamente. Scorpius sabia que aquele momento para refletir era importante para ela, mas também não conseguia evitar de se culpar por suas sutilezas.

Enquanto ele se tornara mais livre das amarras que a confusão de Rose lhe metera por tantos anos, ela parecia ficar cada vez mais presa na gaiola que ela própria construíra em seu desejo de liberdade. Ambos sabiam que ela somente seria verdadeiramente livre quando, enfim, lidasse com seu jeito de ser e entendesse que, apesar das pessoas esperassem coisas dela, ninguém a obrigaria ou julgaria caso decidisse seguir outros planos.

Ela estava passando por sua própria reabilitação agora. Uma reabilitação da forma precipitada em que vivera.

“Você vai?” Scorpius perguntou, procurando uma forma de se desviar daquele assunto. Rose já estava lidando com aquilo todos os dias da sua vida. Hoje era sua formatura. Hoje, não.

Ela arqueou as sobrancelhas, confusa.

“Dançar com Corin, quero dizer.”

“Oh,” ela suspirou. “Infelizmente, agh, não tenho opção. Corin pode ser intragável, mas seus pais sempre foram gentis comigo, então vou fazer isso. Por eles.” Emendou ela quando Scorpius a olhou desconfiado.

Ele sorriu.

“Acredito em você.”

“Que bom.”

Ficaram em silêncio por mais alguns minutos, até que Scorpius enfim decidiu que já deveria ter preocupado seus pais e deixado sua acompanhante nervosa o bastante. Levantou-se, bateu a sujeira que ficara em seu terno e se virou para perguntar para Rose se ela voltaria com ele quando algo o parou.

Ela o observava o tempo todo, seus olhos azuis como faróis na escuridão daquela noite.

Quando percebeu que Scorpius a encarava, Rose logo desviou os olhos para o céu novamente. Desta vez, porém, não parecia envergonhada. De fato, um pequeno sorriso surgiu em seus lábios e ela respirou fundo antes de falar mais uma vez.

“Por mais incrível que pareça, vou sentir falta deste lugar.” Scorpius estava prestes a abrir a boca para concordar quando ela continuou. “De absolutamente tudo. De quando te conheci, de quando a bolha de baba estourou na boca de Albus, da vez em que quase levamos uma suspensão porque você se atrasou para a aula do Slughorn… Quando giramos e giramos e giramos de baixo da chuva.” Ela suspirou e voltou a olhar para ele com os olhos repentinamente mais brilhantes. “Vou sentir falta de tudo.”

Só quando ela soluçou Scorpius percebeu que Rose estava chorando.

Mais do que rapidamente, adiantou-se para ampará-la em seus braços, como não fazia já a um bom tempo. Quase fez alguma piada sobre ela estar borrando sua maquiagem mais uma vez, mas resolveu ficar quieto no instante em que ela se apertou mais contra seu peito.

Parecia que Rose queria desaparecer para dentro dele.

Scorpius estava ficando realmente preocupado quando, por fim, ela parou de chorar e se afastou dele, enxugando os olhos, agora opacos e vermelhos. Ela murmurou um breve muito obrigada e mais do que rapidamente o mandou ir de volta para o salão com seus pais e a garota que o acompanhava. Por um ínfimo instante, ele hesitou. Depois, começou a se afastar vagarosamente até estar de costas para Rose e vários metros distante.

Foi como receber um golpe pelas costas.

O ar lhe faltou, a língua foi mordida e seus joelhos doeram com o impacto.

Quando se virou, encontrou os olhos de Rose novamente o encarando.

“Desculpe,” ela murmurou, trêmula, e se afastou dele. “Eu…” Scorpius arregalou os olhos. Rose Weasley acabara de gaguejar ou era impressão?! “Eu não sei o que aconteceu… Quando vi você indo, eu…”

Seus movimentos foram quase automáticos quando ele a tomou de novo em seus braços e abraçou. Sentiu as unhas bem feitas de Rose se fincarem em suas costas, mas não se importou - em seu peito, seu coração ganhara vida.

Ela se afastou mais uma vez e o olhou quase como se fosse despedaçar caso não olhasse. Então, respirou fundo e o abraçou novamente. Scorpius estava para rir quando ela começou a falar com uma voz tão miúda que ele teve de aguçar os ouvidos para entendê-la.

“Sabe, Scorpius, eu tenho a impressão de que, não importa quantas vezes eu me perca nesta vida, quantas vezes eu tome o caminho errado, no fim, eu sempre acabarei voltando para você.” Ela sorriu, levantando cabeça para que ele pudesse ver aqueles olhos azuis tão próximos, tão próximos, tão lindos. Tão cheios de sentimentos. “Neste meu mundo cheio de reviravoltas, você é a única constante.”

Scorpius desejou falar tantas coisas naquele momento.

Ele desejou abrir a boca e dizer a Rose que não era só ela que se sentia daquela forma.

Desejou abraçá-la mais forte e dizer que, céus, ela era linda.

Desejou dar risada e falar para ela parar com aquela matemática toda, pois era a formatura deles.

Desejou ter se inclinado apenas um pouco mais e pousado seus lábios nos dela.

No fim, não fez nada disso.

No fim, ficou apenas observando enquanto ela se colocava na ponta dos pés, depositando um leve beijo em sua bochecha. Observou enquanto ela se afastava e olhava uma última vez para ele por cima do ombro. Apenas observou quando ela entrou novamente no castelo e se fundiu aos outros tantos corpos que ali estavam.

Scorpius desejou dizer que a amava por toda a coragem que ela sem dúvida alguma tivera de reunir para lhe dizer aquelas palavras. Na verdade, ele queria dizer apenas que a amava e ponto.

Mas Rose já se fora, então ele apenas sussurrou as palavras para o vento, esperando, desejando, que algum dia elas fossem encontrar seu caminho para o coração dela.


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Notas finais do capítulo

Ai, ai * suspira *
Espero que a Rose tenha se redimido - pelo menos, um pouco - com vocês. Ela teve um ano para pensar em tudo o que aconteceu e realmente está tentando mudar (:
Agora, gostaria muito de desabafar com vocês aqui: amo muito todas vocês que deixam seus comentários em WIWYM e cada uma se tornou muito especial em pouquíssimo tempo para mim, sem brincadeiras! Sempre que vejo um review novo meu coração sai pulando por aí! Porém, as estatísticas não mentem: 29 pessoas acompanham WIWYM e em cada capítulo recebo, aproximadamente, 5 comentários. Gostaria de saber onde essas outras 24 pessoas estão ): Não é que eu não esteja satisfeita com os comentários que já recebo, mas, poxa, galerinha! Eu tenho tanto trabalho para tentar postar os capítulos nos dias prometidos, em revisar e todo o resto... Saber se vocês estão gostando do que estou escrevendo é essencial para mim! Podem xingar a Rose de vadia que nem o Scorpius (sério, muita gente fez isso! hahaha) que eu juro que não vou ligar, porque até eu tenho vontade de matá-la de vez em quando.
Eu só peço que vocês, por favor, apareçam...
Acho que é isso.
Até sexta, pessoas! Beijos!



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