Elphinstone novamente olhava pela janela de sua casa esperando por Minerva e isso realmente estava dando nos nervos, ele olhou para o relógio de bolso pensando que já tinha se passado da hora dela chegar, poderia ter acontecido alguma coisa no caminho? Os comensais da morte ousariam atacar tão perto do castelo? Ele se levantou e preocupado correu para fora e na direção de Hogwarts. Alvo nunca tinha visto seu velho amigo Elphinstone correr, realmente era uma visão e tanto saber que ele poderia correr como se fosse um jovem, não demorou para outra coisa estranha acontecer, ele foi agarrado pela gola das vestes:

– Minerva, ela saiu? – perguntou ele aflito.

– Não, eu estava indo justamente chama-lo, Minerva foi para ala hospitalar...

Alvo se sentiu um pouco ofendido, ele nem terminou de explicar a situação e o homem o largou rapidamente correndo para dentro do castelo, tudo isso porque estava para dizer que Minerva teve alguns enjoos e foi para ala hospitalar? Ele sorriu pensando o que seria a causa desses enjoos e decidiu que correria atrás do seu amigo, pois não perderia aquilo por nada. Severo Snape olhou para a corrida dos velhos de longe, era algo inusitado, mas duvidava muito que aquilo seria útil ao Lorde das Trevas, no entanto parecia que algo acontecia e decidiu espiar. Minerva ainda não estava acreditando e para piorar tinha Pomfrey com aquele sorriso estupido no rosto:

– É impossível! – exclamou ela. – na guerra, eu fui atingida...

– Sim, mas eu ainda tenho que fazer alguns exames, possa ser que Elphinstone tenha parte do núcleo magico dele compatível com você, isso faz com que seja possível, posso ver isso... Mas ao julgar pelo fato todo, vocês tiveram uma noite e tanto hein Minerva?

– Mais que uma estamos em janeiro. – respondeu Minerva corando.

– Hum... – Pomfrey se possível dobrou o tamanho do sorriso.

– Mas... Tem certeza? – perguntou Minerva lentamente notando o que estava acontecendo com ela.

– Claro que tenho! – exclamou sua amiga feliz. – parabéns...

– Minerva! – gritou Elphinstone quase caindo após atravessar as portas da ala hospitalar às pressas.

Nesse meio tempo Minerva já estava chorando de felicidade, ele se preocupou em dobro, o que estava acontecendo? Ela ficara doente? Era incurável? Ele podia fazer algo por ela? Morrer para que ela vivesse? Ele olhou em desespero puro e absoluto para Pomfrey que estranhamente sorria, ela estava feliz que sua Minerva estava mal ou ela estava feliz com algo que ele não compreendia? Ele sentiu alguém trombar contra ele, provavelmente algo e ele desajeitadamente foi para frente, mas conseguiu ficar em pé, depois de um tempo naquele silencio asquerosamente estranho ele chegou perto da cama de Minerva e agarrou a mão dela:

– Querida o que houve? – perguntou ele preocupado.

– Eu... Eu...

Pomfrey suspirou e olhou para Alvo que também exibia um sorriso estupidamente grande que espelhava o dela, ela olhou para Elphinstone pronta para qualquer tipo de reação:

– Você o que? Passou mal? Foi isso? – perguntou ele.

– Sim... – Minerva sentiu seu marido agarrar ela em um abraço provavelmente para mostrar que ele estaria ali para ela, mas ele não entendia nada.

– Eu vou cuidar de você, deve ser um mal estar passageiro... É passageiro Pomfrey? – perguntou ele olhando para a medi-bruxa preocupado.

– Sim, é passageiro... Passa em nove meses, pelas contas após a primeira quinzena de setembro.

– Setembro?! – ele estava pasmo. – o que ela tem? Minerva. – ele segurou o rosto dela para que ela o olhasse. – o que você tem? É grave?

– Ah o amor. – exclamou Alvo feliz.

– Eu mato você depois Alvo. – disse Elphinstone com os dentes cerrados. – querida fale pelo amor de Merlin.

– Elph... Eu estou gravida.

Severo Snape como um bom espião para o Lorde das Trevas estava muito bem escondido escutando tudo e quando escutou esse pedaço de informação, achou na verdade muito útil, por isso se afastou sem fazer barulho, pensando no que fazer com a notícia. Elphinstone abriu a boca para tentar pronunciar qualquer coisa, mas ele não conseguia, a próxima coisa que notou é que tinha novamente agarrado Minerva em um abraço protetor, ele tinha escutado direito ou estava velho demais imaginando coisas? Ele olhou para Pomfrey:

– Eu confirmei, ela veio para cá porque vomitou o café da manhã, enjoo matinal, coisa de mulher gravida, fiz mais alguns exames ela está bem de saúde assim como o futuro bebe.

– Mas... Mas... – ele não estava realmente conseguindo falar.

– Sim, Minerva tem dificuldades para engravidar se tornando quase impossível isso, como ela está gravida? Bom é fácil... Vamos fazer uns exames Elphinstone.

Ele pensou que poderia correr, odiava Pomfrey acenando a varinha para todos os cantos de seu corpo, mesmo assim não poderia deixar Minerva, ele a olhou por um momento novamente e foi se deitar em uma cama, para que Pomfrey fizesse o que tinha que fazer. Minerva nunca tinha visto Elphinstone sem palavras, ele estava quase que em choque e apenas em choque, parecia estar agindo automaticamente, ela viu ele deitado e Pomfrey acenando a varinha e depois de alguns instantes ela exclamou feliz e com um sorriso:

– Era como eu suspeitava, Minerva se você tivesse casado com qualquer outro, não ficaria gravida assim, mas nosso querido Elphinstone, tem um núcleo magico primo com o seu, não são idênticos, mas são semelhantes e por isso você está gravida. – explicou ela então olhando seriamente para o homem na cama. – é por isso que as pessoas fazem exames.

– Me poupe Pomfrey. – Elph se sentou na cama e saiu dela. – então se está tudo bem, Minerva pode sair?

– Sim, estão liberados, você está muito bem de saúde alias.

Ele nem disse nada e estendeu a mão para Minerva pegar, ela aceitou e eles saíram sem dizer uma palavra para o outro. Pomfrey olhou para Alvo preocupada:

– Se acalme mulher, ele está muito feliz, tentei ler a mente dele, mas está um turbilhão lá dentro, parece que ele quer montar o quarto do bebe já.

Pomfrey riu disso aliviada com a notícia. Minerva olhou para Elph nervosamente, ele estava na cozinha a uma hora desde que chegaram e não disse uma palavra, muito menos durante o caminho, agora ele estava pondo a mesa, depois ele a fez se sentar à mesa e ele serviu um caldo para ela e para ele:

– Elph? – ela realmente estava incerta.

– Pomfrey disse que vomitou o café da manhã, já se passou e muito do almoço e não pode comer coisas pesadas porque pesam, então fiz o caldo, tem torradas também, vai ajudar a não enjoar se comer um pouco de três em três horas, tenho também que ver que tipo de alimentos causam menos enjoos, além disso montar um cardápio para que não enjoe da mesma coisa todo dia, temos também que tirar minhas coisas do segundo quarto e colocar no porão, seria bom eu começar a limpar amanhã também e pintar o quarto, que tal tom pastel? É calmo para bebe, podemos esperar e ver o sexo também ai poderia pintar de rosa claro ou azul, tem também o berço, deve ser cem por cento seguro, ursos de pelúcia, crianças gostam de ursos, mas devem ser antialérgicos, posso também lançar um feitiço no quarto contra pernilongos...

Minerva estava admirada ele já estava fazendo planos e mais planos, isso a deixou muito emocionada e ela voltou a chorar, deixando-o claramente preocupado:

– Minerva. – ele a abraçou.

– Eu pensei que tinha ficado chateado com a notícia...

– Chateado? – ele a fez se levantar. – pelo amor de Merlin, eu nem sei o que penso primeiro, tenho planos para o bebe até os cinco anos! – explicou ele feliz. – mas chateado nunca Minerva, eu estou praticamente nas nuvens sem uma vassoura e eu pensei que nada mais nesse mundo me faria mais feliz do que me casar com você e você me amar, mas eu estava enganado, ter uma criança com você multiplicou minha felicidade... Eu já disse que te amo hoje?

Só por isso e apenas por isso ela o beijou, sentindo novamente o quanto ele a estava protegendo e feliz, ela também estava feliz, agora eles seriam uma família completa:

– Você conta para sua mãe. – disse ele depois do beijo.