Our Strange Duet escrita por Elvish Song


Capítulo 41
Visitas


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que ficaram com raiva do Raoul, no filme, aqui ele mostra ser um homem não apenas decente, mas protetor em relação à família.



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POV Celine

Tendo trocado a camisola por um vestido sem corpete, a jovem voltou a se sentar no leito: os gêmeos resmungavam, indicando que estavam com fome. Ela pegou Melody – que chorava mais – no colo, abriu os botões do vestido e colocou o bebê ao seio. A boquinha agarrou o mamilo vorazmente, sugando com força: era uma sensação estranha, mas deliciosa!

Uns quinze minutos depois, quando a pequena parou de sugar, foi a vez de René, que a essas alturas começara a berrar. Dando-lhe o outro seio, deixou que o filho saciasse sua fome. Erik sorria, radiante, acariciando os bebês e a esposa, cantando baixinho para os três.

– Essa é nova – comentou a jovem mãe, referindo-se à música – nunca a tinha ouvido.

– É o que está em meu coração, agora. – respondeu o músico, beijando a curva do pescoço de sua esposa; ela amava quando ele fazia aquilo! Entrelaçando os dedos nos cabelos negros que ela tanto amava, trocou com ele um beijo cheio de amor. Mal se haviam afastado quando alguém bateu à porta.

– Acho que temos visitas – disse o Anjo da Música, erguendo-se da cadeira e fechando a capa, em sua melhor postura de Fantasma da Ópera. Celine riu do ar ameaçador que seu marido gostava de assumir diante de estranhos, mas que, com ela, desaparecia completamente.

A porta se abriu devagar, revelando a figura de Madame Giry; parecendo feliz, ela perguntou:

– Acha que está bem para receber visitas, minha querida?

– Eu estou muito bem. Tive os melhores cuidados possíveis. – a garota sorriu, satisfeita; não imaginava que poderia se sentir tão bem, menos de vinte e quatro horas depois de dar à luz. – Quem veio nos visitar?

– Fora sua prima e Meg, o Visconde de Chagny também gostaria de vê-la. Mando-os entrar?

– Por favor – disse o casal, em uníssono. Celine aconchegou René em seu colo, enquanto Erik embalava Melody, orgulhoso dos filhos.

Meg, Christine e Raoul entraram na enfermaria, sorrindo. A viscondessa se sentou ao lado da prima e, dando-lhe um beijo no rosto, ofereceu-lhe um buquê de flores do campo multicoloridas:

– Para tornar seu dia ainda mais feliz!

– São lindas, mas acho que é impossível ficar mais feliz! – Exclamou a jovem mãe, radiante – Obrigada por terem vindo!

– Não íamos perder a chance – disse Raoul, beijando a fronte de Celine após apertar a mão do Fantasma – Eles são lindos! Tiveram sorte de se assemelhar à mãe – o tom de provocação ficou claro em sua voz, e as três mulheres o fuzilaram com o olhar, mas Erik não se deixou irritar pela alfinetada. Ao contrário, respondeu calmamente:

– Embora odeie admitir isto, concordo com você, De Chagny: Eles são perfeitos como a mãe.

Foi a vez de Meg abraçar o casal, feliz; ao fazê-lo, perguntou com empolgação:

– e então? Escolheram os nomes?

– Sim. – Respondeu Celine, sorrindo – Chamamos nossa pequenina de Melody, e nosso garotinho de René.

– Belos nomes – opinou Madame Giry – Nomes de sorte.

A conversa entre o grupo prosseguiu girando em torno dos recém-nascidos; foi apenas após meia hora que Raoul, sério, mudou de assunto:

– Celine, Erik... Há uma coisa que têm de levar em conta: legalmente, vocês não são casados; na verdade, para a lei, Erik sequer existe. Isso pode criar problemas para as crianças, no futuro, quando for hora de estudar ou, mais tarde, quando resolverem se casar.

Celine compreendia aquilo, já pensara nesse detalhe, mas era ainda tão cedo! O visconde, entretanto, não lhe deu tempo de dizer o que fosse:

– Sei que ainda é cedo para pensar nisso, mas algo assim delicado pode tomar tempo para ser resolvido. – ele tomou a mão de Christine na sua – Eu e Christine conversamos com nossos advogados, e eles disseram que o melhor modo de evitar problemas legais seria Celine nomear-nos tutores das crianças. Apenas para efeitos legais: vocês serão os pais deles em fato, e suas serão todas as decisões. O que acham disso?

– Por que nos ajudaria desse modo, Visconde? – Perguntou o Fantasma, surpreso.

– Eles são praticamente meus sobrinhos. Que tipo de homem eu seria, se não procurasse garantir a eles os mesmo direitos que todas as demais crianças possuem?

– Eu... Não esperava por isso – Falou o Fantasma, afinal – Estamos em dívida para com você, Visconde.

– Não, não estão. Eu estaria em dívida para comigo mesmo, com Christine e com a moral em que acredito, se não o fizesse.

Aquelas palavras deixaram uma coisa bem clara para Celine e seu marido: Raoul, indiretamente, afirmava que aquelas crianças estariam, também, sob sua proteção. E não poderia haver maior proteção – fora das paredes do teatro – do que a de um homem influente como o Visconde. Estivesse ele fazendo aquilo por Christine, ou simplesmente por pensar ser o certo, sua decisão garantiria que os recém-nascidos jamais estariam desamparados, no mundo fora da Ópera. Pelo visto, também Raoul aceitara que sua família sofrera adesões. E famílias cuidam de seus membros.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?



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