Our Strange Duet escrita por Elvish Song


Capítulo 42
Momento de paz


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu A-M-O as reviews que vocês escrevem! Podem deixar reviews à vontade, que eu respondo todas! elas aquecem meu coração e me deixam em frenesi criativo (despertam a Celine que existe em mim, kkk). Eu sei que fiz uma fic (muuuito) longa, mas estava com dó de me despedir dos personagens. Mas agora tá acabando, viu? Não abandonem a leitura! São só mais dois capítulos, depois desse!
Bom, neste capítulo vamos ver uma noite comum na Casa do Lago, após o nascimento de Melody e René.



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POV Celine

Acomodada na cadeira de espaldar reclinado, o braço apoiado num travesseiro alto, Celine amamentava René, um sorriso largo estampado no rosto: como era possível amar tanto outro ser? Ela amava Erik de todo seu coração, mas era impossível descrever o que sentia pelos filhos! Teria sua mãe a amado assim? Diziam que o amor materno era o mais intenso que havia, mas então, como a mãe de Erik podia tê-lo vendido aos ciganos? Ela sentia verdadeiro pânico, simplesmente com a ideia de que qualquer coisa ruim acontecesse aos seus pequenos! Não podia compreender uma mãe que não amasse o filho...

Perdida em pensamentos, cantarolando baixinho para o bebê que se alimentava ruidosamente, não percebeu a entrada de seu marido no quarto. Os dedos dele correram por seus cabelos, fazendo-a se arrepiar de prazer; em seguida, deslizaram por seu pescoço e colo, até irem acariciar a cabeça do bebê. Para ela, era encantador ver a delicadeza com que aquela mão enorme e elegante afagava os pequenos.

– A cada dia que passamos juntos, você parece mais linda, e faz com que eu me apaixone ainda mais. – sussurrou seu amado, beijando-a com amor. René resmungou quando o movimento da mãe fez o mamilo escapar de sua boquinha; rindo, ela o acomodou novamente, sentindo a vigorosa sucção da qual só um bebê esfaimado era capaz.

– Eu amo você, meu Fantasma – sussurrou a moça. Voltando sua atenção para o filho, comentou – o tempo passou tão rápido! Já faz, mesmo, três meses que eles nasceram?

– Três maravilhosos meses. –ele se debruçou sobre o berço e pegou uma sorridente Melody no colo – E por falar nisso, teve notícias de Christine?

– Está se recuperando bem. Já deixou o hospital, e parece que o marido deixou os compromissos de lado para ficar com ela e a filha, Victoire. – Fechando a camisa, Celine segurou o pequenino contra o ombro, dando-lhe tapinhas suaves nas costas para fazê-lo arrotar, como Madame Giry lhe ensinara – Ela ficou comovida por você ter ido comigo, visitá-la no hospital.

– Eu não deixaria de ir. Especialmente depois do que fizeram por nossos filhos. – o Fantasma brincava com a filha, sorrindo com orgulho ao sentir a força com que ela apertava sua mão – Nossa Melody é forte! Como a mãe.

A artista sorriu e se levantou, deliciada: amava tudo em sua casa, mas o quarto dos bebês era um aposento à parte! Como o “quarto branco”, fora decorado em tons claros e coloridos, tornando o ambiente leve, luminoso e arejado. O berço – onde dormiam os dois bebês – era amplo e coberto por dossel dourado, adornado por um móbile de pássaros de cristal azul que brilhavam à luz das velas. Ao lado do berço, havia uma cômoda grande, onde ficavam guardadas as – muitas – roupinhas das crianças; do outro lado do cômodo, um carpete grosso e macio onde, quando maiores, as crianças poderiam se sentar para brincar. Uma mesinha baixa com cadeiras pequenas esperava que seus donos crescessem um pouco mais para usá-las. Por todo o aposento havia brinquedos de todo tipo. Sobre a cômoda, uma caixinha de música.

Com cuidado, a jovem mãe deitou seus filhos no esplêndido berço. Dando corda na caixa de música, deixou que a melodia suave acalmasse seus pequenos, acompanhando as notas com sua voz gentil. Não tardou para que os bebês adormecessem profundamente: os motivos de sua vida!

– Não imaginei que ser mãe fosse tão fácil. Achei que seria difícil conciliar o trabalho e a maternidade, mas não é: todos ao meu redor amam e mimam esses dois... Às vezes, fico com ciúmes de Madame Giry! Ela parece avó das crianças!

– Percebi que até os dois energúmenos que dirigem nosso teatro gostam dos pequenos.

– Ou gostam deles, ou acham melhor tratar muito bem os filhos do Fantasma da Ópera – ironizou ela – Não viu a expressão deles quando essa sua voz de trovão anunciou isso para todo o teatro ouvir: foi imperdível! Achei que Monsieur André ia desmaiar! Foi muita maldade, de sua parte. – e riu baixinho.

– Eles perguntaram quem era o pai da criança. Acha que não percebi o tom maldoso da pergunta? Que soubessem, então, que você é a esposa do Fantasma, e que Melody e René são nossos filhos. Não ousarão lhe dirigir novos comentários maldosos, depois disso.

– Sim, mas eu me tornei o assunto do momento. Levei um mês para calar o pessoal da produção e cenografia, e até hoje não consegui silenciar as bailarinas! – apesar da zanga fingida, ela não conseguia deixar de sorrir. Seus amigos e colegas eram-lhe gentis e carinhosos demais para que conseguisse ficar brava.

– Você nunca vai conseguir. Aquelas garotas parecem pombas, arrulhando sem parar. – os dois riram baixinho e, apagando as velas, deixaram o quarto das crianças para se sentarem ao piano.

Por quase uma hora, suas mãos trabalharam em conjunto para produzir os mais belos e harmônicos sons: não era preciso dizer nada; um sabia o próximo movimento do outro, a próxima nota a ser tocada, o próximo tom e o tempo certo. A música era sua linguagem particular, e eles tocavam apenas um para o outro. Foi só depois de um longo tempo que, afinal, o silêncio retornou. Levantando-se, a mulher foi até o quarto dos filhos para se certificar de estarem bem: eles estavam.

Ao voltar para o piano, serena e feliz, Celine abraçou seu esposo, sentindo os braços dele envolverem-na pelos ombros. Estranhamente, naquele dia ele não usava a máscara – gostava ainda mais dele sem o objeto, que lhe parecia muito frio e impessoal. Virando-se para Erik, passou os braços ao redor de seu pescoço e o beijou, saboreando aqueles lábios que tão bem conhecia e amava. Sentindo as mãos fortes deslizarem por seu corpo, sorriu provocante e o tomou pelas mãos para guiá-lo até o quarto. Com os pequenos alimentados e adormecidos, ela e seu marido podiam desfrutar de algum tempo só para eles.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que a fic tá meio melosa. Tá bom, bastante melosa... Mas é fofo, vai!
O que acharam de Celine como mamãe, e Erik como papai?