Our Strange Duet escrita por Elvish Song


Capítulo 40
Melody e René


Notas iniciais do capítulo

A escolha dos nomes dos recém-nascidos. Cena fofa!
PS - Embora escreva-se René, lê-se Renê!



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POV Erik

Segurando a filha nos braços, ele ainda não conseguia acreditar que era verdade: sua filha... Sua e da mulher a quem amava – que, neste momento, dormia profundamente no leito da enfermaria do teatro, onde dera à luz. Ao seu lado estava o menino, que nascera poucos minutos depois da garotinha, e que só há pouco terminara de mamar. A mãe, exausta, adormecera enquanto amamentava.

Agora, ele embalava a pequenina, enquanto seu filho dormia junto ao corpo da mãe: eles eram tão perfeitos! Um garoto de cabelos negros e olhos castanhos... Uma garotinha de cabelos castanho-avermelhados e olhos verdes. E sem qualquer distorção em seus rostinhos absolutamente perfeitos! Ele ainda não conseguira tirar os olhos do pequeno casal, completamente fascinado e encantado pelos bebês. Seus filhos... Aquilo era mesmo realidade?

– Erik – a voz de Antoinette soou suave e divertida – eles não vão desaparecer, se você tirar os olhos deles por um segundo.

– Ainda não acredito que é verdade. – Respondeu o Fantasma, beijando a fronte da filha – Parece um lindo sonho, do qual vou acordar.

– Não é um sonho, Erik – a voz de Christine se fez ouvir, delicada, e o Anjo da Música sentiu a mão da viscondessa pousar em seu ombro (desde quando ela perdera o medo de tocá-lo?!) – São mesmo seus filhos. E eu acho que vai ser um pai excelente.

– Concordo com você, prima – Erik ergueu os olhos ao ouvir a voz de sua esposa, ainda enrouquecida de cansaço: mesmo com a aparência cansada e os cabelos desarrumados, ela era linda! – Ele vai ser tão bom como pai quanto é como esposo.

Com um sorriso, o homem segurou a mão de sua esposa, beijando-a. Cuidadosamente, segurou a bebê com um dos braços, enquanto ajudava Celine a se sentar. Ela ainda tinha o filho nos braços – este ainda dormia profundamente, e não dava sinais de que acordaria tão cedo. Sua mãe, por outro lado, parecia bastante desperta, e dirigiu-se a Meg, que lia um livro, sentada numa cadeira:

– Meg, perdoe-me por ter me zangado com você.

– Não se preocupe com isso, Celine – riu a outra – não se espera gentileza de uma mulher dando à luz. Falei aquilo para distraí-la.

Madame Giry entrou na enfermaria – que estava vazia, à exceção da jovem mãe e seus acompanhantes – trazendo consigo uma pequena bandeja com frutas (o que Celine mais gostava de comer). Com um sorriso delicado, falou:

– Você foi incrível, minha criança: dar à luz em silêncio, no primeiro parto? Não conheci muitas mulheres com tanta força. – e riu – Quando Meg nasceu, gritei tanto que fiquei rouca por dias.

– Eu não queria o teatro inteiro vindo aqui para saber o que acontecia. – Falou a moça, colocando o menino nos braços do pai enquanto tomava a menina nos seus – Obrigada, Madame Giry, Meg e Christine... Por tudo.

– Obrigado por cuidarem de minha esposa – agradeceu o Fantasma – Ninguém o teria feito com tanto cuidado e desvelo.

– Erik, entenda de vez uma coisa – começou Meg – Você e Celine são parte de nossa família. E famílias cuidam de seus membros.

As palavras da garota atingiram em cheio o coração de Erik: família... Não apenas ele, Celine e as crianças, como havia pensado, mas também Antoinette, Meg e – por que não? – Christine. E Phillip – que devia estar em algum lugar da ópera, encantando a todos – Gustave, e o arrogante Visconde de Chagny. De um estalo, o Fantasma compreendeu que todos eles eram sua família; ele faria qualquer coisa para mantê-los a salvo, pois todos já faziam parte de sua vida de um modo que, até pouco tempo antes, jamais teria compreendido. Agora, não precisava compreender: apenas sabia ser a verdade.

Envolvendo Meg num abraço apertado, ele murmurou, mais para si do que para ela:

– Criança maravilhosa... – Ele amava sua filha. Embora nunca houvesse sido seu pai, de direito, estava orgulhoso da mulher que ela se tornara. Quando soltou a moça de cabelos louros, esta se voltou para a mãe e a cunhada:

– Deixemos os jovens pais um pouco a sós. Eles têm muito que conversar. – E para Celine – Quero ser a primeira a conhecer os nomes de meus sobrinhos!

– Vocês três serão. Obrigada, minhas amigas. – o homem podia perceber que, por mais que tentasse aparentar o contrário, sua mulher estava muito cansada. Ia dizer-lhe para descansar, quando a voz dela o interrompeu.

POV Celine

Encantada com seus bebês, já quase esquecida da dor que passara para pô-los no mundo, a jovem não tinha olhos para mais nada: eles eram absolutamente perfeitos! A sensação era a de que, ao dá-los à luz, seu coração passara a bater fora do próprio corpo, dentro daquelas duas criaturinhas frágeis que dormiam tão tranquilamente. Seus filhos... Seus e do homem a quem amava tão loucamente! Tocando o rosto do Fantasma com o seu, declarou:

– Eles são perfeitos. São tão lindos! – o casal trocou um beijo apaixonado – Parecem com você, meu amor!

– Que nome você quer lhes dar? – Perguntou Erik, acariciando o rosto de Celine.

– Eu estava pensando em... Melody. É inglês: significa música, melodia. – ela viu os olhos de seu amor brilharem quando respondeu:

– Melody. É perfeito! – a mão grande afagou o rostinho rosado da garotinha – Eu pensei em um nome para nosso filho.

– E qual é? – Embora cansada e dolorida, ela nunca estivera tão feliz em toda a sua vida!

– René: renascido, recomeço. Dizem que é um nome de sorte.

– René... Eu adorei! É perfeito para ele! – a jovem mãe beijou a testa de seu bebê, com um sorriso encantador. A vida era, simplesmente, perfeita.

Pouco depois, Erik a envolveu nos braços, sussurrando:

– Eu amo você, minha estrela. – Seus dedos deslizaram por seu rosto e pescoço, descendo pelos braços – Descanse, agora, minha amada: quando acordar, iremos para casa.

– Onde você vai ficar?

– Aqui. Bem ao seu lado.

– Se alguém entrar, verá você!

– Que vejam! – sua voz soava apaixonada e intensa – Vejam a família do Fantasma da Ópera, e saibam que eu sempre estarei aqui para proteger a vocês três. – Suas faces se tocaram – Obrigado, meu amor, por tudo o que você é, por tudo o que me deu. Obrigado por me tirar do inferno, e me dar o paraíso!

– Obrigada por me ter salvado, meu amor. Você o fez de mais modos do que pode imaginar.

– E você, a mim. – Celine sentiu os lábios dele capturarem os seus num beijo intenso – Durma, agora, minha deusa. Durma tranquila: eu estarei aqui, com você. Eu sempre estarei aqui. – o homem pegou as crianças no colo, aninhando-as contra o próprio corpo.

Cansada, mas sentindo-se incrivelmente feliz, segura e amada, ela se deitou de lado, a mão tocando os filhos recém-nascidos. Antes mesmo que pudesse perceber, caiu num sono profundo e tranquilo, feliz como nunca antes fora.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Nosso Erik está cada dia mais apaixonado por sua família!