Our Strange Duet escrita por Elvish Song


Capítulo 38
Acontecimento inesperado


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpe, mas hoje foi o que deu para postar (não tô me sentindo muito legal). Como continuo obcecada pela história, não ia deixar de escrever pelo menos um capítulo, então, aí está. É meio parado, mas é só um capítulo de ligação com a próxima parte. Espero que gostem!



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POV Celine

Deitada na cama, a moça acariciava o próprio ventre intumescido: no oitavo mês de gestação, mal podia esperar para ter seu filho nos braços! Erik, ao seu lado, também lhe afagava a barriga, sorrindo a cada vez que o bebê chutava ou se movia – o futuro pai parecia totalmente enfeitiçado pelo bebê, antes mesmo de seu nascimento.

– Ah, Erik – suspirou a mulher, aninhando-se contra o corpo quente e rijo de seu marido – queria que este momento nunca terminasse. – seu marido se curvou sobre ela e a beijou com delicadeza, cuidando para não deixar seu peso sobre o ventre da jovem – É tão maravilhoso estar aqui, com você.

– Num mundo perfeito, minha Celine – ele se sentou e a puxou para seu colo – você jamais deixaria meus braços. Se dependesse apenas de minha vontade, o tempo congelaria agora, para que eu pudesse tê-la assim, comigo, por toda a eternidade.

Sorrindo, a artista o beijou mais uma vez antes de se levantar; precisava ir para a Ópera. Era noite de apresentação, e ela tinha muito que fazer. Rindo-se da frustração do Fantasma, colocou um vestido solto, amarrado logo abaixo do busto, prendeu os cabelos numa trança alta e calçou as sapatilhas mais confortáveis que tinha. Ao passar diante do espelho comentou, mais para si mesma do que para seu marido:

– Puxa... Estou enorme.

– Está linda – corrigiu seu Anjo, abraçando-a –... Prestes a dar à luz nosso filho, ou filha. Não poderia estar mais bonita do que agora, querida.

Com um beijo suave em seu esposo, ela foi para o quarto branco, passando em frente ao que seria o quarto do bebê, quando este nascesse: entre o que ela fizera, ganhara e comprara na cidade – além do que as mãos habilidosas de seu marido haviam feito – o aposento estava pronto para receber seu senhor, ou senhora. O pensamento arrancou um sorriso largo da futura mãe, enquanto atava uma fita colorida à trança de suas madeixas.

A moça deixou a Casa do Lago acompanhada da gatinha preta, Paixão. Erik ficou, para preparar a aula que daria a Phillip, à tarde – o menino era um verdadeiro prodígio! Naqueles cinco meses de estudo, fizera progressos inacreditáveis, e não apenas como músico: de acordo com Christine, tornara-se um bom aluno, aplicado aos estudos e sereno. Conseguira, afinal, superar a morte da mãe, e tratava sua madrinha com muito carinho. Agora, gostava de ser o centro das atenções ao tocar piano com sua grande habilidade, ou executando pequenos truques de mágica ensinados a ele pelo Fantasma. Um menino encantador, de fato.

Para a surpresa de Celine, naquela manhã haviam recebido duas visitas inesperadas: Meg e Christine! Correndo para as amigas com um gritinho de alegria, ela envolveu ambas num abraço, enquanto estas retribuíam. Com alegria, as moças de Chagny acariciaram a barriga da garota Daae, conversando com o bebê.

Phillip também viera com elas naquele sábado, mais cedo do que de costume. Com uma de suas reverências elegantes, tirou de dentro do casaco um lenço vermelho; em dois movimentos rápidos, lançou o pano sobre a mão e o puxou, revelando uma rosa branca enfeitada por uma fita cetim da mesma cor, que ele ofereceu à artista. Pegando a flor e sentindo-lhe o perfume, a jovem elogiou:

– Cada dia mais parecido com seu professor – sabia que nenhum outro elogio poderia alegrar mais o menino, que tinha verdadeira adoração por Erik – Meu pequeno mágico. – E virando-se para as amigas – Mas o que estão fazendo aqui?!

– Hoje não é dia de apresentação? – Perguntou Meg – Eu fiz questão de vir ajudar! Depois de tantos meses na casa de campo, com Armand, estava louca de saudades da Ópera!

– Ajuda é sempre bem vinda, é claro. Sabem como isso aqui fica uma loucura em dias de exibição... – Com um sorriso no rosto, mas apressada para começar, voltou-se para Phillip – Erik estará aqui em uma ou duas horas. Enquanto isso, o que acha de ir assistir aos ensaios da orquestra? Eu, Meg e Christine temos que começar a preparar os figurinos.

– É claro! – O pequeno saiu correndo para a sala em que a orquestra ensaiava, fazendo o trio de mulheres rir enquanto seguia para os camarins.

Sentando-se de frente para a bancada de trabalho, Celine pegou o traje – praticamente pronto – à sua frente, prendendo as últimas contas brilhantes sobre o desenho previamente marcado com alinhavo. Embora nada houvesse dito a quem fosse, estava nervosa: desde cedo se sentia desconfortável, inquieta e irritadiça, não conseguindo achar uma posição realmente confortável. O que estava acontecendo, afinal?

Trabalharam em meio a risos e conversa durante cerca de duas horas; Celine ficava cada vez mais agitada, não conseguindo ficar sentada no banco. Irritada e desconfortável, ficou em pé para trabalhar, ao que ouviu Meg perguntar:

– O que houve, garota? Está tão agitada! O que está acontecendo?

– Não sei, Meg. Não consigo achar uma posição confortável para ficar e... – enquanto falava, a gatinha Paixão começou a brincar com um carretel de linha e, pegando-o na boca, carregou-o para baixo de uma cômoda – Paixão! Devolva já este carretel!

Entre a zanga e o riso, ela se ajoelhou para alcançar o objeto; ao se levantar, porém, sentiu uma dor aguda rasgar-lhe o abdome. Olhando para baixo, percebeu que sua saia estava encharcada. Meg e Christine se levantaram de um salto, e esta exclamou:

– Celine, você está dando à luz!

A informação demorou alguns segundos para fazer sentido, mas afinal a realidade atingiu a figurinista: não obstante faltasse ainda um mês para a gestação se completar, o seu bebê iria nascer hoje!


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Notas finais do capítulo

Uh! Chegou a hora! O que vocês acham que será o bebê de Erik e Celine: menino ou menina? Terá ele o rosto deformado, ou não? Façam apostas!



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